Porque o senso comum e a ciência se afastaram?

Senso comum versus Ciência

     O Senso Comum refere-se ao conjunto de opiniões tão geralmente aceites em época determinada que as opiniões contrárias aparecem como aberrações individuais, ou seja o senso comum varia com a época, ou antes, de acordo com o conhecimento relativo alcançado pela maioria, num determinado período histórico.O senso comum constitui um corpo de crenças necessárias para manter uma visão explicativa e inteligível do mundo. Entre essas destacam – se as crenças da existência do mundo, independentemente da percepção que dele temos; as relações causais, que ocorrem no passado, voltarão a ocorrer no futuro, as outras pessoas possuem estados de consciência, somos a mesma pessoas em cada dia que passa; as pessoas têm sentimentos, são criaturas auto – conscientes e capazes de auto controle. É este tipo de conhecimento que vamos acumulando no nosso quotidiano que é chamado de senso comum. Sem esse conhecimento intuitivo, espontâneo, de tentativa e erros, seria muito complicada a nossa no dia – a -  dia. O senso comum, na produção desse tipo de conhecimento vai do hábito à tradição, a qual quando instalada passa de geração em geração. É na tentativa de facilitar o dia – a – dia que o senso comum produz as suas próprias “teorias”.

     Em suma, o senso comum integra, de um modo precário o conhecimento humano, dando-nos uma visão simplificada do mundo. Por outro lado a ciência pode ser considerada como um método de pesquisa baseado na faculdade racional do ser humano e na comprovação experimental do facto pesquisado. O quotidiano e o conhecimento cientifico que temos da realidade aproximam-se e afastam-se: aproximam-se porque a ciência se refere ao real, afastam-se porque a ciência abstrai a realidade para compreende-la melhor.

     Ou seja, a ciência compõe-se de um conjunto de conhecimentos e factos da realidade (objecto de estudo), expresso através de uma linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira programática sistemática, e controlada para que se permita a verificação da sua validade. O saber pode assim ser transmitido, verificado, utilizado e desenvolvido. Ou seja, a ciência caracteriza – se como um processo. A ciência tem ainda uma característica fundamental: ela aspira à objectividade. As suas conclusões devem ser passíveis de verificação e isentas de emoção, para, assim tornarem – se válidas para todos.

     Isto é, o objecto específico, linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas, processo cumulativo do conhecimento, objectividade, fazem da ciência uma forma que supera em muito o conhecimento espontâneo do senso comum.

     Desta forma, há luta entre o senso comum que se encontra na cauda do processo do conhecimento e a ciência que está na cabeça. A ciência e o senso comum são dois pólos de um mesmo fenómeno. O pólo da ciência apresenta a parte dinâmica do fenómenos que faz o conhecimento evoluir. É a fase construtora do conhecimento. O pólo do senso comum representa a fase conservadora do conhecimento e por isso tem a característica de imobilidade tendendo a se repetir num ciclo fechado, eternamente se não for fecundado pelo dinamismo da ciência.

     No entanto a relação entre a psicologia científica e o senso comum varia conforme a área da psicologia considerada.

Qual é a relação entre senso comum e ciência?

A relação entre ciência e senso comum é abordada por Santos (1989) na concepção de que a ciência se opõe a opinião. ... O senso comum representa a experiência imediata, o conhecimento vulgar; as opiniões. Ou seja, tudo o que se precisa romper para se tornar possível o conhecimento científico, racional e válido.

Qual é a diferença entre ciência e senso comum?

Com o avanço científico e tecnológico é possível encontrar o método científico e o senso comum. O senso comum é conhecido como conhecimento popular, enquanto o conhecimento científico é tratado como ciência. Ou seja, o conhecimento do senso comum é construído em situações e repetições do cotidiano.

O que caracteriza o senso comum a ciência e a filosofia?

A Filosofia nos auxilia nas funções teóricas e práticas a chegar a uma concepção do universo por meio da auto-reflexão. O senso comum contribui para que a ciência progrida.

