Como o próprio nome diz, os elementos transurânicos são aqueles que possuem o número atômico superior ao número atômico do urânio, isto é, maior que 92 e, que, portanto, vêm após esse elemento na Tabela Periódica. Show A obtenção e a descoberta desses elementos em laboratório se devem às experiências realizadas com o bombardeamento com partículas de núcleos atômicos estáveis, de elementos que não são naturalmente radioativos. Assim, eles sofrem transmutação e se transformam em outros elementos. As primeiras tentativas de produção de elementos além do urânio foram feitas por Fermi, Segrè e colaboradores em 1934, baseando-se nos trabalhos de Irene Curie e Frederic Joliot sobre a radioatividade artificial por meio do bombardeamento de núcleos. No entanto, apenas em 1940 é que isso foi realizado pela primeira vez, por Edwin M. McMillan e Philip H. Abelson. Eles bombardearam o núcleo do urânio-238 com um feixe de nêutrons; e o resultado foi a obtenção do primeiro elemento transurânico, o netúnio (Np), com número atômico 93: 92238U + 01n → 93239Np + -10β Nesse caso, os nêutrons não possuem carga, portanto seu bombardeamento ocorre com maior facilidade, não sofrendo repulsão por parte do núcleo, que é carregado positivamente. No entanto, como as pesquisas para obtenção de elementos transurânicos foram se aprofundando, outras partículas (como as partículas alfa, os dêuterons e os prótons) passaram a ser usados como projéteis nesses bombardeamentos. Mas como elas possuem carga positiva, é necessário o uso de um acelerador de partícula, que aumenta as suas velocidades a fim de romper as forças de repulsão com o núcleo. Assim, com o auxílio dos aceleradores de partículas, possibilitou-se a produção de vários elementos artificiais com números atômicos mais elevados. No mesmo ano de 1940 foi produzido outro elemento transurânico, o plutônio (Pu), com número atômico 94, conforme as reações a seguir: Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) 12H + 92238U → 93239Np + 2
01n Os demais elementos transurânicos descobertos foram: o amerício (Am), o cúrio (Cm), o berquélio (Bk), o califórnio (Cf), o einstênio (Es) e o férmio (Fm). E com o tempo houve outros. Na tabela a seguir são mostrados seus números atômicos e as reações de suas obtenções:
No entanto, a determinação das propriedades desses elementos é muito difícil, pois eles são conseguidos em pequenas quantidades e também apresentam grande instabilidade nuclear, decaindo rapidamente quanto maior for seu número atômico. Um cientista que se destacou nesse campo foi Glenn T. Seaborg, que chefiou a seção que trabalhava com elementos transurânicos dentro do Projeto Manhattan (responsável pelo desenvolvimento da bomba atômica). Foi ele quem isolou e descobriu o plutônio, juntamente com E. M. McMillan, J. W. Kennedy e A. C. Wahl. Depois, ele também descobriu mais quatro elementos transurânicos e, ainda, esteve envolvido na descoberta de mais cinco. Glenn Seaborg, em 1944, propôs a hipótese de que os elementos de número atômico acima do actínio (Z = 89) formavam uma nova série semelhante aos lantanídeos.Isso permitiu a explicação das propriedades químicas tanto de elementos já identificados quanto dos ainda não identificados. Assim, em 1945, ele publicou a primeira Tabela Periódica que continha os novos elementos descobertos.
Localização dos elementos transurânicos na Tabela Periódica Por seus trabalhos nessa área ele recebeu o Prêmio Nobel de Química, em 1951, juntamente com o físico Edwin M. McMillan, já citado. Em sua homenagem, no ano de 1997, o elemento artificial de número atômico 106 foi denominado seabórgio. O batismo de um novo elemento precisa ser aprovado pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC).
Os elementos com número atômico superior ao do urânio (Z > 92) são todos artificiais e são por isto denominados de elementos transurânicos. Há elementos químicos que existem em estado natural, como o ouro, a platina, por exemplo enquanto há outros que somente ocorrem quando combinados com outros elementos realizando, neste caso, o que denominamos de composto químico. A água é o composto químico mais conhecido (H2O). Todos os elementos com Z > 92 são radioativos e os cientistas definiram uma quantidade denominada de meia vida ou período de semi-desintegração para caracterizar tempos característicos de emissão destas radiações. Segundo esta definição, como a quantidade de matéria radioativa possui um valor no início do processo de decaimento, a sua meia-vida corresponderá à metade do valor inicial.
O carbono 14 por exemplo é radioativo e tem uma meia-vida de cerca de 5.700 anos. Ou seja, dada uma certa quantidade inicial de Carbono 14, após cerca de 5.700 anos teremos metade deste valor. Os cientistas definem também uma quantidade denominada de vida-média de um radioisótopo, que é o tempo médio que um átomo de um radioisótopo leva para se desintegrar. As propriedades químicas e físicas dos elementos são sintetizadas em uma tabela denominada de Tabela Periódica. Estas propriedades são conhecidas por meio de diferentes processos como por exemplo por meio de reações químicas ou físicas.
