O que eram os mapas portulanos qual a importância deles para os europeus entre os séculos

Atualizado: 8 de mar.

Neste texto, vamos falar sobre a história da cartografia, e a evolução das representações cartográficas em diferentes contextos culturais, até chegarmos à Cartografia moderna, que atualmente emprega tecnologias digitais e informacionais para desenvolver mapas. #Enem #Geografia #Estudos #Cartografia

Os mapas na Antiguidade

O que eram os mapas portulanos qual a importância deles para os europeus entre os séculos

A arte de produzir mapas é uma das formas de representação gráfica mais antigas da humanidade, e provavelmente foi desenvolvida antes mesmo da escrita. Por isso, podemos dizer que a história dos mapas se confunde com a própria história humana. Estudos e documentos históricos encontrados em várias partes do mundo comprovam que os mapas fizeram parte da cultura de muitos povos antigos, como dos árabes, babilônios, romanos, egípcios, chineses, indianos, entre tantos outros. Cada um desses povos de épocas tão remotas, em geral, tenham sido produzidos de maneira rudimentar, se comparados aos padrões atuais, a produção dos primeiros mapas pode ser considerada o marco inicial de uma longa jornada de conhecimentos em direção ao que hoje chamamos de Cartografia (Vale lembrar que a Cartografia é a ciência que estuda e desenvolve os mapas).

O aperfeiçoamento das técnicas de representação cartográfica ao longo da história permitiu que os seres humanos ampliassem cada vez mais o conhecimento sobre o mundo, ampliando as possibilidades de ocupação e apropriação do espaço geográfico, como veremos neste texto.

Pioneiros da Cartografia, os chineses se destacaram na produção de mapas desde o século III a.c., muito antes que a produção cartográfica se desenvolvesse na Europa. Naquela época, eles já utilizavam mapas não só como meios de orientação e localização, mas também para fins de delimitação de fronteiras, administração e controle de território, cobrança de impostos, estratégia militar, definição de rotas de comércio e de navegação etc.

Por volta dessa mesma época, os egípcios, que já dominavam métodos de medição de áreas e distâncias por meio de instrumentos e cálculos matemáticos, faziam registros cadastrais de suas terras em documentos parecidos com cartas geográficas.

Mas foram os gregos os que mais se destacaram e contribuíram para o desenvolvimento da cartografia no mundo ocidental. Com os seus conhecimentos astronômicos, matemáticos e geodésicos, eles foram os pioneiros na utilização de métodos científicos nos registros cartográficos. Muitos desses conhecimentos gregos, como a concepção esférica da Terra, a criação dos primeiros sistemas de coordenadas geográficas, a introdução das latitudes e longitudes que formam a rede de coordenadas geográficas e a idealização dos mais antigos sistemas de projeções, determinaram o processo evolutivo da Cartografia ocidental durante séculos, possibilitando a produção de mapas cada vez mais precisos e fidedignos.

Um dos nomes mais famosos da Cartografia grega foi o do matemático e astrônomo Cláudio Ptolomeu (90 a 168 d.C), que viveu em Alexandria, no Egito. Sua vasta obra foi escrita em vários volumes, sendo que um deles, dedicados exclusivamente à Geografia, reunia uma coletânea de mapas e é considerado o primeiro atlas da história. Entre esses mapas, há um mapa-mundi com coordenadas geográficas traçadas a partir de uma projeção. Os mapas originais de Ptolomeu se perderam, mas puderam ser reconstituídos com base nas explicações registradas com detalhes em sua obra.

Os Mapas na Idade Média

Na Idade Média, houve um retrocesso na produção cartográfica europeia. Os avanços científicos até então alcançados no campo da Cartografia, foram postos de lado e os mapas, influenciados pela expansão do cristianismo, passaram a ser elaborados com base em concepções religiosas, muitas vezes de acordo com explicações bíblicas.

