Por que a cidade de São Paulo pode ser considerada uma cidade global?

As cidades globais – também conhecidas como cidades mundiais – é um termo utilizado para designar aquelas localidades onde há um intenso avanço econômico, urbano e social. São cidades em que as transformações do espaço urbano ocorreram de forma mais intensa, transformando-as em verdadeiros centros decisórios do poder político e comercial mundial.

Originalmente, essas cidades eram conhecidas pela grande quantidade de indústrias. Com o passar do tempo, a presença das fábricas e suas chaminés foi, aos poucos, deixando de ser importante. Assim, essas indústrias foram migrando para outros pontos, permanecendo nas cidades globais as sedes de grandes empresas, bancos e multinacionais, além das principais bolsas de valores e escritórios dos organismos internacionais.

As principais cidades mundiais são Nova York, Londres e Paris. No Brasil, existem duas: São Paulo e Rio de Janeiro.

Por que a cidade de São Paulo pode ser considerada uma cidade global?

São Paulo também é considerada uma cidade global

É importante lembrar que o número de habitantes não é importante para definir o nível de avanço econômico e para dizer se uma determinada região possui ou não uma cidade global. O tamanho do espaço construído nesses espaços também não é relevante. O fator principal nesse conceito é o nível de complexidade das economias urbanas.

Atualmente, existem mais de cinquenta cidades globais no mundo. Elas costumam ser divididas em três grupos: o Alfa, para os principais centros econômicos; o Beta, para as cidades globais de média importância; e o Gama, para as cidades de alcance um pouco mais limitado, mas ainda sim importantes.

Cidades Globais do Grupo Alfa: Nova York (EUA), Londres (Inglaterra), Paris (França), Tóquio (Japão) etc.

Cidades Globais do Grupo Beta: Madrid (Espanha), São Paulo (Brasil), Sidney (Austrália) etc.

Cidades Globais do Grupo Gama: Roma (Itália), Rio de Janeiro (Brasil), Pequim (China) etc.


Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia

Nos dias atuais, com a globalização em estágio avançado de desenvolvimento e a maior conectividade da economia internacional, a urbanização dos principais centros do capitalismo mundial vem ganhando novos contornos, assumindo a frente da hierarquia urbana em todo o planeta. Essas cidades com elevado grau de desenvolvimento estrutural, econômico e político são classificadas como cidades globais.

As cidades globais são, desse modo, os principais pontos ou “nós” que formam a rede mundial que configura as dinâmicas da globalização. Elas centralizam em torno de si as principais decisões burocráticas, além de sedes das principais empresas e instituições internacionais públicas e privadas. Além disso, na maioria dos casos, essas cidades congregam um grande volume proporcional e cidades adjacentes, formando grandes metrópoles, embora isso não seja uma regra.

De um modo geral, podemos dizer que as cidades globais exercem uma função de coordenar as dinâmicas econômicas, políticas e burocráticas em todo o mundo ou em regiões específicas, pois carregam consigo serviços especializados, centros tecnológicos e científicos, sedes de grandes bancos, bolsas de valores etc. A cidade de São Paulo, por exemplo, exerce uma grande influência nos serviços, estruturas e negócios de toda a América do Sul; Nova York, por sua vez, realiza a mesma influência, porém em âmbito global.

O que se percebe é que, mesmo as cidades mais desenvolvidas agrupam-se em hierarquias internas, havendo aquelas que possuem um grau de centralidade e poder maior do que as demais. Por esse motivo, a rede de pesquisas GaWC (Globalization and World Cities), do Departamento de Geografia da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, classificou as 129 cidades globais existentes conforme o seu grau de desenvolvimento e infraestrutura, entre outros fatores.

Nessa subdivisão, as cidades foram segmentadas conforme três principais níveis: Alfa, Beta e Gama, estes subdivididos em subníveis intermediários, conforme podemos observar no quadro a seguir:

Por que a cidade de São Paulo pode ser considerada uma cidade global?