Todos os elementos possuem massa atômica, número atômico, ponto de fusão e ebulição. Atualmente são conhecidos 114 elementos, sendo que apenas 88 deles são encontrados na natureza (elementos naturais) e o restante são sintéticos (elementos químicos cujos átomos são produzidos artificialmente).
Denomina-se elemento químico um conjunto de átomos que têm o mesmo número de prótons em seu núcleo, ou seja, o mesmo número atômico (Z). O termo elemento químico pode se referir também a elementos fundamentais da matéria, que não podem decompor-se em substâncias mais simples por métodos químicos, ou seja, elementos indivisíveis. Este último conceito algumas vezes é chamado de substância elementar, diferindo da primeira definição, mas muitas vezes, o mesmo conceito é usado em ambos os casos.Ex.:
Dessa forma, o número atômico é característica de cada elemento químico, sendo como seu número de identificação. Oficialmente são conhecidos 112 elementos químicos, atualmente. Dentre esses, 91 são naturais e 21 são artificiais. Elementos naturais e sintéticos: Elementos naturais:
Porem o: Tecnécio (Tc), de número atômico 43; Promécio (Pm), de número atômico 61, e; Astato (At), de número atômico 85, também são elementos artificiais. Elementos sintéticos:
No campo da química são conhecidos como elementos sintéticos aqueles que são produzidos artificialmente, ou seja, pela mão do homem. São geralmente instáveis, ou seja, eles se transformam em outros elementos de modo espontâneo a partir de um certo tempo, até mesmo poucos segundos ou ainda menos depois de obtidos. São todos sintetizados em laboratório e radioativos na natureza, o que significa que eles emitem radiação (propagam a energia de que são constituídos). A partir do século XX, os últimos elementos naturais foram descobertos e então vários materiais sintéticos foram sendo desenvolvidos, e muitos deles já têm suas propriedades determinadas, nome próprio e até mesmo utilização garantida na indústria.
Além do tecnécio, o promécio (61), o astato (85), o frâncio (87) e o grupo transurânico são produtos de experiências, não ocorrem na natureza, e são, portanto, sintéticos. Elementos transurânicos são aqueles cujo número atômico é maior do que o urânio, de peso atômico 92.
A IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) é a responsável pela denominação das novas descobertas. Enquanto alguns são nomeados a partir do lugar onde foram descobertos (exemplo de amerício e califórnio), outros devem seus nomes ao cientista que os descobriu (exemplo de einstênio, cúrio, mendelévio, etc). Para nomear qualquer partícula, sua existência deve ser comprovada por seu descobridor. Até isso acontecer, eles são referidos por nomes provisórios, até que sejam nomeados oficialmente. Os elementos de ununbium para ununoctium ainda aguardam pelos seus nomes oficiais e, portanto, são conhecidos por nomes provisórios em latim (a exemplo de ununtrium, ununpentium, ununseptium, ununoctium, que nada mais são que o equivalente em latim a 111, 115, 117 e 118).
O produto natural é aquele que é o mais próximo possível da sua natureza, não contem adição de componentes em sua composição que venham a alterar as suas condições químicas e biológicas Ocorrência:
Simbologia ou Representação:
Desde o tempo dos alquimistas os elementos químicos conhecidos já eram representados por símbolos. Por exemplo: o ouro era identificado pelo símbolo do Sol e a prata pelo símbolo da Lua.Atualmente adota-se o método de J. J. Berzelius sugerido em 1811:
Elementos trans férmios: Terminando com trinta anos de controvérsias, a IUPAC através do CNIC (Committee en Nomenclature of Inorganic Chemistry) comunicou, em 30 de agosto de 1997, que os nomes e os símbolos dos elementos transférmios (número atômico maior que o do férmio) seriam:
Os isótopos com números atômicos 113, 115, 117 e 118 ainda não foram nomeados permanentemente, mas têm nomes provisórios: 113 - Ununtrium - (Unúntrio) - Uut 115 - Ununpentium - (Ununpêntio) - Uup 117 - Ununseptium - (Ununséptio) - Uus 118 - Ununóctio - (Ununóctio) - Uuo Fórmulas Moleculares Qual o nome dos elementos químicos superiores a 92?Elementos químicos transurânicos são todos os elementos químicos que possuem o número atômico (ou seja, número de prótons no interior do núcleo) superior a 92.
Quais são os nomes dos elementos químicos?Todos os Elementos Químicos. Qual é o elemento de maior número atômico?O oganessônio é o elemento 118 da Tabela Periódica, sendo, portanto, o elemento de maior número conhecido até então. Oganessônio, o elemento químico de número atômico 118. O oganessônio, símbolo Og, número atômico 118, é o elemento químico de maior número atômico existente na Tabela Periódica até agora.
Quais os 118 elementos químicos da Tabela Periódica?O Ununócio é o último elemento químico sintetizado em laboratório. Ele possui número atômico 118 e seu símbolo é Uuo.
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