Qual e o nome do movimento que Pernambuco participou para expulsar os holandeses?

Personagens importantes da história da Insurreição Pernambucana – quando os holandeses foram expulsos do estado – agora fazem parte do seleto grupo dos Heróis da Pátria. Uma lei federal publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (7) inclui os nomes dos militares Francisco Barreto de Menezes, João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Henrique Dias, Antônio Filipe Camarão e Antônio Dias Cardoso no Livro dos Heróis da Pátria.

De acordo com a Lei Nº 12.701, decretada pelo Congresso e sancionada pela presidente Dilma Rousseff, o nome dos militares, decisivos para a expulsão final das tropas holandeses em 1654, passam a integrar o livro, que se encontra depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília.

Juntos, os novos heróis da pátria participaram das decisivas batalhas do Monte das Tabocas, a de Casa Forte e as duas do Monte dos Guararapes. O general luso-brasileiro Barreto de Menezes foi o chefe militar da campanha de libertação e restauração de Pernambuco, contra os holandeses, na segunda batalha. Após a expulsão, foi capitão-general da capitania  e governador-general da colônia.

Sob o comando de Menezes, os pernambucanos conseguiram vencer os holandeses, no Monte dos Guararapes, no município de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O Exército era dividido em quatro tropas, lideradas por Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Henrique Dias e Filipe Camarão – todos fundamentais para a vitória. Antônio Dias Cardoso, por sua vez, foi comandante da tropa de Vieira, decisiva no processo da Restauração Pernambucana,  desde a batalaha do Monte das Tabocas, em Vitória de Santo Antão.

Os holandeses invadiram as terras de Pernambuco em 1630. Até 1654, a capitania ficou sob o domínio holandês, através da Companhia das Índias Ocidentais, quando o Recife passou por transformações culturais e econômicas no governo do conde Maurício de Nassau. Em 1645, se deu início o processo de Restauração Pernambucana, que se consolidou com a vitória portuguesa na Batalha dos Guararapes, em 1649. Os holandeses deixaram definfitivamente o estado em 1654.

O Livro dos Heróis da Pátria, de acordo com a Lei 11.597/07, destina-se ao registro perpétuo do nome dos brasileiros ou de grupos de brasileiros que tenham oferecido a vida à Pátria, para sua defesa e construção, com dedicação e heroísmo. A distinção só pode ser concedida no mínimo 50 anos depois da morte do homenageado.

Também estão na lista nomes como Anita Garibaldi; o padre Roberto Landell de Moura; Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes; Zumbi dos Palmares; Marechal Manuel Deodoro da Fonseca; Dom Pedro I; Marechal Luís Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias; Coronel José Plácido de Castro; Almirante Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré; Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, Barão do Amazonas; Alberto Santos Dumont; e José Bonifácio de Andrada e Silva.

A íntegra do texto publicado no Diário Oficial

"Lei Nº 12.701, de 6 de agosto de 2012
Inscreve os nomes de Francisco Barreto de Menezes, João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Henrique Dias, Antônio Filipe Camarão e Antônio Dias Cardoso no Livro dos Heróis da Pátria.

A  PRESIDENTA DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Inscrevam-se os nomes de Francisco Barreto de Menezes, João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Henrique Dias, Antônio Filipe Camarão e Antônio Dias Cardoso no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 6 de agosto de 2012; 191º da Independência e 124º da República.
DILMA ROUSSEFF
Anna Maria Buarque de Hollanda
Celso Luiz Nunes Amorim"

Qual e o nome do movimento que Pernambuco participou para expulsar os holandeses?

A Insurreição pernambucana foi um confronto de lusos-brasileiros contra o domínio holandês no Nordeste açucareiro. Os antecedentes já traziam pequenos confrontos, mas em 1645 houve uma articulação de todos segmentos sociais para acabar com a invasão holandesa. Importantes consequências se originaram a nível nacional!

