Qual a diferença entre medicina nuclear é outro exame diagnóstico radiológico?

Os avanços tecnológicos na área médica têm permitido um progresso imensurável na assistência à saúde no último século. A todo momento surgem novas técnicas, procedimentos, conceitos, medicamentos e descobertas que permitem melhorar os meios preventivos, diagnósticos e de tratamentos de todas as doenças e condições já conhecidas no meio.

Os profissionais de saúde precisam buscar as novidades do momento e manter-se atualizados, para garantir o oferecimento de um atendimento da melhor qualidade e com a maior segurança.

No texto de hoje, falaremos sobre uma área da medicina muito atual e tecnológica que vem crescendo nos últimos tempos: a medicina nuclear. Acompanhe o texto para saber mais e descobrir como utilizá-la em sua clínica!

O que é medicina nuclear?

A medicina nuclear é a área da medicina que envolve a administração de elementos radioativos para acessar áreas e órgãos do corpo, com fins diagnósticos ou de tratamento. Durante o procedimento, câmeras especiais utilizadas pelos médicos rastreiam o caminho do elemento radioativo, permitindo a visualização e intervenção nas estruturas desejadas.

As atividades realizadas pela medicina nuclear incluem o diagnóstico por imagem, a cirurgia radioguiada e o tratamento radionuclídeo. Os materiais radioativos podem ser administrados por via venosa, subcutânea, inalatória ou oral, a depender do que está sendo investigado.

Os elementos utilizados são átomos radioativos ligados firmemente a outros elementos, que variam de acordo com a especificidade do uso em questão. Por exemplo, se a intenção do médico é rastrear o foco de um sangramento intestinal, o elemento radioativo utilizado é empregado com uma amostra de glóbulos vermelhos retirados do próprio paciente, para que “busquem” as células semelhantes.

A grande diferença entre o uso da medicina nuclear para o diagnóstico e as outras técnicas de diagnóstico por imagem é que essa modalidade mostra a função fisiológica do tecido ou órgão que está sendo pesquisado. As outras técnicas mostram apenas a sua anatomia ou estrutura.

Quando ela é utilizada?

As principais aplicações da medicina nuclear para exames diagnósticos são a cintilografia e a tomografia por emissão de pósitrons (PET/CT). Normalmente, eles são utilizados de forma complementar a outros exames de imagem, com a intenção de fornecer a visualização fisiológica do órgão para fechar o diagnóstico.

Na cintilografia, são utilizados elementos radioativos que tenham afinidade específica pelo órgão que está sendo utilizado. Esses elementos chegam até a estrutura desejada e emitem uma onda eletromagnética semelhante à luz visível, e seu brilho é visualizado nas imagens do exame. O exame é realizado para avaliar cérebro, coração, rins, pulmões, fígado e tireoide.

O PET/CT é o exame indicado para a avaliação do metabolismo celular de órgãos e tecidos. Ele combina a tecnologia do exame de tomografia computadorizada com a emissão de pósitrons. A pessoa recebe uma dose de glicose com um composto radioativo na veia. A intenção é identificar áreas de tecido cancerígeno, pois as células do câncer consomem rapidamente a glicose administrada. Assim, o exame é principalmente usado para detectar o câncer e monitorar a sua progressão.

Outro uso da medicina nuclear diz respeito ao uso terapêutico, no qual substâncias radioativas específicas são utilizadas para tratar certas condições, como o hipotireoidismo e a dor óssea. Também tem sido utilizado no tratamento de alguns tipos de câncer.

Existem efeitos colaterais?

As técnicas de medicina nuclear são consideradas métodos não invasivos e seguros no tratamento e diagnóstico de diversas condições. Os elementos radioativos utilizados para os diferentes exames e procedimentos são aplicados em doses muito pequenas e têm baixa radioatividade, de forma que não provocam efeitos colaterais no paciente.

A quantidade de átomos radioativos utilizada é só o suficiente para ser atraída pelo órgão alvo e detectada pelo equipamento que capta as imagens. A dosagem total de radiação não é maior do que a empregada em exames de raio-X ou tomografias computadorizadas comuns.

