Um átomo pode se tornar eletricamente negativo quando ganha elétrons

Índice

Introdução

O átomo é composto por prótonselétrons e nêutrons. Os prótons são carregados positivamente, enquanto que os elétrons são carregados negativamente. Os nêutrons são eletricamente neutros.

Como os números de prótons e de elétrons em um átomo isolado são iguais, as cargas positivas anulam as negativas e isso torna o átomo eletricamente neutro.

Em uma ligação química, quando um elemento perde um ou mais elétrons, a quantidade de prótons se torna maior que a quantidade de elétrons e ele se transforma em um sistema eletricamente positivo, ou seja, um cátion.

Já quando o elemento ganha um ou mais elétrons, a quantidade de elétrons se torna maior que a quantidade de prótons e ele se transforma em um sistema eletricamente negativo, ou seja, um ânion.

Os átomos das famílias IA, IIA e IIIA tendem a perder elétrons, ficando assim com o número de prótons maior que o de elétrons. Esses átomos transformam-se em íons carregados positivamente (cátions).

Os átomos das famílias VA, VIA e VIIA, por sua vez, tendem a ganhar elétrons e, ficando assim com o número de elétrons maior que o de prótons. Esses átomos transformam-se em íons carregados negativamente (ânions).

Para saber se um átomo está eletricamente carregado ou neutro, devemos saber o número de prótons (p), que são positivos, e somá-los ao número de elétrons (e-), que são negativos. Como os elétrons são carregados negativamente, a soma se transformará em uma subtração. Assim, temos que:

Carga elétrica total = p – e-

  • Alguns exemplos de ânions:

Um átomo de cloro (17Cl35) eletricamente neutro possui 17 prótons, 17 elétrons e 18 nêutrons (n = A – Z = 35 – 17 = 18). A carga elétrica desse átomo é +17 – 17 = 0. Ao ganhar 1 elétrons, ele transforma-se no ânion cloreto (Cl-), passando a possuir 17 prótons, 18 elétrons e 18 nêutrons. A carga elétrica desse íon passa então a ser +17 – 18 = -1.

Um átomo pode se tornar eletricamente negativo quando ganha elétrons

Um átomo de oxigênio (8O16) eletricamente neutro possui 8 prótons, 8 elétrons e 8 nêutrons (n = A – Z = 16 – 8 = 8). A carga elétrica desse átomo é +8 – 8 = 0. Ao ganhar 2 elétrons, ele transforma-se no ânion óxido (O2-), passando a possuir 8 prótons, 10 elétrons e 8 nêutrons. A carga elétrica desse íon passa então a ser +8 – 10 = -2.

Um átomo de fósforo (15P31) eletricamente neutro possui 15 prótons, 15 elétrons e 16 nêutrons (n = A – Z = 31 – 15 = 16). A carga elétrica desse átomo é +15 – 15 = 0. Ao ganhar 3 elétrons, ele transforma-se no ânion fosfeto (P3-), passando a possuir 15 prótons, 18 elétrons e 16 nêutrons. A carga elétrica desse íon passa então a ser +15 – 18 = -3.


Pelas figuras, vemos que todos os ânions possuem raios atômicos maiores que seus respectivos átomos, pois, ao ganharem elétrons, ocorre um aumento na repulsão da nuvem eletrônica.

Ou seja, como a quantidade de prótons é menor que a de elétrons, o núcleo passa a exercer uma força de atração mais fraca sobre os elétrons, permitindo que eles se afastem do núcleo, o que causa o aumento do raio atômico.

  • O íon que apresentar valência -1 é chamado de ânion monovalente ou íon monovalente negativo.
  • O íon que apresentar valência +2 é chamado de ânion bivalente ou íon bivalente negativo.
  • O íon que apresentar valência +3 é chamado de ânion trivalente ou íon trivalente negativo.
  • Os íons negativos podem ser monoatômicos, quando são formados por um só átomo, ou poliatômicos, quando são formados por mais de um átomo.