Quadro da classificação das cidades globais segundo a GaWC (2010) ¹

No mundo, de acordo com essa classificação, só existem duas grandes cidades padrão Alfa ++, que são Londres e Nova York, pois são consideradas os principais centros financeiros da atualidade, agregando em torno de si as principais decisões e serviços da economia internacional. A cidade de São Paulo, uma das principais da América do Sul, encontra-se no padrão Alfa, já Buenos Aires está classificada em Alfa -; o Rio de Janeiro, em Beta -; e Curitiba e Porto Alegre, em Gama -.Quadro da classificação das cidades globais segundo a GaWC (2010) ¹ Título: Classificação das cidades globais

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A seguir temos a lista de todas as cidades globais conforme a classificação acima apresentada:

Alfa ++: Londres e Nova York;

Alfa +: Hong Kong, Paris, Singapura, Xangai, Tóquio, Pequim, Sydney e Dubai;

Alfa: Chicago, Mumbai, Milão, Moscou, São Paulo, Frankfurt, Toronto, Los Angeles, Madrid, Cidade do México, Amsterdã, Kuala Lumpur e Bruxelas;

Alfa –: Seul, Joanesburgo, Buenos Aires, Viena, São Francisco, Istambul, Jacarta, Zurique, Varsóvia, Washington, Melbourne, Nova Déli, Miami, Barcelona, Bangkok, Boston, Dublin, Taipei, Munique, Estocolmo, Praga e Atlanta.

Beta +: Índia, Lisboa, Copenhague, Santiago, Dallas, Filadélfia, Atenas, Berlim, Bogotá, Cairo, Düsseldorf, Hamburgo, Houston, Manila, Montreal, Roma, Tel Aviv e Vancouver.

Beta: Auckland, Beirute, Bucareste, Budapeste, Cidade do Cabo, Caracas, Chennai, Cantão (China), Cidade de Ho Chi Minh, Carachi, Kiev, Lima, Luxemburgo, Manchester, Mineápolis, Montevidéu, Oslo, Riade e Seattle.

Beta –: Abu Dhabi, Birmingham, Bratislava, Brisbane, Calcutá, Calgary, Casablanca, Cleveland, Colônia, Denver, Detroit, Genebra, Cidade da Guatemala, Helsinque, Lagos, Manama, Monterrey, Nicósia, Osaka, Cidade do Panamá, Perth, Port Louis, Rio de Janeiro, San Diego, San Juan (Porto Rico), Shenzhen, Sófia, St. Louis e Stuttgart.

Gama +: Adelaide, Amã, Antuérpia, Baltimore, Belgrado, Bristol, Charlotte, Cincinnati, Doha, Edimburgo, Glasgow, Hanoi, Hyderabad, Jidá, Cidade do Kuwait, Lahore, Nairóbi, Portland, Riga, San José (Costa Rica), San Jose (EUA), Tunis e Zagreb.

Gama: Almaty, Columbus, Edmonton, Guadalajara, Indianápolis, Kansas City, Leeds, Lyon, Phoenix, Pittsburgh, Quito, Roterdã, San Salvador, Santo Domingo e São Petersburgo.

Gama –: Acra, Austin, Belfast, Colombo, Curitiba, Durban, George Town, Gotemburgo, Guayaquil, Islamabad, Ljubljana, Marselha, Milwaukee, Mascate, Nagoya, Orlando, Ottawa, Porto, Porto Alegre, Pune, Richmond, Southampton, Tallinn, Tegucigalpa, Turim e Wellington (Nova Zelândia).

Por que a cidade de São Paulo pode ser considerada uma cidade global?

Mapa com as cidades acima listadas ²

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¹ Dados: The World According to GaWC (2010)
² Créditos da imagem: Wikimedia Commons

Por que São Paulo é uma cidade global?

Para ser uma cidade global, segundo Aldrigui, é preciso ter aeroporto internacional, proximidade do porto, infraestrutura tecnológica e público para ocupar os empregos. São Paulo possui Guarulhos e Viracopos no entorno, além de Congonhas e três terminais rodoviários.

São Paulo é que tipo de cidade global?

Megacidades, Tecnopolos e Cidades Globais No tocante às megacidades, elas possuem elevada densidade populacional, ou seja, reúne mais de 10 milhões de habitantes, por exemplo, São Paulo e Cidade do México.

Quando uma cidade é considerada uma cidade global?

As cidades globais, conhecidas também como metrópoles mundiais, são centros de influência internacional. As cidades globais, também conhecidas como metrópoles mundiais, são grandes aglomerações urbanas que funcionam como centros de influência internacional. Estão no topo da hierarquia urbana.

Por que as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro são conhecidas como cidades globais?

Essas cidades com elevado grau de desenvolvimento estrutural, econômico e político são classificadas como cidades globais. As cidades globais são, desse modo, os principais pontos ou “nós” que formam a rede mundial que configura as dinâmicas da globalização.