O exame é considerado seguro para pessoas de todas as idades, incluindo recém-nascidos e idosos. De qualquer forma, a recomendação é que os pacientes sejam expostos minimamente à radiação, por isso os exames só são realizados com indicações específicas.

Quais as tendências da medicina nuclear nos próximos anos?

O investimento e estudo na área de medicina nuclear vêm crescendo incrivelmente nos dias atuais. O intuito é descobrir cada vez mais a afinidade dos compostos radioativos por tecidos, órgãos e reações metabólicas, de forma que mais doenças e alterações possam ser detectadas e tratadas por meio dos elementos utilizados.

Um exemplo desse tipo de avanço é o uso da tecnologia da medicina nuclear para o diagnóstico da doença de Parkinson. Um elemento radioativo específico é utilizado para se ligar e revelar as áreas específicas do cérebro que são atingidas pela doença, de forma a confirmar com certeza o problema.

Outra tendência da área é em relação ao uso no diagnóstico de câncer. O avanço tem permitido, de forma cada vez mais acurada, a detecção precoce, a definição do estadiamento tumoral, o monitoramento da terapia (quimioterapia, radioterapia) e avaliação de recorrência/recidiva do tumor.

O que é preciso para utilizar medicina nuclear na clínica?

A implementação das técnicas de medicina nuclear é um diferencial para clínicas de diagnóstico por imagem ou com fins terapêuticos específicos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamenta os serviços “in vivo” por meio da Resolução nº 38 de 2008.

Qualquer estabelecimento que realiza serviços de medicina nuclear deve ter um responsável técnico e um supervisor de proteção radiológica, certificado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Além disso, é preciso fazer uma solicitação de alvará de licenciamento, expedido pela Vigilância Sanitária local.

O serviço precisa contar com profissionais capacitados para atender os pacientes em todas as etapas dos procedimentos, desde antes da realização dos exames até após a dispensação do material radiológico.

A resolução descreve detalhadamente os requisitos necessários em relação a:

  • equipe disponível;
  • área física;
  • procedimentos clínicos realizados;
  • materiais e equipamentos necessários;
  • preparação de fármacos;
  • proteção radiológica;
  • registros necessários;
  • procedimentos de limpeza e descontaminação; entre outros.

A medicina nuclear representa um dos principais avanços tecnológicos atuais e tem importante papel no diagnóstico por imagem e no momento atual e no futuro da área médica. É um importante investimento para clínicas e estabelecimentos de saúde que buscam oferecer as técnicas de melhor qualidade e mais avançadas na assistência aos pacientes.

Se você gostou do texto de hoje e quer ter acesso a mais conteúdos como este, assine a nossa newsletter e receba nossas novidades diretamente em seu e-mail!

Qual a diferença entre medicina nuclear é outro exame diagnóstico radiológico?

Next ArticleEntenda como modernizar sua clínica médica

Qual a diferença da medicina nuclear para o radiodiagnóstico?

No caso da radiologia, os diagnósticos permitem uma análise das alterações morfológicas das estruturas internas do corpo da pessoa examinada, ou seja, das mudanças ocorridas em seu formato. Já na medicina nuclear, os resultados permitem a análise do funcionamento dessas estruturas.

Qual a principal diferença entre medicina nuclear e os demais exames de imagem?

Diferente dos exames de imagem convencionais, como radiografia, ressonância magnética e ultrassom, a medicina nuclear tem como base analisar a função dos tecidos e dos órgãos. Ela avalia a fisiologia e o metabolismo do corpo.

O que é medicina nuclear diagnóstica?

A medicina nuclear é uma especialidade médica que, utilizando métodos seguros, praticamente indolores e não invasivos, emprega materiais radioativos com finalidade diagnóstica e terapêutica.

Quais exames realizados na medicina nuclear?

Os exames comumente utilizados em medicina nuclear são:.
Cintilografia óssea..
Gamagrafia com gálio..
Tomografia por emissão de pósitrons (PET scan)..
Gamagrafia de tireoide..