Quais são os tipos de cirurgias bariátricas?

As cirurgias bariátricas são classificadas de acordo com o mecanismo de funcionamento. Nesse sentido, existem três tipos de procedimentos. Sendo que eles podem ser realizados de três maneiras distintas:

  • Cirurgia convencional (pouco realizada atualmente);
  • Laparoscopia (procedimento minimamente invasivo) e
  • Cirurgia robótica (técnica mais recente).

Didaticamente, os tipos de cirurgia bariátrica são divididos em 3 grupos. Confira abaixo quais são eles e os detalhes de cada um!

1. Procedimentos Restritivos

Os procedimentos restritivos têm como objetivo a diminuição da quantidade de alimentos no estômago. Ou seja, eles levam a uma redução do tamanho e da capacidade de armazenamento desse órgão.

Com isso, o paciente bariátrico é induzido à sensação de saciedade precoce. Isso ocorre mesmo após ele ingerir apenas uma quantidade reduzida de alimentos. Alguns exemplos dessas técnicas restritivas são:

  • A Banda Gástrica Ajustável; e
  • A Gastrectomia vertical.

2. Procedimentos Disabsortivos

Os procedimentos disabsortivos alteram muito pouco o tamanho do estômago e a capacidade de armazenamento dele.

Contudo, eles mudam drasticamente a absorção de nutrientes pelo intestino delgado. Desse modo, devido ao grande desvio intestinal que é realizado nesse tipo de cirurgia bariátrica, o paciente é induzido a uma perda de peso mais intensa.

Por isso, ao realizar um procedimento do tipo disabsortivo, o paciente bariátrico precisa fazer um acompanhamento mais rigoroso com a equipe multidisciplinar. Isso é essencial para que sejam monitoradas e prevenidas eventuais carências nutricionais. As principais cirurgias disabsortivas são:

  • A Cirurgia de Scopinaro e
  • Duodenal Switch.

3. Procedimentos Mistos (cirurgia bariátrica restritiva e disabsortiva)

Os procedimentos mistos são aqueles que envolvem técnicas restritivas e disabsortivas . Eles são considerados o Padrão Ouro da Cirurgia Bariátrica. Esse tipo de procedimento é o mais realizado no Brasil atualmente.

Os procedimentos mistos apresentam excelentes resultados, devido à perda e manutenção do peso e também ao combate às doenças associadas à obesidade. Além disso, esse procedimento tem um risco muito baixo em relação a possíveis complicações nutricionais.

Nesse tipo de cirurgia, a capacidade de armazenamento do estômago é reduzida. Também é realizado um desvio (curto) do intestino com o objetivo de diminuir a absorção de nutrientes.

O exemplo mais clássico de procedimento misto é o Bypass Gástrico.

Qual é o Melhor Tipo de Procedimento para Você?

Na verdade, não existe uma fórmula pronta para a indicação do tipo de procedimento mais adequado para cada pessoa.

O que deve acontecer é uma avaliação completa do estado de saúde do paciente por parte do cirurgião bariátrico. A partir disso e levando em consideração as diversas informações obtidas, o profissional, juntamente com o paciente, decide qual é o procedimento mais adequado para a situação em questão.

De qualquer forma, vale destacar que o Bypass Gástrico tem sido mais indicado para o tratamento de pacientes obesos que possuem comorbidades , especialmente às doenças metabólicas, como o Diabetes Tipo 2.

Isso acontece devido aos bons resultados observados em relação à utilização dessa técnica para esse tipo de paciente. Além disso, a incidência de complicações do Bypass Gástrico é inferior quando comparada às cirurgias disabsortivas.

É importante ressaltar ainda que a Gastrectomia vertical tem sido utilizada cada vez mais frequentemente em se tratando de pacientes mais jovens e com menos comorbidades .

Já as cirurgias disabsortivas, devido à elevada incidência de complicações nutricionais, têm sido cada vez menos usadas.

Conclusão

Além de analisar – junto com o cirurgião bariátrico – muito bem qual é o tipo de cirurgia bariátrica mais adequada de acordo com o seu estado de saúde, o paciente também precisa ter consciência de que os resultados, especialmente em longo prazo, dependem, sobretudo, da mudança de hábitos. Por isso, é crucial assumir essa responsabilidade e manter o acompanhamento com a equipe multidisciplinar.

O número de indivíduos com obesidade aumenta no mundo a cada dia e a cirurgia bariátrica vem se tornando um importante aliado no tratamento de pacientes com obesidade grau 3.

Conheça as 10 coisas que você precisa saber sobre este procedimento.

1 – Gastroplastia, também chamada de cirurgia bariátrica, cirurgia da obesidade ou ainda de cirurgia de redução do estomago é – como o próprio nome diz – uma plástica no estômago (gastro = estômago e plastia = plástica). Ela tem como objetivo reduzir o peso de pessoas com o IMC muito elevado.

2 – Esse tipo de cirurgia está indicada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para pacientes com IMC acima de 35 Kg/m² que tenham complicações como apneia do sono, hipertensão arterial, diabetes, aumento de gorduras no sangue e problemas articulares, ou para pacientes com IMC maior que 40 Kg/m² que não tenham obtido sucesso na perda de peso após dois anos de tratamento clínico (incluindo o uso de medicamentos).

