Segundo dornelas, a definição de empreendedorismo de necessidade é:

Empreendedorismo é um tema extensamente discutido no mundo administrativo, havendo várias definições e conceitos bastante subjetivos. Segundo Dornelas (2005, p. 39), empreender é o compromisso entre as partes envolvidas aos processos em conjunto, que concretizam as ideias em uma oportunidade, e a sinergia perfeita dessas oportunidades levam à criação de um negócio de sucesso.

Uma das mais antigas definições do empreendedorismo, que fundamenta e reflete melhor o espírito do empreendedor pode ser de Joseph Schumpeter:

“O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais.” (SCHUMPETER apud DORNELAS, 2005, p. 39).

Segundo Dornelas (2005, p.40), o processo de empreendedorismo engloba todas as funções e atividades no que se diz respeito à criação de novas empresas. O processo se divide em três partes, a primeira é a fase de criação de algo novo, a segunda é a determinação e compromisso para fazer o negócio evoluir e a terceira é que, apesar dos erros e falhas deve se assumir os riscos calculados, as decisões tomadas e principalmente ousar e acreditar.

“O papel do empreendedorismo no desenvolvimento econômico envolve mais do que apenas o aumento de produção e de renda per capita; envolve iniciar e constituir mudanças na estrutura do negócio e da sociedade.” (HISRICH, 2009, p.36).

2.1.1 Análise Histórica do Surgimento do Empreendedorismo

Ao analisar a história do empreendedorismo no mundo encontra-se a origem da palavra empreendedor segundo Dornelas (2005, p. 29).

A palavra empreendedora (entrepreneur) tem origem francesa e quer dizer aquele que assume riscos e começa algo novo. Antes de partir para definições mais utilizadas e aceitas, é importante fazer uma análise histórica do desenvolvimento da teoria do empreendedorismo (HISRISH apud DORNELAS, 2005, p. 29).

No que se refere ao primeiro uso do termo empreendedorismo, pode-se utilizar Marco Polo, quando ele tentou ligar uma rota com o Oriente, após estabelecer um contrato com um homem capitalista para a venda de suas mercadorias.

Segundo DORNELAS, 2005, p. 29, desde a Idade Média o termo empreendedorismo já era utilizado para definir as pessoas que gerenciavam os projetos de população. Essas pessoas não assumiam os riscos, porém gerenciavam os projetos se utilizando dos recursos disponibilizados pelos governantes do país.

Para um entendimento breve e sucinto do passar dos séculos pode-se identificar um pouco a análise histórica conforme o Quadro 2:

SÉCULO XVII SÉCULO XVIII SÉCULO XIX e XX

Richard Cantillon, importante escritor e economista do século XVII, é considerado por muitos como um dos criadores do termo empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a diferenciar o empreendedor – aquele que assume riscos – só capitalista – aquele que fornecia o capital. (DORNELAS, 2005 p.28).

Segundo Dornelas (2005, p. 28), esse foi o Século em que finalmente se diferenciou o empreendedor do capitalista, proveniente do processo de industrialização que ocorreria no mundo.

Aqui cabe uma breve análise das diferenças e similaridades entre administradores e empreendedores, pois muito se discute a respeito desse assunto. Todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para obter o sucesso, no entanto, nem todo bom administrador é um

empreendedor. O

empreendedor tem algo mais, algumas características e atitudes que o diferenciam do administrador tradicional. (DORNELAS, 2005, P. 28).

Quadro 2 Análise Histórica do Surgimento do Empreendedorismo Fonte: DORNELAS (2005)

2.1.2 Empreendedorismo no Brasil

O empreendedorismo no Brasil teve maior ênfase na década de 1990, junto com as entidades do SEBRAE e SOFTEX. Antes disso o empreendedorismo não era cogitado no país, e não era comum a criação de pequenas empresas.

“Os ambientes político e econômico do país não eram propícios, e o empreendedor praticamente não encontrava informações para auxiliá-lo na jornada empreendedora” (DORNELAS, 2005, p. 26).

A criação da Softex tinha o objetivo de levar as empresas de software do Brasil ao mercado externo, no entanto é possível confundir com o histórico do empreendedorismo do Brasil na década de 1990. A partir do resultado da criação de programas, incubadoras de empresas, as universidades de ciências da computação e informática, começaram a despertar na sociedade brasileira o interesse pelo empreendedorismo.

