Quais são as principais causas e consequências da concentração fundiária no Brasil?

A Terra de Direitos, por meio da assessoria jurídica popular, age para garantir o reconhecimento do direito à terra urbana e rural como um direito humano fundamental. Trabalha na defesa jurídica de famílias em situação de despejo e para a efetivação de uma política nacional de mediação de conflitos fundiários que permita soluções adequadas à dignidade da pessoa humana.

O Brasil sustenta historicamente uma grave concentração fundiária no campo e na cidade. O índice Gini – medida de desigualdade – aponta o quanto a concentração de terras no país é assustadora. Numa escala de 0 a 1 (em que o mais próximo a 0 significa menor a desigualdade), temos um índice de 0,820. Note-se que esses números variaram muito pouco de 1968 a 2000, quando foram medidos.

Atualmente, menos de 1% das propriedades rurais no país tem tamanho superior a mil hectares. Contudo, essas mesmas propriedades ocupam 43% da área ocupada por estabelecimentos rurais. Nas cidades, vê-se a mesma lógica de concentração da propriedade, isto é, cerca de 6,07 milhões de domicílios vagos para 33 milhões de pessoas sem acesso à moradia adequada.

Essa desigualdade no acesso à terra para produção, moradia e reprodução da vida gera inúmeros conflitos, na maioria das vezes violentos e em desrespeito aos direitos daquelas e daqueles que lutam por uma vida digna. Adicionalmente, a realidade aponta grandes desafios ao cumprimento da função social da propriedade, cuja obrigatoriedade já se encontra na Constituição Federal Brasileira de 1988, assim como diversos mecanismos que visam garantir que o preceito seja respeitado e exigido. Não obstante, continuamos convivendo com o latifúndio no campo e com a especulação imobiliária e a ociosidade de imóveis na cidade.

A Terra de Direitos trabalha contra as graves violações de direitos humanos em situações de conflitos fundiários, promovendo denúncias e ações voltadas à responsabilização e recomposição dos danos causados às vítimas.

