Porque as árvores do Cerrado apresentam galhos tortuosos e raízes profundas?

Quais são as árvores do Cerrado?

Seguem as espécies características do Cerrado:

  • Acácia Mangium.
  • Angico (Anadenanthera falcata)
  • Angico Vermelho (Parapitadenia rigida)
  • Araticum (Annona coriacea)
  • Araticum Cagão (Annona cacans)
  • Aroeira (Miracruodron urundeuva)
  • Bálsamo (Miroxylon peruiferum)
  • Barbatimão (Stryphnodendron adstringens)

Por que as árvores do Cerrado possuem casca grossa?

Por exemplo, as árvores das savanas do Cerrado têm adaptações para resistir ao fogo como as cascas grossas que parecem cortiça e servem de isolante térmico evitando que as árvores morram. ... Assim, de tempos em tempos, o Cerrado precisa do fogo para se renovar e se manter com alta diversidade de plantas.

Por que no Cerrado as árvores tem raízes profundas e cascas grossas?

O aspecto geral da vegetação do Cerrado – troncos retorcidos, cascas grossas, raízes profundas e caules subterrâneos – é resultado da ação do fogo natural, comum nesse bioma, especialmente no período seco de inverno. Muitas espécies, adaptadas às queimadas naturais, brotam logo após as primeiras chuvas.

Tem vegetação arbustiva caducifólia com raízes profundas galhos retorcidos e casca grossa?

b) tem vegetação arbustiva, caducifólia com raízes profundas, galhos retorcidos e casca grossa. c) cobre 2 milhões de km2 do território nacional, sendo 80% inexplorados. d) apresenta duas espécies vegetais dominantes, o buritizeiro e o pequizeiro, não exploradas economicamente.

Por que as plantas do Cerrado em geral apresentam troncos tortuosos e casca grossa?

É devido a uma combinação de fatores naturais. A flora do Cerrado possui características biológicas que a protegem da morte em caso de queimadas – fenômeno comum na região devido aos raios. Mas o fogo mata alguns brotos, de modo que os galhos estão sempre crescendo numa direção diferente (veja no infográfico abaixo).

É comum a presença de árvores com troncos finos e retorcidos?

O cerrado é o tipo de vegetação brasileira formada por arbustos, gramíneas e árvores esparsas, podendo apresentar matas de galeria. A flora do cerrado é predominantemente formada por árvores de pequeno porte com troncos grossos e retorcidos, além de arbustos e capim.

Qual o bioma apresenta vegetação retorcida troncos grossos solo ácido e com gramíneas de porte alto?

Cerrado. O Cerrado é comparado às savanas posto que reúne árvores baixas, esparsas com troncos retorcidos, além de gramíneas e arbustos. Esse tipo de vegetação é encontrado nas regiões norte, nordeste, sudeste e centro-oeste do país, desenvolvidas no clima tropical sazonal.

O que é vegetação de gramíneas?

As gramíneas são plantas que se caracterizam em geral como ervas monocotiledôneas de pequeno porte, podem ser anuais ou perenes, rizomatosa ou estolonífera, com caule em geral oco e articulado por nós sólidos, raramente ramificado e mais ou menos lenhoso, folhas lineares, sésseis, com lígula e bainha enrolada em redor ...

Qual é o nome da vegetação próxima ao chão composta de gramíneas?

Resposta. Essa vegetação corresponde ao cerrado!

Que tipo de vegetação se desenvolve no solo lodoso?

Manguezais. O solo dos manguezais é lodoso, salgado, rico em nutrientes e com pouco oxigênio. ... A vegetação comum dos manguezais são as plantas lenhosas (mangue vermelho, branco e botão) e vegetais como algas, bromélias, liquens e as samambaias de mangues.

O que é vegetação espaçada?

Vegetação densa é um tipo de vegetação caracterizado como mata perenifólia (ou sempre verde)com árvores de até 40 m de altura como por exemplo arbustos;Já a vegetação espaçada é constituída por árvores de pequeno porte com raízes profundas cascas com forte espessura e folhas cobertas de pelos.

