O que acontece quando uma pessoa perde a vontade de viver?

O que acontece quando uma pessoa perde a vontade de viver?

A falta de prazer pela vida tem um nome: anedonia. A maioria das pessoas em algum momento acabam perdendo o interesse por coisas que costumavam executar. No entanto, a anedonia caracteriza-se pela perda total de satisfação e prazer em realizar atividades que antes eram consideradas agradáveis. Como por exemplo sair com os amigos, ficar com a família, passear na praia e outros. 

Essa alteração costuma ser comum em pessoas com depressão ou outras doenças psiquiátricas como transtorno de ansiedade, esquizofrenia, hipotireoidismo, dependência química ou demência.

Além da perda significativa de sentir prazer em atividades das quais gostava, a pessoa se sente emocionalmente “vazia”. Então, não sente nada ou sofre alterações de humor independente do que aconteça ao seu redor.

Vale ressaltar que a anedonia geralmente é acompanhada de desânimo, cansaço, fadiga e dificuldade de concentração.

O que acontece no cérebro

Para os psiquiatras e neurologistas, a anedonia é uma questão neurobiológica que está associada ao “circuito de recompensa do cérebro”. Seu surgimento também costuma estar ligado ao aumento da atividade na região frontal do cortéx pré-frontal, que, entre outras funções, controla a inibição das respostas emocionais. 

O circuito de recompensa do cérebro é formado por um grupo de regiões cerebrais, onde são produzidos os maiores níveis de dopamina. Isto é, este circuito se ativa quando recebemos estímulos que nos dão prazer, como comer ou fazer compras. 

Assim, o sistema neuronal de recompensa associa situações vivenciadas como positivas com a sensação de prazer e impulsiona a pessoa a repeti-las. Já na depressão, essa neurotransmissão encontra-se alterada. Fatores externos como desemprego, problemas financeiros e perda de entes queridos também podem causar a anedonia. 

Tratamento 

Atualmente, não existem tratamentos direcionados à anedonia. Isso porque por ser um sintoma, é necessário tratar a doença que está em sua origem. 

Portanto, a primeira opção de tratamento é a psicoterapia, para que o especialista possa avaliar o estado psicológico do indivíduo. Se caso for preciso, a prescrição de medicamentos como antidepressivos ou remédios direcionados para o problema psiquiátrico também é feita. 

Técnicas de relaxamento como yoga e meditação também são alternativas recomendadas, pois acalmam a mente e diminuem os pensamentos negativos. 

Leia também: Como os exercícios físicos ajudam a combater a depressão

Sobre o autor

Julia Moraes

Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

Da mesma forma que as pessoas têm potenciais e limitações, a vida tem momentos bons e ruins. Se uma pessoa coloca a atenção somente nas suas limitações, ela não se sentirá capaz de realizar nada. O mesmo acontece quando uma pessoa coloca a atenção somente nos momentos e fases ruins da vida: ela acaba perdendo a vontade de viver.

Diversos fatores podem tirar a vontade de viver uma pessoa, como crises, traumas, perdas, rupturas, transformações e desafios não superados. Isso acontece porque a pessoa não aceita as mudanças e os acontecimentos ruins, ficando presa na dor e com a sensação de que nada faz sentido e que nada de bom pode acontecer.

Além da falta de resiliência, as questões emocionais também podem interferir negativamente na vida de uma pessoa, fazendo com que ela não se sinta merecedora de estar viva.

Inteligência emocional e a pulsão de vida

Sob os olhos da Inteligência Emocional, a falta de vontade de viver começa a se manifestar desde a gestação. É cientificamente comprovado que os sentimentos, pensamentos e emoções dos pais são transferidos para o bebê durante a gestação.

Filhos indesejados, tentativas de aborto, quadros depressivos dos pais, sofrimento fetal, rejeição, falta de amor, bem como maus tratos e traumas na infância são fatores que podem trazer a pulsão de morte no bebê, que pode nascer e crescer com a crença de que não merece viver. Essas interpretações ficam registradas no inconsciente da pessoa, e podem se manifestar em qualquer momento da vida, especialmente após algum trauma.

