Os sangramentos intermenstruais, também conhecidos como "escape", ocorrem quando há uma diminuição dos hormônios no organismo, o que pode provocar a descamação do endométrio e o sangramento antes do fim da cartela de comprimidos. Show
Ele é considerado normal quando há mudanças de contraceptivo ou quando a mulher toma pílulas com menor dose. É importante que a mulher preste atenção ao seu corpo, para ver como ele reage ao anticoncepcional. Isso porque, algumas vezes, existem efeitos colaterais iniciais que podem acontecer no primeiro ou segundo mês e que, na maioria das vezes, desaparecem depois de três meses de uso. RelacionadasMas o sangramento fora do período menstrual também pode ser sinal de gravidez, estresse, pré-menopausa, síndrome do ovário policístico ou até problemas na tireoide. O alerta só precisa acontecer caso o sangramento for mais forte e persista por mais do que três dias. Então, é importante ir ao ginecologista e fazer um exame de diagnóstico, para identificar se a causa tem relação com o anticoncepcional ou se há algum outro problema hormonal. Fontes: Carlos Alberto Politano, membro da Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia); Helga Marquesini, ginecologista do Centro de Medicina Sexual do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo; Lisandra Stein Bernardes, coordenadora da obstetrícia e do centro de medicina fetal e cirurgia fetal do Hospital Sepaco, em São Paulo; Maria Celeste Osório Wender, chefe do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Quais são suas principais dúvidas sobre saúde do corpo e da mente? Mande um email para . Toda semana, os melhores especialistas respondem aqui no VivaBem. Também conhecido por injeção anticoncepcional, este contraceptivo traz progesterona ou associação de estrogênios, com doses de longa duração O anticoncepcional injetável, também conhecido por injeção anticoncepcional, é um método contraceptivo que traz progesterona ou associação de estrogênios, com doses de longa duração. A injeção pode ser mensal ou
trimestral. Este método contraceptivo possui o mesmo mecanismo de ação das tradicionais pílulas anticoncepcionais, pois suspende a ovulação, reduz a espessura endometrial e espessa o muco cervical1. De acordo com as indústrias farmacêuticas responsáveis pela
fabricação deste medicamento, este é um método contraceptivo muito eficaz, que varia de 0,1% a 0,6% de falha para a injeção mensal e de 0,3%, para a injeção trimestral. Só este profissional pode explicar quais as vantagens e desvantagens e qual vai se adequar ao momento de vida da mulher2. Se a ideia é que isso ocorra no período de um ano, por exemplo, a mulher é candidata a métodos de curta duração, como pílulas, adesivo ou injeções2. As injeções de hormônios são constituídas com os mesmos princípios da pílula, e a aplicação pode ser feita mensalmente. Dessa forma, esse método dispensa a disciplina da ingestão oral diária2. Vale lembrar que o anticoncepcional injetável mensal libera estrogênio e progestagênio e o trimestral só progestagênio, o que é feito gradualmente, impedindo a ovulação3. A injeção é aplicada no músculo (normalmente nádegas ou braço)3. Para quem é indicado o anticoncepcional injetável?De modo geral, este método é indicado para mulheres que toleram a pílula e querem liberdade de não ter de tomar todo dia (mensal)3. Ou, ainda, para mulheres que não querem ou não devem usar estrogênio (trimestral)3. Quais são os anticoncepcionais injetáveis?Entre alguns dos mensais, estão:Noregyna (Mabra) Enantato De Noretisterona+valerato De Estradiol 50mg/Ml+5mg/Ml Solução Injetavel 1ml (Mabra) Depomês (Biolab) Entre alguns dos trimestrais, estão:Depo® Provera® (Wyeth) Quais as vantagens de utilizar o anticoncepcional injetável?Os principais benefícios são: menor probabilidade de esquecimento; comodidade da administração mensal ou trimestral3.Caso a opção seja pelo método sem estrogênio (trimestral), evita-se os efeitos colaterais produzidos pelos estrogênios3. Outros efeitos benéficos também são esperados, como alívio das cólicas menstruais e melhora da anemia, redução dos sintomas associados à endometriose, à dor pélvica crônica e redução do câncer de endométrio1. E quais as desvantagens de utilizar o anticoncepcional injetável?Os maiores inconvenientes estão na tendência a alterações do ciclo menstrual no caso do método trimestral3.Além disso, é necessário profissional de saúde para aplicação3.Entre os efeitos colaterais indesejáveis, a injeção anticoncepcional pode causar dor de cabeça, acne, alterações do humor, redução da densidade mineral óssea, vertigens e aumento de peso1. Existem interações medicamentosas? Alguns medicamentos podem cortar ou reduzir os efeitos?Sim. Entre os contraceptivos orais combinados (de uso mensal), algumas interações foram relatadas4.Acompanhe:Metabolismo hepáticoInterações podem ocorrer com fármacos que induzem as enzimas microssomais, o que pode resultar em aumento da depuração dos hormônios sexuais.Como, por exemplo, com fenitoínas, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina e também, possivelmente, com oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina e produtos contendo Erva de São João. Além disso, foi relatado que inibidores de protease (por exemplo: ritonavir) e inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa (por exemplo: nevirapina), assim como combinações dos mesmos, utilizados para tratamento de infecção por HIV, interferem potencialmente no metabolismo hepático. Interação com a circulação êntero-hepáticaAlguns relatos clínicos sugerem que a circulação êntero-hepática de estrogênios pode diminuir quando certos antibióticos como as penicilinas e tetraciclinas são administrados concomitantemente.Usuárias sob tratamento com qualquer uma das substâncias citadas anteriormente devem utilizar temporária e adicionalmente um método contraceptivo de barreira ou escolher um outro método contraceptivo. Durante o período em que estiver fazendo uso de algum medicamento indutor das enzimas microssomais, o método de barreira deve ser usado concomitantemente, assim como nos 28 dias posteriores à sua descontinuação. As usuárias tratadas com antibióticos devem utilizar método de barreira durante o tratamento com os mesmos e ainda por sete dias após a descontinuação da antibioticoterapia. Exceto com rifampicina e griseofulvina, que são indutores de enzimas microssomais, para os quais se deve manter o uso de método de barreira por 28 dias após descontinuação dos mesmos. Os contraceptivos hormonais podem interferir no metabolismo de outros fármacos. Consequentemente, as concentrações plasmática e tecidual destes fármacos podem ser afetadas (por exemplo, ciclosporina). Já entre os anticoncepcionais trimestrais, o médico precisa avaliar se as possíveis medicações usadas pelo paciente reagem entre si alterando a sua ação, ou da outra5. Isso pode acontecer, por exemplo, se esses medicamentos forem usados junto com aminoglutetimida (medicamento usado no tratamento da Síndrome de Cushing), podendo reduzir o efeito desta outra medicação5.Quando não se deve usar os anticoncepcionais injetáveis mensais?6
|