Governança territorial: principais problemas na gestão de ativos imobiliários

Por Paula Machado 11 nov., 2022

A gestão de ativos imobiliários em grandes empreendimentos é muito complexa, afetando aspectos operacionais, ambientais e resultando em perdas financeiras e a imagem das corporações. No Brasil, as empresas ainda passam por diversos desafios no que tange a regularidade de documentos e registros de imóveis, agravando a dificuldade em regularizar projetos e manter uma boa governança territorial. Importância da Tecnologia da Informação na governança territorial Quando falamos em governança territorial, muitos dos problemas podem ser enfrentados e corrigidos por meio da centralização das informações e sistematização e automação de processos. Isso porque, normalmente, as grandes empresas acabam não sabendo onde estão e como estão todos os ativos que possuem. As informações estão distribuídas entre, departamentos, empreendimentos, utilizando-se de informações fisicamente espalhadas e controles dependentes das temidas planilhas pessoais. Com as planilhas e dados fisicamente distribuídos, as empresas ficam muito mais suscetíveis a erros de cadastro, atraso na execução e prestação de contas, perda de informação, além de uma grande dificuldade de gerar relatórios e na tomada de decisão. O que é um ativo imobiliário? Neste cenário, ativos imobiliários são imóveis tangíveis, como contratos imobiliários. E também, intangíveis, como as áreas tomadas em servidão/autorização de uso. São áreas e terrenos gigantescos que as empresas, principalmente as de mineração e energia, não têm controle ou consciência da quantidade de terras. A inteligência imobiliária pode ajudar na gestão de ativos imobiliários. A inteligência imobiliária pode ser usada para tomar a decisão correta, se tornando um fator não só de acurácia na decisão, mas de sobrevivência, já que, com ela é possível poupar tempo, dinheiro e outros recursos. A gestão de ativos imobiliários, por sua vez, é uma tarefa complexa e que demanda muito cuidado e atenção. Mas, adotando softwares focados em gestão de ativos imobiliários, fica um pouco mais simples resolver esses problemas. Grandes empresas muitas vezes desconhecem quais ativos imobiliários possuem, gerando graves problemas que afetam na ponta a gestão financeira da organização. Isso acontece porque ao fazer a gestão de ativos imobiliários por meio de planilhas manuais, as equipes encontram diversos problemas na consolidação de informações, gerando grande dificuldade para elaborar ou enviar relatórios, deixando de cumprir prazos e acarretando a perda de contratos. Além disso, é muito comum também, haver falha nos pagamentos de taxas e tributos, perda de licenças e alvarás ocasionando prejuízo. Mas por que usar inteligência imobiliária? A inteligência imobiliária maximiza os ganhos de tempo, dinheiro e outros recursos através da análises de dados. Alguns motivos para recorrer a inteligência imobiliária: Maximizar o tempo: todas as análises são feitas de maneira a melhorar a eficiência da decisão, baseadas em dados que devem ser interpretados para guiar a ação estratégica. Mostrar tendências: por meio da análise de dados, é possível prever o movimento do mercado e saber qual o melhor momento para investir e onde investir com mais segurança. Ganhar mais dinheiro: ao tomar decisões mais corretas, seguras e rápidas, é possível ter um retorno maior sobre o investimento. Alguns outros benefícios da inteligência imobiliária são a organização dos dados, automatização de alguns processos e foco nas tarefas que interessam ao negócio. Como a Governança Territorial pode ajudar Dificuldade de controlar imóveis Planilhas são alimentadas manualmente, isso quer dizer que todas as informações ali inseridas dependem de um colaborador. Sendo assim, conforme sua empresa vai crescendo e aumentando a quantidade de ativos imobiliários, vai ficando cada vez mais complexo tomar conta de todos os imóveis. Com um Sistema de Gestão de Ativo Imobiliário, tudo é feito de forma automática e integrada, com lembretes, regras e processos. Sendo muito mais simples e fácil realizar essa gestão. Erros e perda de informação Como falamos anteriormente, a planilha é alimentada manualmente, o que faz com que seja bastante suscetível a erros humanos, como uma digitação errada ou esquecimento. Quando contamos com um sistema, esses dados são conferidos e armazenados, entregando muito mais confiança para a empresa. Dados Geo, documentação e informações de processo estão integradas e disponíveis a todos. Dificuldade em gerar relatórios para diretoria. Quando a diretoria pede um relatório, quando é utilizado um software de gestão, com alguns cliques o seu colaborador terá um relatório perfeito em mãos. Por outro lado, quando tudo é feito em uma planilha, levará dias para que todas as informações sejam reunidas e compiladas para que depois seja montado um relatório. Ou seja, com o uso de softwares os relatórios são muito mais eficazes e mais rápidos de serem adquiridos a qualquer momento pela diretoria. Perda de produtividade por uso manual Utilizar mão de obra para alimentar uma planilha é um desperdício de recursos. O colaborador que está encarregado desta tarefa poderia facilmente ser alocado e utilizado em outro serviço. Sendo assim, ao utilizar a planilha, você estará perdendo produtividade. Passivos, multas, juros por falta de controle Se a empresa não sabe da existência de um determinado ativo, não possui uma visão de valores a pagar com tributos, taxas e afins. Logo, pela falta de controle, a planilha acaba ocasionando prejuízos referente a pagamentos destas taxas, juros e encargos que poderiam ser evitados caso houvesse uma sistematização. Dificuldade em identificar, monitorar, regulamentar ou capitalizar imóveis não utilizados Seguindo a mesma linha de raciocínio, se não se sabe quantos e quais ativos são propriedade da empresa, a diretoria perde a oportunidade de lucrar com eles. Esses imóveis que classificados como inservíveis, ou inoperantes podem ser alugados, ou até mesmo vendidos para gerar caixa para a sua empresa. Ou seja, você poderia estar ganhando dinheiro, mas está perdendo. A falta de governança territorial e fundiária, junto com uma má gestão de ativos imobiliários é capaz de prejudicar a gestão financeira da empresa. Já que, ao não saber da existência de um imóvel, as taxas e encargos que ele possui não são pagos, gerando multas que precisarão ser quitadas em algum momento. Além disso, um imóvel ‘abandonado’ pode ser ocupado, danificado e, dependendo do tempo que o mesmo ficar desta forma, pode acarretar a perda desse patrimônio. Ao passo que, se a empresa possui uma boa gestão de ativos imobiliários, poderá controlar os pagamentos das taxas e tributos, além de gerar receita com este imóvel, seja por meio de um aluguel ou uma venda. Como a 4Asset pode te ajudar na gestão de ativos imobiliários. A 4Asset possui dois produtos: o SaaS e o Enterprise, que tem como objetivo apoiar as empresas em seu planejamento, gestão e operação de forma simples e eficaz. Essas ferramentas estão se tornando cada vez mais um padrão de mercado para gestão de grandes empreendimentos. O uso de softwares como os da 4Asset, podem ajudar na governança territorial da seguinte forma: Gestão e controle do desempenho das equipes envolvidas, trazendo ganhos certos de produtividade; Acompanhamento em tempo real da situação de regularidade de suas propriedades; Controle operacional de todos os processos fundiários, socioambientais, patrimoniais e regulatórios, através da automação com workflow; Controle de prazos e datas importantes na gestão, seja fundiária, regulatória, de pagamentos e/ou socioambientais; Gestão e monitoramento de riscos; Segurança operacional de suas propriedades, no que tange ao controle de ocupações irregulares; Geração de rentabilidade na gestão dos ativos e na alienação de imóveis inservíveis; Gestão na tomada de decisão e na operação de aquisições; Controle na comunicação e atendimento de questões social, junto aos stakeholders e comunidades; Os clientes encontrarão neles, ferramentas para descomplicar a rotina administrativa dos seus empreendimentos. Com a adoção desses softwares é garantido o aprimoramento na estruturação dos processos, o que representará benefícios diretos e indiretos para a empresa. Quer saber mais sobre os softwares Saas e Enterprise? Fale com nossos especialistas e tire suas dúvidas.

Quais são as principais causas da concentração fundiária no Brasil?

Conflitos entre fazendeiros e posseiros, mortes de trabalhadores rurais, invasões de fazendas pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), manifestações e passeatas exigindo ação mais eficaz do governo na política de reforma agrária.

Quais são as consequências da concentração fundiária no Brasil?

O meio rural brasileiro se caracteriza de forma negativa pela concentração de terras, isso provoca problemas no campo como desemprego, baixos salários, precárias condições de trabalho, conflitos, degradação ambiental, degradação humana entre outros.

Qual a principal consequência da grande concentração fundiária?

Resposta: Uma das consequências é muitas terras de empresários para poucos trabalhadores é poucas terras para muitos trabalhadores.

Quais as causas e consequências da concentração das propriedades rurais no Brasil?

A concentração da terra está ligada ao êxodo rural, à captura de recursos naturais e bens comuns, à degradação do meio ambiente e à formação de uma poderosa elite associada a um modelo agrícola baseado no latifúndio de monocultivo, voltado à produção de commodities para exportação e não para a produção de alimentos.