Até então, palavras como plano de negócios (business plan) eram praticamente desconhecidas e até ridicularizadas pelos pequenos empresários. Passados 15 anos, pode-se dizer que o Brasil entra neste novo milênio com todo o potencial para desenvolver um dos maiores programas de ensino de empreendedorismo de todo o mundo, comparável apenas aos Estados Unidos, onde mais de 1.500 escolas ensinam empreendedorismo. Seria apenas ousadia se não fosse possível. Ações históricas e algumas mais recentes desenvolvidas começam a apontar para essa direção. (DORNELAS, 2005, p. 27).

O Brasil se destacou como o país com melhor relação entre o número de habitantes adultos que começam um novo negócio. O que consequentemente chamou a atenção das partes envolvidas no êxito do empreendedorismo do país e do mundo.

Foi o relatório executivo de 2000 do Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2000), onde o Brasil apareceu como o país que possuía a melhor relação entre o número de habitantes adultos que começam um novo negócio e o total dessa população: 1 em cada 8 adultos. Como se sabe, este estudo tem sido realizado anualmente e no gráfico apresentado anteriormente no Brasil aparece em 2003 na sexta posição, com um índice de criação de empresas de 13,2% da população adulta (cerca de 112 milhões de pessoas), correspondendo a mais de 14 milhões de pessoas envolvidas em novos negócios. Ainda assim, uma posição de destaque, com números expressivos. (DORNELAS, 2005, p. 28).

Essa posição não significa o desenvolvimento econômico, a não ser que essa empresa esteja focada na sua oportunidade de mercado, isso ficou claro a partir dos estudos anuais GEM, dos quais pode se originar duas definições de empreendedorismo.

Para o mesmo autor, as definições sobre o empreendedorismo está como: o empreendedorismo de oportunidade, cujo o empreendedor é visionário, pois cria um planejamento para que possa buscar a geração de lucros, empregos e riquezas. Isso faz com que o mesmo esteja diretamente ligado ao desenvolvimento econômico. Pra a segunda definição, é o empreendedorismo de necessidade, onde

o candidato a empreendedor s aventura em um novo negócio, seja por estar desempregado e não possuir mais alternativas de trabalho. Desta maneira, acabem não tendo um planejamento adequado ou nenhum tipo de planejamento, o que lhes faz ter um fracasso rápido, pois não geram um desenvolvimento econômico. Este é um dos tipos mais comuns em países em desenvolvimento como o Brasil, assim também influencia na Atividade Empreendedora Total desses países.

Entretanto para Dornelas (2005, p.28) o Brasil estar ranqueado nas primeiras posições do relatório da GEM não basta, é preciso buscar otimização do empreendedorismo de oportunidade, pois historicamente tem estado abaixo do índice de empreendedorismo de necessidade.

2.1.3 Atividades Econômicas

Uma das atividades de maior interesse no mercado brasileiro atualmente é abrir um restaurante. Segundo o relatório da GEM (2015), cerca de 27% dos empreendedores iniciais brasileiros com até três anos e meio de atividade, e 20% dos estabelecidos com vida superior aos três anos, atuam no setor de alimentos.

Conforme o relatório da GEM (2015), nas atividades como o setor de alimentos, é praticamente inexistente a inovação do empreendedorismo. Suas pesquisas apontam 82,3% dos empreendedores iniciais como não praticantes de nenhuma inovação contra os 5,2% afirmam oferecem algo a mais.

2.1.4 Empreendedor

“Um empreendedor é uma pessoa que detecta uma oportunidade e que cria uma organização (ou a adquire ou é parte de um grupo que o faz) para encará-la” (FREIRE, 2005, p.02).

Segundo HISRICH (2009, p. 31), a busca de um novo empreendimento está ligada ao processo de empreender, ou seja, se tem um envolvimento para uma simples solução de problemas em uma posição administrativa típica. Pois o empreendedor precisa encontrar, avaliar e desenvolver esta oportunidade, superando as forças que resistem à criação de algo novo.

