Sensação de peso no fundo da barriga na gravidez

Mais comum do que se imagina, os relatos de dores na barriga durante a gravidez são unânimes entre as gestantes. Quando pensamos em gravidez, não contamos com esses incômodos, que na maioria das vezes podem assustar muito! Do nada, de um dia para o outro, você percebe que não está mais flexível como antes e que as dores estão cada vez mais presentes na barriga, nas costas, nas costelas e no abdômen todo.

Saiba que as dores na barriga durante a gravidez são completamente normais, porém deve-se apurar a causa e descartar possíveis problemas. Apesar de preocupantes para a mamãe ou quem a cerca, essas dores costumam ser inofensivas e as razões variam dependendo do período gestacional que você está.

As dores no pé da barriga durante a gravidez inicial podem significar que o útero está em expansão1. No começo, ainda mais quando se trata de uma primeira gravidez, o útero tende a ficar dolorido ao se esticar para acomodar o bebê.

O primeiro trimestre costuma ser muito incômodo, já que toda a atividade hormonal vai certamente mexer com a estrutura da mulher.O corpo passa a receber uma quantidade grande de hormônios que fazem com que os ligamentos e musculatura do abdômen se expandam, causando ocasionalmente dores e sensação de repuxo na parte inferior da barriga, abaixo do umbigo.

Já no segundo trimestre, as dores na barriga durante a gravidez costumam se concentrar acima do umbigo. Isso porque, o útero passa a crescer mais e mais, ultrapassando a linha média da barriga. Essas dores também podem ser causadas por outros motivos, por exemplo, devido ao movimentar dos demais órgãos do corpo que se reacomodam para deixar confortável o útero que carrega o bebê, a placenta e os líquidos da gestação2.

Agora, no terceiro trimestre, as dores abdominais já podem ser de contrações de treinamento ou, simplesmente, uma decorrência do peso da gravidez e dos esforço dos músculos e ligamentos para dar conta de tantas mudanças no corpo desta mulher. No final, lá pela 29ª e 30ª semana de gestação, o corpo começa também a se curvar para frente, para compensar as alterações do eixo da coluna, o que pode gerar dores na barriga, dos lados ou abaixo do umbigo.

Também é possível a dor na barriga ser uma consequência do bebê que se movimenta bastante nessa fase ou mesmo devido às tentativas de se encaixar na pelve. Outra possível causa é o bebê “brincando” com as costelas da mãe, o que promove dores mais nas laterais, mas ainda sim na barriga da mulher.

Quando se Preocupar Com as Dores na Barriga na Gravidez?

As dores são comuns, mas sempre um sinal de alerta! No começo da gestação, uma dor crescente e aguda pode significar problemas como, por exemplo, uma gravidez ectópica (dor em um dos lados do corpo, baixo ventre). Já a dor abaixo ou muito próxima ao útero, pode significar que está em curso uma infecção urinária. É comum também a mulher recém grávida sentir dores funcionais, como a dor de corpo lúteo, por exemplo. As dores abdominais por excesso de gases são também mais comuns do que se pensa. O excesso de gás gerado pelo organismo ou ingerido, via refrigerantes ou alimentos que promovem fermentação, pode induzir uma maior concentração de fezes e, consequentemente, provocar dor na barriga.

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A dor mais preocupante é sempre aquela que cresce e vem acompanhada de sangramento3. Para riscos de aborto, a dor é localizada acima do umbigo ou logo abaixo, próxima à linha do biquíni. Já em gravidez mais avançada, a dor do descolamento de placenta pode ser aguda e deve ser motivo para procurar o médico o quanto antes. Aliás, toda e qualquer dor sentida, na barriga ou não, deve ser reportada ao médico que acompanha a gestação. Somente ele saberá dizer exatamente o que é ou não e se é preocupante. Mantenha seu pré-natal sempre em dia e isso facilitará a detecção de possíveis problemas. Faça do seu médico seu melhor amigo!

Dica Importante: durante a gestação é fundamental consumir vitaminas que ajudam na boa formação do bebê, por isso, os médicos indicam suplementos polivitamínicos. O mais queridinho é o FamiGesta, que além de oferecer todas as vitaminas necessárias, tem a vantagem de conter Metilfolato (forma ativa do ácido fólico). Você pode saber mais sobre o FamiGesta aqui.

Veja também: Gravidez Fora do Útero Existe?

