Como conciliar o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental?

“Uma história das florestas brasileiras”, de Zé Pedro de Oliveira Costa, mostra como cuidamos mal do meio ambiente


Em Roraima, o céu escurece com a chuva tropical sobre o rio Auaris — Foto: Sebastião Salgado

Há consenso científico de que é possível preservar as florestas sem prejudicar o desenvolvimento econômico. Mas quais os critérios que devem ser utilizados para conseguir o desejado equilíbrio entre as ações humanas e a natureza? O pesquisador e ambientalista Zé Pedro de Oliveira Costa analisa a questão há décadas e suas conclusões são compartilhadas em “Uma história das florestas brasileiras”.

Como conciliar o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental?

Para o professor Luciano Nakabashi, o crescimento econômico deve levar em consideração o ambiente que deixaremos para as gerações futuras

 23/09/2020 - Publicado há 2 anos

Como conciliar o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental?

Como conciliar o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental?

A relação entre desenvolvimento econômico sustentável e preservação ambiental é o tema da coluna Reflexão Econômica desta semana, com o professor Luciano Nakabashi. O colunista afirma que desenvolvimento econômico significa um país, ao mesmo tempo, crescendo e beneficiando as várias camadas da sociedade, desde os que estão bem economicamente, responsáveis por esse desenvolvimento, até aqueles menos favorecidos. O crescimento econômico sustentável traz aumento de renda, melhoras na sua distribuição e a sociedade toda se beneficia do processo. “Mas esse processo vai muito além, ele diz respeito às gerações atuais e também a gerações futuras”, enfatiza.

Para o professor, o crescimento econômico deve garantir a melhora do padrão de vida, com acesso à saúde, à educação e transporte, por exemplo, mas também que as próximas gerações consigam viver  com qualidade de vida. Por isso, lembra o professor, não devemos utilizar nossos recursos naturais indiscriminadamente. “Quando pensamos nesse processo de desenvolvimento sustentável, devemos pensar nas próximas gerações.”

Sobre as queimadas que acontecem atualmente, sobretudo no Pantanal e na Amazônia, o professor fala dos elementos climáticos como responsáveis, com a grande seca que acontece no Pantanal e em outras regiões do País, mas destaca a necessidade de uma política de preservação ambiental, fator fundamental para a preservação da fauna e flora, sobretudo na Amazônia, um dos lugares do mundo com maior diversidade nesse sentido (fauna e flora), o que ele considera uma questão de sustentabilidade, mas, sobretudo, de respeito à vida na sua forma mais ampla.

O professor aponta que vários estudos já indicaram a importância da Amazônia na preservação do meio ambiente e nas grandes alterações climáticas, como a emissão de CO2 e o aumento das queimadas. “Esse descaso não é de hoje, vem de há muitos anos. O Brasil ainda não se conscientizou da importância da preservação, sobretudo da Amazônia e do Pantanal, o que pode provocar perdas para o mundo inteiro, pois estamos todos num mesmo planeta.” O professor lembrou que o descaso com que tratam essa questão vai contra um desenvolvimento de fato sustentável e que depende de políticas públicas, tanto do governo federal como dos governos estaduais, especialmente os que estão nessas regiões. “Não temos desenvolvimento há algum tempo, muito menos sustentável”, finaliza.

Ouça no player acima a coluna Reflexão Econômica na íntegra.


Reflexão Econômica
A coluna Reflexão Econômica, com o professor Luciano Nakabashi, vai ao ar toda quarta-feira às 9h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.

.


Como conciliar o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental?

Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.


Como é possível conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental?

É possível e desejável termos simultaneamente crescimento econômico e preservação ambiental, como sugeriu o Presidente em Davos. Isso, aliás, é a essência da Economia, pois seu papel é equacionar nossas necessidades ilimitadas com a finitude dos recursos.

Qual a relação entre preservação ambiental e economia?

Para isso, é necessária a exploração dos recursos naturais. Sendo assim, com o crescimento econômico também há aumento na demanda por bens e serviços e, consequentemente, a exploração desses recursos é intensificada. Com isso, é possível perceber que o crescimento econômico causa cada vez mais impacto ao meio ambiente.

Como aliar o meio ambiente e a economia?

Confira nossas dicas para aliar o melhor dos dois mundos sem dificuldades:.
Que tal um reservatório para aproveitar a água da chuva? Uma dica para ser sustentável e economizar é reaproveitar a água da chuva. ... .
Use a luz natural como sua aliada. ... .
Aposte em reciclagem e separe seu lixo. ... .
Tenha um consumo consciente..

Qual a relação entre desenvolvimento econômico e meio ambiente?

O desenvolvimento não se mantém se a base de recursos ambientais se deteriora. Por sua vez, o meio ambiente não pode ser protegido se o crescimento econômico não levar em consideração as conseqüências de uma destruição ambiental global.