Qual a diferença entre champagne e vinho espumante?

Quando falamos em vinhos e harmonizações, sempre surge uma grande dúvida entre os amantes de uma boa bebida: qual a diferença entre espumante e champanhe? Com certeza você já escutou a frase “todo champanhe é um espumante, mas nem todo espumante é um champanhe”, não é mesmo?

Além de ser verdade, ela diz muito sobre a definição de cada um deles. Isso porque o champanhe é um vinho produzido na região de Champagne, na França, enquanto o espumante é um líquido efervescente que também passa por duas fermentações, mas que não foi produzido na mesma província francesa.

Então, a única diferença entre eles é a região onde são produzidos? A verdade é que existem outros aspectos que tornam as bebidas distintas e, por isso, resolvemos montar este conteúdo para explicar cada diferença entre os dois vinhos para você. Aproveite para anotar todas as nossas dicas para harmonizá-los com perfeição. Acompanhe!

Região onde são produzidos

Como comentamos, a região de produção dos vinhos influencia — e como! — na sua definição. Muitas pessoas acreditam que não existe diferença no sabor entre eles, mas o fato é que o nível de umidade do ambiente, o tipo de método de fermentação e de armazenamento utilizado para gerar o vinho interferem diretamente na qualidade do produto.

Sabemos que o clima na França é bem diferente do clima no Brasil, não é verdade? Isso faz com que os níveis de umidade transformem a qualidade do vinho. Além disso, em 1927, a França recebeu o título de AOC (Denominação de Origem Controlada), garantindo o seu direito de reservar o nome de Champagne para designar seus produtos.

Vale lembrar, ainda, que o champanhe apresenta mais uma limitação: para ter esse nome, além de ser produzido somente nessa província, ele só pode ser criado com as uvas Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay, todas produzidas na região de Champagne.

Como consequência, o champanhe de outras regiões precisou trocar de nome para não ir contra a decisão francesa, tendo em vista que foram eles que inventaram os métodos de produção. Assim, o espumante surgiu e é conhecido no mundo inteiro. Ele, por sua vez, pode ser produzido nos países de língua portuguesa e comercializado com esse nome.

Concentração de dióxido de carbono

Outro ponto que diferencia os dois vinhos é a concentração de gás carbônico. Não é nenhum mistério que os espumantes de qualidade são aqueles que apresentam bolhas de pequeno diâmetro, mas em quantidades maiores — e isso é responsabilidade do dióxido de carbono presente na bebida.

Para atingir concentrações características do champanhe, os franceses desenvolveram três métodos de fermentação específicos da bebida — não se preocupe, falaremos mais deles no próximo tópico! Isso faz com que a quantidade de borbulhas, também conhecidas como perlage, seja maior ou menor.

É importante ter em mente que, nesse caso, muitas pessoas confundem o espumante brasileiro com o vinho frisante, já que ambos apresentam borbulhas em concentrações diferentes. Aqui, o frisante não é considerado um espumante justamente por não passar por duas fermentações, desenvolvendo a concentração de gás carbônico apenas na primeira etapa de produção.

Método de fermentação

Lembra que comentamos sobre a importância do método de fermentação para distinguir o espumante do champanhe? Pois é, ainda que ambos apresentem técnicas similares, a região, a umidade e a temperatura local durante o processo de fermentação contribuem para a diferenciação entre os vinhos.

Dessa maneira, tanto um quanto outro sofrem duas fermentações naturais, sendo que a primeira é caracterizada como alcoólica, já que transforma o açúcar da uva em álcool. Normalmente ela ocorre em tanques ou barris de carvalho, dependendo da vinícola e da uva utilizada.

Já a segunda apresenta técnicas diferentes, sendo essencial para a diferenciação entre espumantes, champanhes e frisantes. Para facilitar, listamos a seguir os três métodos de fermentação que são utilizados na produção dos dois vinhos e suas especificações para cada um. Confira!

