O que éAnalisa a qualidade de vida e os níveis de bem-estar das pessoas, famílias e grupos populacionais, a efetivação de direitos humanos e sociais, bem como o acesso a diferentes serviços, bens e oportunidades, por meio de indicadores que visam contemplar a heterogeneidade da sociedade brasileira sob a perspectiva das desigualdades sociais. Show
A Síntese de Indicadores Sociais teve início em 1998. Sua origem remonta à publicação Indicadores sociais: relatório 1979, também do IBGE, que, rompendo com a hegemonia de indicadores econômicos para estes fins, em especial o Produto Interno Bruto - PIB, avançou na proposição de um novo escopo de avaliação das condições de vida da população, contemplando, à época, questões relacionadas a População e famílias, Divisão do trabalho, Mobilidade ocupacional da força de trabalho, Distribuição de renda, Despesa familiar, Habitação, Educação e Saúde. Até a edição de 2016, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD constituiu a sua principal fonte de informação, complementada com outras estatísticas, tanto do IBGE como de fontes externas. Com o encerramento da PNAD e sua substituição pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua, esta passou a ser a principal fonte de informação do estudo, somando-se a ela, da mesma forma, outras estatísticas internas e externas. Ao longo de sua existência, o estudo tem procurado abarcar uma série de informações essenciais para o mapeamento das desigualdades e seus efeitos sobre a realidade social brasileira, com vistas não só à incorporação de assuntos atuais e relevantes para as políticas públicas, como também ao aprofundamento das análises a partir do eixo das desigualdades de gênero, cor ou raça e grupos de idade. A periodicidade do estudo é anual, exceto nos anos de realização do Censo Demográfico. Sua abrangência geográfica é nacional, com resultados divulgados para Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação, Regiões Metropolitanas e Municípios das Capitais. Estrutura por idade, sexo e renda A estrutura por idade mostra o percentual de jovens, de adultos e idosos, e a estrutura por sexo remete à distribuição da população com percentual de homens e mulheres. A estrutura da população é representada em forma de pirâmide, que é classificada em base larga da pirâmide, corpo afunilado da pirâmide e o ápice da pirâmide. A base larga da pirâmide corresponde ao número de jovens de um país, são considerados jovens os indivíduos com faixa etária entre 0 e 19 anos, representando aproximadamente 40% da população brasileira. O corpo afunilado da pirâmide corresponde às pessoas com faixa etária entre 20 e 59 anos, representando cerca de 51% da população. O ápice da pirâmide corresponde às pessoas com idade superior a 59 anos, correspondendo a 9% da população. Nas últimas décadas, houve uma mudança na estrutura etária brasileira decorrente de fatores como queda das taxas de mortalidade e de natalidade, bem como elevação de expectativa de vida, provocando automaticamente um acréscimo no crescimento natural/vegetativo. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) A população brasileira está estruturada de acordo com os setores de atividades econômicas, ou seja, onde o brasileiro está ganhando seu sustento. Hoje, cerca de 50% das pessoas compõem o PEA (População economicamente ativa), que representa as pessoas que trabalham ou estão à procura de trabalho, e 32% formam a população inativa, pessoas que não estudam, não trabalham e não estão à procura, ou ainda não possuem idade compatível. A população está dividida segundo seus rendimentos ou renda, nesse contexto, verifica-se um alto grau de desigualdade, provocada pela concentração da renda, própria de países capitalistas, que é caracterizada pela concentração de riqueza nas mãos de poucos, enquanto a maioria vive em condições extremamente excludentes. A concentração da renda agrava as desigualdades sociais. No Brasil, a parcela da população considerada rica corresponde a 18 milhões de pessoas, enquanto isso como vive os outros 170 milhões de brasileiros? Eduardo de Freitas A distribuição de habitantes pelo globo terrestre apresenta características de desigualdade, com zonas de vazios e zonas de concentração de população. A população do mundo se distribui de forma irregular sobre a superfície da Terra. A densidade demográfica varia enormemente segundo os continentes, nos diferentes países e até mesmo dentro de um mesmo país. No mundo existem grandes vazios e grandes concentrações populacionais. Os grandes focos de povoamento mundialMais da metade da população mundial se concentra em uma superfície pouco maior que 10% do nosso planeta. Esses espaços, relativamente reduzidos, abrigam desde cerca de 100 milhões até mais de 1 bilhão de habitantes. Os focos de povoamento distribuem-se de forma irregular pelos continentes, como se observa abaixo:
O continente mais populoso é o asiático, com mais de 4,5 bilhões de habitantes – cerca de 60% da população mundial. Quer dizer que, em cada 10 habitantes da Terra, mais de 6 pessoas vivem na Ásia. No entanto, sua densidade demográfica é de 82 hab./ km2, pouco superior à da Europa, que é de 72 hab./km2. O que acontece é que, enquanto a Europa é o continente de povoamento mais uniforme, com predomínio de grandes cidades em quase todo o território, a Ásia possui extensas regiões praticamente despovoadas, como a Sibéria, o Tibete e a península Arábica, ao lado de altíssimas concentrações humanas, como as cidades de Pequim, Xangai, Tianjin (China), Mumbai (ex-Bombaim), Calcutá (índia), Seul (Coréia do Sul) e Jacarta (Indonésia). Os países mais populosos do mundo em 2019 (Estimativa).Fatores que interferem na distribuição da populaçãoHá vários fatores que interferem diretamente na distribuição da população no espaço geográfico, tornando-a irregular. A polarização econômica, estimulada pelo desenvolvimento tecnológico e pelos investimentos de capitais é o principal desses fatores. Entretanto, as condições físicas do meio – os elementos ligados às circunstâncias da natureza – ainda exercem influência na fixação de grande parte da população mundial, principalmente daquela que