Quais são os principais problemas ambientais enfrentados na região Sudeste?

Publicado em: 9 de fevereiro de 2021

Quais são os principais problemas ambientais enfrentados na região Sudeste?
No caso brasileiro, contaminação do ar é gerada principalmente pelos veículos pesados, dentre os quais os ônibus a diesel

Estudo desenvolvido por Harvard mostra que em 2018 uma em cada cinco mortes no planeta teve como causa a contaminação do ar. Para físico brasileiro Paulo Artaxo, Proconve 8 pode salvar milhares de vidas

ALEXANDRE PELEGI

Um estudo publicado nesta terça-feira, 09 de fevereiro de 2021, calcula que mais de 8 milhões de pessoas morreram em 2018 devido à poluição por queima de combustíveis fósseis, como o diesel e o carvão.

O artigo está na revista Environmental Research e foi desenvolvido por cientistas da Universidade de Harvard, em colaboração com a Universidade de Birmingham, a Universidade de Leicester e o University College London (UCL).

Na prática é o mesmo que dizer que 1 em cada 5 mortes no mundo teve a contaminação do ar como causa.

Como as regiões com as maiores concentrações de poluição do ar por combustíveis fósseis foram identificadas o Leste da América do Norte, Europa e Sudeste Asiático. São as que têm as maiores taxas de mortalidade, segundo o trabalho publicado.

De acordo com os pesquisadores, o problema nessas regiões está relacionado, sobretudo, às usinas termelétricas movidas a carvão.

Apesar do Brasil não aparecer como um dos países mais afetados, a região Sudeste do país se destaca, como se pode ver no mapa:

Quais são os principais problemas ambientais enfrentados na região Sudeste?

O físico ambiental e professor da USP, Paulo Artaxo, explica o motivo: “Quando esses estudos olham para o Brasil, eles observam todo o território, o que pode dar a falsa impressão de que os brasileiros não estão expostos a altos índices de contaminação do ar, mas mais de 80% da população brasileira vive em cidades, que é onde está concentrada a poluição por material particulado oriunda da queima de combustível fóssil“.

Na América Latina, em 2012 quase 6% das mortes de crianças (747 falecimentos) e cerca de 8% das mortes de adultos (cerca de 180 mil falecimentos) tiveram como causa a poluição atmosférica. Esse percentual é semelhante ao de adultos mortos no Brasil pela mesma razão.

No caso brasileiro, Paulo Artaxo ressalta que a contaminação do ar é gerada principalmente pelos veículos pesados, e cita os ônibus movidos à diesel.

O físico afirma já existir tecnologia para coletivos com baixa emissão ou até emissão zero, como é o caso dos ônibus elétricos, mas ele acusa interesses econômicos pelo não avanço.

Artaxo ressalta que os legisladores brasileiros não têm agido de acordo com a gravidade do problema no país. “As montadoras querem adiar por ainda mais tempo o Proconve 8, um padrão tecnológico que reduz a poluição gerada pelos veículos salvando milhares de vidas e que já foi adotado nos países desenvolvidos uma década atrás. Nós temos que nos questionar: a legislação é feita para proteger as pessoas ou as indústrias?“.

NOVA METODOLOGIA

Uma nova metodologia adotada pelos pesquisadores de Harvard permitiu chegar a números tão surpreendentes. Ao invés de observações de satélite para estimar as concentrações médias anuais globais de partículas em suspensão no ar, conhecidas como PM2,5, os estudiosos se voltaram para um modelo global 3D de química atmosférica com alta resolução espacial. Com isso, foi possível dividir o globo em uma grade com caixas de até 50 km x 60 km e observar os níveis de poluição em cada caixa individualmente.

“Com dados de satélite, você está vendo apenas peças do quebra-cabeça“, disse Loretta J. Mickley, co-autora do estudo e pesquisadora sênior em Interações Químico-Climáticas da Harvard John A. Paulson School of Engineering and Applied Sciences (SEAS). “É um desafio para os satélites distinguir entre os tipos de partículas, e pode haver lacunas nos dados“.

Mas não apenas esta inovação foi apresentada no estudo publicado hoje.

O modelo de avaliação da ligação entre os níveis de concentração de partículas e os resultados em saúde também é novidade. Ele foi desenvolvido pelos professores de Epidemiologia Ambiental de Harvard, Alina Vodonos e Joel Schwartz. O novo modelo encontrou uma taxa de mortalidade mais alta para exposição às emissões de combustíveis fósseis a longo prazo, inclusive em concentrações mais baixas.

“Em vez de depender de médias espalhadas por grandes regiões, queríamos mapear onde está a poluição e onde as pessoas vivem, para podermos saber mais exatamente o que as pessoas estão respirando”, disse Karn Vohra, estudante de pós-graduação da Universidade de Birmingham e primeira autora do estudo.

“Muitas vezes, quando discutimos os perigos da combustão de combustíveis fósseis, ficamos no contexto do CO2 e das mudanças climáticas e ignoramos o potencial impacto na saúde”, disse Schwartz.

“Nosso estudo dá novas evidências de que a poluição do ar pela contínua dependência dos combustíveis fósseis é prejudicial à saúde global”, disse Marais. “Não podemos, em boa consciência, continuar a depender dos combustíveis fósseis, quando sabemos que existem efeitos tão severos sobre a saúde e alternativas viáveis e mais limpas“.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

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