A entubação nasogástrica ou intestinal é usada para a descompressão do estômago. Utiliza-se para tratar a atonia gástrica, íleo paralítico ou obstrução; remover toxinas ingeridas, administrar antídotos (p. ex., carvão ativado) ou ambos; obter amostra do conteúdo gástrico para análise (volume, conteúdo ácido, sangue); e suplementar
nutrientes. Contraindicações à entubação nasogástrica incluem Obstrução nasofaríngea ou esofágica Trauma maxilofacial grave Distúrbios de coagulação não tratados As varizes esofágicas eram anteriormente consideradas contraindicações, mas faltam evidências de efeitos adversos. Para a colocação das sondas, o paciente deve estar sentado com as costas eretas ou, se possível, deitado em decúbito lateral esquerdo. A anestesia tópica por meio de spray é feita no nariz e na faringe, ajudando a reduzir o desconforto. Com a cabeça do paciente parcialmente flexionada, o tubo lubrificado é colocado através das narinas e direcionado para trás e então para baixo seguindo a nasofaringe. Assim que sua extremidade alcança a parede posterior da faringe, o paciente deve engolir uma pequena quantidade de água com o auxílio de um canudo. A tosse violenta com fluxo de ar pelo tubo durante a respiração indica direcionamento errôneo para a traqueia. A aspiração de suco gástrico indica a entrada da sonda no estômago. O posicionamento de sondas maiores é checado inserindo-se 20 a 30 mL de ar e auscultando-se a passagem de ar com o estetoscópio abaixo da região subcostal esquerda. Algumas sondas intestinais para alimentação, menores e mais flexíveis, requerem o uso de fios-guia. Essas sondas normalmente necessitam de fluoroscopia ou auxílio endoscópico para sua passagem pelo piloro. As complicações da entubação são raras e podem incluir trauma nasofaríngeo com ou sem sangramento, sinusite e dor de garganta, pneumonia por aspiração, hemorragia ou perfuração traumática gástrica ou esofágica e (muito raramente) penetração intracraniana ou mediastinal. Clique aqui para acessar Educação para o paciente Direitos autorais © 2022 Merck & Co., Inc., Rahway, NJ, EUA e suas afiliadas. Todos os direitos reservados. A sonda nasoenteral (SNE) tem comprimento variável de 50 a 150 cm, e diâmetro médio interno de 1,6mm e externo de 4 mm, com marcas numéricas ao longo de sua extensão, facilitando posicionamentos, maleáveis, com fio-guia metálico e flexível, radiopaca.A sonda nasoenteral é passada da narina até o intestino. Difere da sonda nasogástrica, por ter o calibre mais fino, causando assim, menos trauma ao esôfago, e por alojar-se diretamente no intestino, necessitando de controle por Raios-X para verificação do local da sonda. Tem como função apenas a alimentação do paciente, sendo de escolha no caso de pacientes que receberam alimentação via sonda por tempo indeterminado e prolongado. Por isso, esta sonda só permanece aberta durante o tempo de infusão da alimentação. A técnica de sondagem se assemelha com a técnica de sondagem nasogástrica. Material:
Procedimento:
Para verificar se a sonda está no local:
Cuidados de Enfermagem com a Sonda Nasoenteral (SNE)A passagem da Sonda Nasoenteral pelo enfermeiro, é regulamentada pelo Conselho Federal de Enferamgem (Cofen)através da Resolução Cofen Nº 619/2019, ela stabelece as diretrizes necessárias para atuação da equipe de enfermagem na sondagem orogástrica, nasogástrica e nasoentérica, com o objetivo de obter a efetiva segurança do paciente ao ser submetido ao procedimento de sondagem, independente de sua finalidade. A Resolução Nº 619/2019 do Conselho Federal de Enferamgem, trás a competência do profissional enfermeiro bem como os demais membros da equipe de enfermagem na assistência ao paciente que faz ou que fará uso desse procedimento. Compete ao Enfermeiro:
Compete ao Técnico de Enfermagem ou ao Auxiliar de Enfermagem:
A alimentação por sonda pode ser administrada no hospital, em centros de reabilitação, centros de enfermagem especializado e em home care. Há evidências crescentes de que há benefícios significativos da nutrição enteral em comparação com a nutrição intravenosa, mas isso é outro assunto que falaremo depois. O movimento crescente em direção à alimentação enteral exige que os enfermeiros compreendam a necessidade, os fatores de risco, o posicionamento adequado do paciente e a importância da colocação do tubo. O conhecimento ajudará o enfermeiro ou o profissional de saúde a fornecer cuidados ideais ao paciente, o que, por sua vez, melhorará os resultados do paciente. O Conselho Federal de Enferamgem finaliza a redação da Resolução Nº 619/2019 afirmando que o procedimento da Sondagem Orogástrica ou Nasoenteral, deve ser executado no contexto do Processo de Enfermagem, atendendo-se às determinações da Resolução Cofen nº 358, de 15 de outubro de 2009 e da Resolução Cofen nº 429, de 30 de maio de 2012 e aos princípios da Política Nacional de Segurança do Paciente, do Sistema Único de Saúde (SUS). ReferênciasManual de Nutrição Clínica, alimentação por sonda de administração de nutrição enteral, Nutricia Advanced Medical Nutrition, junho de 2008 Resolução Cofen Nº 619/2019, Conselho Federal de Enfermagem. Kudsk, K.A. (2007). Efeito benéfico da alimentação enteral. Clínicas de Endoscopia Gastrointestinal da América do Norte, 17(4), 647–662. Quais testes são realizados para identificação correta do posicionamento da sonda?Timby (2007, p. 644) afirma que “além da obtenção de um exame de Raio-X abdominal, o teste de pH é a técnica mais apurada para confirmar o posicionamento de uma sonda”.
Qual exame é considerado padrão ouro para verificar posicionamento da sonda?O exame radiológico de tórax e abdome é a técnica de verificação considerada padrão-ouro, pois permite a visualização do percurso da SG e do posicionamento de sua extremidade distal.
Qual a forma correta de verificar a posição da sonda nasoenteral?A sonda nasoenteral é colocada da narina até o sentido pré-pilórico (no estômago) ou pós-pilórico (no intestino — duodeno ou jejuno). Possui calibre fino, fio-guia maleável no seu interior, tarja radiopaca que permite controle radiológico e sistema de fechamento exclusivo.
Como faz o teste para saber que a sonda nasogástrica?e) Medir, com a própria sonda, a distância da ponta do nariz até o lóbulo da orelha e deste até o apêndice xifóide e acrescentar mais dois centímetros, exceto nos RNs e lactentes prematuros. f) Marcar na sonda o ponto determinado pela medida com uma tira de esparadrapo ou micropore.
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