Champenoise

Também conhecido como método tradicional ou clássico, o champenoise foi uma das primeiras técnicas de fermentação desenvolvidas na França. Nela, depois que o líquido transforma o açúcar em álcool, ele precisa ser engarrafado para entrar em contato com as leveduras que geram o gás carbônico.

Para o desenvolvimento do champanhe, é necessário aguardar o vinho envelhecer entre 15 meses a três anos, sendo que o produto final tende a ser mais estruturado com aromas de fermento e brioche. Já para o espumante, o tempo de envelhecimento varia de acordo com cada vinícola.

Charmat

Assim como o anterior, o Charmat foi criado na França e é caracterizado pela fermentação em tanques de aço inox, também chamados de autoclave. Ao contrário do anterior, o contato com as leveduras é menor e as características próprias da uva são mantidas com maior intensidade.

Como consequência, temos vinhos com notas aromáticas que variam entre frutadas e florais, dependendo da uva utilizada. Quanto ao processo de envelhecimento, não existe diferenciação entre o espumante e champanhe, apenas o objetivo de cada vinícola em produzir vinhos mais leves ou encorpados.

Asti

Para finalizar, o método Asti traz uma inovação no processo de criação: é necessário apenas uma fermentação para dar origem ao vinho perfeito. Por isso, ele só é utilizado na produção de espumantes e é característico da região de Piemonte, na Itália. Como você deve imaginar, ele é elaborado com a uva moscato e, então, oferece um paladar adocicado.

Assim como Champagne, Piemonte também adotou o método como próprio, fazendo com que somente os vinhos produzidos nessa região possam ser chamados de Asti. No Brasil, o processo origina o espumante moscatel, amplamente utilizado em comemorações por ser mais suave.

Espumante e Champagne e suas formas de harmonização

Não poderíamos deixar de falar sobre as diferentes harmonizações, concorda? O champanhe, por ser produzido unicamente na França, combina muito bem com pratos da culinária típica da região. Já o espumante pode ser saboreado de diferentes formas na sua refeição.

Por exemplo, vinho com acidez e leveza é ótimo para abrir o apetite dos seus convidados. Assim, os espumantes brut combinam muito bem com pratos mais leves, como uma salada de camarões. Se você deseja ousar um pouco mais, vale a pena harmonizar o carpaccio com um Rosé.

Como você pôde perceber, existem muitas variáveis que diferenciam o espumante e champanhe, sendo que a região de produção e o método de fermentação são as principais. No entanto, escolher aquele que mais agrada o seu paladar e dos seus convidados, no caso de um jantar com amigos, é uma das melhores formas para escolher o vinho ideal que combinará com a sua noite.

Então, o que achou do nosso conteúdo? Aproveite para continuar a sua leitura e descubra quais são os diferentes tipos de vinho que existem no mundo!

Qual a diferença entre vinho espumante e champanhe?

O champagne é um espumante especial que leva o nome de sua região de nascimento. Trata-se de um vinho fino, com uma das produções mais complicadas e elaboradas do mundo vinícola, envolvendo diversas etapas.

O que é mais chique espumante ou champanhe?

Champagne é o mais chique! Só pra você ter uma ideia, ele só pode ser feito com uvas do tipo chardonnay, pinot noir ou pinot meunier! E essas uvas são tratadas com muito cuidado, porque só assim elas podem virar vinho.

Que tipo de vinho e o champanhe?

O Champagne é um vinho espumante originário da região de Champagne, que fica a 150 quilômetros de Paris. Historiadores descrevem que o vinho produzido na região de Champagne na França, muitas vezes apresentava uma efervescência natural, que devido a isso as garrafas estouravam, causando prejuízo.

Qual a diferença entre Chandon e espumante?

O Champagne Chandon é o mais conhecido do mundo. Produzido pela Maison Moët & Chandon, na região francesa de Champagne, a empresa também produz espumantes em outras partes do mundo, como no Brasil.