Quem era responsável pelo comprimento dos interesses da Espanha no ambiente colonial?

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Quem era responsável pelo comprimento dos interesses da Espanha no ambiente colonial?

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o porto de Havana, com permissão para o comércio metropolitano e anos depois os portos de 
Vera Cruz, Porto Belo e Cartagena. Desenvolveu ainda o sistema de frotas anuais (duas); desde 
1526 havia a proibição de navegarem os barcos isoladamente. O Conselho das Índias foi criado 
em 1524, por Carlos V, e a ele cabia as decisões políticas em relação às colônias, nomeando 
Vice-reis e Capitaes gerais, autoridades militares, e judicias. Foram criados ainda os cargos de 
Juízes de Residência e de Visitador. O Primeiro, responsável por apurar irregularidades na gestão 
de algum funcionário da metrópole na colônia; o segundo, responsável por fiscalizar um orgão 
metropolitano ou mesmo um Vice reino, normalmente para apurar abusos cometidos. 
 
 
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3.3 Política Colonial 
Nas colônias o poder dos adelantados foi eliminado com a formação dos Vice-Reinos e 
posteriormente dos Capitães gerais. O território colonial foi dividido em quatro Vice-Reinos -- 
Nova Espanha, Peru, Rio da Prata, e Nova Granada -- e posteriormente foi redividido, surgindo 
as Capitanias Gerais, áreas consideradas estratégicas ou não colonizadas. Os Vice-Reis eram 
nomeados pelo Conselho das Índias e possuíam amplos poderes, apesar de estarem sujeitos à 
fiscalização das Audiências As Audiências eram formadas pelos ouvidores e possuíam a função 
judiciária na América. Com o tempo passaram a ter funções administrativas. Os Cabildos ou 
ayuntamientos eram equivalentes às câmaras municipais, eram formadas por elementos da elite 
colonial, subordinados as leis da Espanha, mas com autonomia para promover a adminisrtração 
local, municipal. 
 
Figura 12 – Divisão Política das Colônias 
Fonte: Disponível em História Licenciatura, http://hid0141.blogspot.com 
 
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O mapa, figura 12, ilustra a divisão política das colônias da Espanha (em vermelho), 
porém não é preciso. Os espanhóis, logo após empreenderem um sangrento processo de 
dominação das populações indígenas da América, efetivaram o seu projeto colonial nas terras a 
oeste do Tratado de Tordesilhas. Para isso montaram um complexo sistema administrativo 
responsável por gerir os interesses da Coroa espanhola em terras americanas. 
Todo esse esforço deu-se em um curto período de tempo. Isso porque a ganância pelos 
metais preciosos motivava os espanhóis. As regiões exploradas foram divididas em quatro 
grandes vice-reinados: Rio da Prata, Peru, Nova Granada e Nova Espanha. Além dessas grandes 
regiões, havia outras quatro capitanias: Chile, Cuba, Guatemala e Venezuela. Dentro de cada uma 
delas, havia um corpo administrativo comandado por um vice-rei e um capitão-geral designados 
pela Coroa. No topo da administração colonial havia um órgão dedicado somente às questões 
coloniais: o Conselho Real e Supremo das Índias. Todos os colonos que transitavam entre a 
colônia e a metrópole deviam prestar contas à Casa de Contratação, que recolhia os impostos sob 
toda riqueza produzida. Além disso, o sistema de porto único também garantia maior controle 
sobre as embarcações que saiam e chegavam à Espanha e nas Américas. Os únicos portos 
comerciais encontravam-se em Veracruz (México), Porto Belo (Panamá) e Cartagena 
(Colômbia). Todas as embarcações que saíam dessas regiões colônias só podiam desembarcar no 
porto de Cádiz, na região da Andaluzia. 
Responsáveis pelo cumprimento dos interesses da Espanha no ambiente colonial, os 
chapetones eram todos os espanhóis que compunham a elite colonial. Logo em seguida, estavam 
os criollos. Eles eram os filhos de espanhóis nascidos na América e dedicavam-se a grande 
agricultura e o comércio colonial. Sua esfera de poder político era limitada à atuação junto às 
câmaras municipais, mais conhecidas como cabildos. Na base da sociedade colonial espanhola, 
estavam os mestiços, índios e escravos. Os primeiros realizavam atividades auxiliares na 
exploração colonial e, dependendo de sua condição social, exerciam as mesmas tarefas que índios 
e escravos. Os escravos africanos eram minoria, concentrando-se nas regiões centro-americanas. 
A população indígena foi responsável por grande parte da mão de obra empregada nas colônias 
espanholas. Muito se diverge sobre a relação de trabalho estabelecida entre os colonizadores e os 
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índios. Alguns pesquisadores apontam que a relação de trabalho na América Espanhola era 
escravista. Para burlar a proibição eclesiástica a respeito da escravização do índio, os espanhóis 
transformaram a mita e a encomienda. A mita consistia em um trabalho compulsório onde 
parcelas das populações indígenas eram utilizadas para uma temporada de serviços prestados. 
Com a encomienda, os espanhóis realizavam uma“troca” onde os índios recebiam em catequese e 
alimentos por sua mão-de-obra. No final do século XVIII, com a disseminação do ideário 
iluminista e a crise da Coroa Espanhola (devido às invasões napoleônicas) houve o processo de 
independência que daria fim ao pacto colonial, mas não resolveria o problema das populações 
economicamente subordinadas do continente americano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 A Herança da Descoberta - Reflexos da Conquista na América e na Europa, 
O Feudalismo Ibérico versus A Lei do Tahuantinsuy 
 
