Quando ocorre o desemprego estrutural ou tecnológico?

O desemprego estrutural é um grave problema econômico que atinge vários países em desenvolvimento.


Quando ocorre o desemprego estrutural ou tecnológico?

Robotização nas indústrias: uma das causas do desemprego estrutural

O que é (conceito)

O desemprego estrutural é aquele gerado pela introdução de novas tecnologias ou de sistemas e processos voltados para a redução de custos nas empresas.

Estes novos elementos afetam os setores da economia de um país (indústria, comércio e serviços), causando demissões, geralmente, em grande quantidade. Quando a economia do país não cresce o necessário para absorver os trabalhadores disponíveis, ocorre o aumento no número de desempregados.

Principais causas do desemprego estrutural (exemplos):

1. Implantação de robôs no processo de produção industrial.

2. Instalação de caixas eletrônicos em agências bancárias.

3. Informatização em empresas e órgãos públicos, visando diminuir os processos burocráticos (preenchimento de muitos formulários e exigência de documentos e processos para abrir empresas ou solicitar serviços).

4. Uso da Internet para serviços bancários, compras online e outros serviços.

5. Adoção de processos administrativos eficientes nas empresas, visando otimizar o trabalho e reduzir a mão de obra.

6. Introdução de novas tecnologias, que visam a substituição de mão de obra humana por computadores e máquinas automatizadas (eletrônicas e mecânicas).

Quando ocorre o desemprego estrutural ou tecnológico?
Caixa eletrônico de banco: operação em massa a partir da década de 1990 gerou milhões de desempregados no setor bancário.

Diferenças entre desemprego estrutural e conjuntural

Enquanto o desemprego estrutural é causado pela adoção de novas tecnologias e processos, o conjuntural é gerado por crises econômicas internas ou externas. Crises econômicas, geralmente, diminuem o consumo, as exportações, a produção e, por consequência de tudo isso, aumenta o desemprego.

Quando a economia de um país se recupera, após o fim de uma crise, o desemprego conjuntural tende a diminuir. No caso do desemprego estrutural, as vagas de emprego fechadas naquelas funções não são mais retomadas.

Desemprego estrutural e globalização

A globalização da economia, que ganhou força a partir da década de 1970, teve grande participação no aumento do desemprego estrutural no mundo todo. A globalização econômica fez aumentar a competitividade em âmbito internacional, principalmente através do comércio exterior, fazendo com que as empresas buscassem formas de reduzir custos de produção, comercialização e transporte. Entre estas formas, podemos citar as principais causas do desemprego estrutural: adoção de novas tecnologias e sistemas administrativos e produtivos de custos reduzidos (ambos com diminuição de mão de obra).



Atualizado em 18/03/2022




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Globalização e desemprego - diagnósticos e alternativas

Autor: Singer, Paul

Fontes de referência do texto:

- SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. São Paulo: Editora Best Seller, 1999.

- SOWELL, Thomas. Um Guia de Economia Voltado ao Senso Comum. Rio de Janeiro: Alta Books, 2018. 

O que é desemprego estrutural

O desemprego estrutural pode ser visto a longo prazo, causado por mudanças estruturais na economia. Estas mudanças envolvem fatores como alterações tecnológicas, de concorrência ou políticas.

Um exemplo pode existir quando a oferta de trabalho se torna incompatível com mudanças tecnológicas por falta de capacitação correta. Em alguns casos, o reingresso só é possível através da troca para uma nova forma de emprego, após qualificação adequada de trabalhadores.

Da mesma forma, a rigidez da estrutura econômica colabora para que esta forma de desemprego se mantenha ao longo de anos ou décadas. Isto pode ocorrer pela manutenção do salário real muito acima do equilíbrio do mercado de trabalho. Neste caso, o desemprego estrutural por ser visto pela maior oferta de trabalho face à demanda pelas empresas.

Causas do desemprego estrutural

Esta forma de desemprego está relacionada à estrutura econômica e da inexistente compatibilidade da oferta de trabalho com o que é procurado pelas empresas, seja por alterações tecnológicas e de produção, como também pelos hábitos de consumo.

A situação de desemprego estrutural pode durar muitos anos ou décadas. A melhoria deste quadro estrutural exige que mudanças profundas aconteçam no sentido inverso ao desemprego. Oferecer qualificação para que trabalhadores sejam realocados em outras áreas.

Alterações como essas podem ser vistas a longo prazo mesmo enquanto a economia cresce. Exemplo disto ocorreu com a redução do peso do setor primário na economia, gerando desemprego estrutural em áreas como a agricultura.

Outras formas de desemprego

O desemprego na economia é conceituado de diferentes formas, além da estrutural. Entre elas temos os desempregos conjuntural, friccional, natural e sazonal.

Estas formas de desempregos fazem parte da dinâmica do mercado de trabalho, considerando a oferta e procura de trabalho existente, e conforme o ritmo econômico.

Desemprego conjuntural

Diferente do desemprego estrutural, o desemprego conjuntural ou cíclico existe por movimentos a curto prazo no mercado de trabalho, sendo maior enquanto a economia passa por uma grande recessão.

É assim conhecido por fazer parte dos ciclos de alta e baixa comum às economias, negativamente correlacionado com o movimento do Produto Interno Bruto.

Desemprego friccional

O desemprego friccional é visto a curto prazo causado pelo processo natural em que as pessoas deixam um emprego para encontrar outro. Seu valor pode ser maior conforme mais tempo é preciso para encontrar um novo trabalho.

Desemprego natural

O desemprego natural é o patamar mínimo e comum que o desemprego pode atingir a longo prazo, e conforme a sua estrutura.

É conhecido pela taxa de desemprego natural como aquela em que resulta de movimentos naturais ou voluntários do mercado de trabalho. A volta desta taxa é que existe o desemprego cíclico.

Sendo assim, ela considera que existe um ritmo normal de desemprego em todas as economias, mesmo em pleno emprego.

Desemprego sazonal

O desemprego sazonal é analisado conforme o período do ano, como por exemplo em algum trimestre analisado.

É um desemprego comum a trabalhadores temporários, por exemplo, quando se encontram fora de épocas do turismo ou de alta na produção de grandes empresas.

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Quando ocorre o desemprego estrutural?

O desemprego estrutural é aquele gerado pela introdução de novas tecnologias ou de sistemas e processos voltados para a redução de custos. Estes novos elementos afetam os setores da economia de um país (indústria, comércio e serviços), causando demissão, geralmente, em grande quantidade.

O que é o desemprego estrutural ou tecnológico?

Desemprego estrutural corresponde à demissão de indivíduos e à perda de postos de trabalho em função de transformações estruturais do processo produtivo e da economia. A principal causa do desemprego estrutural é a automatização de etapas da produção e a modernização tecnológica de diferentes tarefas da vida cotidiana.

Como ocorre o desemprego tecnológico?

A resposta mais correta é a seguinte: existe desemprego tecnológico quando o operário demitido pela introdução de uma nova máquina (ou tecnologia) no processo produtivo não encontra um novo trabalho num curto período de tempo.

Quando ocorre o desemprego conjuntural?

Já o desemprego conjuntural, por sua vez, é aquele que surge em momentos de recessão da economia causado, principalmente, por crises internas ou externas, reduções no desenvolvimento econômico e no crescimento de um país.