Qual a classificação geral do Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno Beijing 2022?

Manex Silva, recordista brasileiro de pontos no esqui cross-country, foi o respons�vel por carregar a bandeira do pa�s na cerim�nia de encerramento em Pequim

J� come�ou a contagem regressiva para a edi��o de 2026, em Mil�o e Cortina D\'Ampezzo, na It�lia (Foto: Divulga��o - DP)

Uma esp�cie de conto de fadas que come�ou a ser escrito na cerim�nia de abertura chegou ao fim neste domingo (20). Com o fim da “Hist�ria do Floco Neve”, o Time Brasil se despediu dos Jogos Ol�mpicos de Inverno Pequim 2022 com o desfile da delega��o conduzido por Manex Silva, porta-bandeira de 19 anos, nascido em Rio Branco, no Acre, que quebrou o recorde de pontos do pa�s no esqui cross-country. O “Floco de Neve” foi o fio condutor da festa com o tema “Um Mundo, Uma Fam�lia”.

Manex foi acompanhado na cerim�nia de encerramento por Anders Pettersson, chefe da Miss�o; Eduarda Ribera, a mais jovem da delega��o em Pequim com 17 anos; e pelo fisioterapeuta Ronaldo Aguiar, representando os servi�os m�dicos nesta edi��o dos Jogos e os colaboradores do Comit� Ol�mpico do Brasil.

A “Hist�ria de um Floco de Neve”, contada do in�cio ao fim da cerim�nia de abertura, continuou no evento de encerramento, come�ando pelas crian�as que entraram no Ninho de P�ssaro segurando lanternas festivas chinesas com o desenho inspirado nele. Outros s�mbolos da cultura local estiveram presentes, como o tradicional n� que simboliza, entre outras coisas, sorte e prosperidade e o hor�scopo chin�s, com seus doze animais. Vale lembrar que celebrou-se o Ano Novo Chin�s, o Ano do Tigre, justamente no dia da cerim�nia de abertura.

Uma tradi��o da festa de encerramento � a entrega das medalhas ol�mpicas aos tr�s primeiros colocados das provas mais longas dos Jogos de Inverno, as provas de largada em massa do esqui cross-country, sendo de 30km para as mulheres e 50km para os homens. Essa prova contou com a participa��o do porta-bandeira do Brasil, Manex Silva. Ap�s as medalhas houve uma homenagem aos volunt�rios, destaques na organiza��o dos atuais Jogos. Foram mais de 15 mil.

Como toda cerim�nia de encerramento, um dos momentos mais aguardados foi a passagem de bast�o para a pr�xima sede dos Jogos, nas cidades de Mil�o e Cortina D’Ampezzo. Mil�o-Cortina 2026 ser�o os primeiros Jogos Ol�mpicos sediados por duas cidades, em duas regi�es, Lombardia e Veneto, e duas prov�ncias, Trento e Bolzano. A apresenta��o, com o tema “Dualidade, Juntos: celebrando a harmonia entre a humanidade e a natureza”, procurou mostrar como duas coisas aparentemente distintas podem ser complementares.

Pequim 2022 foi a nona participa��o brasileira em Jogos de Inverno, iniciada em Albertville 1992. Contando com essa edi��o, o Brasil teve 40 diferentes atletas nos Jogos Ol�mpicos de Inverno, sendo 13 mulheres, em nove modalidades: biatlo, bobsled, esqui alpino, esqui cross-country, esqui estilo livre, luge, patina��o art�stica, skeleton e snowboard.

Despedidas são sempre difíceis, mas Edson Bindilatti, piloto do Brasil no bobsled, não pode reclamar. Depois de 20 anos dedicados ao esporte, em sua última edição de Jogos Olímpicos, finalmente, cumpriu o objetivo de levar o país à final olímpica. Ao terminar a prova do 4-man em Pequim 2022 no 20º lugar neste domingo, 20, o quarteto do Brasil, que contou ainda com Edson Martins, Erick Vianna e Rafael Souza, teve o melhor desempenho olímpico da modalidade. Para o homem que virou um símbolo da modalidade por estar presente nos Jogos de Salt Lake 2002, Vancouver 2010, Sochi 2014 e Pyeongchang 2018, a sensação é de ter feito o que o Brasil merecia há algum tempo: estar entre os 20 melhores do mundo.

“É uma sensação de dever cumprido muito grande. Foram muitos anos de trabalho, dedicação, muita luta. O Brasil é isso, é coisa grande. A gente se dedicou bastante, lutamos bastante. Tivemos muitas dificuldades para chegar até aqui, mas só tenho agradecer porque a gente focou em resultado, evolução, em crescer, não ficamos nos lamentando”, contou Bindilatti.

O resultado histórico começou no sábado, 19, quando foram realizadas as duas baterias iniciais. Na primeira, o Brasil marcou 59.49, o 20º tempo entre 28 trenós. Na segunda bateria, conseguiram ir além: 16º melhor tempo com 59.60. Já neste domingo, na terceira, o tempo foi de 59.78, o 23º tempo entre os 28, que causou uma certa preocupação de não avançar para  final entre os 20. Mas nenhuma outra equipe superou a soma das três parciais do trenó brasileiro, que pode, enfim, fazer a tão esperada quarta descida em Jogos Olímpicos. O tempo da última bateria foi 59.61, novamente o 16º melhor.