Exemplo:

  • Cl- → cloreto
  • H- → hidreto
  • N3- → nitreto
  • ClO3- → clorato
  • CN- → cianeto
  • NO2- → nitrito
  • SO4-2 → sulfato
  • PO3- → metafosfato

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Nomenclatura de ânions

Para nomear ânions monoatômicos, devemos acrescentar o sufixo -eto ou -ido ao nome do elemento precedido pela palavra “íon”. Exemplo:

  • F-  íon fluoreto
  • Cl- → íon cloreto
  • Br- → íon brometo
  • I- → íon iodeto
  • H- → íon hidreto
  • O2- → íon óxido
  • S2- → íon sulfeto
  • Se2- → íon seleneto
  • Te2- → íon telureto
  • N3- → íon nitreto
  • As3- → íon arsenieto
  • P3- → íon fosfeto

Existem duas maneiras de nomear ânions poliatômicos. A primeira forma é usando os sufixos -eto e -ido como se fossem monoatômicos. Exemplos:

  • CN-  íon cianeto
  • S22-  íon dissulfeto
  • I3-  íon triiodeto
  • OH-  íon hidróxido
  • O22-  íon peróxido
  • O2-  íon superóxido

A segunda forma de nomear ânions poliatômicos é aplicada para os oxiânions, provenientes de oxoácidos (ácidos que contêm oxigênio). Quando o átomo central formar apenas um ânion comum, utilizamos o sufixo -ato. Exemplo:

  • CO32-  íon carbonato
  • SiO44-  íon silicato

Utilizamos os sufixos -ito e -ato para diferenciar dois oxoânions que apresentam o mesmo átomo central com diferentes estados de oxidação.

Estado de Oxidação Sufixo
Maior -ato
Menor -ito

Exemplo:

  • NO2-  íon nitrito
  • SO32-  íon sulfito
  • AsO33-  íon arsenito
  • NO3-  íon nitrato
  • SO42-  íon sulfato
  • AsO43-  íon arsenato

Quando o elemento central possuir quatro estados de oxidação diferentes, utilizamos o prefixo hipo- para indicar o menor estado de oxidação e o prefixo per- para indicar o maior estado de oxidação.

Estado de Oxidação Prefixo Sufixo
Maior per- -ato
Segundo maior - -ato
Segundo menor - -ito
Menor hipo- -ito

Exemplo:

  • ClO- estado de oxidação +1 íon hipoclorito
  • ClO2- estado de oxidação +3 íon clorito
  • ClO3- estado de oxidação +5 íon clorato
  • ClO4- estado de oxidação +7 íon perclorato

Existem ânions que contêm um ou mais “hidrogênios ácidos”, que se formam quando um ácido poliprótico é parcialmente neutralizado, ou seja, quando pelo menos um de seus hidrogênios removíveis permanece no ânion depois da neutralização.

Na nomenclatura desses ânions é inserida a palavra hidrogeno e, se necessário, é usado um prefixo. Se tivermos mais de um “hidrogênio ácido”, devemos adicionar um prefixo adequado. Exemplo:

  • HS- íon hidrogenossulfeto
  • HCO3- íon hidrogenocarbonato
  • HO2- íon hidrogenoperóxido
  • HSO4- íon hidrogenossulfato
  • H2PO4- íon diidrogenofosfato

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Dica de Download

Exercício de fixação

Mackenzie/1996

É incorreto afirmar que o ânion monovalente\(_9{19}F^{-1}\) apresenta:

A número de massa igual a dezenove.

B dez nêutrons.

C dez partículas com carga negativa na eletrosfera.

D nove prótons.

E um número de elétrons menor que o do cátion trivalente. \(_{13}^{27}Al^{3+}\)

É verdade que um átomo pode se tornar eletricamente negativo quando ganha elétrons?

Se o átomo ganhar elétrons, ele torna-se um ânion, ficando com carga negativa. Por outro lado, se o átomo perder elétrons, ele fica com carga positiva e é chamado de cátion.

Como um átomo Torna

Em condições de equilíbrio, qualquer material é eletricamente neutro, contendo igual número de prótons e elétrons. Um material é eletricamente positivo quando tem excesso de prótons, ou falta de elétrons. Da mesma forma, ele será negativamente carregado se tiver um excesso de elétrons.

Quando um átomo pode se tornar eletricamente positivo?

Quando um átomo perde elétrons ele tem o número de prótons maior, portanto, ele se torna eletricamente positivo (um +cátion). Já quando o átomo ganha elétrons e tem o número de prótons menor do que o dos elétrons, e acaba se tornando um átomo eletricamente negativo (um -ânion).

O que acontece quando um átomo perde um elétron?

O átomo, ao perder elétron, forma um íon positivo chamado cátion. O átomo, ao receber elétron, forma um íon negativo chamado ânion.