Qual é o certo eu e ela ou ela e eu?

Eu e mim são pronomes pessoais que possuem a função de substituir o substantivo na frase e indicar qual(is) a pessoa do discurso.

  • O “eu” é um pronome pessoal do caso reto que exerce a função de sujeito ou de predicativo do sujeito.
  • O “mim”, um pronome pessoal do caso oblíquo que exerce a função de complemento verbal ou complemento nominal.

Exemplos:

  • Eu não acredito que consegui passar na entrevista de emprego.
  • Eu gosto mais de viajar para a praia do que para as montanhas.
  • Quando você confiará em mim?
  • Esse presente é para você e para mim.

Importante!

Vale lembrar que o “mim” não conjuga verbo, somente o “eu”. Portanto, nunca devemos usar: “para mim fazer”; “mim começa”; “mim gosta”, etc. O correto é: “para eu fazer”; “eu começo”; “eu gosto”.

Para mim ou para eu: quando usar cada uma delas?

Tanto “para mim” quanto “para eu” são duas formas utilizadas na língua portuguesa, porém em situações diferentes.

  • Para mim: quando exerce a função de objeto indireto na oração, sendo sempre precedido de uma preposição que, nesse caso, é o “para”: comprou para mim; escreveu para mim; etc.
  • Para eu: exerce a função de sujeito da oração, sendo sempre acompanhado de um verbo no infinitivo: para eu comprar; para eu escrever; etc.

Exemplos:

  • Nossa relação está muito pesada para mim.
  • Eles compraram um presente para mim.
  • Tudo no trabalho sobra para eu fazer.
  • Para eu realizar a prova devo estudar mais.

Vídeo sobre para eu e para mim

Confira abaixo o vídeo sobre uma explicação resumida sobre o uso do "para mim" e "para eu".

Para expandir seus conhecimentos sobre o tema, leia também:

  • Pronomes pessoais do caso reto
  • Pronomes pessoais do caso oblíquo
  • Mim ou me

Qual é o certo eu e ela ou ela e eu?

Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde 2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line.

São Paulo - Algumas gafes no português falado podem até passar “batido” em situações mais informais. Mas podem atentar contra a imagem profissional em momentos de formalidade, como entrevistas de emprego e reuniões de conselho ou diretoria.

“Não há problema em usar determinadas expressões no meio familiar ou em conversas mais descontraídas, desde que a pessoa consiga adequar o registro ao nível de formalidade da situação”, diz o diretor superintendente da Fisk, professor Elvio Peralta.

Ele selecionou os tropeços mais comuns que os profissionais comentem no português falado. Confira:

1 “Fazem três anos”, no lugar de “ Faz três anos”

Se você nunca cometeu este erro, certamente já ouviu alguém cometer. O professor explica: “o verbo fazer, quando se refere a tempo transcorrido, é impessoal.” Deve sempre, portanto, ser conjugado na terceira pessoa do sigular.

2 “Houveram muitos acidentes”, no lugar de “houve muitos acidentes”

Este também é uma gafe frequente, de acordo com o professor Peralta. “O verbo haver no sentido de existir também é impessoal”, diz. Por isso, da mesma forma que acontece com o verbo fazer (quando se refere a tempo), o verbo haver, nesse caso, não deve ser usado no plural.

3  “Há dez mil anos atrás, no lugar de” “Há dez mil anos”

Também é um erro muito comum, diz Peralta. Quem nunca abusou dessa redundância, pelo menos já ouviu Raul Seixas cantar a música: “eu nasci há dez mil anos atrás”, que “imortalizou” a expressão. Dizer “há dez mil anos” é o mesmo que dizer “faz dez mil anos”. Por Isso é redundante combinar “há” e “atrás” na mesma frase.

4 “Aonde você comprou”, no lugar de “Onde você comprou”

“Aonde” equivale a “para onde”, diz Peralta. O macete para nunca mais cometer esta gafe é fazer esta substituição. Se couber, está certo. Se não fizer sentido, use apenas onde.

5 “A nível de” no lugar de “em, na, no”

“É comum encontrar o abuso da expressão ‘a nível de’. Geralmente são pessoas tentando forjar uma formalidade que não têm”, diz Peralta. Em vez de dizer que as vendas caíram “a nível de” varejo, diga apenas que as vendas caíram no varejo, por exemplo.


6 “Eu vi ele” ou “Eu vi ela”, no lugar de: “Eu o vi” ou “Eu a vi”

“No português brasileiro falado informalmente quase não existe o uso de próclise”, diz Peralta. Próclise é o uso do pronome antes do verbo. De acordo com o professor, o Brasil a próclise encontra muito mais resistência.

Embora o uso de “eu vi ele”, “eu vi ela” esteja mais do que sacramentado na linguagem coloquial brasileira, a regra gramatical do português padrão estabelece que o pronome pessoal do caso reto “eu” atrai o outro pronome. Além disso, vale destacar que “ele”, também pronome pessoal do caso reto, não pode vir após o verbo. Então, segundo o padrão formal da língua, o correto é usar pronomes pessoais do caso oblíquo: “eu o vi” ou “eu a vi”.

7 “Não lhe convidei”, no lugar de: “Não o convidei” ou “Não a convidei”

O pronome oblíquo lhe, raramente é usado no português brasileiro falado. E quando, alguém resolve apostar neste pronome, há grandes chances de errar e empregá-lo em contextos inadequados.

“O pronome oblíquo lhe substitui o objeto indireto de uma frase e, portanto, só é usado com verbos transitivos indiretos”, explica o professor Peralta. O verbo convidar é transitivo direto (quem convida, convida alguém), por isso, o correto é preferir os pronomes “o” ou “a”, que substituem o objeto direto. 

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Qual é o correto ela é eu ou eu e ela?

Agora por uma questão de delicadeza: quem pronunciar em primeiro lugar o pronome eu, põe mais em evidência a sua própria pessoa; quem proferir em primeiro lugar ela, põe mais em evidência a outra pessoa. Pode surgir determinada situação em que, por cavalheirismo, seja conveniente falar deste modo: «Ela e eu…».

Qual é o certo eu e Maria ou Maria e eu?

Ambas as possibilidades estão corretas. A escolha de uma ou outra posição está dependente de regras de cortesia ou de outra natureza. A colocação do pronome eu em último lugar pode ficar a dever-se a uma regra de cortesia, que procura evitar uma atitude de imodéstia: (1) «A Maria, a Rita e eu fizemos este trabalho.»

Qual correto eu e ele ou ele e eu?

Quando associado a outros, em frases neutras, o pronome “eu” deverá ser o primeiro, pois ele vai condicionar a pessoa do verbo. A primeira pessoa (eu), associada a outras pessoas (tu, ele, etc.) vai exigir que o verbo vá para a primeira pessoa do plural (nós).

Como escrever eu é fulano?

Em frases como: (i) Eu, fulano, sicrano e beltrano faremos a execução da primeira etapa do projeto. (ii) Fulano, sicrano, beltrano e eu faremos a execução da primeira etapa do projeto.