No quarto e último capítulo é realizada a confrontação cultural, sócio-política e 
econômica das duas civilizações. As questões examinadas são: o uso da terra, a estratificação 
social como agente determinante de ocupação dos territórios e organização do trabalho, as 
relações de poder, tanto temporal como religioso, a realização de políticas internas ao Império 
Inca e as políticas de dominação estabelecidas pelos espanhóis. As instituições e as relações 
econômicas existentes e implementadas durante e após a dominação. 
4.1 Políticas de Organização Populacional - Os Impérios, População e a 
Natureza de Suas Economias 
 
A luz das doutrinas populacionais, a política econômica desenvolvida por uma sociedade ou 
civilização, depende muito da importância e do potencial oferecido por sua economia doméstica, 
as possibilidades de prover trabalho assim como a capacidade de manutenção de suas estruturas, 
onde a forma de organização do trabalho e os meios de produção, mantêm o conjunto estável, 
projetando esta sustentação. (GONNARD - Historia de las doctrinas de la poblacion, 1945) 
 Talvez esta seja a melhor introdução sobre a organização da população no Império Inca, 
enquanto civilização que expandia-se regionalmente, as vésperas da conquista espanhola. 
Ao contrário da economia apresentada por antigas civilizações e impérios, os 
conquistadores espanhóis à época, buscavam minimizar riscos, trabalho e somente quando 
conveniente respeitar as convenções culturais. Política esta, consubstanciada pela natureza 
extrativista nos territórios conquistados, provendo a subsistência de não produtores em setores 
que mantinham as elites em posição privilegiada tanto na sociedade conquistadora como na 
conquistada. 
No que tange ao estudo aqui proposto, analisamos o modelo político-econômico de 
Centro-Periferia que contempla as estratégias e percursos tanto de conquistados e conquistadores. 
O modelo centro-periferia explora e subordina a coletividade chamada periferia pela elite 
política central. Enquanto o centro é caracterizado por instituições fortes e dominantes, a periferia 
o é por sociedades pouco estruturadas e lideranças regionais inexpressivas. A exploração da 
Periferia pelo Centro, pode dar-se através de baixos salários e benefícios e na baixa relação entre 
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capital e trabalho na produção intensiva de bens. Independente do instrumento de exploração 
utilizado, a periferia pode ainda dividir-se em áreas semi-periféricas com formações 
intermediárias onde também estão

Qual era a base da sociedade confiam em Espanha?

Na base da sociedade colonial espanhola também devemos pontuar a presença de algumas populações de escravos negros. Usualmente, esse tipo de mão de obra só era adotado nas regiões coloniais em que o processo de dizimação dos nativos gerava uma grave escassez de braços para o trabalho.

O que foram os criollos?

Os criollos eram a elite americana descendente de espanhóis, excluída dos altos cargos dirigentes, embora constituíssem a classe dos grandes proprietários de terras, dos arrendatários de minas, dos comerciantes e dos pecuaristas.

Quem compunha a maior parte da sociedade colonial?

A sociedade açucareira era patriarcal. A maior parte dos poderes se concentrava nas mãos do senhor de engenho. Com autoridade absoluta, submetia todos ao seu poder: mulher, filhos, agregados e qualquer um que habitasse seus domínios.

Qual é o papel do indígena na economia e na sociedade das colônias espanholas?

Resposta. Resposta: Os indígenas estavam sendo "escravizados", eles não trabalhavam diretamente para os espanhóis, mas eram obrigados a levar o ouro para eles. Isso enriqueceu mais a Espanha.