Quais são os tipos de senso comum?

Abaixo daremos alguns exemplos do que é caracterizado como senso comum:

  1. Chá de boldo cura problemas no fígado. ...
  2. Ameixa e mamão ajudam a regular o intestino. ...
  3. Em time que está ganhando não se mexe. ...
  4. Há solução para tudo, menos para a morte. ...
  5. Brasileiro gosta de samba, churrasco e futebol.

1 de abr. de 2021

Qual a relação entre senso comum e ciência mostrando quando e por que eles se afastaram ou se aproximaram?

Se afastam pois o senso comum e um conhecimento prévio, sem nenhum tipo de teste, ideia a qual a ciência refuta, pois exige testes e experimentos para a comprovação de ideias.

Qual a diferença entre o senso comum e senso crítico?

O senso comum associa-se aquele conhecimento que não passa por reflexão, sendo aceito pela maioria das pessoas sem questionamentos. Por sua vez, o senso crítico é fortemente baseado em procedimentos de crítica e reflexão, além de passar pelo crivo do método científico e na pesquisa.

Qual é a diferença central entre a explicação do mundo pelo senso comum e pela ciência?

Enquanto as afirmações do senso comum partem de um conhecimento particular, que muitas vezes não pode ser validado se relacionado com outras pessoas, e estão vinculadas ao ponto de vista individual, a ciência pretende estabelecer um conhecimento geral a partir de experimentos que possam ser comprovados.

Onde podemos perceber a influência do senso comum?

Geralmente, o conhecimento de senso comum está presente em nosso cotidiano e é passado de geração a geração. Podemos afirmar que esse tipo de conhecimento é, categoricamente, popular e culturalmente aceito, o que não garante a sua validade ou invalidade. ... O senso comum é movido, geralmente, pela opinião.

O que é senso comum de um exemplo de senso comum?

O senso comum é uma herança cultural que tem a função de orientar o modo de vida das pessoas. ... Através do senso comum, por exemplo, uma criança aprende o que é o perigo e a segurança, o que pode e o que não pode comer, o que é o certo e o errado.

O que é senso comum e quais são suas características?

O que é o senso comum: O senso comum, também chamado de conhecimento empírico, acumula-se ao longo da vida e é transmitido de geração em geração. É um saber que não se baseia em métodos ou conclusões científicas, e sim na crença, no modo comum e espontâneo de assimilar informações e conhecimentos úteis no cotidiano.

O que é senso comum Cite três características do senso comum?

O Senso Comum é a soma dos saberes do cotidiano e é formado a partir de hábitos, crenças, preconceitos e tradições. Na filosofia, o termo é utilizado para explicar as interpretações feitas pelos indivíduos à realidade que os cercam sem estudos prévios ou provas científicas.

Por que o senso comum se distancia da ciência?

O conhecimento científico é objetivo e costuma usar linguagem rebuscada. Com isso, a ciência acaba se opondo ao senso comum, pela necessidade de comprovação de teorias oriundas de estudos e pesquisas. Embora seja comprovado, é um conhecimento provisório visto que ao ser testado com frequência pode ser reformulado.

Quando o senso comum é a ciência se afastaram?

Eles se afastaram quando um movimento cultural (Iluminismo) e positivismo consideraram apenas útil o conhecimento ciêntífico. Eles se aproximam quando o senso comum pode-se tornar menos supestioso e a ciência mais intelegível a todos.

Qual a relação entre senso comum é ciência mostrando quando é por que eles se afastaram ou se aproximaram?

Se afastam pois o senso comum e um conhecimento prévio, sem nenhum tipo de teste, ideia a qual a ciência refuta, pois exige testes e experimentos para a comprovação de ideias.

Porque o senso comum não deve ser descartado pela ciência?

Todo exercício da ciência parte de algum conhecimento vulgar, mas, como todo conhecimento vulgar é findável, cabe ao meio científico a exclusiva responsabilidade de ultrapassar os limites do saber, uma causa de extrema importância que o senso comum não compartilha.