Quais são os métodos de proteção contra descargas atmosféricas?

Os subsistemas de captação de para-raios podem ser compostos por captor ou captores tipo Franklin, o que determina o numero de captores de para-raios é o tamanho da edificação; a largura x comprimento x altura do captor de para-raios em relação ao solo. Atualmente a norma técnica permite considerar a ponta de um tubo metálico como captor de para-raios, assim como uma torre metálica também pode ser considerada um captor de para-raios. Basicamente, toda e qualquer parte metálica que possa ser atingida por uma descarga atmosférica, deve ser considerada no projeto do sistema de para-raios, assim sendo será naturalmente um captor de para-raios, por exemplo: ruflos, chaminés, tanques metálicos, guarda-corpo, heliporto, escadas, estruturas metálicas de galpões, telhas de metal, mastros de antenas etc, em alguns casos o projetista não instala o subsistema de captação, pois já existe naturalmente, apenas interliga ao subsistema de descidas ou subsistemas de aterramentos. Por fim, outra forma de se obter um bom meio de captação de para-raios é instalar cabos de cobre nú com 35mm2 de seção, em torno de todo perímetro da edificação, mais cabos transversais, formando uma grande gaiola de faraday ou através de fitas de alumínio com no mínimo 70mm2 de seção, tudo conforme determina a norma técnica de para-raios NBR 5419:05.

NOTA: toda estrutura a ser protegida por sistema de para-raios, que tenha mais de 10mts de altura em relação ao solo deve receber um cabo em torno de todo perímetro, como complemento do sistema de para-raios, sendo uma exigência da NBR 5419:05, norma técnica de para-raios.

Os subsistemas de descidas de para-raios podem ser compostos por cabos de cobre nu com 16mm2, caso a edificação tenha até 20mts de altura, acima disso devem ser utilizados cabos para-raios de cobre nu com 35mm2 ou fitas de alumínio com 70mm2, com todas as descidas interligadas por anéis a cada 20 mts, conforme determina a norma técnica NBR 5419:05. Os pilares das estruturas metálicas, desde que a condução elétrica seja garantida, também poderão ser utilizados com descida natural de para-raios, evitando gastos com cabos de cobre nu ou fitas de alumínio, e melhorando a manutenção do sistemas de para-raios, pois será mais difícil de sofrer vandalismos ou furtos de cabos de para-raios.

NOTA: em muitas instalações de para-raios é aconselhável a utilização das fitas de alumínios ou dos aços das estruturas metálicas ou do concreto armado devido aos casos frequentes furtos de cabos de para-raios. Outra dica; no mínimo devem ser feitas duas descidas de para-raios, por edificação, mesmo que seja uma pequena construção. Quando as edificações com para-raios forem muito amplas (shopping centers, galpões de logísticas, grandes indústrias), com mais de 40 (quarenta) metros de largura dever-se-á instalar diversas descidas de para-raios dentro do volume a proteger.

Os subsistemas de aterramentos de para-raios podem ser formados pela própria estrutura de aço contida nas fundações, sapatas, colunas e baldrames das edificações, seja o alicerce de um condomínio, ou clube ou indústria ou igreja ou fazenda ou sitio ou chácara ou de uma simples residência. A quantidade de metal existente nas fundações do concreto armado é muito grande e encontra-se protegida contra a corrosão, devido estar envelopada no concreto que é higroscópico e apresenta alta condutibilidade, maior que a terra preta de jardim, considerado um dos solos mais condutores nos projetos de para-raios. Outra forma de obter-se um bom aterramento, seja de para-raios, ou sistema elétrico é a utilização de haste de alta camada, ou seja; com 254 micros de cobertura de cobre sobre uma barra redonda de aço de no mínimo 2,40m de comprimento x 5/8″, conhecida por haste copperweld, as quais deverão ser cravadas ao solo, no mínimo 02 (duas), por determinação normativa e no máximo o numero suficiente para obter uma boa drenagem ao solo das correntes elétricas oriundas do subsistema de captação de para-raios. Para determinar esta medida são utilizados medidores tipo terrometros, que simulam a descarga atmosférica em menor proporção e depois comparam com a tensão residual que o solo conseguiu drenar através do subsistema de aterramento de para-raios.

NOTA: mais importante que um bom aterramento de para-raios, com medição ôhmica bem baixa (NBR 7117:81 – Medição da resistividade do solo pelo método dos quatro pontos – Wenner), é a equalização dos aterramentos, como terra único (Teoria do Barco) e a instalação do BEP (Barra de Equalização de Potenciais) conforme determina a norma técnica de instalações de baixa e medias tensões para-raios NBR 5410. É proibido por norma técnica a utilização de alumínio dentro do solo no aterramentos de para-raios ou aterramento elétrico ou simples interligações.

Para elaboração do projeto do Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas, escolhemos o melhor modelo que se adequa à edificação, levando em consideração outros fatores da edificação e obedecendo o quesito segurança, sempre em primeiro lugar. Os métodos mais comuns utilizados na elaboração de projetos de SPDA são: Ângulo reto (Franklin) e Malhas (Gaiola de Faraday). Em todos eles, temos know-how em projetar o SPDA escolhendo o melhor método para proteger a sua edificação.

Método Franklin

O método de proteção por para-raios tipo Franklin, consiste na utilização de um ou mais mastros com captores de modo que todo volume da edificação a ser protegido fique dentro de uma zona espacial do sistema, cujo ângulo é tabelado conforme o nível de proteção e altura do plano de referência.

Método Gaiola de Faraday

Este método se baseia na planta de cobertura da edificação, envolvendo toda a estrutura por malhas e cabos de descida, aterrados convenientemente, espalhados por toda a estrutura de acordo com o espaçamento prescrito pelo nível de proteção.

Etapas para o desenvolvimento de projetos de SPDA

– Gerenciamento de risco;
– Definição do método de proteção;
– Calcular as proteções de forma adequada;
– Definir a quantidade e posição das descidas;
– Definir o eletrodo de aterramento;
– Definir equalizações de Potenciais;
– Definir MPS-Medidas de Proteção contra Surtos;
– Cálculo das distancias de segurança.

Vantagens de ter um projeto de SPDA

– Auxílio na instalação do sistema, evitando erros.
– Facilidade para eventuais e posteriores manutenções.
– Posicionamento correto dos elementos do sistema.
– Facilidades para certificações ISO ou para atender as seguradoras ou corpo de Bombeiros.
– Projeção do sistema conforme as normas vigentes, atendendo ás questões legais.
– Minimização de riscos de incêndios, choques, queima de aparelhos, centelhamentos, etc.

Qual o método de proteção contra descargas atmosféricas?

O SPDA serve para proteger pessoas, edifícios, prédios, tanques, tubulações e outros contra descargas atmosféricas. A função do SPDA é direcionar e dissipar as descargas atmosféricas por um caminho seguro até a terra. Ele evita/minimiza os danos em construções e pessoas oriundos de tais descargas.

Qual medida preventiva podemos tomar em relação aos riscos das descargas atmosféricas?

Quais cuidados devem tomar? Se a pessoa estiver ao ar livre no caso de tempestades acompanhadas de descargas atmosféricas, deve procurar um abrigo seguro, longe de árvores e estruturas metálicas. Caso esteja dirigindo, pare em local elevado, por ser livre de inundações, mas longe de árvores, redes elétricas e rios.