Quais foram os maiores beneficiados com a independência do Brasil?

Neste dia 7 de setembro comemoramos mais uma vez a Independência do Brasil de Portugal. Essa data pode ser comparada ao aniversário de 18 anos de alguém. A maioridade é quando a pessoa pode andar por si própria e tem maturidade para tomar suas próprias decisões. Foi assim com o Brasil.

Em 1822, D. Pedro, após receber diversas manifestações de descontentamento de brasileiros e ordens de Portugal que não considerava justas, decidiu que era hora de cortar os laços que ligavam metrópole e colônia.

Como acontece com qualquer pessoa que acaba de alcançar a maturidade, as decisões têm um preço. E não foi diferente com o nosso país. Portugal exigiu o pagamento de de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra. Este foi o início da história de nossa dívida externa.

Quando crescemos temos que lutar contra adversidades. O Brasil também passou por diversas lutas. Nem todo mundo ficou feliz com a separação da metrópole. Em grande parte do país houve tranquilidade, aceitação e até comemoração em relação à independência brasileira. Porém, em algumas províncias, principalmente do Nordeste, ocorreram manifestações e revoltas, organizadas por portugueses, que não queriam a ruptura com Portugal. Militares brasileiros foram enviados para estas regiões e combateram estes movimentos, que ficaram conhecidos como "As Guerras de Independência do Brasil".

Algo que se aprende quando se está no começo da caminhada, logo após alcançar a tão sonhada liberdade que a maioridade proporciona, é que algumas vezes se ganha e outras tantas se perde. O país se libertou da tirania de Portugal, mas poucos foram beneficiados, expondo desde cedo as grandes diferenças sociais que assolam o Brasil. O povo mais pobre sequer acompanhou ou entendeu o significado da Independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte a D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou.

Porém, não se pode deixar de lado o fato de se ter conquistado a tão desejada soberania. Depois de 1822, o Brasil passou por diversos movimentos, com valiosas conquistas e seus benefícios podem ser verificados até hoje, como poder propor, votar e aprovar as próprias leis que regem o país.

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No dia 7 de setembro de 1822, o príncipe regente dom Pedro, irritado com as exigências da corte, declarou oficialmente a separação política entre a colônia que governava e Portugal. Em outras palavras, ele proclamou a Independência do Brasil.

Um mês depois, mais precisamente em 12 de outubro de 1822, dom Pedro foi aclamado imperador e, em 1º de dezembro, coroado pelo bispo do Rio de Janeiro, recebendo o título de dom Pedro 1º.

Resumidamente, a conquista da independência do nosso país poderia ser contada dessa forma, mas a história não é tão simples assim. Começa realmente com o enfraquecimento do sistema colonial e a chegada da corte portuguesa ao Brasil (1808) e só termina em 1824, com a adoção da primeira Constituição brasileira.

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Os motivos da separação

Entre os séculos 18 e 19, cresceram no Brasil as pressões externas e internas contra o monopólio comercial português e a cobrança de altos impostos numa época de livre comércio.

Diversas revoltas - a exemplo da Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana e a Revolta Pernambucana de 1817 -, aliadas à Revolução Francesa e à independência dos Estados Unidos, provocaram o enfraquecimento do colonialismo e reforçaram o liberalismo comercial no Brasil. Em 1808, com a abertura dos portos, o Brasil passou a ter mais liberdade econômica e, com sua elevação à categoria de Reino Unido, deixou de ser, formalmente, uma colônia.

Em 1820, a burguesia portuguesa tentou resgatar sua supremacia comercial, promovendo a Revolução Liberal do Porto. No ano seguinte, o parlamento português obrigou dom João 6º a jurar lealdade à Constituição e a voltar para Portugal. Seu filho dom Pedro foi deixado no Brasil, na condição de príncipe regente, para conduzir uma eventual a separação política.

O rompimento

As pressões contra o controle de portugal cresceram na colônia, e a metrópole passou a exigir a volta de dom Pedro. O príncipe deu sua resposta a Portugal no dia 9 de janeiro de 1822 (dia do Fico), com a célebre frase "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, diga ao povo que fico".

