Qual dispositivo usado em instalações elétricas de baixa tensão atua quando existe uma surto de tensão?

Eletrica

Qual dispositivo usado em instalações elétricas de baixa tensão atua quando existe uma surto de tensão?
| 15 de dezembro de 2016 | 21029 views

O que é o Dispositivo DR (Diferencial Residual)?

O DR um dispositivo de proteção elétrica e tem a função de proteger pessoas e instalações contra possíveis acidentes decorrentes de falhas nos circuitos, desligando-os assim que a falha é detectada. Existem três tipos de dispositivo de proteção: o disjuntor, o dispositivo DR (diferencial residual) e o DPS (dispositivo de proteção contra surtos). Falaremos aqui exclusivamente sobre o Dipositivo DR.

Qual dispositivo usado em instalações elétricas de baixa tensão atua quando existe uma surto de tensão?

A eletricidade é essencial em nossa rotina, seja para trabalho ou lazer porém, se não for feita da forma correta, os prejuízos e acidentes causados podem ser enormes!

As principais falhas encontradas nas instalações são:

  • Fuga de corrente: por problemas na isolação dos fios, a corrente “foge” do circuito e pode ir para a terra (através do
    fio terra). Quando o fio terra não existe, a corrente fica na carcaça dos equipamentos (eletrodomésticos), causando o choque elétrico.
  • Sobrecarga: é quando a corrente elétrica é maior do que aquela que os fios e cabos suportam. Ocorre quando ligamos muitos aparelhos ao mesmo tempo. Os fios são danificados pelo aquecimento elevado.
  • Curto-circuito: é causado pela união de dois ou mais potenciais (por ex.: fase-neutro/fase-fase), criando um caminho sem resistência, provocando
    aquecimento elevado e danificando a isolação dos fios e cabos, devido aos altos valores que a corrente elétrica atinge nessa situação.
  • Sobretensão: é uma tensão que varia em função do tempo, ela varia entre fase e neutro ou entre fases, cujo valor é superior ao máximo de um sistema convencional. Essa sobretensão pode ter origem interna ou externa.
    • Externa: descargas atmosféricas
      Interna: curto-circuito, falta de fase, manobra de disjuntores etc.

A proteção contra choques elétricos somente deve ser feita usando-se o DR de alta sensibilidade (30mA).

já a proteção patrimonial pode ser feita pelos Dispositivos DR de 100mA, 300mA, 500mA além da sensibilidade de 30mA já mencionada.

Por quê usar um Dispositivo DR?

Proteção e Legalidade. 30% dos incêndios produzidos nas edificações são devidos a um defeito elétrico.

O defeito elétrico mais comum é causado por deterioração dos isolantes dos condutores, devido entre outras causas:

  • Ruptura brusca e acidental do isolante do condutor.
  • Envelhecimento e ruptura final do isolante do condutor.
  • Cabos mal dimensionados.

A Norma NBR 5410 a partir de sua 5° versão em 1997 também tornou obrigatório o uso do dispositivo DR de alta sensibilidade (30mA) em determinados locais e circuitos visando à proteção contra choques elétricos. Entre os pontos mencionados temos:

  • Circuitos que alimentam tomadas de corrente em área externa;
  • Circuitos de iluminação externa (ex: iluminação de jardins);
  • Todos os pontos de utilização usados em banheiros;
  • Circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas externas, mas que podem vir a alimentar equipamentos no exterior;
  • Todos os pontos de utilização de cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, ou seja, áreas internas molhadas em uso normal ou sujeita a lavagens.

Admite-se a exclusão de pontos que alimentem aparelhos de iluminação posicionados a uma altura igual ou superior a 2,5 m.

Como funcina o Dispositivo DR?

Em condições normais, a corrente que entra no circuito é igual à que sai. Quando acontece uma falha no circuito, gerando fuga de corrente, a corrente de saída é menor que a corrente de entrada, pois uma parte desta se perdeu na falha de isolação.

O dispositivo DR é capaz de detectar qualquer fuga de corrente. Quando isso ocorre, o circuito é automaticamente desligado. Como o desligamento é instantâneo, a pessoa não sofre nenhum problema físico grave decorrente do choque elétrico, como parada respiratória, cardíaca ou queimadura.

Tecnicamente falando…

As bobinas principais são enroladas sobre o núcleo magnético de modo a determinar, quando atravessadas pela corrente, dois fluxos magnéticos iguais e opostos, de modo que, em condições normais de funcionamento, o fluxo resultante seja nulo. A bobina secundária é ligada ao relé polarizado.

Se a corrente diferencial-residual (isto é a corrente que flui para a terra) for superior ao limiar de atuação In, a bobina secundária enviará um sinal suficiente para provocar a abertura do relé polarizado e, portanto, dos contatos principais. Para verificar as condições de funcionamento do dispositivo deve-se acionar o botão de teste (T); assim cria-se um “desequilíbrio” de corrente tal que provoca a atuação do dispositivo diferencial e a conseqüente abertura dos contatos principais.

ATENÇÃO!

O Dispositivo DR (diferencial residual) não protege contra sobrecargas nem de curto-circuito, por este motivo não dispensa o uso do disjuntor. Os dois devem ser ligados em série e o DR após o disjuntor.