As habilidades necessárias para ser um empreendedor, podem ser classificadas em três áreas:

As habilidades requeridas de um empreendedor podem ser classificadas em três áreas: técnicas, gerenciais e características pessoais. As habilidades técnicas envolvem saber escrever, saber ouvir as pessoas e captar informações, ser um bom orador, ser organizado, saber liderar e trabalhar em equipe e possuir know-how técnico na sua área de atuação. As habilidades gerenciais incluem as áreas envolvidas na criação, desenvolvimento e gerenciamento de uma nova empresa: marketing, administração, finanças, operacional, produção, tomada de decisão, controle das ações da empresa e ser um bom negociador. Algumas características pessoais já foram abordadas anteriormente e incluem: ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ser orientado a mudanças, ser persistente e ser um líder visionário. (DORNELAS, 2005, p.41).

No ponto de apoio (o vértice inferior), está o empreendedor; no vértice da direita, está o capital; e no da esquerda, o projeto ou ideia. Todo processo empreendedor integra estes três componentes. Quando um empreendimento não alcança sucesso, isto é decorrente de uma destas três razões, ou de uma combinação delas: o empreendedor não era bom, não conseguiu o capital necessário ou o projeto empreendido era errado. (FREIRE, 2005, p.06).

Insisto: Nove de cada dez ideias levadas a cabo nascem porque o empreendedor em potencial descobre uma necessidade ou uma oportunidade a partir de sua interação com um segmento do mercado. (FREIRE, 2005, p.16).

O processo de empreender torna-se muito simples quando se compreende, sob a forma de um triângulo invertido, conforme a Figura 1.

Figura 1 Triangulo Invertido Fonte: FREIRE, (2005)

Com isto, fica claro o que pode levar um novo empreendedor ao seu sucesso ou fracasso em seu novo empreendimento. Tudo vai depender dos seus estudos e análises realizadas para um bom desenvolvimento de seu

empreendedorismo, para que assim possa ter uma visão sobre o que está buscando e quais são as suas condições para que se tenha sucesso.

2.1.5 Consumo Alimentar no Brasil e o Desafio da Alimentação Saudável

Segundo o site Portal Brasil (2009, p. 1), uma alimentação saudável previne o surgimento de doenças crônicas e melhora a qualidade de vida. Frutas, verduras, legumes e cereais integrais contêm vitaminas, fibras e outras compostas, que auxiliam as defesas naturais do corpo e devem ser ingeridas com frequências.

A permanência na alimentação do brasileiro de vários itens alimentares como, preparações a base de feijão, e preparações a base de milho, batata doce, abóboras, cará, quiabo, alimentos ricos em micronutrientes como vitaminas e que contêm alto teor de fibra e baixo índice glicêmico, é um aspecto muito positivo. As fibras e o baixo índice glicêmico, que indica o aumento da glicemia no sangue após ingestão dos alimentos, são características muito favoráveis de uma alimentação, pois reduzem o colesterol e protegem quanto ao aparecimento de diabetes. Interessante que esses alimentos são mais consumidos nas faixas de menor renda e nas populações que vivem na área rural.

No documento CLAUDIO ROBERTO DE ALMEIDA DÉBORA FABIANE DA SILVA KAIZER JOSÉ CARLOS COSSA RODRIGO JULIANI NONNA MIA 2016 CURITIBA (páginas 32-37)

Qual é a definição de empreendedor para Dornelas?

Dornelas (2008, p. 22) afirma que “Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam a transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso.”

Quanto ao empreendedorismo por necessidade é correto afirmar que?

Empreender por necessidade depende mais da situação econômica de um país. O número de empreendedores por necessidade, por exemplo, cresce quando o desemprego aumenta. Em teoria, o empreendedorismo por oportunidade permite maiores chances de sucesso, pois pode ser planejado com mais calma e dispondo-se de mais recursos.

O que é empreendedorismo segundo?

Segundo Dornelas (2005), empreendedorismo é a transformação de idéias em oportunidades através do envolvimento de pessoas e processos que gera a criação de negócios de sucesso. O autor Dolabela (2008, p.

São visionários independentes e sabem explorar ao máximo as oportunidades fazendo a diferença criando valor para a sociedade e deixando sua marca no mundo?

são líderes e bem relacionados, mas muito raramente ficam ricos através de seus projetos, pois sempre assumem riscos não calculados. são visionários, independentes e sabem explorar ao máximo as oportunidades, fazendo a diferença, criando valor para a sociedade e deixando sua marca no mundo.