não se apropriou dos benefícios do avanço tecnológico. Fatores naturaisQuando se observa a superfície geral do globo, em especial a das terras emersas, nota-se uma grande variedade de paisagens naturais, com grande diversidade de aspectos para o relevo, hidrografia, condições climáticas, vegetação e tipos de solos. Essas condições têm sido, no tempo histórico e tecnológico, de grande influência na distribuição demográfica pelo espaço, principalmente quando o homem precisa dessas condições para se proteger e desenvolver sua atividade econômica, numa dependência maior em relação à natureza. Em função da diversidade de paisagens na natureza e de aspectos gerais que exercem influência na distribuição da população, chamamos de ecúmenas as áreas que apresentam condições naturais favoráveis à fixação demográfica. É o caso dos vales férteis, deltas fluviais, regiões litorâneas, baixos planaltos e baixas planícies – áreas historicamente disputadas pelo homem. As regiões que apresentam condições naturais desfavoráveis à fixação populacional são denominadas anecúmenas. Na maioria dos casos são áreas que não oferecem condições satisfatórias à sobrevivência do homem. Grupos humanos que nelas habitam são, em geral, pequenos e estão historicamente adaptados às condições inóspitas do meio natural. Sua sobrevivência depende diretamente do conhecimento prático da natureza e de um grande submetimento às suas regras. Situam-se, principalmente, nas altas latitudes (regiões polares e subpolares), nas grandes altitudes (altas montanhas), nas zonas desérticas e pântanos. Mas, dependendo do grau de desenvolvimento tecnológico alcançado por uma população, os desertos e os pântanos já não oferecem um obstáculo significativo à ocupação territorial. Podemos observar práticas de irrigação em regiões desérticas, como as que ocorrem nos EUA e Israel. O que no passado era uma dificuldade passou a ser uma possibilidade. Regiões pantanosas têm sido recuperadas economicamente com a intervenção tecnológica através de sistemas sofisticados de drenagem. Um dos exemplos mais significativos nesse setor é a Holanda, com a construção de diques que barram o avanço do mar em trechos baixos de seu território, conquistando os espaços denominados polders. Essas regiões passaram a ser importantes zonas agrícolas para o país, além de aumentarem a área territorial holandesa, com terras antes ocupadas pelo mar. Por outro lado, com todo o avanço tecnológico atingido pelo homem, os extremos polares e as altas montanhas ainda constituem barreiras significativas à fixação populacional. O que fica evidente é que as desigualdades observadas na distribuição populacional do globo são, no conjunto, uma decorrência das condições do meio natural e da evolução do processo histórico das atividades do ser humano. Fatores econômicosO fator econômico é, sem dúvida, o grande agente de todo o arranjo demográfico. Ele interfere diretamente nas condições de distribuição das populações pelo espaço, ora atraindo, ora repelindo. Havendo interesse econômico, qualquer região do planeta pode se tornar viável. A partir daí, as necessidades passam a desafiar a inventividade humana para a superação de qualquer dificuldade. Tudo passa a ser uma questão de investimento de capital, tecnologia e tempo, a fim de se atingirem os objetivos propostos. Não é por acaso que, na atualidade, as zonas mais densamente povoadas do nosso planeta são as que possuem poderosa atividade industrial e forte crescimento urbano. Nessas regiões concentra-se o eixo dos interesses econômicos, o que exerce forte atração demográfica. Importante mencionar que na primeira metade do século XX a população rural do planeta era muito expressiva. Com o processo de industrialização e mecanização rural, as populações do campo deslocaram-se para os centros urbanos, provocando fortes adensamentos. É nas zonas urbanas que predominam as atividades dos setores secundário (indústria e construção civil) e terciário (comércio e serviços), disponibilizando empregos em períodos de crescimento econômico, criando demandas migratórias para esses centros, através do êxodo rural. Por outro lado, em momentos de crise que atingem os setores econômicos ligados à produção urbana, esses centros sofrem sobremaneira com o desemprego, o que gera muitas tensões decorrentes das grandes massas marginalizadas. Se as grandes concentrações urbanas são um fato relativamente recente, os problemas consequentes dessa demanda ainda desafiam os planejadores, os políticos e os administradores públicos em todo o mundo, visto que, com maior ou menor grau, estão presentes em todos os países do globo. Por: Paulo Magno da Costa Torres Veja também:
Assuntos relacionados:Quais são os fatores que determinam a distribuição da população?A população mundial não se encontra igualmente distribuída na superfície terrestre. Os fatores naturais, o desenvolvimento econômico e industrial, bem como fatores de ordem social e histórica influem na concentração populacional em um lugar em detrimento de outros.
Quais são as formas de distribuição da população?Distribuição da população mundial. 60% da população mundial vive na Ásia (4,7 bilhões);. 17%, na África (1,3 bilhões);. 10%, na Europa (750 milhões);. 8%, na América Latina e Caribe (650 milhões); e.. 5% da população mundial está dividida entre a América Anglo-Saxônica (370 milhões) e a Oceania (43 milhões).. Quais são os dois principais fatores que explicam a desigualdade na distribuição da população mundial?Pelo menos dois fatores explicam a desigualdade na distribuição da população: os de ordem natural, como o clima, o relevo, a disponibilidade de água e a qualidade do solo para fins de agricultura; e os de ordem histórico-econômica, relacionados aos povoamentos antigos, ao crescimento de cidades, à implantação de ...
Quais são os três indicadores que são utilizados na dinâmica populacional?Assim, para conseguir responder às duvidas sobre o futuro das sociedades o estudo sobre a dinâmica populacional elencou três tipos de indicadores, que funcionariam como padrões a serem analisados: mortalidade, natalidade e fecundidade.
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