“Antes de começar a quarta descida, foi impressionante. Estava vindo da sala de troca até o bloco de partida, algumas pessoas batendo palma, sabiam que era a minha última descida e a emoção veio, vontade de chorar, mas segurei porque precisávamos fazer bem essa última descida. Mas depois que passou a linha de chegada, não aguentei. Foi lindo porque chegar aos 42 anos em alto rendimento e pegar uma final olímpica, mostra que se você tem o objetivo, tem dedicação, uma hora vai dar certo”, completou Bindilatti.

Além de Jefferson Sabino, reserva que participou ativamente da preparação durante todo o tempo na China, a equipe brasileira comandada pelo treino Bryan Berghorn, contou com um sexto elemento. Odirlei Pessoni, falecido em março de 2021, esteve representado na parte interna do trenó, mas também no coração de todos os quatro integrantes da equipe.

“Eu fiquei de segundo homem, no lugar do Odirlei. Depois da terceira descida, tivemos que nos motivar novamente. Lembramos que ele era o cara que sempre animava a equipe e todos falamos: vamos lá, é por ele também. E conseguimos fazer uma quarta descida melhor”, disse Rafael Souza.

“Odirlei está presente com a gente. Ela foi uma peça fundamental para o nosso time. Empurramos por nós e por ele. Onde ele estiver, tenho certeza que está muito feliz com o nosso desempenho, com o que conseguimos fazer hoje”, disse Edson Martins.

Passados os Jogos Olímpicos, é hora de projetar o futuro da modalidade, agora com Edson Bindilatti longe do carrinho. O desempenho histórico pode facilitar o caminho para seguir em evolução.

“Foi um resultado fantástico. Desde 2013, quando comecei no esporte, o Brasil queria estar no top-20. A gente plantou a semente, regou, cuidou, até que os frutos vieram. Quando nós chegamos no topo da pista depois da terceira descida, todos os países vieram dar parabéns pelo nosso trabalho. Agora é dar continuidade, formar novos pilotos e breakers (atletas que empurram e freiam o trenó) para chegarmos ainda mais fortes em 2026”.

“Faz uns dois anos que não tomo refrigerante. Então, combinei com minha mulher de comer um hambúrguer caseiro e tomar um refrigerante quando chegar em casa. Esse é o meu primeiro objetivo. Mas depois é seguir trabalhando nos bastidores para melhorar ainda mais as condições para que novos e mais atletas cheguem na modalidade. Esse nosso resultado e o top-15 da Nicole mostraram que temos uma real condição de disputar entre os grandes. Esperamos que a gente consiga seguir evoluindo para chegar muito forte para 2026 e 2030”, completou Bindilatti.

A prova do 4-man no bobsled foi a última do Brasil nestes Jogos Olímpicos de Inverno. O país encerra a participação na China com o desfile de Encerramento, a partir das 9h da manhã deste domingo, 20. A bandeira será conduzida por Manex Silva, que terá ao lado a atleta Eduarda Ribera, o chefe de Missão, Anders Pettersson, e o fisioterapeuta Ronaldo Aguiar.

Pequim 2022 foi a nona participação brasileira em Jogos de Inverno, iniciada em Albertville 1992. Contando com essa edição, o Brasil contou com 40 atletas diferentes atletas nos Jogos Olímpicos de Inverno, sendo 13 mulheres, em nove modalidades: biatlo, bobsled, esqui alpino, esqui cross-country, esqui estilo livre, luge, patinação artística, skeleton e snowboard.


Qual foi a classificação do Brasil nos Jogos de Inverno 2022?

Terminados os Jogos de 2022, o país deixa a China com dois resultados inéditos, ambos no gelo. No bobsled masculino, o quarteto formado por Edson Bindilatti, Edson Martins, Erick Vianna e Rafael Souza terminou em 20º, melhor colocação do país na modalidade.

Qual a colocação do Brasil nas Olimpíadas de Inverno?

A nova marca conquistada nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim supera o recorde conquistado em 2018, em PyeongChang, na Coreia do Sul. Na ocasião, o Brasil foi o 23º colocado. no #bobsled!

Como foi a participação do Brasil nos Jogos de Inverno de 2022?

O Brasil contou com 11 atletas competindo nos Jogos Olímpicos de Inverno Beijing 2022. A primeira atleta em ação foi Sabrina Cass, no moguls do esqui estilo livre, no dia 3 de fevereiro, e a seleção masculina de bobsled encerrou a participação brasileira em 20 de fevereiro.

Como ficou o quadro de medalhas das Olimpíadas de Inverno 2022?

A Noruega terminou no topo do quadro de medalhas de Pequim 2022, à frente da Alemanha, com 27, incluindo 12 de ouro - repetindo ambos as posições de 2018 - e da anfitriã China, com 15, nove das quais de ouro, que superou os Estados Unidos (25, oito).