A norma ABNT NBR 5410:2004 recomenda o uso do dispositivo DR em todos os circuitos, principalmente nas áreas frias e úmidas ou sujeitas à umidade, como cozinhas, banheiros, áreas de serviço e áreas externas (piscinas, jardins, quintais, etc.). Assim como o disjuntor, ele também pode ser desligado manualmente se necessário.

Simulação choque elétrico e funcionamento de IDR!

Como escolher um Dispositivo DR (Diferencial Residual)?

A escolha do Dispositivo DR deve atentar para alguns dados importantes a respeito do dispositivo.

1 – Corrente Nominal (In) trata-se da corrente nominal do circuito a ser protegido (25, 40, 63, 100,125A);

2 – Corrente de sensibilidade (I∆n) estabelecida conforme o tipo de proteção a ser executado (30, 100, 300,500mA);

3 – Número de polos 2 ou 4, estipulado conforme o tipo de circuito a ser protegido ou do tipo de alimentação fornecido pela concessionária de energia (lembramos aqui que o condutor do neutro deverá passar pelo DR), destacamos aqui que a Schneider-Electric.com tem com exclusividade um DR de 3 polos para a situação em que temos duas fases+neutro;

4 – Tensão nominal de operação conforme circuito a ser protegido pelo dispositivo.

Outra característica importante sobre o DR é a classificação do seu tipo. A norma IEC prevê algumas versões de acordo com sua capacidade de detecção: tipo AC, o mais tradicional, usado apenas para as correntes residuais alternadas; tipo A usado em correntes alternadas e contínuas pulsantes; o tipo B tem a mesma detecção do tipo A além correntes contínuas puras e, finalmente o tipo SI que tem as mesmas características do tipo A, mas podendo ser utilizado em ambientes agressivos, com baixas temperaturas ou então para garantir a continuidade de serviço em caso de descargas atmosféricas.

Devemos chamar a atenção que para a devida proteção contra choques elétricos é importante também citar que é de extrema importância o condutor de proteção (terra), como primeira medida de proteção contra choques elétricos.

Qual dispositivo usado em instalações elétricas de baixa tensão atua quando existe uma surto de tensão?

Como dimensionar IDR – Interruptor diferencial residual?

Dispositivo DR (Diferencial Residual) x Disjuntor

Outro ponto importante que devemos deixar bem claro é separar a função do Dispositivo DR e do Disjuntor.

O DR detectará correntes de fuga à terra, já o disjuntor protegerá os cabos contra sobrecarga e curto circuito.

Existem no mercado, dispositivos que agregam as duas funções (conhecidos como DDR), mas em sua grande maioria é utilizado separadamente: DR e disjuntores.

Quais os tipos de interruptor Diferencial Residual?

Os tipos de interruptores diferenciais residuais de alta e baixa sensibilidade (30mA – proteção de pessoas / 300mA – incêndios) existentes no mercado são o bipolar e o tetrapolar.

Existe ESSE tipo de DR (Dispositivo DR)???

Como instalar um Dispositivo DR?

Quanto à instalação do DR não há segredos, todos os condutores vivos da instalação devem ser ligados no dispositivo, ou seja, fases + neutro.

O polo de neutro é identificado, normalmente localizado no primeiro polo do lado esquerdo do componente.

Os DR’s possuem um botão de teste para averiguação do seu funcionamento, que recomendamos que seja acionado uma vez.

Como testar IDR? Como usar o botão de teste?

ONDE COMPRAR UM DISPOSITIVO DR?

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loja.se.com – a loja virtual oficial da Schneider Electric
https://loja.se.com/

Mercado Livre – oficial Schneider Electric
https://loja.mercadolivre.com.br/schneider-electric

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SAIBA MAIS

2 COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O DR (DISPOSITIVO DR)

Uso de DR e DPS – Webinar com Everton Moraes (Sala da Elétrica)

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Qual dispositivo usado em instalações elétricas de baixa tensão atua quando existe uma sobrecarga de corrente?

O disjuntor atua em função dos níveis da corrente elétrica que atravessa o sistema: quando ocorre alguma sobrecarga, o aparelho desarma e interrompe o funcionamento de toda a rede, impedindo danos ao próprio circuito e aos eletrônicos nele conectados.

Qual o dispositivo utilizado para proteção contra surtos elétricos?

O dispositivo de proteção contra surtos, também conhecido como DPS ou como “supressor de surto”, é um equipamento destinado ao descarregamento de cargas sobrepressão, ou seja, tem como principal função proteger máquinas que funcionam com energia elétrica de picos de alta tensão.

Qual dispositivo de proteção é mais utilizado em instalações elétricas para proteção contra surtos de tensão?

Minidisjuntor. Um dos equipamentos de proteção elétrica mais conhecidos, que você com certeza já ouviu falar, é o disjuntor, ou minidisjuntores, tipicamente utilizados em instalações elétricas residenciais, prediais e comerciais. Sua função é proteger fios/cabos e equipamentos elétricos contra sobrecorrentes.

Qual é a função de um DPS?

O DPS (dispositivo de proteção de surtos) é um equipamento de proteção elétrica essencial nas instalações elétricas. Ele é ligado entre as fases e o aterramento de proteção e tem a função de proteger a instalação na ocorrência de surtos causados por descargas atmosféricas.