Show A Batalha Naval de Trafalgar de 21 de outubro de 1805 opôs a frota franco-espanhola, sob o comando do almirante Pierre de Villeneuve, à frota britânica, comandada pelo vice-almirante Horatio Nelson. O comandante inglês iria ali encontrar a morte, porém a tática genial que pôs em ação valeu aos britânicos uma vitória total, apesar de sua inferioridade numérica. Dois terços dos navios franco-espanhóis foram destruídos e Napoleão, sem uma esquadra suficiente, teve de renunciar a qualquer esperança de conquistar o Reino Unido. Esta vitória marcou igualmente a supremacia britânica sobre os mares, o que iria se manter incontestável até a eclosão da Primeira Guerra Mundial. Wikicommons [Horatio Nelson se tornou um dos heróis de guerra do Reino Unido] Em seguida à retomada das hostilidades entre a França e o Reino Unido, em 18 de maio de 1803, após a efêmera paz de Amiens, Napoleão começa a reunir um Exército, no campo de Boulogne, com o objetivo de invadir as Ilhas Britânicas e acabar com seu mais tenaz inimigo. Todavia, para permitir à flotilha de transporte atravessar o Canal da Mancha, tinha de obter uma superioridade pelo menos temporária sobre a Royal Navy. A fim de levar a cabo a ação, foi necessário juntar suas duas frotas principais, aquela do Atlântico, baseada em Brest, e a do Mediterrâneo, então baseada em Toulon. Ocorre que essas duas esquadras estavam sob a constante vigilância da Royal Navy, o que tornava difícil sua junção. De resto, outras frotas poderiam ser mobilizadas para a operação, ou seja, a frota espanhola, à ocasião aliada da França, e outras esquadras, presentes na costa atlântica, como a de Rochefort. A frota de Brest, comandada pelo vice-almirante Ganteaume, composta de 21 barcos de guerra, estava sendo estreitamente vigiada pelo almirante William Cornwallis e sua esquadra, e não poderia zarpar sem combate. Entrementes, o vice-almirante Nelson, que chefiava sua Frota do Mediterrâneo e fazia face à esquadra de Toulon, decidiu aplicar um bloqueio frouxo o suficiente, esperando incitar o almirante francês Villeneuve a assomar ao mar alto e, deste modo, poder travar a batalha. Malgrado as reticências de Villeneuve, que já havia conhecido a derrota contra Nelson em Abukir em 1798, Napoleão pressionou-o a zarpar em direção das Antilhas, onde a frota espanhola e a de Ganteaume, forçando também o bloqueio, se juntariam. Graças às tempestades que impediram os navios britânicos de manterem suas posições de espreita, Villeneuve içou velas em 29 de março de 1805, escapou do cerco de Nelson e passou pelo estreito de Gibraltar, chegando às Antilhas, em 12 de maio, com onze barcos. Uma frota espanhola, composta de 9 navios, junta-se ali a ele. Sentindo-se seguro com seus 20 navios de guerra, Villeneuve, apesar de pressionado pelos oficiais do Exército francês para participar na retomada das ilhas conquistadas pelos britânicos, permaneceu inativo durante um mês, à espera de Ganteaume, que nem mesmo havia deixado seu porto. Em 7 de junho, em seguida à captura de um navio mercante britânico, toma conhecimento de que Nelson e sua frota, apesar dos ventos contrários que os retiveram, tinham por fim chegado às Caraibas. Villeneuve decide então retornar à Europa, o que faz em 11 de junho. Em 9 de julho, chega ao Cabo Finisterre, porém os ventos contrários o impedem de entrar no golfo de Gascogne antes de 22. Entrementes, o vice-almirante Robert Calder, que montava guarda diante de Rochefort e Ferrol, notou o retorno dos franceses e, no mesmo 22 de julho, juntou sua esquadra de 15 navios para esperá-lo no Cabo Finisterre. Segue-se uma batalha, em 23, em que Villeneuve perde dois navios espanhóis e o dissuade de prosseguir rumo norte. Apesar da vantagem do vento, faz meia-volta e chega a La Corogne em 1º de agosto. As ordens de Napoleão que o esperam são claras: singrar ao norte em direção a Brest. Contudo, nervoso diante das demonstrações da Marinha Real britânica, Villeneuve decide buscar o porto de Cádiz. Wikicommons Horatio Nelson, de volta à Inglaterra após dois anos no mar, é encarregado de comandar uma nova frota. Retardado pelas reparações no HMS Victory, lança-se ao mar somente em 15 de setembro, juntando-se à sua esquadra apenas em 29 de setembro. Coloca diante de Cádiz somente uma flotilha de fragatas sob as ordens do capitão Blackwood. Seus navios de guerra aguardavam, sem serem percebidos, a cerca de 80 quilômetros distantes. Teve de destacar 6 barcos de 2 a 15 de outubro, a fim de buscar provisões em Gibraltar. Além do mais, o HMS Prince of Wales deixou a esquadra para levar Calder à Inglaterra, onde teve de responder por sua falta de audácia nos episódios de 23 de julho. Qual foi a importância da Batalha de Trafalgar?A Batalha de Trafalgar inseriu-se nas guerras napoleônicas travadas entre França e Inglaterra. Nesse momento, a batalha colocava em questão a invasão das ilhas britânicas, uma pretensão de Napoleão Bonaparte em acabar com o poderio econômico e militar inglês.
O que aconteceu com o exército napoleónico durante a Batalha de Trafalgar?Batalha travada em Trafalgar, cabo da costa espanhola (Andaluzia) a 21 de outubro de 1805. A vitória da batalha naval pelos ingleses sobre as frotas francesa e espanhola era a sequela do falhanço do esquema de Napoleão para invadir a Inglaterra.
Qual foi o resultado da Batalha de Trafalgar?Vitória decisiva do Reino Unido.
O que significou a vitória inglesa sobre os franceses na Batalha de Trafalgar?A vitória britânica, na Batalha de Trafalgar, perpetuou o déspota francês à Europa Continental e premiou os navios ingleses com a hegemonia sobre os oceanos nos próximos cem anos.
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