Publicidade Publicidade Os veranistas de Balneário Camboriú já estão desfrutando de uma faixa de areia com mais sol e menos disputas de espaço. Apesar de ter sido iniciada em março,
a obra que visava deixar a Praia Central três vezes mais larga só começou a tomar forma no final de agosto, quando a circulação de embarcações na orla foi proibida para não atrapalhar o trabalho da draga Galileo Galilei. Para quem está se perguntando, a draga é uma embarcação responsável por extrair, a cada dia, cerca de 40 mil metros cúbicos da areia encontrada no fundo do mar, a 15 quilômetros da costa. O material viajava através de um sistema de 360 tubos, cada um pesando quase 6 toneladas, até chegar na orla, onde homens e máquinas finalizavam o processo distribuindo a areia uniformemente. Os trabalhos foram concluídos no dia 4 de dezembro, bem a tempo da temporada de verão, com uma faixa de areia que passou de 25 para 70 metros de largura. Os avanços foram sendo registrados por 13 câmeras, que transmitiam imagens da obra em tempo real no site novapraiacentral.com.br. Ainda assim, o projeto chamou atenção de curiosos, que foram assistir ao trabalhos presencialmente. A Prefeitura de Balneário Camboriúafirma que as obras de aterro, estimadas em R$ 67 milhões, visam diminuir os problemas causados pelo avanço da maré, que no passado já inundou a Avenida Atlântica, principal via da cidade. Porém, a chamada “engorda artificial” também tem como objetivo fortalecer o turismo e ampliar as possibilidades de lazer na Praia Central, que mudou muito da década de 1990 para cá. Nos últimos 30 anos, o badalado destino litorâneo recebeu o apelido de ‘Dubai brasileira’ pela construção de arranha-céus que deixam a faixa de areia sob as sombras no início da tarde. Inclusive, é na Praia Central que está sendo construído o Yachthouse, futuro edifício mais alto do Brasil, com 275 metros de altura. Continua após a publicidade O problema de construções na orla fazendo sombra durante parte do dia também atinge a praia da Boa Viagem, no Recife, e de Vila Velha, no Espírito Santo. O procedimento de dragagem já foi usado para alargar a faixa de areia de Copabacana (Rio de Janeiro), que aumentou em 80 metros em 1971, e de Canasvieras (Santa Catarina), que ampliou em 50 metros no ano passado. Leia tudo sobre Balneário Camboriú Busque hospedagem em Balneário Camboriú Resolva sua viagem aquiContinua após a publicidade
Balneário Camboriú comemora nesta segunda-feira um ano da chegada da draga Galileo Galilei e do início efetivo da obra de recuperação da faixa de areia da Praia Central. Um ano depois, moradores, comerciantes e donos de imóveis sentem os benefícios trazidos pela obra. Mais de dois milhões de metros cúbicos de areia nova foram trazidos à praia Central e espalhados por homens e máquinas, aumentando a largura da praia de 25 metros para 70 metros, numa obra que virou notícia em todo Brasil e até no exterior. A draga Galileo Galilei chegou a Balneário no dia 22 de agosto e partiu em 31 de outubro do ano passado. “A areia para o preenchimento foi trazida em menos de três meses, mas seus efeitos mudaram Balneário Camboriú e a percepção em relação a nossa cidade. Servimos de exemplo para muitas outras obras de alargamento e proteção costeira pelo Brasil afora”, lembra o prefeito Fabrício Oliveira (Podemos). Durante toda a execução, a obra foi visitada por prefeitos e técnicos de outras cidades que vieram conhecer o engordamento. O case de sucesso de Balneário Camboriú se concretizou na primeira semana de agosto, quando um ciclone atingiu o litoral norte catarinense e deixou um rastro de destruição em vários municípios. BC enfrentou o ciclone com pouco estragos. “Projetada para ser uma obra de proteção costeira, provou, com o ciclone que recentemente passou pelo litoral catarinense, sua eficácia ambiental. Sem o alargamento da praia Central, episódios como este do ciclone provocariam destruição de estruturas urbanas ao longo da orla, como já acontecido em outros episódios climáticos anteriores”, opina. O sucesso da obra de recuperação da faixa de areia da praia Central de Balneário Camboriú impulsionou obras semelhantes em outras cidades litorâneas em que o mar avança sobre a praia e as estruturas da orla. “A visibilidade que a megaobra deu à cidade atraiu o olhar para Balneário Camboriú. Uma conquista de todos nós, que a saudamos com alegria e orgulho”, comemora Fabrício. Próximos passos Apesar do sucesso do alargamento, o prefeito Fabrício Oliveira projeta muito trabalho pela frente, com o início da fase de reurbanização, com a criação de espaços verdes e muitas áreas de lazer na extensão da praia. “A recuperação da orla da praia Central criou um espaço enorme e bem-vindo pelas pessoas que o frequentam, espaço este que receberá, também, uma reurbanização de primeiro mundo. Ainda na esteira desta megaobra, houve valorização significativa dos imóveis em todo o município e em nossa região. Novas atrações vieram para Balneário e outras mais virão. Diariamente, empreendedores entram em contato com a prefeitura querendo conhecer melhor a nossa cidade, isto significa crescimento econômico, e criação de emprego e renda para a nossa gente”, finaliza o prefeito Como ficou o alargamento da praia de Camboriú?Com o fim da obra, a largura da faixa de areia passou de uma média de 25 para 70 metros. Os trabalhos começaram em março e terminaram em dezembro de 2021. A largura da praia foi aumentada em toda a extensão da orla, que é de 5,8 quilômetros.
O que mudou na praia de Balneário Camboriú?Com o alargamento da faixa de areia da Praia Central de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, banhistas e bombeiros notaram a presença de bancos de areia e de correntes do mar de forma mais frequente. A mudança pode ter deixado o mar mais agitado, com mais ondas.
Quais as consequências do alargamento da praia?É relatado que nessa região o aumento do nível do mar vem gerando impactos na costa, como erosão do solo e inundações de ruas, devido ao volume de água das chuvas associado à ressaca do mar.
Como era e como ficou Balneário Camboriú?A cidade passou por muitas mudanças na paisagem desde que foi emancipada. Ao longo dos anos, os terrenos vazios deram espaço a prédios que competem nos rankings de maiores do mundo. Balneário Camboriú, então, deixou de ser apenas mais um lugar no Litoral de SC e se tornou ponto de cobiça e ostentação.
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Como o alargamento mudou Balneário Camboriú um ano após início da obra?
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