A falta de capacidade de superar essas adversidades pode levar ao desenvolvimento de um quadro depressivo ou suicida. Isso porque o sentimento de incapacidade acessa as memórias de dor, rejeição e falta de merecimento, fazendo com que a pessoa perca completamente a vontade de viver.

Como posso ajudar um parente que está sem vontade de viver?

– Converse com a pessoa, ouvindo tudo o que ela tem a dizer sem fazer julgamentos. Muitas pessoas só precisam ser ouvidas;

– Se houve algum trauma, perda, ruptura ou transformação que não foi superada, converse com a pessoa sobre isso. Acolha a sua dor, mas lembre-a que ainda existem outras razões para que ela continue;

– Lembre a pessoa de quantas coisas positivas fazem parte da vida dela. Pergunte o que ela mais gosta de fazer, as coisas que a deixa feliz — especialmente as menores coisas do dia a dia, como tomar um picolé ou ouvir uma música que goste;

– Fale sobre a família, sobre como as pessoas precisam dela e destaque seu papel no mundo e na vida das pessoas que a rodeiam, especialmente se ela tiver filhos. Ela precisa se lembrar das coisas que a fazem querer continuar;

– Peça que a pessoa fale sobre suas habilidades e potenciais. Em seguida, fale o que você enxerga de positivo nela e de que forma ela é importante na sua vida, lembrando que ela tem muitas qualidades e muitas coisas para realizar;

– Pergunte sobre suas conquistas e, se você a conhece bem, ajude-a a lembrar dos momentos em que ela foi vitoriosa, sempre afirmando que ela é capaz de realizar coisas boas. Veja fotos antigas, especialmente de momentos agradáveis;

– Pergunte quais sonhos ela ainda não realizou e gostaria de realizar, lembrando que ela tem motivos para continuar e é capaz de alcançar todos os sonhos;

– Se a falta de vontade de viver se transformou em uma depressão ou alguma doença que traga prejuízos à vida da pessoa, é importante orientar a busca de ajuda profissional para tratamento e medicação.

Como a Inteligência Emocional pode ajudar no recomeço

Centenas de pessoas chegaram ao Método LOTUS sem esperança, pensando em acabar com suas próprias vidas. Ao entrar em contato com suas emoções e histórias de vida, porém, encontraram a força que precisavam para recomeçar, redescobriram sonhos que estavam adormecidos e descobriram o único amor capaz de curar todas as dores: o amor próprio.

Se você está passando por isso ou conhece alguém que está sem vontade de viver, não deixe de buscar ajuda. A vida é um presente que não pode ser desperdiçada. O desespero e a desesperança jamais devem ser maiores que a vontade de viver, você só precisa encontrá-la novamente, e não existe outro lugar a não ser dentro de você.

O que fazer quando a pessoa perde a vontade de viver?

Como recuperar o ânimo para viver?.
Faça coisas que gerem bem-estar em você.
2ª dica de como recuperar o ânimo:.
Mantenha a vida social ativa..
Pratique atividade física regularmente..
Ocupe sua mente com coisas boas..
Busque ajuda psicológica profissional..
Encontre um propósito para sua vida..

O que dizer a uma pessoa que perde a vontade de viver?

Uma maneira de estimular que a pessoa fale é através de perguntas abertas, do tipo: “Como você está se sentindo?”, “Em que você está pensando?”, “O que posso fazer por você?”, etc. momento é de amparo, conforto e de um “ombro amigo” e não de críticas, julgamentos e sermões.

Porque perdemos o prazer de viver?

Essa alteração costuma ser comum em pessoas com depressão ou outras doenças psiquiátricas como transtorno de ansiedade, esquizofrenia, hipotireoidismo, dependência química ou demência. Além da perda significativa de sentir prazer em atividades das quais gostava, a pessoa se sente emocionalmente “vazia”.