Pessoas e grupos atraídos pelas companhias de comércio na colonização da América do Norte

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Pessoas e grupos atraídos pelas companhias de comércio na colonização da América do Norte

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lógica estadunidense, como essa doutrina impedia a presença europeia nas 
Américas, era dever dos Estados Unidos impor uma ordem ao continente para 
evitar turbulências.
Dentro dessa perspectiva, a intervenção armada foi uma constante durante os 
dois governos de Ted Roosevelt e também no de seu sucessor, Woodrow Wilson. 
Ambos os governos no início do século XX são caracterizados pela perspectiva 
expansionista e interventora, embora opostos na formação política: Roosevelt era 
um republicano com nuances conservadoras e discurso duro, enquanto Wilson 
era um humanista, democrata e professor universitário. De maneira contraditó-
ria, Wilson acreditava que a democracia era o caminho a ser seguido e precisava 
ser levada por todos os meios aos países que ainda não haviam optado por esse 
modelo político, mesmo que à força.
 » Charge de Louis Dalrymple, 1905. Theodore Roosevelt impõe sua nova diplomacia à América. 
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 » Capa da edição 
nº 1 do gibi do 
Capitão América, 
publicada em 
1941. Na imagem 
vê-se o herói 
estadunidense, 
criado pela Marvel 
Comics, no início 
da Segunda 
Guerra Mundial, 
para combater 
o nazismo. Ao 
centro, o Capitão 
América, o herói da 
história, aparece 
socando Hitler, 
o vilão. No canto 
inferior esquerdo, 
um militar 
nazista, com a 
suástica no braço 
direito, atira no 
Capitão América, 
cujo escudo é 
indestrutível e, 
por isso, a bala 
não consegue 
penetrá-lo. 
Hegemonia da cultura 
estadunidense
Você já reparou quantas palavras em inglês 
existem no nosso cotidiano? Você certamente 
conhece músicas em inglês, usa programas 
no computador ou aplicativos no celular que 
têm termos em inglês, vê palavras inglesas 
em produtos no supermercado ou então em 
marcas de roupa e usa verbos como escanear, 
deletar, printar, os quais foram formados a 
partir de palavras em inglês. Agora, pense 
nos conteúdos que você assiste na televisão, 
no cinema, na internet (filmes, séries, reality 
shows, clipes): quais deles são feitos nos 
Estados Unidos? E quais deles são feitos em 
outros países? 
Esse peso que a cultura estadunidense tem não apenas na cultura brasileira, 
do mesmo modo em diversos países do mundo, não é uma questão meramente 
cultural, mas política também. O fato de convivermos diariamente com músicas, 
frases, notícias, filmes estadunidenses faz parte do que é chamado de hegemonia 
cultural estadunidense. 
Após a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos passaram a viver e difundir 
o american way of life, que pode ser traduzido como jeito americano de viver ou 
modo de vida americano. Com o fim da Segunda Guerra e o início da Guerra Fria, 
essa difusão ganha um novo impulso. 
Alguns autores afirmam que a dominação e a influência de um país sobre outro 
pode ser feita não apenas pela economia ou por meios militares. A cultura de um 
povo – sua língua, seus costumes, suas crenças – não está separada do poder. Ao 
contrário, o poder se manifesta e se atualiza também na cultura. Gostar de deter-
minada música, defender um estilo de vida, tudo isso faz parte da hegemonia 
cultural. A palavra hegemonia é ligada às ideias de preponderância e dominação. 
A hegemonia cultural é, portanto, o predomínio de uma certa cultura. 
Para outros autores, seguindo essa mesma linha, a ideia de hegemonia seria 
uma forma de exercer o soft power, o poder brando, ou seja, a capacidade de atrair 
o outro para o seu lado por meio da cultura, de ideologias, valores e crenças, con-
vencendo-o de que isto é o melhor para ele, sem que seja necessário utilizar o 
hard power (poder militar e econômico). Pode-se destacar que para consolidar o 
seu poder de maior potência global, os Estados Unidos utilizaram tanto do hard 
power quanto do soft power, ao longo do século XX e no século XXI.
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Retomando
 1. Escreva um texto sobre a colonização da América do Norte seguindo o roteiro:
a) A estratégia usada pelas companhias de comércio para estimular as pessoas a irem 
para a América;
b) Pessoas e grupos atraídos pelas companhias de comércio;
c) De que forma os conflitos religiosos na Europa influenciaram a ida de ingleses para a 
América do Norte.
 2. O trecho a seguir é de um documento de 1628, que mostra a visão do colono Jonas 
Michaelius a respeito dos indígenas locais. Leia-o com atenção.
Quanto aos nativos deste país, encontro-os totalmente selvagens e primitivos, 
alheios a toda decência; mais ainda, incivilizados e estúpidos, como estacas de jar-
dim, espertos em todas as perversidades [...] homens endemoniados que não servem 
a ninguém senão ao diabo [...].
KARNAL, L. (org.). História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007. p. 59.
a) Quais adjetivos Jonas usa para se referir aos indígenas?
b) Qual é a visão dele a respeito dos indígenas?
c) A demonização do indígena pode ter servido para justificar a conquista da América 
pelos europeus?
 3. (PUC-PR) O mapa mostra as Treze colônias inglesas na América do Norte, normalmente 
divididas entre norte, de Massachusetts até a Pensilvânia, e sul, a partir de Maryland 
até a Geórgia. Colonização de iniciativa particular no século XVI, as Treze colônias ingle-
sas mantinham grandes diferenças entre si, sendo as principais entre o Norte e o Sul.
Fonte: ALBUQUERQUE, M. M. et al. Atlas 
histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1991. 
p. 62.
» As Treze Colônias 
(século XVIII)
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Dentre elas, podemos citar:
a) o norte foi caracterizado por receber um grande fluxo de imi-
grantes ingleses, estimulados pelos cercamentos e pelas 
perseguições religiosas sofridas na Inglaterra, vieram para 
colônia e montaram grandes fazendas de açúcar, tabaco e 
algodão, voltadas à exportação para a Europa.
b) as colônias do sul eram voltadas à exploração, possuíam um 
sistema de produção baseado no plantation, portanto, com 
trabalho escravo, monocultura e exportação.
c) o sul abrigou colônias de povoamento, onde a pequena 
propriedade para subsistência e o trabalho livre foram 
predominantes.
d) a coroa inglesa se

Qual o principal grupo de pessoas trazidas para América por essas companhias?

Normalmente as pessoas atraídas eram pessoas que continham escravos. Essas pessoas eram "obrigadas" a serem católicas,na America, já que era a colonia, e não tinha contato a não ser a metrópole, que tinha mais liberdade de expressão, religião ...

O que foram as companhias de Comércio?

Companhias mercantis organizadas pelos Estados colonialistas para aumentar a produção, enfrentar melhor a concorrência estrangeira e tornar mais eficiente e lucrativo o comércio entre a colônia e a metrópole.

Qual era a estratégia usada pelas companhias de Comércio para estimular as pessoas a irem para a América?

Para atrair pessoas, essas companhias lançaram uma propaganda prometendo terras férteis e uma nova vida àqueles que embarcassem para a América.

Qual o nome das duas companhias de Comércio criadas durante a colonização inglesa?

Com o passar do tempo, o desenvolvimento da economia comercial inglesa incentivou a criação das chamadas companhias de comércio, entre as quais podemos destacar: a dos Mercadores Aventureiros, a Companhia das Índias Orientais, a do Levante e a Companhia da Moscóvia.