Um exemplo desse retrocesso foi a produção de mapas muito simplificados quanto aos elementos e à simetria das terras representadas. Em geral, esses mapas colocavam Jerusalém – a terra santa cristã – no centro, como se fosse o centro do mundo.

Nessa época, muitos dos mapas difundidos por religiosos cristãos representavam o mundo na forma de um anagrama circular bastante simples, formado por duas letras: um “T” inscrito dentro de um “O”, daí a denominação de mapas T-O (Orbis Terrarun ou globo terrestre). A letra “T” simbolizava as águas que dividia as terras conhecidas: a Ásia, na parte superior, onde também estaria o paraíso terrestre, a Europa e a África, na parte inferior; todas rodeadas por um grande oceano representado pela letra “O”.

Os Mapas no Renascimento

As viagens mediterrâneas no final da Idade Média e o avanço das Grandes Navegações deram novo impulso ao desenvolvimento de uma Cartografia Europeia com bases cientificas. Foi o fim do longo período medieval em que a produção de mapas permaneceu praticamente “adormecida” pelos propósitos religiosos e teológicos.

Entre os séculos XIII e XVI, a produção cartográfica foi marcada pela elaboração do chamados mapas portulanos* – cartas náuticas elaboradas com objetivo de orientar e tornar mais segura a navegação marítima. Isso era cada vez mais indispensável, pois os europeus se lançavam na conquista de territórios e riquezas além-mar. Com as anotações de rotas feitas pelos mestres navegantes, somadas ao imenso volume de descrições de terras encontradas pelos exploradores que acompanhavam as expedições, os mapas portulanos puderam ser atualizados, aperfeiçoados e difundidos, o que permitiu que os europeus retomassem a vanguarda da produção cartográfica naquele período.

Mas foi somente no século XVIII, com o surgimento das ciências especializadas, que a Cartografia alcançou o status de ciência. A partir de então, começaram a surgir os primeiros mapas temáticos (cartas geológicas, climáticas, agrícolas, urbana etc.), tendo como base o traçado de mapas já existentes.

*Os Mapas Portulanos: eram mapas manuscritos desenhados em pergaminhos, geralmente em pele de carneiro. Não dispunham de um sistema de coordenadas geográficas, mas apresentavam um conjunto de retas direcionais, também chamadas de linhas de rumo, traçadas a partir de uma rosa dos ventos desenhada na própria representação. Por meio dessas linhas, e com o auxílio de uma bússola, os navegadores puderam traçar a rota correta de suas viagens e conduzir as embarcações com maior segurança nas longas jornadas além-mar.

A Tecnologia Moderna e a Produção dos Mapas na Atualidade

O enorme progresso técnico-científico ocorrido a partir de meados do século XX promoveu uma verdadeira revolução na Cartografia. Porém, esse assunto será tratado em um outro texto aqui no blog.

Conteúdo adicional

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O que eram os mapas portulanos Qual a importância?

Os mapas portulanos foram fundamental para os grandes navegadores, pois através das linhas de rumo e uma projeção realista, eles obtinham o auxílio na navegação dos portos da Europa, África e das Américas.

O que eram os mapas portulanos quais são as suas características?

Podemos diferenciar facilmente os mapas portulanos dos outros mapas antigos porque sempre foram traçados com uma característica teia de aranha tricolor de linhas, que representam os 32 ventos ou direções que podiam indicar as bússolas do fim do medievo.

Por que os mapas foram importantes para as grandes navegações?

Na época das grandes navegações e dos descobrimentos marítimos (entre os séculos 15 e 16), por exemplo, os cartógrafos estavam presentes em cada expedição realizada. Sua função não era exatamente ajudar na localização, mas registrar e tornar pública a descoberta de novos territórios.

Quem criou o mapa portulano?

Surgiram, neste período, as cartas de navegação ou cartas portulanas, criadas pelos navegadores genoveses (Itália), que precederam Cristóvão Colombo. As cartas portulanas utilizaram a bússola para demarcar as direções dos locais conhecidos, a partir de um ponto de referência.