Que tipo de vegetação encontramos na região Nordeste?

A região Nordeste tem uma vegetação tão rica quanto a sua cultura. Dependendo do clima e local, podem ser encontrados biomas diferentes, variando entre mangue, Mata Atlântica, vegetação de dunas, cerrado, caatinga, restinga, Floresta Amazônica e Mata dos Cocais.

Qual é o tipo de vegetação predominante na região Norte?

Geografia do Brasil Essa parte do país ainda possui grandes áreas de florestas preservadas, onde podemos encontrar coberturas vegetais bastante heterogêneas, como áreas de Cerrado, Campos e vegetação Litorânea, mas a principal é a floresta Amazônica, que abrange aproximadamente 80% da região Norte.

Qual é o tipo de vegetação predominante na região sul?

Mata das Araucárias

  • João Fellet - @joaofellet
  • Da BBC Brasil em Brasília

27 março 2017

Porque as árvores do Cerrado apresentam galhos tortuosos e raízes profundas?

Crédito, Nelson Yoneda/ICMBio

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Plantas do cerrado atuam como uma imensa esponja, recarregando aquíferos que abastecem rios e reservatórios

O rio São Francisco está secando, haverá cada vez menos água em Brasília e a cidade de São Paulo terá de aprender a conviver com racionamentos.

O alerta é do arqueólogo e antropólogo baiano Altair Sales Barbosa, que há quase 50 anos estuda o papel do Cerrado na regulação de grandes rios da América do Sul.

Ele diz à BBC Brasil que a rápida destruição do bioma está golpeando um dos pilares do sistema: a gigantesca rede de raízes que atua como uma esponja, ajudando a recarregar os aquíferos que levam água a torneiras de todas as regiões do Brasil.

Formado em antropologia pela Universidade Católica do Chile, doutor em arqueologia pré-histórica pelo Museu de História Natural de Washington e professor aposentado da PUC-Goiás, Barbosa conta que a água que alimenta o São Francisco e as represas de São Paulo e Brasília vem de três grandes depósitos subterrâneos no Cerrado: os aquíferos Guarani, Urucuia e Bambuí.

Os aquíferos são reabastecidos pela chuva, mas dependem da vegetação para que a água chegue lá embaixo.

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Barbosa afirma que muitas plantas do Cerrado têm só um terço de sua estrutura acima da superfície e, para sobreviver num ambiente com solo oligotrófico (pobre em nutrientes), desenvolveram raízes profundas e bastante ramificadas.

"Se você arrancar uma dessas plantas, vai contar milhares ou até milhões de raízes, e quando cortar uma raiz e levá-la ao microscópio, verá inúmeras outras minirraízes que se entrelaçam com as de outras plantas, formando uma espécie de esponja."

Esse complexo sistema radicular retém água e alimenta as plantas na estação seca. Graças a ele, as árvores do Cerrado não perdem as folhas mesmo nem mesmo no auge da estiagem - diferentemente do que ocorre entre as espécies do Semiárido, por exemplo.

Barbosa conta que, quando há excesso de água, as raízes agem como esponjas encharcadas, vertendo o líquido não absorvido para lençóis freáticos no fundo. Dos lençóis freáticos a água passa para os aquíferos.

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O professor diz que essa dinâmica começou a ser afetada radicalmente nos anos 1970, com a expansão da pecuária e de grandes plantações de grãos e algodão pelo Cerrado.

A nova vegetação tem raízes curtas e não consegue transportar a água para o fundo.

Pior: entre a colheita e o replantio, as terras ficam nuas, fazendo com que a água da chuva evapore antes de penetrar o solo. Em alguns pontos do Cerrado, como no entorno de Brasília, o uso de água subterrânea para a irrigação prejudica ainda mais a recarga dos aquíferos.

Em fevereiro, Brasília começou a racionar água pela primeira vez na história - e meses antes do início da temporada seca.

