Pelo tratado de latrão, assinado entre mussolini e a igreja católica

Faça estes exercícios a respeito do Tratado de Latrão, documento assinado em 1929 entre a Santa Sé e o governo da Itália fascista, que oficializou a criação do Vaticano. Publicado por: Daniel Neves Silva

Entre a invasão dos Estados Papais pelo Reino da Itália, em 1870, e a assinatura do Tratado de Latrão, em 1929, as relações entre a Igreja Católica e o governo italiano estiveram rompidas, uma vez que a Santa Sé não aceitava ter perdido suas terras para o Reino da Itália. Esse rompimento das relações entre a Igreja Católica e o governo italiano ficou conhecido como:

a) Questão Católica.

b) Questão Papal.

c) Questão Romana.

d) Questão Religiosa.

e) Questão Eclesiástica.

O Tratado de Latrão foi assinado em 11 de fevereiro de 1929 e, entre os termos desse tratado, não constava:

a) a criação do Vaticano como Estado oficial.

b) o reconhecimento do Estado italiano para os casamentos religiosos.

c) a determinação de que a Itália não interviria nos assuntos internos do Vaticano.

d) o pagamento de indenização à Igreja Católica pelos territórios perdidos.

e) que o território do Vaticano contaria com 84 hectares.

Qual das situações abaixo explica a invasão dos Estados Papais pelo Reino da Itália?

a) A Guerra Franco-Prussiana fez com que as tropas francesas fossem retiradas dos Estados Papais, permitindo ao Reino da Itália invadir a região.

b) Giuseppe Garibaldi conseguiu convencer Vitor Emanuel II das vantagens de invadir os Estados Papais.

c) O Papa Pio IX ofendeu o rei italiano ao se recusar a recebê-lo no final de 1869.

d) Os Estados Papais aliaram-se com o maior inimigo da Itália: o Império Austro-húngaro.

e) Os Estados Papais estavam adquirindo armamentos do Reino da Prússia para invadir a Lombardia.

Quem governava a Itália na ocasião de assinatura do Tratado de Latrão:

a) Vitor Emanuel II.

b) Domenico Barone.

c) Benito Mussolini.

d) Francesco Pacelli.

e) Pietro Gasparri.

LETRA C

A Questão Romana é como é conhecida a disputa territorial existente entre a Santa Sé e o governo italiano. Essa querela está relacionada com a Unificação Italiana, processo em que Piemonte-Sardenha foi unificado em um só Estado a todos os reinos que existiam na Península Itália. A Igreja não aceitava estar sob o domínio italiano e rompeu relações com esse governo entre 1870 e 1929.

LETRA E

O Tratado de Latrão dispunha sobre os limites territoriais do Vaticano, mas, diferentemente da alternativa, no tratado constava que o Vaticano teria como território a extensão de apenas 44 hectares.

LETRA A

A invasão dos Estados Papais pelo Reino da Itália aconteceu em 1870, por conta da saída das tropas francesas que protegiam a região dos italianos. As tropas francesas foram retiradas para lutar na Guerra Franco-Prussiana. O Reino da Itália adiava seus planos de invadir a região desde 1861 e, com a saída das tropas francesas, a região ficou vulnerável a ser invadida.

LETRA C

O Tratado de Latrão foi assinado em 11 de fevereiro de 1929 durante a ditadura de Benito Mussolini. O líder do fascismo tornou-se primeiro-ministro do país após a Marcha sobre Roma em 1922. Em 1925, declarou-se ditador do país, governando a Itália ditatorialmente até 1945. A assinatura do Tratado de Latrão e o fim da Questão Romana trouxeram grande prestígio para seu governo.

A partir da assinatura do Tratado de Latrão, Tratado e Concordata, desenvolveu-se um estilo de relacionamento entre Igreja e Estado, marcado pela lealdade, cordialidade e colaboração.

Cidade do Vaticano

Celebram-se, nesta sexta-feira (11/02), os 93 anos do Tratado de Latrão, graças ao qual foi resolvida a Questão Romana, cicatrizando uma ferida que durou mais de cinquenta anos.

O Tratado de Latrão, composto por dois documentos distintos, Tratado, que reconhecia a independência e a soberania da Santa Sé, fundando o Estado da Cidade do Vaticano, e a Concordata, que definia as relações civis e religiosas na Itália entre a Igreja e o Governo italiano, foram assinados em 11 de fevereiro de 1929, em São João de Latrão, pelo cardeal Pietro Gasparri e Benito Mussolini.

“Faz sentido lembrar, muito tempo depois, o evento que ocorreu em 11 de fevereiro de 1929 com a assinatura do Tratado de Latrão?”