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Ardência, sensação de peso, cólica e pontadas são algumas das queixas que as pessoas com dor no baixo ventre costumam citar ao procurar ajuda. Popularmente conhecida como "dor no pé da barriga", ela pode ter relação com fatores diversos, que vão desde sintomas de gravidez a um diagnóstico mais sério, como endometriose, infecção urinária e outros.

Inclusive, pode ser que o órgão prejudicado nem seja na região, mas que a dor irradie até ali. Por isso, tanto o diagnóstico quanto o tratamento requerem caminhos diversos para serem mais assertivos, o que se torna um desafio para os profissionais da saúde.

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Possíveis causas da "dor no pé da barriga"

Qual o primeiro passo para diagnosticar de onde a dor está vindo? Segundo a gastroenterologista Danielle Kiatkoski, a entrevista realizada com o paciente para determinar o ponto inicial do diagnóstico costuma apontar três direções:

  • Intestinal - avalia se a dor tem relação com hábito intestinal, por exemplo, se alivia com a evacuação ou se há evacuação incompleta (em que permanece com a sensação de intestino cheio após a evacuação), se há presença de muco ou sangue nas fezes;
  • Ginecológica - observa se a dor altera durante o ciclo menstrual ou se existe desconforto na relação sexual, corrimento e alteração de fluxo menstrual;
  • Urinária - analisa se há dor durante o xixi, assim como a diminuição do jato urinário, dificuldade na micção e alteração da cor da urina.

Isso significa que a diferenciação da dor é feita a partir das queixas que a pessoa relata, além da presença de febre, vômito e sangramento, que podem ser fatores agravantes. Combinados a esses relatos, são realizados exames que ajudam em um diagnóstico mais preciso. Entre eles, estão os exames laboratoriais ou de imagem, como hemograma, urina e ultrassonografia abdominal.

Diagnósticos mais frequentes para a "dor no pé da barriga"

A ginecologista Isabela Maciel explica que por mais variados que possam ser os diagnósticos, as principais causas da dor aguda e imediata no baixo ventre nas pessoas que chegam ao pronto-atendimento são: apendicite, cistite, gastroenterite, doença inflamatória pélvica, gravidez tubária rota, torção ovariana e cisto ovariano roto.

Por outro lado, constipação, diverticulose, intolerância à lactose, síndrome do intestino irritável e endometriose já se enquadram nas dores com maior tempo de evolução. De maneira mais detalhada, explicamos as causas mais frequentes e possíveis tratamentos:

  • Cistite - vem acompanhada da sensação de ardência ao urinar e micção de mais frequência, mas em pequeno volume. Para tratar, é necessária a medicação antibiótica.
  • Gastroenterite - náusea, vômitos, diarreia e febre fazem parte desse quadro. A hidratação é parte fundamental do tratamento, que pode incluir ou não antibióticos.
  • Doença inflamatória pélvica ou infecção do endométrio, tubas uterinas ou ovários - aparecem corrimento vaginal, sangramento e desconforto após relações sexuais. Para tratar, é necessário antibioticoterapia e, em alguns casos, cirurgia.
  • Gravidez - por si só pode ser uma causa, seja pela distensão dos ligamentos do útero que cresce ou pela movimentação e posição fetal. Além disso, algumas doenças da gravidez, como pré-eclâmpsia ou descolamento prematuro de placenta, também resultam em dor abdominal. No entanto, para que o diagnóstico tenha mais precisão, é muito importante a avaliação de um médico ginecologista ou obstetra.

Algumas das situações em que o quadro pode evoluir para cirurgia são apendicite, diverticulite, gravidez ectópica, cistos hemorrágicos de ovário, endometriose, hidrossalpinge —que é uma obstrução das tubas uterinas—, cálculo renal e hérnias.

Atenção, mulher

Você já ouviu falar da Síndrome de May-Thurner? Uma doença até então considerada rara, passou a ser detectada mais facilmente com o avanço das tecnologias. A síndrome é a principal responsável pelo aparecimento das varizes pélvicas, que também são acompanhadas da dor no baixo ventre. Ainda que ela possa se manifestar em pessoas de qualquer sexo e idade, as mulheres contemplam 72% dos casos.

