Vamos entender: nas gestações de baixo risco, 4 ultrassonografias bastam: duas no começo, uma no meio e outra no final da gestação. Em países em que a maioria da população é acompanhada no setor público, como na França, Holanda e Inglaterra, é assim que se procede. Show
Portanto, as 4 ultrassonografias feitas na maioria dos pré-natais no Brasil são mais do que suficientes para garantir a segurança do bebê e da mãe, assim distribuídas: – 1a: deve acontecer no início da gestação para confirmar a idade gestacional; – 2a: deve ser o exame morfológico, realizado entre 11 e 14 semanas de gestação, para verificar se a formação do bebê está perfeita; – 3a: deve ser um segundo exame morfológico, realizado entre 20 e 24 semanas para novamente observar se a formação e crescimento do bebê estão adequados; – 4a: deve ser realizada por volta de 34 semanas, para checar o crescimento e a vitalidade fetais. Não há evidências de que realizar mais do que estas 4 ultrassonografias tragam benefícios para o bebê, uma vez que, uma mulher saudável, sem doenças prévias, com pressão normal, altura uterina adequada e ganho de peso satisfatório, não há nenhuma razão para supor que haja problemas com o bebê. Por outro lado, se alguma coisa não for bem no acompanhamento Pré-Natal, a ultrassonografia pode ser importante para monitorizar o bebê. Importante saber que o ultrassom é um exame inócuo para você e para o bebê. Não há evidências de que o excesso de exames seja prejudicial ao bebê. Fique tranquila! Publicado por Dra Adriana Grandesso Pompeo de Camargo. Doutora Adriana Grandesso Pompeo de Camargo (CRM 115.771-SP) é médica graduada pela Unicamp. Obteve Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, em 2007, pela Unicamp. Uma pergunta frequente das futuras mamães é se os exames de ultrassom realizados no pré-natal poderiam fazer algum mal para o bebê. O ultrassom é um dos exames mais solicitados durante o pré-natal e ele permite acompanhar as condições de saúda da mãe e do bebê, contribuindo para diagnósticos de alta qualidade e precisão. O ultrassom utiliza ondas sonoras, como um radar, para produzir imagens do bebê. De uma maneira geral, as ondas sonoras produzem energia e portanto possuem um certo efeito biológico, como por exemplo, o aumento da temperatura. Em fisioterapia, por exemplo, o ultrassom é utilizado para o tratamento da dor lombar, uma vez que aumenta o fluxo sanguíneo local e favorece a cascata inflamatória. Entretanto, em doses extremamente baixas, o som não produz nenhum efeito biológico significativo. É como escutar uma música ou conversar. A única diferença é que quando estamos falando em ultrassom a frequência é acima da faixa que os seres humanos escutam. Nós ouvimos os sons com frequência entre 20 Hz e 20.000 Hz. Os aparelhos de ultrassom para diagnóstico geralmente usam uma frequência acima de 2 MHz (2 mega Hertz, ou seja 2.000.000 Hertz). Como o médico sabe se não estamos exagerando na quantidade de ultrassom durante o exame?Por uma questão de segurança, todos os aparelhos de ultrassom apresentam em usa tela dois índices para monitorar a quantidade de energia que está sendo aplicada aos tecidos do paciente. Estes índices são:
Índice Térmico (TIs) e Índice Mecânico (MI).
Existem exames que produzem mais energia?Sim, quanto mais tempo o transdutor ficar parado no mesmo local, mais energia será concentrada. Além disso a função de Doppler utiliza mais energia do que as ondas utilizadas para produzir as imagens bidimensionais. O exame transvaginal também costuma produzir mais energia que o exame pela via abdominal. Dessa forma, manter o exame o mais breve possível e movimentar o transdutor ajudam evitar o excesso de energia além de dissipar a energia em uma área maior. O que dizem os estudos sobre o assunto?Uma revisão sistemática foi realizada pela Organização Mundial de Saúde e publicada em 2009 sobre o assunto. Mais de 60 publicações foram aguardas para verificar a associação da ultrassonografia pré-natal com problemas para o bebê. A ultrassonografia NÃO foi associada com nenhum desfecho desfavorável para os seguintes problemas:
Veja o estudo: Safety of ultrasonography in pregnancy: WHO systematic review of the literature and meta-analysis. Ultrasound Obstet Gynecol. 2009 Em resumo…1. O exame de ultrassom é seguro? Sim, é um exame seguro, não existe evidência de que a exposição ao ultrassom, dentro dos limites recomendados, possa causar algum dano a mãe ou ao bebê. 2. O barulho do ultrassom pode incomodar o bebê? Não, o bebê não pode ouvir o ultrassom pois a frequência está acima da nossa capacidade de audição. 3. Existe um número de ultrassonografias recomendado para a gestação? A maioria dos protocolos recomenda 3 exames de rotina, entretanto exames adicionais poderão ser solicitados conforme a necessidade de cada caso. Tem algum problema fazer várias ultrassom na gravidez?Essas ondas sonoras são ondas mecânicas com uma freqüência acima da faixa de audição humana. Logo, o uso frequente da ultrassonografia não faz nenhum mal à saúde e ao desenvolvimento do bebê.
Quantas vezes a mulher grávida pode fazer ultrassom?É consenso médico que toda gestante deve fazer, ao menos, quatro ultrassons. O primeiro deles logo no comecinho da gravidez, entre 5 e 8 semanas, realizado via transvaginal.
Qual o tempo de intervalo de uma ultrassom para outra?Para se ter uma ideia, fazendo a medição no segundo trimestre, ela aumenta para 15 dias e, no terceiro, para 30 dias. Esse segundo exame é chamado de morfológico do primeiro trimestre. Trata-se de uma ultrassonografia mais detalhada, que analisa a formação dos órgãos e de toda a estrutura do feto.
Pode fazer ultrassom todos os meses de gravidez?A realização do ultrassom na gravidez tem objetivos específicos para cada fase e é comum que seja realizado pelo menos um exame a cada trimestre de gestação. Contudo, não há uma quantidade certa ou ideal de quantos devem ser feitos.
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