Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Sólidas regras garantiram a superação das dificuldades; obras de arquitetura servem de exemplo até hoje Show DO ENVIADO ESPECIAL AO PERU Pele morena, baixa estatura, cabelos lisos e escuros. Extremamente inteligentes. Essa é a mais precisa característica na definição do perfil do povo de origem inca. Durante 700 anos (século 8� ao século 15), os incas dominaram a região oeste da América do Sul, compreendida hoje por Equador, Peru, norte do Chile, oeste da Bolívia e noroeste da Argentina. Arquitetura Educação Casamento Religião (FABIO MARRA) Texto Anterior: Templos traduzem habilidade de andinos Os incas não usavam dinheiro propriamente dito. Eles faziam trocas ou escambos nos quais mercadorias eram trocadas por outras e mesmo o trabalho era remunerado com mercadorias e comida. Serviam como moedas sementes de cacau e também conchas coloridas, que eram consideradas de grande valor. No apogeu de civilização inca, cerca de 1400, a agricultura organizada espalhou-se por todo o império, desde a Colômbia até o
Chile, com o cultivo de grãos comestíveis da planície litorânea do pacífico, passando pelos altiplanos andinos e adentrando na planície amazônica oriental. Calcula-se que os incas cultivavam cerca de setecentas espécies vegetais. A chave do sucesso da agricultura inca era a existência de estradas e trilhas que possibilitavam uma boa distribuição das colheitas numa vasta região. As principais culturas vegetais eram as batatas (semilha), batatas doce (batatas), milho, pimentas,
algodão, tomates, amendoim, mandioca, e um grão conhecido como quinua. O plantio era feito em terraços e já usavam a adiantada técnica das curvas de nível sendo os primeiros a usar o sistema de irrigação. Os incas usavam varas afiadas e arados para revolver o solo, e usavam também a lhama para transporte das colheitas, embora tais animais fornecessem também lã para fazer tecidos, mantas e cordas, couro e carne. Ervas aromáticas e medicinais também eram plantadas e as folhas de coca, eram reservadas para a elite. Toda a produção agrícola era fiscalizada pelos funcionários do império. CaçaOs incas usavam o arco de flechas e zarabatanas para caçar animais como cervos, aves e peixes que lhes forneciam carne, couro e plumas que usavam em seus tecidos. A caça era coletiva e o método mais usual era de formar um grande círculo que ia se fechando sobre um centro para onde iam os animais. Aspectos sociaisA Infância A infância de um inca pode parecer severa para os padrões atuais. Ao nascer, os incas lavavam o bebê com água fria e o embrulhavam numa manta e o colocavam em cova cavada no chão. Quando a criança alcançava um ano de idade, se esperava que andasse ou ao menos engatinhasse sem qualquer ajuda. Aos dois anos de idade, as crianças eram submetidas a ritual no qual se lhes cortavam os cabelos, determinando assim o fim da infância. Desde então, os pais esperavam que os filhos ajudassem em tarefas ao redor da casa. A partir daí as crianças eram severamente castigadas quando se portavam mal. Aos quatorze anos os meninos eram vestidos com uma tanga sendo então declarados adultos. Os meninos mais pobres eram submetidos a vários testes de resistência e de conhecimento, ao fim dos quais lhes eram atribuídos adornos (brincos) coloridos e armas. As cores dos brincos determinavam o lugar hierárquico que ocupariam na sociedade. CulturaOs quipus Se bem que o império fosse muito centralizado e extremamente estruturado – e até, pode dizer-se, burocrático –, não havia um sistema de escrita. Para gerir o império eram utilizados os quipus, cordões de lã ou outro material onde são codificadas mensagens. Destinavam-se os quipus a manterem estatísticas permanentemente atualizadas. Regularmente procedia-se a recenseamentos da população extremamente completos (por exemplo, número de habitantes por idade e sexo). Registrava-se ainda o número de cabeças de gado, os tributos pagos ou devidos aos diversos povos, o conjunto