Alguns cuidados são necessários para manter a higiene e evitar infecções durante o período menstrual. Confira alguns mitos e verdades sobre o absorvente É comum que depois da primeira menstruação a mulher carregue sempre consigo um absorvente no nécessaire, e que tenha que se acostumar com o seu uso mensal também. Porém, por ser um instrumento que age em uma área tão sensível do
corpo feminino, alguns cuidados são necessários para manter a higiene e evitar infecções. “Eles devem ser trocados em intervalos regulares para evitar odores e infecções. O ideal é trocar o absorvente a cada quatro a seis horas, dependendo do fluxo menstrual. Isso porque o sangue é um meio favorável para o desenvolvimento de microrganismos
que podem causar infecções”, alerta a ginecologista e obstetra Erica Mantelli. Dentre as diversas opções de absorventes disponíveis no mercado, destacam-se os externos, internos e o coletor menstrual, que é uma novidade. Esse coletor consiste em uma espécie de copinho de silicone, que deve ser introduzido na vagina e realizar a coleta de sangue de maneira confortável. Além disso ele é hipoalérgico e poder ser reutilizado por muitos anos, desde que se mantenha higienização adequada. Para
esclarecer as principais questões sobre o assunto, a ginecologista Erica Mantelli responde às perguntas e desvenda o que é mito e o que é verdade. É arriscado dormir com o absorvente internoMito. De acordo com a médica, não existe contraindicação para o uso de absorventes internos durante o sono. “Apenas por uma questão de higiene, o ideal é trocá-lo no máximo a cada seis horas, dependendo do fluxo. E deve ser trocado logo ao levantar”, diz. Absorventes com abas são mais seguros contra vazamentosVerdade. Esse modelo possui abas laterais que se prendem à calcinha e ajudam a evitar os temidos vazamentos. “A maioria tem um gel de absorção que protege ainda mais, principalmente no caso das mulheres com fluxo menstrual muito intenso”, ressalta a médica. Absorvente diário pode ser usado frequentementeMito. Eles são mais fininhos e indicados para quem quer se sentir mais sequinha no dia-a-dia. “Porém, não devem ser usados sempre, pois a região fica mais úmida e propensa a infecções”. Eu posso ir à praia com absorvente interno sem preocupaçãoVerdade. “Sim, ao usar um tamanho adequado à absorção do fluxo, os absorventes internos são convenientes e confortáveis para uso dentro da água, porém, após banho de mar ou piscina, o absorvente interno deve ser trocado para evitar infecções ou odor desagradável”, informa. O absorvente íntimo pode “se perder” dentro do corpo femininoMito. “A vagina tem uma única abertura e o absorvente é colocado na parte superior, portanto não há como extraviar ou se perder. Porém, se a mulher esquecer de retirar o absorvente interno e colocar outro ao mesmo tempo ou tiver relação sexual com absorvente, ele pode ficar retido perto do colo do útero, dificultando sua retirada. Se a mulher não conseguir retirar o absorvente, deve procurar seu ginecologista o mais rápido possível, para evitar infecções. ”, aconselha a médica. Absorventes noturnos são mais indicados na hora de dormirVerdade. Eles são super indicados, principalmente se a mulher tem fluxo intenso. O formato dele é o mesmo do absorvente de abas, porém são maiores e mais largos, o que dificulta os vazamentos. “Durante o sono, as mulheres não têm controle do seu fluxo, por isso essas versões são bem indicadas nos dias de fluxo maior”, acrescenta. Versões com aroma são mais indicadasMito. E pode ocorrer até o contrário: para minimizar o odor desagradável da menstruação foram criados absorventes com aromas de flores ou ervas. “As substâncias que dão esses aromas agradáveis, contudo, os torna mais propensos a causar irritação alérgica do que a versão original”, avisa a médica. Se a mulher se esquecer de trocar o absorvente pode ter uma infecçãoVerdade. E isso vale para qualquer tipo de absorvente. “Eles devem ser trocados em intervalos regulares para evitar odores e infecções”, alerta a médica. O prazo máximo recomendado é de seis horas. O absorvente interno é anti-higiênicoMito. Ele é feito com o mesmo material do absorvente externo (algodão), só que sem a camada de gel. “Apenas ao manuseá-lo é preciso ter cuidados de higiene, como estar com as mãos limpas, descartar no lixo comum e lavar as mãos após o manuseio”, ensina. Vale lembrar que algumas marcas dispõem de aplicadores para facilitar a introdução do absorvente na vagina. Absorvente interno evita vazamento e mau odorVerdade. Uma das vantagens de usar absorvente interno é que o conteúdo menstrual não se exterioriza e não provoca odores. Já os vazamentos dependem da capacidade de absorção do absorvente (pequeno, médio, grande) e do fluxo. É necessário trocar o absorvente interno mais vezes do que o externoMito. A frequência de troca depende do fluxo e do tamanho usado, variando entre quatro e seis horas. “Se nesse intervalo o absorvente encharcar, é necessário um com absorção maior; por outro lado, se o absorvente estiver quase seco, deve-se optar por um com tamanho menor”, orienta a especialista. Foto: Shutterstock Fonte: Dra. Erica Mantelli O que acontece se ficar muito tempo com o mesmo absorvente?"O risco maior é encher o absorvente, vazar e sujar a roupa", afirma o ginecologista. Ao ficar por muito tempo com o mesmo absorvente, o que pode ocorrer é uma irritação na pele.
Pode ficar com o absorvente por quanto tempo?O ideal é trocar o absorvente a cada 4 a 6 horas, dependendo do fluxo menstrual, pois o sangue é um meio favorável para o desenvolvimento de microorganismos que podem causar infecções - alerta a ginecologista e obstetra Erica Mantelli.
O que o absorvente pode causar?ardência; pápulas (brotoejas); lesões acompanhadas por umidade, com a sensação da pele do local estar 'desmanchando'; descamação e alteração na coloração da pele.
O que acontece se ficar mais de 8 horas com absorvente interno?Pesquisadores alertam para o risco de choque tóxico
O absorvente interno não deve ser usado por mais de oito horas seguidas, devido ao risco de choque tóxico ocasionado pela bactéria Staphylococcus aureus, alertaram pesquisadores e médicos nesta terça-feira (23).
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