Migração de nascentes

Conforme os aquíferos deixaram de ser plenamente recarregados, Barbosa diz que se acelerou na região um fenômeno conhecido como migração de nascentes.

Para explicar o processo, ele recorre à imagem de uma caixa d'água com vários furos. Quando diminui o nível da caixa d'água, o líquido deixa de jorrar dos furos superiores.

Com os aquíferos ocorre o mesmo: se o nível de água cai, nascentes em áreas mais elevadas secam.

Crédito, ICMBio

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Especialista afirma que, quando há excesso de água, as raízes agem como esponjas encharcadas

Ele diz ter presenciado o fenômeno num dos principais afluentes do São Francisco, o rio Grande, cuja nascente teria migrado quase 100 quilômetros a jusante desde 1970.

O mesmo se deu, segundo Barbosa, nos chapadões no oeste da Bahia e de Minas Gerais: com a retirada da cobertura vegetal, vários rios que vertiam água para o São Francisco e o Tocantins sumiram.

O professor diz que a perda de afluentes reduziu o fluxo dos rios e baixou o nível de reservatórios que abastecem cidades do Nordeste, Centro-Oeste e Norte.

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Em 2017, segundo a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), o número de municípios brasileiros em situação de emergência causada por longa estiagem chegou a 872, a maioria no Nordeste.

Já em São Paulo as chuvas de verão aumentaram os níveis das represas e afastaram no curto prazo o risco de racionamento. Mas Barbosa afirma que a maioria dos rios que cruza o Estado é alimentada pelo aquífero Guarani, cujo nível também vem baixando.

O aquífero abastece toda a Bacia do Paraná, que se estende do Mato Grosso ao Rio Grande do Sul, englobando ainda partes da Argentina, Paraguai e Uruguai.

Fotografia do passado

Bastaria então replantar o Cerrado para garantir a recarga dos aquíferos?

A solução não é tão simples, diz o professor. Ele conta que o Cerrado é o mais antigo dos biomas atuais do planeta, tendo se originado há pelo menos 40 milhões de anos.

Segundo ele, olhar para o Cerrado é como olhar para uma fotografia do passado.

Crédito, Rubens Matsushita, ICMBio

Legenda da foto,

Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil aponta que 872 cidades ficaram em situação de emergência por causa da estiagem em 2017

"O Cerrado já atingiu seu clímax evolutivo e precisa, para o seu desenvolvimento, de uma série de fatores que já não existem mais."

Ele exemplifica: há plantas do Cerrado que só são polinizadas por um ou outro tipo de abelhas ou vespas nativas, várias das quais foram extintas pelo uso de agrotóxicos nas lavouras. Essas plantas poderão sobreviver, mas não serão mais capazes de se reproduzir.

O Cerrado também é uma espécie de museu porque muitas de suas plantas levam séculos para se desenvolver e desempenhar plenamente suas funções ecológicas. É o caso dos buritis, uma das árvores mais famosas do bioma, que costuma brotar em brejos e cursos d'água.

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Barbosa costuma dizer que, quando Cabral chegou ao Brasil, os buritis que vemos hoje estavam nascendo.

Mesmo plantas de pequeno porte costumam crescer bem lentamente. O capim barba-de-bode, por exemplo, leva mais de mil anos para atingir sua maturidade. Barbosa diz ter medido as idades das espécies com processos de datação em laboratório.

Sabe-se hoje da existência de cerca de 13 mil tipos de plantas no Cerrado, número que o torna um dos biomas mais ricos do mundo. Dessas espécies, segundo o professor, não mais que 200 podem ser produzidas em viveiros.

Ele conta que a ciência ainda não consegue reproduzir em laboratório as complexas interações entre os elementos do bioma, moldadas desde a era Cenozoica.

Barbosa diz, por exemplo, que muitas plantas do Cerrado têm sementes que são ativadas apenas em situações bem específicas. Algumas delas só têm a dormência quebrada quando engolidas por certos mamíferos e expostas a substâncias presentes em seus intestinos.

