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Resumo sobre acesso venoso central: da definição as situações de complicação por seu uso, passando pela epidemiologia, tipos e muito mais! O cateter venoso central (CVC), também chamados de acesso venoso central, é indispensável no manejo do paciente grave na emergência ou unidades de terapia intensiva. O que é o cateter venoso central?É possível definir o acesso venoso central como colocação de um cateter com a sua extremidade posicionada na veia cava superior ou no átrio direito. Os CVC possuem diversas funções no manejo do paciente em estado crítico, tanto para diagnósticos quanto para tratamentos especializados:
A inserção de um cateter venoso central em um ser humano foi relatada pela primeira vez em 1929, e teve a técnica facilitada protocolada por Sven-Ivar Seldinger em 1953. A inserção de um cateter venoso central com a técnica de Seldinger revolucionou a medicina ao permitir acesso venoso seguro e confiável. Tipos de cateter venoso centralSabe-se que existem 03 tipos de cateteres venosos centrais:
Cateter venoso central inserido perifericamente (CVCIP):É um dispositivo de acesso vascular inserido perifericamente. A ponta está localizada em nível central, na altura do terço distal da veia cava, podendo possuir lúmen único ou duplo. Tem como indicações a administração de antibióticos, terapia nutricional parenteral e na quimioterapia. Cateter venoso central de longa permanência (tunelizado):A principal característica desses cateteres é o fato de serem tunelizados, podendo permanecerem implantados por meses e até anos. Suas principais indicações são hemodiálise, nutrição parenteral total ou quimioterapia. Não tunelizado: cateter venoso central temporárioEsse é o tipo de acesso mais utilizado em pacientes internados em unidade de terapia intensiva e semi-intensiva ou nos casos de cirurgias de grande porte. Considera-se como temporário o cateter implantado diretamente no local da punção venosa, ou seja, que não possui nenhuma parte tunelizada. Indicado para infusão de volume, medicamentos e monitoração da pressão venosa central e hemodiálise por curto período. Frequentemente, a seguinte lista de sítios de veias preferenciais é indicada pela maioria dos autores, levando-se em consideração uma combinação de fatores, tais como facilidade de inserção, razões de utilização e menor risco de complicações:
Epidemiologia do uso de cateter venoso centralO acesso venoso central é um procedimento comumente realizado, com aproximadamente 8% dos pacientes hospitalizados necessitando de acesso venoso central. Mais de cinco milhões de cateteres venosos centrais são inseridos nos Estados Unidos a cada ano nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). No Reino Unido, cerca de 200.000 CVC são inseridos anualmente. Técnica de SeldingerO cateterismo venoso central é realizado utilizando a Técnica de Seldinger, que consiste em puncionar a veia central com uma agulha longa, de pequeno calibre, por dentro da qual avança-se um fio-guia. Com o fio-guia na posição adequada, um dispositivo de dilatação venosa é introduzido vestindo o mesmo. A seguir, o cateter é passado vestindo o fio-guia até a posição desejada. Toda punção intravascular deve ser considerada como um ato cirúrgico e os cuidados de assepsia e antissepsia devem ser seguidos, a não ser em casos de extrema emergência, como durante a ressuscitação cardiopulmonar. A barreira estéril máxima é alcançada com gorro, máscara, avental estéril, luvas, campos estéreis e antissepsia cutânea com clorexidina 2% no local de inserção do CVC. Posicionamento do cateterCada local anatômico de punção possui especificidades de posicionamento e cuidados especiais, mas de forma geral, utilizando a técnica de Seldinger. Os seguintes passos devem ser seguidos em qualquer punção venosa centralPara que o procedimento seja feito de forma correta, é preciso estar atento para alguns passos:
Complicações do cateter venoso centralA infecção de Corrente Sanguínea Relacionada ao Cateter (ICSRC) é uma das principais complicações e está associada ao aumento do tempo de internação em até três semanas, da morbidade, da mortalidade e dos custos hospitalares. Técnica de assepsia e antissepsia é essencial para prevenir a contaminação durante o procedimento. Programas educacionais para equipe de saúde e evitar a veia femoral para sua inserção. Além da ICSRC, outras complicações dependem do sítio da punção e do tipo de cateter, porém as mais comuns e que merecem maior destaque, são: Pneumotórax, hemotórax, punção arterial inadvertida, trombose venosa, estenose/oclusão venosa, infecção e embolia. Estude mais sobre CVC no SanarFlix! Sugestão de leitura complementar
Quais os cuidados de enfermagem na administração de medicamentos por via endovenosa?Cuidados de enfermagem referente às complicações da terapia intravenosa são Interromper a infusão, remover o cateter, aplicar compressas mornas para promover vaso dilatação e reduzir o edema, usar compressas frias na fase inicial para diminuir dor, verificar a permeabilidade do acesso venoso.
Quais os cuidados de enfermagem na manipulação do acesso venoso profundo?Cuidados com Cateter Venoso Central. Realizar a higiene das mãos antes e após manuseio do cateter;. Manter curativo sempre limpo e seco (com data e turno da troca);. Trocar equipo de medicação a cada 72 horas;. Trocar equipo da administração de hemocomponenente a cada transfusão;. Quais os cuidados de enfermagem no acesso venoso?Cuidados com o acesso venoso periférico. Sempre lavar as mãos antes de entrar em contato com o paciente;. Verificar se o acesso está bem fixado na pele;. No momento do banho, proteger o acesso e evitar com que caia água no local – isso pode ser feito com plástico;. Quais cuidados a equipe de enfermagem deve ter com os acessos venosos periféricos seguindo o manual?Higiene das mãos. Higienizar as mãos antes e após a inserção de cateteres e para qualquer tipo de manipulação dos dispositivos. Higienizar as mãos com água e sabonete líquido quando estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais.
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