Essa pergunta surgiu num editorial do jornal L'Osservatore Romano por ocasião do aniversário de 2013. “A pergunta é mais do que legítima, prosseguia o jornal da Santa Sé, se for considerada quanta água passou sob as pontes do Tibre (...) Tirando a metáfora, se pensamos como a sociedade italiana se transformou do ponto de vista cultural, político e institucional; e a própria Igreja que foi se transformando em sua dimensão jurídica e institucional. Até o contexto internacional se apresenta hoje com um rosto diferente, diríamos quase irreconhecível, comparado ao da época.”

Em 10 de outubro de 1962, nas vésperas da abertura do Concílio Vaticano II, o cardeal Giovanni Battista Montini, Papa Paulo VI,  fez um discurso memorável no Capitólio sobre o fim do Estado Pontifício, um discurso em que avaliava os acontecimentos romanos do século precedente como um fato providencial. Os documentos conciliares, em particular a Constituição Pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no mundo atual, confirmam esse julgamento.

O declínio dos antigos estados da Igreja significou para a Igreja a libertação de um fardo que se tornou muito pesado; promoveu processos de reforma da instituição eclesiástica e seu direito, visando destacar suas finalidades estritamente espirituais; favoreceu aos olhos do mundo, e especialmente da Comunidade internacional, o aparecimento em toda a sua realidade da natureza peculiar da Santa Sé, sem ambiguidades e ofuscações devidas à soberania territorial.

O Tratado de Latrão de 1929 e mais tarde a sua recepção no artigo 7 da Constituição da República Italiana completou e aperfeiçoou uma nova configuração.

A Santa Sé recebeu as mais amplas garantias para cumprir sua missão no mundo; a Igreja católica na Itália recebeu os instrumentos legais apropriados para garantir, conforme declarado no art. 2 do Acordo que em 1984 modificou a Concordata Lateranense, “a plena liberdade de desempenhar sua missão pastoral, educacional e caritativa, de evangelização e santificação”, bem como “a liberdade de organização, exercício público do culto, exercício do magistério e do ministério espiritual, bem como da jurisdição em assuntos eclesiásticos”.

Para a Itália, o Tratado de Latrão significou o fim da “separação moral” dos católicos da vida política, seguindo a questão da consciência que surgiu após os eventos de Roma capital. Desde então, a Igreja e os católicos asseguraram ao país um grande, generoso, incisivo e amplo compromisso de nutrir o corpo social de valores, apoiando os grandes princípios nos quais a casa comum dos italianos foi reconstruída após a II Guerra Mundial, intervindo amplamente no chamado terceiro setor, especialmente nos campos da educação e serviços sociais, assumindo as várias formas de marginalização e as novas formas de pobreza que o desenvolvimento da sociedade também traz consigo.

De maneira geral, observa-se que a partir da assinatura do Tratado de Latrão, Tratado e Concordata, desenvolveu-se um estilo de relacionamento entre Igreja e Estado, marcado pela lealdade, cordialidade, colaboração na distinção das esferas de competência, laicidade saudável, solidariedade nas emergências que ocasionalmente colocam a sociedade à prova.

Um estilo de relacionamento que tinha sido experiência e tornou-se habitual, antes mesmo de ser consagrado no artigo 1 do Acordo de Revisão de 1984. Ele, de fato, refirmando a independência e soberania do Estado e da Igreja, cada um em sua própria ordem, os compromete “a respeitar esse princípio em suas relações e a uma colaboração recíproca para promoção do ser humano e o bem do país”.

O que ficou estabelecido no Tratado de Latrão?

O Tratado de Latrão foi assinado entre o governo da Itália e a Igreja Católica em 1929. Esse acordo determinou a criação do Vaticano, o Estado papal. Com o Tratado de Latrão, assinado em 1929, foi oficializada a criação de um Estado papal: o Vaticano.

Qual a relação da Igreja Católica com o fascismo?

A relação, por vezes simbiótica, entre o Estado fascista e a Igreja católica provocou um opróbrio depois que o Holocausto foi descortinado. O esforço para superar tal opróbrio começou com o pedido de perdão por parte do Papa João Paulo II, em nome de toda a Igreja católica, ao longo de todo o seu pontificado.

Por que Latrão?

Durante o Império Romano, no local havia uma propriedade da família dos Lateranos (latim: Laterani), que ali construiu um palácio, derivando daí o nome atual.

Quando e como esse problema entre estado e Igreja foi resolvido na Itália?

A invasão dos Estados Pontifícios provocou a insatisfação da Igreja Católica, que não reconhecia a autoridade de Vitor Emanuel. Esse desentendimento somente foi solucionado em 1929, quando o Tratado de Latrão, assinado entre a Igreja e Benito Mussolini, possibilitou o surgimento do Estado do Vaticano.