Iniciou-se um esforço político por parte dos ministros e conselheiros de dom Pedro, pela permanência dos vínculos com Portugal, mantendo um pouco de autonomia para o Brasil. Queriam uma independência sem traumas, mas as críticas ao colonialismo ficaram insustentáveis. Dom Pedro, então, se viu pressionado a oficializar o rompimento.

Foi assim que, em 3 de junho de 1822, dom Pedro convocou a primeira Assembleia Constituinte brasileira. Em 1º de agosto, declarou inimigas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil e, dias depois, assinou o Manifesto às Nações Amigas, justificando o rompimento com as cortes de Lisboa e garantindo a independência do país, como reino irmão de Portugal.

Em represália, os portugueses anularam a convocação da Assembleia Constituinte brasileira, enviaram tropas à colônia e exigiram o retorno imediato do príncipe regente a Portugal. No dia 7 de setembro de 1822, durante uma visita a São Paulo, nas proximidades do rio Ipiranga, dom Pedro recebeu uma carta com as exigências das cortes e reagiu proclamando a independência do Brasil. Bahia, Maranhão e Pará, que tinham juntas governantes de maioria portuguesa, só reconheceram a independência em meados do ano seguinte, depois de muitos conflitos entre a população e os soldados portugueses.

No início de 1823, houve eleições para a Assembleia Constituinte que elaboraria e aprovaria a Carta constitucional do império brasileiro, mas, em virtude de divergências com dom Pedro, a Assembleia logo foi fechada. A 1ª Constituição brasileira foi, então, elaborada pelo Conselho de Estado e outorgada pelo imperador em 25 de março de 1824.

Com a Constituição em vigor, a separação entre a colônia e a metrópole foi finalmente concretizada. Mesmo assim, a independência só é reconhecida por Portugal em 1825, com a assinatura do Tratado de Paz e Aliança entre Portugal e Brasil, por dom João 6º.

Reconhecimento da independência do Brasil

Dom Pedro 1º negociou com as nações estrangeiras o reconhecimento da independência do Brasil. Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecê-la oficialmente. Não obstante, a adoção da forma de governo monárquico e as tendências absolutistas do imperador brasileiro gerou resistência ao reconhecimento da independência do Brasil por outros países americanos recém libertos do jugo colonial.

Na Europa, por outro lado, as nações conservadoras se opunham ao reconhecimento da independência de qualquer ex-colônia. A Inglaterra, porém, desempenhou um papel de mediadora, nas negociações para o reconhecimento internacional da independência do Brasil. Obteve deste modo, inúmeras vantagens comerciais. Foi por intermédio da Inglaterra que, em 1825, Portugal reconheceu a independência brasileira em troca de uma indenização de dois milhões de libras.

Quem foram os grandes beneficiados com a independência do Brasil?

Os grandes beneficiados pela independência do Brasil foram os proprietários rurais. Durante o Império, o Estado brasileiro foi organizado em função dessa elite que apoiava uma estranha forma de liberalismo que era caracterizada pelo escravismo.

Quais foram os benefícios da independência do Brasil?

Com a independência do Brasil, o país tornou-se soberano e organizou-se com uma monarquia. Na América do Sul, o Brasil foi a única monarquia, pois as outras nações organizaram-se como repúblicas. Dom Pedro foi coroado imperador e nomeado como d. Pedro I em 1º de dezembro de 1822.

Qual grupo social mais se beneficiou com a independência do Brasil?

Dessa forma, percebemos que a elite agrária e os demais membros das classes dominantes do Brasil conduziram habilmente o nosso processo de independência.

Quais foram os principais objetivos da independência política do Brasil e quem foram os mais beneficiados com ela?

Resposta. Garantir o direito de liberdade comercial e conquistar a total autonomia política. Os beneficiados foram: as elites brasileiras (fazendeiros e grandes comerciantes) que lideraram a Independência, que se aproximaram do príncipe D.