O angiologista Ricardo Rizzi explica que a Síndrome de May-Thurner acontece quando há compressão da veia ilíaca esquerda pela artéria ilíaca direita ao se cruzarem na pelve. Com o tempo, isso resulta em varizes pélvicas, no membro inferior esquerdo e trombose venosa profunda. Além da dor, a sensação de peso e o latejar no lado esquerdo são comuns.

O diagnóstico é feito a partir de exames de ultrassonografia e ressonância magnética, enquanto o tratamento é endovascular, através da angioplastia venosa. Para amenizar o quadro, o profissional esclarece que é necessário cuidar do sedentarismo e do aumento de peso, já que a prática de atividades físicas favorece a circulação sanguínea.

Quando procurar ajuda?

Isabel Maciel alerta que, por mais que a maioria das dores abdominais seja benigna, a avaliação médica é importante. Quando não há outros sintomas associados a esse desconforto no pé da barriga, os locais de pronto-atendimento são ideais para pacientes com dor intensa, dor de início súbito ou dor que não melhora.

Por outro lado, a ginecologista alerta que pessoas idosas, imunocomprometidas, com comorbidades graves, que passaram por cirurgia recentemente ou que tem algum sintoma de gravidade associado —como prostração, vômitos ou perda de consciência— também necessitam de atenção imediata. Nos demais casos, agendar uma consulta com médico generalista, de família, clínico geral ou até mesmo ginecologista, urologista ou gastroenterologista é ideal para que o problema comece a ser investigado.

Alimentação em meio à dor

Feijão, lentilha, grão-de-bico, soja, brócolis, repolho, couve, ovos e bebidas com gás são alguns dos alimentos que aumentam a produção de gases. Além disso, é importante que cada indivíduo monitore seu cardápio para entender o que contribui para aparecerem distensão abdominal, flatulências, diarreia ou constipação —como a ingestão de leite e derivados, por exemplo.

No entanto, não há uma cartilha capaz de resolver todos os sintomas, é necessário descobrir o grupo alimentar que desencadeia as possíveis crises, lembrando que a ansiedade também pode ser um fato agravante das dores.

Fontes: Alexandre Prado de Rezende, médico pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), cirurgião geral do Orizonti - Instituto Oncomed de Saúde e Longevidade; Ari Adamy Júnior, médico pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), urologista nos hospitais Santa Cruz e Sugisawa, ambos em Curitiba (PR); Danielle de Castro Kiatkoski, médica pela Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná e gastroenterologista pela FBG (Federação Brasileira de Gastroenterologia), representante da Fenacelbra (Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil) junto ao Ministério da Saúde para elaboração do protocolo para diagnóstico e tratamento da doença celíaca; Isabela Maciel Caetano, médica pela UFMG, ginecologista do Instituto Orizonti - Instituto Oncomed de Saúde e Longevidade; Lilian Lang, médica pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), ginecologista e obstetra pelo Hospital das Clínicas da UFPR; Ricardo Brizzi, médico pela FURB (Universidade Regional de Blumenau), angiologista e cirurgião vascular nos hospitais Badim, Israelita e Norte D'Or (PR).

É normal sentir um peso embaixo da barriga na gravidez?

A dor no pé da barriga é uma situação bastante frequente na gravidez e acontece principalmente devido à expansão do útero e deslocamento dos órgãos abdominais para acomodar o bebê em desenvolvimento. Assim, é comum que à medida que o bebê cresce, a mulher sinta desconforto e uma dor leve e passageira no pé da barriga.

É normal sentir a barriga pesada na gravidez?

Nada mais natural do que sentir cansaço na gravidez. Particularmente nas primeiras semanas, o corpo está passando por mudanças intensas. A fabricação da placenta requer muita energia. Os hormônios, como o HCG (gonadotrofina coriônica) também dão uma enorme sensação de cansaço.

Que tipo de dores devo me preocupar durante a gravidez?

Assim como o sangramento vaginal, leves dores de barriga são eventos comuns e inocentes ao longo da gravidez. Porém, se algum dos sinais abaixo estiver presente, a gestante deve entrar imediatamente em contato com o obstetra: Dor abdominal intensa e persistente. Dor abdominal associada a vômitos.

O que pode machucar o bebê dentro da barriga da mãe?

Tombos e pancadas são as situações mais comuns que colocam em risco a vida do bebê. No entanto, alguns fatores externos como ondas de radiação e roupas apertadas também podem interferir na saúde e desenvolvimento do bebê durante a gestação.