Quais os fatores que impedem o desenvolvimento dos microrganismos?

Juliana Capellazzo Romano*

�������� Uma das classifica��es dos microrganismos � de acordo com sua patogenicidade (capacidade de provocar doen�as), podendo assim serem considerados patog�nicos ou n�o patog�nicos. A patogenicidade dos microrganismos depende exclusivamente de determinados atributos da c�lula microbiana, como secretar exotoxinas, liberar endotoxinas ou outros produtos t�xicos, formar c�psulas (esporos), etc..., propriedades que foram observadas em alguns microrganismos capazes de provocar doen�as . Podemos observar nos dias de hoje que a maioria das infec��es s�o causadas por microrganismos que habitam seu corpo, embora convivem com eles harmonicamente (2).

Morte Microbiana

����� A morte de um organismo foi definida por Schimidt em 1954 (PFLUG,1990 apud (1)) como sendo a falha do organismo em reproduzir�se. Um microrganismo � considerado morto se n�o formar col�nia em nenhum meio de cultura (2).

��������������� Os organismos unicelulares podem ter algumas ou todas suas atividades biol�gicas suspensas por um longo per�odo de tempo, o que impossibilita a avalia��o por altera��o das atividades fisiol�gicas, da morte destes organismos. Esta suspens�o nas atividades dos microrganismos pode ocorrer quando as bact�rias formam esporos ou ainda quando a c�lula bacteriana � seca ou congelada, assim elas perdem suas atividades biol�gicas mas mant�m a capacidade de reprodu��o em ambiente adequado. Por outro lado, determinadas situa��es, como a exposi��o a raioX ou a certas drogas t�xicas, podem levar as c�lulas bacterianas perderem sua capacidade de reprodu��o, por�m, elas continuam a se comportar de maneira normal em outros sentidos, por um longo per�odo de tempo. Contudo, pode-se dizer que microrganismos que mantenham sua capacidade de reprodu��o s�o vivos ou vi�veis, enquanto os que n�o mais se reproduzem s�o mortos ou invi�veis (3).

�������� A morte microbiana � determinada pelos seguintes mecanismos:

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�������� A morte microbiana � um conceito estat�stico, porque em qualquer condi��o em que se mate um micr�bio, a probabilidade de morte de uma determinada unidade � constante por unidade de tempo (2). Ela s� pode ser identificada pelo n�mero de sobreviventes ap�s o contato com o agente esterilizante (1).

�������� Em um determinado espa�o de tempo, uma determinada fra��o de microrganismo � destru�da, ao se utilizar um agente esterilizante, a velocidade em que isto ocorre � chamada de taxa de morte bacteriana. Considerando-se que a morte microbiana � uma rea��o de primeira ordem, o n�mero de microrganismos decresce de maneira exponencial e a uma taxa constante de morte (1). Por exemplo: se um agente esterilizante empregado causa a morte de 90% das c�lulas nos primeiros 10 minutos, por conseguinte, pode-se esperar que 90% das c�lulas sobreviventes morram em cada intervalo sucessivo de 10 minutos.

�������� Para a aplica��o de qualquer agente esterilizante, tr�s fatores precisam ser considerados (3):

�������� Como j� foi dito, a morte microbiana � um conceito estat�stico, portanto a esteriliza��o � melhor expressa em termos de probabilidade. O processo de esteriliza��o visa a n�o persist�ncia de c�lulas vi�veis na amostra, num n�mero previs�vel de casos. A probabilidade de falha no processo deve ser infinitesimal, ou seja, esse n�mero previs�vel precisa ser elevado para que a margem de seguran�a seja larga. � levado em considera��o a taxa de mortalidade e a densidade da popula��o do organismo com a menor taxa de mortalidade, uma vez que o material a ser esterilizado cont�m uma mistura de organismos (3). ��

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* Aluna do 4o ano de Gradua��o em Enfermagem - UNICAMP - bolsista de inicia��o cient�fica da FAPESP

ORIENTADORA: Profa. Dra. Maria Helena Baena de Moraes Lopes - Professora Assistente Doutora do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Ci�ncias M�dicas - UNICAMP

Refer�ncias Bibliogr�ficas

(1)  Associa��o Paulista de Estudos e Controle de Infec��o Hospitalar (APECIH).� Esteriliza��o de Artigos em Unidades de Sa�de. S�o Paulo, 1998.

(2)  COSTA, A.O.; CRUZ, M.S.S.; MASSA, N.G.� Esteriliza��o e desinfec��o: Fundamentos b�sicos, processos e controles. S�o Paulo. Cortez, 1990.

(3)  STANIER, R.Y.; DOUDOROFF, M.; ADELBERG, E.A.� Mundo dos Micr�bios. S�o Paulo. Edgard Bl�cher Ltda, 1969.

O que impede o crescimento bacteriano?

Que fator ambiental dificulta o desenvolvimento de microrganismos nos alimentos?

Quais são os fatores que interferem no desenvolvimento dos microrganismos além dos componentes presentes no meio de cultura?

São fatores que limitam o crescimento bacteriano exceto?