Como é a dor de um câncer de garganta?

O câncer de garganta, também denominado câncer orofaríngeo, tende a acometer toda a região da orofaringe, como a parte de trás da língua, o palato mole, as amígdalas, os pilares, as paredes laterais e a parte posterior da garganta.

Embora a doença apresente uma relação direta com determinados hábitos nocivos à saúde, como o tabagismo e alcoolismo, é importante considerar outros fatores de risco que podem parecer distantes de qualquer relação com o câncer de garganta, como por exemplo o contágio com o papilomavírus humano (HPV). 

Por isso, é fundamental manter-se informado para prevenir e tratar corretamente o câncer de garganta, infelizmente, uma doença pouco discutida entre a população, atualmente.

Câncer de garganta: como identificar os sintomas

Assim como a boca, a garganta também apresenta participação no processo da fala, respiração e deglutição dos alimentos. Dessa forma, todas as células e tecidos que compõem a região da garganta estão suscetíveis ao desenvolvimento de um tumor maligno. 

Por isso, embora a garganta como um todo possa ser acometida por uma massa tumoral, é muito importante compreender alguns sintomas iniciais que podem indicar a presença da doença, como por exemplo:

  • tosse;
  • dificuldade para respirar e para engolir;
  • alterações na voz;
  • sensação de que há algo preso na garganta;
  • garganta irritada com frequência;
  • caroço no pescoço;
  • dor de ouvido;
  • perda de peso sem motivo aparente.

Além disso, existem outros sintomas de ordem mais específica, que também sinalizam o câncer de garganta, emitindo sinais que se relacionam mais propriamente com laringe e faringe. 

No caso do câncer de laringe, além dos sintomas gerais, é necessário incluir qualquer sinal persistente de rouquidão e mudança de voz que persistem por mais de 15 dias. 

Já para o câncer de faringe, os sinais específicos da doença se estendem para engasgos com alimentos; tosse com sangue; alteração na fala e sensação de congestão nasal que pode ser seguida de secreção ou sangramento nasal.

Mas o que causa o câncer de garganta?

Fatores de risco para o câncer de garganta

Para prevenir o câncer de garganta é muito importante compreender os motivos relacionados com o desenvolvimento da doença e evitá-los. 

Essa é uma questão muito esclarecedora e que pode realmente salvar vidas, caso a população se conscientize dos principais fatores de risco para o câncer de garganta.

Gênero, histórico familiar e envelhecimento

Os homens devem dispor de maior atenção para o câncer de garganta. Além disso, as chances de desenvolver a doença também aumentam quando há histórico familiar do problema. 

Embora as pessoas acima de 65 anos também estejam mais vulneráveis a desenvolver a doença, é importante considerar que o câncer de garganta pode acometer pessoas de qualquer idade.

Tabagismo e alcoolismo

O ato de fumar é um dos principais fatores de risco para o câncer de garganta. No entanto, além do tabagismo em si, quando o hábito é combinado com o consumo frequente de bebidas alcoólicas, o risco de adquirir a doença se multiplica consideravelmente.

De toda forma, é preciso lembrar que o alcoolismo isoladamente também favorece o aparecimento do câncer de garganta.

HPV

Uma das causas para o câncer de garganta é a transmissão do papilomavírus humano (HPV), desencadeada pelo ato sexual desprotegido.

Conforme pesquisa realizada pelo Journal of Clinical Oncology (2018),a incidência do HPV no organismo aumenta consideravelmente o risco de desenvolver câncer de garganta. Isso acontece principalmente quando os pacientes que já tiveram algum tipo de câncer e adquirem o papilomavírus humano. Ou seja, as chances de desenvolvimento de um tumor na garganta é mais alta. Por isso, o uso de preservativos é indispensável na prevenção da doença.

Qual é a melhor forma de tratar o câncer orofaríngeo?

Para tratar o câncer de orofaringe, é preciso avaliar cada caso individualmente. Isso significa que as indicações de tratamento vão depender das características do tumor, como tipo, tamanho e extensão, além da idade do paciente e relação com HPV.

Por isso, dependendo de cada quadro, o tratamento poderá incluir quimioterapia, radioterapia, terapia-alvo, imunoterapia, cirurgia e/ou cuidados paliativos. De toda forma, o intuito final do tratamento sempre está voltado para melhorar a qualidade de vida do paciente, assim como maximizar as chances de cura da doença.

A cirurgia para o câncer de garganta é um dos caminhos de maior êxito para tratar a doença, dependendo do caso. Hoje em dia, os procedimentos cirúrgicos utilizados são garantidos pela eficácia tecnológica, além de serem minimamente invasivos e altamente precisos em sua atuação, proporcionando uma recuperação rápida e amenizando o quanto possível os efeitos posteriores na deglutição e na fala do paciente.

Além disso, caso a quantidade de tecido retirada seja significativa, será necessário realizar uma cirurgia reconstrutora para amparar a região da garganta e pescoço, no caso de tumores grandes. Vale ressaltar que um cirurgião ou cirurgiã oncológicos estão aptos a realizarem a cirurgia reconstrutora, inclusive com o auxílio de um cirurgião plástico.

Em casos ainda mais graves, onde o tumor bloqueia a garganta e passa a ser inviável sua remoção, é necessário que o paciente faça uma traqueostomia para melhorar a capacidade respiratória.

Para saber a melhor via de tratamento, é necessário uma conversa profunda com o médico, que tem o dever de apresentar todas as opções favoráveis para a eliminação da doença.

Qual é o primeiro sinal de câncer na garganta?

Nódulo no pescoço, dificuldade para engolir e perda de peso inexplicável podem ser indícios de um tumor. A garganta, assim como a boca, participa da respiração, fala, alimentação e deglutição, contendo vários tipos de células e tecidos nos quais diferentes tipos de tumores podem se desenvolver.

Quem tem câncer na garganta sente dor?

Ali também podem se manifestar diferentes tipos de tumores malignos, que são conhecidos popularmente como câncer de garganta. Alguns sintomas genéricos, como dor, mal estar e fadiga podem ocorrer, mas sintomas específicos são bastante comuns e devem chamar a atenção do paciente, seus familiares e médicos que o atendam.

Como suspeitar de câncer na garganta?

Câncer de garganta: como identificar os sintomas.
tosse;.
dificuldade para respirar e para engolir;.
alterações na voz;.
sensação de que há algo preso na garganta;.
garganta irritada com frequência;.
caroço no pescoço;.
dor de ouvido;.
perda de peso sem motivo aparente..

Onde se localiza o câncer de garganta?

O câncer de garganta, também conhecido como orofaríngeo, desenvolve-se na parte da garganta que fica logo atrás da boca, que os médicos chamam de orofaringe. Ela inclui a base da língua (a parte posterior da língua), o palato mole, as amígdalas, os pilares, as paredes laterais e posterior da garganta.