Avenida Paulista em 2008, São Paulo. Show
O espaço geográfico corresponde ao espaço construído e alterado pelo homem; e pode ser definido com sendo o palco das realizações humanas nas quais estão as relações entre os homens e desses com a natureza. O espaço geográfico abriga o homem e todos os elementos naturais, tais como relevo, clima, vegetação e tudo que nela está inserido. O espaço geográfico em sua etapa inicial apresentava somente os aspectos físicos ou naturais presentes, como rios, mares, lagos, montanhas, animais, plantas e toda interação e interdependência entre eles. O surgimento do homem, desde o mais primitivo, que começou a interferir no meio a partir do corte de uma árvore para construção de um abrigo e para caça, impactou e transformou o espaço geográfico. Nesse primeiro momento, as transformações eram quase que insignificantes, uma vez que tudo que se retirava da natureza servia somente para sanar as necessidades básicas de sobrevivência, processo chamado de “meios de existência”. Toda modificação executada na natureza é proveniente do trabalho humano. É através do trabalho que o homem é capaz de construir e desenvolver tudo aquilo que é indispensável à sua sobrevivência. O termo “trabalho” significa todo esforço físico e mental humano com finalidade de produzir algo útil a si mesmo ou a alguém. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) O conjunto de atividades desempenhadas pelas sociedades continuamente promove a modificação do espaço geográfico. A partir da Primeira Revolução Industrial, o homem enfatizou a retirada de recursos dispostos na natureza a fim de abastecer as indústrias de matéria-prima, que é um item primordial nessa atividade, ao passo que a população crescia acompanhada pelo alto consumo de alimentos e bens de consumo. Com o avanço tecnológico, o homem criou uma série de mecanismos para facilitar a manipulação dos elementos da natureza, máquinas e equipamentos facilitaram a vida do homem e dinamizaram o processo de exploração de recursos, como os minerais, além do desenvolvimento de toda produção agropecuária com a inserção de tecnologias, como tratores, plantadeiras, colheitadeiras e muitos outros. Na produção agropecuária se faz necessário transformar o meio, pois retira-se toda cobertura vegetal original que é substituída por pastagens e lavouras. Dessas derivam outros impactos como erosão, poluição e contaminação do solo e dos mananciais. Nos centros urbanos, as alterações são percebidas nas construções presentes, essas transformações ocorrem em loteamentos que em um período era somente uma área desabitada e passou a abrigar construções residenciais, além de áreas destinadas ao comércio e indústria. Desse modo, nas cidades de todo mundo sempre ocorrem modificações no espaço, são identificadas nas novas construções, nas reformas de residências, lojas e todas as formas de edificações. Diante dessas considerações constata-se que o espaço geográfico não é estático, pois até mesmo a deteriorização de um edifício ou monumento é considerado uma alteração do espaço e automaticamente da paisagem, por isso as mudanças são contínuas e dinâmicas. O espaço geográfico é produto do trabalho humano sobre a natureza e todas as relações sociais ao longo da história. As constantes intervenções humanas no espaço causam uma infinidade de degradação que recentemente tem se voltado contra o homem. Desse modo, a natureza está devolvendo tudo aquilo que as ações antrópicas causaram. São vários os exemplos decorrentes das profundas alterações ocorridas principalmente no último século no planeta, como o aquecimento global, efeito estufa e escassez de água. As décadas de exploração ocasionaram a extinção, somente no século XX pelo menos 15% das espécies da fauna e da flora foram extintas. A partir das afirmativas, fica evidente que o homem necessita da natureza para obter seu sustento, no entanto, o que tem sido promovido é uma exploração irracional dos recursos. Se continuar nesse ritmo, provavelmente as próximas gerações enfrentarão sérios problemas. Além disso, a vida de todos os seres vivos na Terra ficará comprometida, inclusive do homem, caso o problema não seja solucionado. O Espaço Geográfico pode ser entendido como o que a humanidade já gerou alterações. O estudo da formação do espaço geográfico brasileiro, ou formação socioespacial busca estudar os processos que influenciam a localização de determinadas atividades, que acabam por regular os processos de ocupação e a formação de cidades e infraestrutura. Para entender esse processo, devemos pensar no desenvolvimento das primeiras atividades do período colonial, e posteriormente o processo de modernização com a industrialização. A partir da invasão e ocupação portuguesa, as primeiras atividades econômicas se organizavam nas estruturas de grandes latifundios agroprodutivos. Quem recebia essas terras, doadas pela coroa portuguesa por conta da política das sesmarias, tinha a missão de desenvolver uma infraestrutura, consolidando o crescimento das primeiras cidades. Sobretudo ao redor dos eixos de transporte, por serem os espaços de circulação de capital, pessoas, mercadoria, além de facilitar o acesso aos centros, cresciam as vilas e cidades que dariam origem posterior a grandes metrópoles brasileiras. No entanto, a organização das atividades econômicas não contava nem com infraestrutura suficiente para se dar de modo planejado e integrado. Por conta disso, diz-se que era uma econômia de arquipélagos, ou seja,
atividades econômicas isoladas, sem comunicação entre si ou sem um projeto integrado de desenvolvimento. Arquipélagos econômicos: Os ciclos econômicos e a organização do território brasileiro
O início do processo de industrialização brasileiro e o destaque da região SudestePara entender a industrialização do Brasil é necessário voltar ao ciclo do café, que foi o motor inicial para que esse processo ocorresse. Até o início da década de 1930, como ressaltado anteriormente, o espaço geográfico brasileiro foi estruturado exclusivamente ao redor do modelo primário-exportador, fazendo com que a configuração das atividades econômicas fosse dispersa e com rara ou ausente interdependência, o que implicou no processo de formação do território brasileiro. A partir do crescimento da economia cafeeira, o processo de urbanização se intensificou, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, com o objetivo de facilitar o escoamento da produção e a distribuição, através da ampliação das linhas férreas. Com o fim da escravidão e a chegada dos imigrantes, o mercado consumidor cresceu consideravelmente, o qu possibilitou a produção para o mercado interno e o desenvolvimento das indústrias. A concentração da riqueza na região Sudeste, devido a riqueza oriunda do café, fez com que as indústrias também se concentrassem na região aumentando as disparidades inter-regionais. Quais foram os motores da construção de espaços geográficos nos séculos XVI XVII xviii e xix no Brasil?Os motores de construção de espaços geográficos no Brasil durante os séculos XVI, XVII, XVIII e XIX foram o extrativismo e a agricultura.
Quais são os motores da construção de espaços geográficos?Os principais motores da construção do espaço geográficos foram; 1 - A construção de feitorias. 2 -A construção de fortes e vilas no litoral. 3 - As alianças com os índios e a exploração do pau- brasil através do escambo ( troca do pau - brasil por ferramenta,colares ,miçangas, espelhos) em feitorias.
Quais foram os motores da construção do espaço do século 19?Século XIX , três outras atividades econômicas se tornaram motores da construção do espaço: a cultura do cacau no sul da Bahia, a cafeicultura no Rio de Janeiro e São Paulo e a extração do látex na Amazônia para a fabricação de borracha.
Qual é a relação entre as bandeiras e a construção do espaço geográfico?No século XVII, a economia da colônia tinha se interiorizado ainda mais, criando novos espaços geográficos. Muitos povoados foram transformados em vilas e cidades, surgiram no inerior do território graças à expansão das bandeiras, da atividade mineradora e da pecuária.
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