Há ainda sementes que precisam do fogo para germinar. Contrariando o senso comum, Barbosa diz que incêndios naturais são essenciais para a sobrevivência do Cerrado e podem ocorrer de duas formas.

Crédito, Marcelo Camargo, Agência Brasil

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O Cerrado tem hoje cerca de 13 mil tipos de plantas, número que o torna um dos biomas mais ricos do mundo

Uma delas se dá quando blocos de quartzo hialino, um tipo de cristal, agem como lentes que concentram a luz do sol, superaquecendo a vegetação.

A outra ocorre pela interação entre algumas plantas e animais do Cerrado, entre os quais a raposa, o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e o cachorro-do-mato-vinagre.

Segundo Barbosa, esses mamíferos carregam no pelo uma carga eletromagnética que, em contato com gramíneas secas, provoca faíscas.

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O professor diz que o fogo é necessário não só para ativar sementes, mas para permitir que gramíneas secas, que não têm qualquer função ecológica, sejam substituídas por plantas novas.

"Se a gramínea seca fica ali, não tem como rebrotar, então é preciso dessa lambida de fogo natural pra limpar aquele tufo."

Os incêndios também são importantes, segundo ele, para que o solo do Cerrado continue pobre - afinal, foi nesse solo que o bioma se desenvolveu.

"O fogo é paradigma para quem pensa na preservação. Se você pensa como agrônomo, o fogo é nocivo, porque acentua o oligotrofismo do solo."

Estancar os danos

Quando deixa de haver incêndios naturais, os animais e insetos nativos desaparecem e as plantas do Cerrado são derrubadas, é quase impossível reverter o estrago, diz Barbosa.

Mesmo assim, ele defende preservar toda a vegetação remanescente para estancar os danos.

Barbosa diz torcer para que, um dia, a ciência encontre formas de recuperar o bioma.

Crédito, Sedec/MT

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Especialista diz que incêndios naturais são essenciais para a sobrevivência do Cerrado

"Claro que você não vai reocupar toda a área que está produzindo [alimentos], mas você pode pelo menos tentar amenizar a situação nas áreas de recarga de aquíferos."

Sua preocupação maior é com a fronteira agrícola conhecida como Matopiba, que engloba os últimos trechos de Cerrado no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nos últimos anos, a região tem experimentado uma forte expansão na produção de grãos e fibras.

"Se esse projeto continuar avançando, será o fim: aí podemos desacreditar qualquer possibilidade, porque não teremos nem matriz para experiências em laboratório."

Nesse cenário, diz Barbosa, os aquíferos do Cerrado rapidamente se esgotarão.

"Os rios vão desaparecer e, consequentemente, vai desaparecer toda a atividade humana da região, a começar das atividades agropastoris."

"Teremos uma convulsão social", ele prevê.

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Porque os galhos do Cerrado são tortuosos?

A vegetação do Cerrado é influenciada pelas características de solo, clima e fogo. O excesso de alumínio e a alta acidez do solo diminuem a disponibilidade de nutrientes às plantas, tornando-o tóxico para plantas não adaptadas.

Porque a vegetação do Cerrado possuem raízes profundas?

Barbosa afirma que muitas plantas do Cerrado têm só um terço de sua estrutura acima da superfície e, para sobreviver num ambiente com solo oligotrófico (pobre em nutrientes), desenvolveram raízes profundas e bastante ramificadas.

Por que as árvores do Cerrado apresentam troncos e galhos retorcidos?

- A pouca fertilidade e elevada acidez do solo são responsáveis pela baixa estatura e os troncos retorcidos das árvores.

Como se apresentam as árvores do Cerrado?

As árvores do Cerrado apresentam, geralmente, troncos grossos e tortuosos. O clima que abrange a área do bioma é tropical sazonal, com duas estações bem-definidas. Os solos são ácidos e pobres em nutrientes, por isso, necessitam de correção por meio de processos como a calagem.