de entradas e saídas dos armazéns estatais, etc. Mediante os registros procurava-se equilibrar a oferta e a procura, numa tentativa de planificação da economia. Mais concretamente, o quipu é constituído por um cordão a que se liga a cordões menores de diferentes cores, tanto paralelamente como partindo de um ponto comum. Os números eram dados pelos nós e as significações pelas cores. Os nós das extremidades inferiores representam as unidades. Acima ficam as dezenas, mais acima as centenas e, por último, os milhares e as dezenas de milhar. Saliente-se que, para além de utilizarem o sistema decimal, os índios conceberam o equivalente do zero: um intervalo maior entre os nós, ou seja, um sítio vazio. Ignora-se o significado dos nós complexos, porventura reservados aos múltiplos. Quanto às cores, indicavam os significados ou qualidades. Mas como o número de cores e seus matizes são limitados, muito inferior ao número de objetos a recensear, o significado das cores variava de acordo com a significação geral do quipu. Era, pois necessário conhecer a significação geral do quipu para se poder interpretá-lo. Por exemplo: o amarelo referia-se ao ouro nas estatísticas referentes aos despojos de guerra e ao milho nas referentes à produção. A fim de facilitar a leitura, as pessoas e coisas eram dispostas de acordo com uma hierarquia imutável. Assim, nos quipus demográficos, os homens ocupavam o primeiro lugar, seguidos das mulheres e, por fim, das crianças. Nos recenseamentos de armas a ordem era a seguinte: lanças, flechas, arcos, zagaias, clavas, achas e fundas. A ausência de cordão secundário ao longo do principal, assim como a falta de uma cor, possuía determinado significado, exatamente como acontecia com a ausência de nó no cordão (zero). Os intérpretes dos quipus, os quipucamayucs (ou seja, "guardiões dos quipus"), possuíam uma excelente memória, cuja fidelidade era assegurada por um processo radical: qualquer erro ou omissão era punido com a pena de morte. Cada quipucamayuc especializava-se na leitura de determinada categoria de cordões: religiosos, militares, econômicos, demográficos, etc. Cabia-lhes igualmente instruir os seus filhos, para que estes mais tarde lhes sucedessem. Para melhor fixar as narrativas, o quipucamayuc cantava-as, como uma melopeia. Os quipus serviam ainda para o registro de fatos históricos e ritos mágicos. No entanto, ao contrário dos estatísticos, estes quipus ainda não foram decifrados. Como referenciar: "Incas - Moeda, Aspectos sociais, Cultura" em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 2009-2022. Consultado em 16/11/2022 às 22:22. Disponível na Internet em http://www.sohistoria.com.br/ef2/incas/p3.php Quais as técnicas agrícolas desenvolvidas pelos incas?Inventada pelos Incas que viviam nas montanhas da América do Sul, o terraceamento, também conhecido como cultivo em terraços, é uma técnica agrícola geralmente utilizada na criação de terraços através do parcelamento de rampas niveladas no solo.
Quais eram as técnicas usadas pelos povos incas?Os incas conheciam a técnica de produção de vários tipos de tecidos graças à facilidade de matéria-prima: cultivo de algodão e as lãs fornecidas pelas lhamas e alpacas. No artesanato têxtil era comum a aplicação de plumas nos mantos e chapéus.
Quais eram as técnicas agrícolas e os principais produtos dos incas?A agricultura inca tinha como principais produtos o milho e a batata (esta era um item de grande variedade na região andina). Além disso, eles também produziam itens como quinoa, abóboras e pimenta e criavam animais como lhamas e alpacas. Todo o trabalho era realizado como parte do ayllu.
Qual o modo de produção dos incas?A produção dividia-se em três partes: uma destinada ao culto do Sol, uma ao Inca e a outra à comunidade. O excedente de produção era armazenado em celeiros para períodos de fome ou para festejos. Eles contavam também com um eficiente sistema de irrigação.
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