Neste artigo sobre Insurreição pernambucana, você encontrará:

  1. O que foi a Insurreição Pernambucana
  2. Contexto histórico – antecedentes
  3. Principais nomes e reforços
  4. Causas, Desfecho e Consequências importantes!
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A Insurreição Pernambucana, também conhecida como Guerra da Luz Divina, foi um confronto contra o domínio holandês na Capitania de Pernambuco, ocorrido na época da colonização do Brasil.

Os Holandeses haviam invadido o nordeste brasileiro, fazendo com que houvesse uma fase inicial de revolta por parte dos senhores de engenho (1630-35). Com isso, alguns tratados comerciais aquietaram a invasão (1635-45), mas logo depois vieram as cobranças de dívidas. 

Espalhou-se o sentimento de revolta não só nos pernambucanos, mas também nos baianos e nos portugueses que habitavam aqui (luso-brasileiros). Assim, iniciou-se a derradeira guerra em 1645 que durou nove anos

Ao final, toda a articulação com os portugueses fez com que conseguissem a retirada dos holandeses do Nordeste brasileiro. Porém, os conflitos só foram realmente resolvidos quando Portugal e Holanda assinaram um acordo conhecido como Tratado de Paz de Haia, que foi precedido por indenizações.

  • Agora que você já tem uma visão geral, vamos compreender o contexto histórico, as causas, os principais nomes e as consequências importantes!

Contexto histórico – Antecedentes

No século XVII, a Holanda vivia em conflitos com a Espanha pela independência dos Países Baixos. Sendo pequena e sem alianças, os holandeses investiram na expansão comercial-marítima e criaram a Companhia das Índias Ocidentais. Era uma empresa especializada em comércio colonial, principalmente relacionada ao açúcar.

Para ampliação dos negócios, invadiam terras na América Latina e na África e assim satisfaziam dois propósitos de uma só vez: fixar pólos de exploração açucareira no Nordeste brasileiro e enfraquecer a Espanha. Na época, Espanha e Portugal faziam parte da União Ibérica

Inicialmente, as expedições holandesas só tiveram êxito em Pernambuco, a partir de 1630. Estavam sob o comando de Maurício de Nassau, um visionário que dava empréstimos aos senhores de engenho e não interferia em questões culturais e religiosas. Neste período, Pernambuco desfrutou de um período de prosperidade.

Contudo, o dinheiro do governo holandês era gasto em guerras, o que gerou altíssimas despesas. Com o tempo, não se tinha mais condições de bancar a produção açucareira no Brasil e Nassau retornou para a Holanda. Os holandeses passaram a cobrar dívidas dos nordestinos mesmo eles passando por um período de seca e de baixa produção

Causas da Insurreição Pernambucana

Qual e o nome do movimento que Pernambuco participou para expulsar os holandeses?

Essa situação de cobrança e gerou uma insatisfação na região e os senhores de engenho aderiram às táticas de guerrilhas contra os holandeses. 

Além disso, a Coroa Portuguesa sempre se sentiu incomodada com os holandeses, visto que eles eram invasores que extraíam as riquezas e eram judeus ou protestantes. Havia um contexto perfeito para se unir aos senhores de engenho e iniciar uma batalha definitiva contra os holandeses.

Qual e o nome do movimento que Pernambuco participou para expulsar os holandeses?

Diante de tudo isso, podemos resumir as causas:

  • Saída de Nassau do Brasil e prejuízo no governo Holandês (devido às guerras), levando à cobrança de dívidas dos nordestinos
  • Senhores de engenho nordestinos em época de seca e pressionados à pagar dívidas
  • Apoio da Coroa Portuguesa e da Bahia às guerrilhas dos senhores de engenho, devido às divergências religiosas e sucessivas invasões de territórios

Principais nomes da Insurreição Pernambucana e Reforços recebidos

Qual e o nome do movimento que Pernambuco participou para expulsar os holandeses?

Como os holandeses ameaçavam expandir-se para além de Pernambuco, o governo da Bahia enviou o Sargento-Mor Antônio Dias Cardoso para organizar e treinar o exército dos patriotas na Mata do Brasil, antes da insurreição. 