3 – Existem três tipos básicos de cirurgias bariátricas: restritivas, mistas e disabsortivas. As cirurgias que apenas diminuem o tamanho do estômago são chamadas do tipo restritivo (Banda Gástrica Ajustável, Gastroplastia Vertical com Bandagem ou Cirurgia de Mason e a Gastroplastia Vertical em “Sleeve”). A perda de peso se faz pela redução da ingestão de alimentos. Existem também as cirurgias mistas, nas quais há a redução do tamanho do estomago e um desvio do trânsito intestinal. Há, além da redução da ingestão, a diminuição da absorção dos alimentos. As cirurgias mistas podem ser predominantemente restritivas (derivação Gástrica com e sem anel) e predominantemente disabsortivas (derivações bileopancreáticas).

4 – Antes da cirurgia todo paciente precisa ser avaliado individualmente, devendo ser submetido a uma avaliação clínico-laboratorial que inclui – além da aferição da pressão arterial – dosagens da glicemia, lipídeos e outras dosagens sanguíneas, avaliação das funções hepática, cardíaca e pulmonar. A endoscopia digestiva e a ecografia abdominal são importantes procedimentos pré-operatórios. A avaliação psicológica também faz parte dos procedimentos pré-operatórios obrigatórios. Pacientes com doença psiquiátrica grave devem ser tratados antes da cirurgia.

5 – Na maioria dos pacientes, a cirurgia bariátrica – além de levar a uma perda de peso grande – traz benefícios no tratamento de todas as outras doenças relacionadas à obesidade. É possível uma melhora importante ou mesmo remissão do seu diabetes, do controle da pressão arterial, dos lipídeos sanguíneos, dos níveis de ácido úrico e alívio das dores articulares.

6 – Do ponto de vista nutricional, os pacientes submetidos à cirurgia bariátrica deverão ser acompanhados pelo resto da vida, com o objetivo de receberem orientações específicas para elaboração de uma dieta qualitativamente adequada. Quanto mais disabsortiva for a cirurgia, maior a chance de complicações nutricionais, como anemias por deficiência de ferro, de vitamina B12 e/ou ácido fólico, deficiência de vitamina D e cálcio e até mesmo desnutrição, nas cirurgias mais radicais. Reposições vitamínicas são feitas após a cirurgia e mantidas por tempo indeterminado. A diarreia pode ser uma complicação nas cirurgias mistas, principalmente na derivação bileopancreática.

7 – A adesão ao tratamento deverá ser avaliada, pois alguns pacientes podem recorrer a preparações de alta densidade calórica e de baixa qualidade nutricional – que além de provocarem hipoglicemia e fenômenos vasomotores (sudorese, taquicardia, sensação de mal-estar) – colocam em risco o sucesso da intervenção em longo prazo, reduzindo a chance do indivíduo perder peso.

8 – A cirurgia antiobesidade é um procedimento complexo e apresenta risco de complicações. A intervenção impõe uma mudança fundamental nos hábitos alimentares dos indivíduos. Portanto, é primordial que o paciente conheça muito bem o procedimento cirúrgico e quais os riscos e benefícios da cirurgia. Desta forma, além das orientações técnicas, o acompanhamento médico, nutricional, psicológico e o apoio da família são aconselháveis em todas as fases do processo.

9 – Em pacientes que apresentaram uma perda de peso muito grande, uma cirurgia plástica para retirada do excesso de pele é necessária. A mesma poderá ser feita quando a perda de peso estiver totalmente estabilizada, ou seja, depois de aproximadamente dois anos. 

10 – Mulheres que realizam cirurgia bariátrica devem aguardar pelo menos de 15 a 18 meses para engravidar. A grande perda de peso logo após a cirurgia pode prejudicar o crescimento do feto.

*Consultoria da Dra. Maria Edna de Melo (presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica – ABESO – e do Departamento de Obesidade da SBEM gestão 2017-2018) 

  • Confira aqui a lista com outras edições de “10 coisas que você precisa saber”

Quais são os tipos de cirurgia bariátrica que existem?

Cirurgia Bariátrica – Técnicas Cirúrgicas.
Bypass Gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em “Y de Roux”) ... .
Gastrectomia Vertical. ... .
Duodenal Switch. ... .
Banda gástrica ajustável. ... .
Cirurgia Laparoscópica..

Quais são os três tipos de bariátrica?

3 – Existem três tipos básicos de cirurgias bariátricas: restritivas, mistas e disabsortivas. As cirurgias que apenas diminuem o tamanho do estômago são chamadas do tipo restritivo (Banda Gástrica Ajustável, Gastroplastia Vertical com Bandagem ou Cirurgia de Mason e a Gastroplastia Vertical em “Sleeve”).

Qual é o melhor tipo de cirurgia bariátrica?

O by-pass gástrico é técnica mais utilizada no Brasil, equivalente a 75% das cirurgias bariátricas realizadas. O motivo é sua segurança e principalmente a eficácia, ajudando o paciente a perder de 70% a 80% do peso inicial.

Qual a diferença da cirurgia bypass e sleeve?

Bypass e Sleeve são dois métodos eficientes para realização da cirurgia bariátrica. A principal diferença entre eles é que no Bypass é feita também a manipulação do intestino, enquanto no Sleeve esse órgão é preservado.