Eles estavam em colaboração com o líder civil do movimento já iniciado em Pernambuco, o João Fernandes Vieira. 

O apoio externo foi reforçado pelas tropas de Filipe Camarão e de Henrique Dias, um que advinha das terras indígenas (potiguaras e tupiniquins, sob domínio holandês) e outro que era de família de escravos libertos. 

Para completar a trama, enviou-se uma infantaria marinha a mando de Salvador de Sá, André Vidal de Negreiros e Martim Soares Moreno. Eles haviam mentido que iriam às regiões dominadas pelos holandeses para acabar com a insurreição, quando na realidade vieram para apoiá-la.

Desfecho

Diante dessa ação conjunta, que mobilizou grande parte dos segmentos brasileiros, travou-se a Batalha das Tabocas e a Batalha de Guararapes, os dois grandes golpes que enfraqueceram primeiro os holandeses. Encurralados, os holandeses encerraram seu período de dominação com a derrota na batalha de Campina da Taborda, em 1654. 

Ainda assim, a Holanda saía endividada pelos investimentos que fizera e não tivera retorno. Para deixar de uma vez por todas a região, pediu uma indenização para a Coroa Portuguesa. Estando tudo acertado, selaram um acordo de paz chamado de Tratado de Haia.

Consequências da Insurreição de Pernambuco

  • Depois de serem expulsos do Brasil, os Holandeses se fixaram nas Antilhas, na América Central. Lá prosperaram com a produção açucareira mais barata e ganharam boa parte do comércio mundial. Isso acabou por fomentar a crise açucareira no nordeste brasileiro.
  • Ainda assim, a Insurreição Pernambucana é o episódio de maior relevância para a formação da nacionalidade brasileira, visto que conseguiu mobilizar diferentes segmentos sociais, classes, cores, etnias em prol de defender o território brasileiro. Além disso,acabou por impulsionar as origens do Exército Nacional.
  • Por fim, alguns consideram que a Insurreição Pernambucana influenciou diretamente na Guerra dos Mascates e até mesmo na Revolução Pernambucana:

Com a saída dos Holandeses, os burgueses de portugal (conhecidos como mascates), ocuparam Recife e prosperaram na vila. A cidade de Olinda olhou este fato com desconfiança, pois era composta por uma maioria de senhores de engenho locais que enfrentavam o fim a crise. Este foi o cenário inicial da Guerra dos Mascates.

Já a Revolução Pernambucana, que ocorreu bem posteriormente, teve causas que foram indiretamente desencadeadas pelo cenário anterior. A crise econômica regional (pela queda do açúcar), o absolutismo monárquico português que dominava o comércio da região e a influência das ideias Iluministas propagadas pelos maçons europeus; foram causas relacionadas.

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Qual é o nome do movimento de que Pernambuco participou para expulsar os holandeses?

Nesse clima de forte tensão, eclode em 1645, a chamada Insurreição Pernambucana. Tal conflito marcou a mobilização dos grandes proprietários de terra em favor da expulsão dos holandeses do Nordeste brasileiro.

Quem expulsou os holandeses de Pernambuco?

Por um ano, os holandeses governaram o Brasil até que foram expulsos em 1625 por uma poderosa esquadra comandada pelo almirante espanhol D. Fradique de Toledo.

O que levou os holandeses a serem expulsos de Pernambuco?

Os holandeses foram expulsos do Brasil, após revolta dos pernambucanos, por não pagarem os empréstimos concedidos no início da invasão. Aproveitando essa agitação em Pernambuco, Portugal, já independente da Espanha, uniu-se aos colonos brasileiros para expulsar os holandeses.

Qual é o nome da Batalha em que os holandeses foram derrotados?

A Batalha dos Guararapes aconteceu na antiga Capitania de Pernambuco, no Morro dos Guararapes. Luso-portugueses e neerlandeses, ou holandeses, lutavam pelo controle territorial da região Nordeste. O conflito foi dividido em dois momentos.