Em que ano foi criado o termo desenvolvimento sustentável e o que significa?

Em que ano foi criado o termo desenvolvimento sustentável e o que significa?

Quando foi criado o conceito de desenvolvimento sustentável?

O termo desenvolvimento sustentável foi cunhado pela primeira vez em 1987 no Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento pertencente a ONU (Organizações das Nações Unidas).

Quem criou o conceito de desenvolvimento sustentável?

A ex-primeira ministra da Noruega Gro Harlem Brundtland, 'criadora' do conceito de desenvolvimento sustentável, afirmou nesta quinta-feira (14) que as ideias e objetivos elaborados há 25 anos continuam válidos e relevantes, e que o principal desafio está na implementação das medidas e a cooperação entre os países.

Como surgiu o conceito de desenvolvimento?

O conceito do Desenvolvimento Humano surgiu em 1990, quando o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) sugeriu substituir a visão tradicional de desenvolvimento, que o identifica ao crescimento da renda e da produtividade de um país, por um enfoque mais amplo e abrangente.

O que é o desenvolvimento sustentável e por que ele pode ser considerado utópico?

Ele pode ser definido como o desenvolvimento que procura atender as necessidades e aspirações do presente sem comprometer a possibilidade de atendê-las no futuro.

O que é desenvolvimento sustentável Wikipédia?

Desenvolvimento sustentável é um conceito sistêmico que se traduz num modelo de desenvolvimento global que incorpora os aspectos de um sistema de consumo em massa no qual a preocupação com a natureza, via de extração da matéria-prima, é máxima.

Qual é o significado da palavra sustentabilidade?

Em termos práticos, sustentabilidade significa suprir as necessidades do presente sem afetar as gerações futuras. Na origem, sustentabilidade remete ao termo "sustentável", derivado do latim sustentare, que significa sustentar, defender, favorecer, apoiar, conservar e/ou cuidar.

Em qual documento foi firmado o conceito de desenvolvimento sustentável?

Do ecodesenvolvimento ao conceito de desenvolvimento sustentável no Relatório Brundtland, da ONU, documento que coloca temas como necessidades humanas e de crescimento econômico dos países, pobreza, consumo de energia, recursos ambientais e poluição.

Quando surgiu o desenvolvimento econômico?

A teoria do desenvolvimento econômico surgiu nos anos 1940 em plena crise do pensamento neoclássico. O primeiro modelo formal de desenvolvimento econômico – o de Harrod-Domar – nasceu ainda neste quadro.

Como surgiu a ideia de Desenvolvimento Sustentável?

  • A ideia de desenvolvimento sustentável surgiu a partir do conceito de ecodesenvolvimento, ... vários países em desenvolvimento, inclusive o Brasil, ... realizada no Rio de Janeiro, o conceito foi definitivamente incorporado como um princípio orientador de ações.

Qual a cronologia do desenvolvimento sustentável?

  • Apresenta-se uma breve cronologia de importantes conferências, encontros e acordos internacionais que contribuíram para consolidar o termo desenvolvimento sustentável, conforme descrito por Vidigal (2016), a saber:

Quais são os objetivos do desenvolvimento sustentável?

  • São reconhecidos 17 objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, sendo eles: Objetivo 2: acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. Objetivo 3: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.

Como o desenvolvimento sustentável passa a ser conceituado?

  • Desenvolvimento Sustentável passa a ser conceituado como: “... Desenvolvimento Sustentável precisa atender às necessidades de todos e dar a todos a oportunidade de realizar suas aspirações de uma vida melhor... sem comprometer as possibilidades das gerações futuras atenderem às suas próprias”.

CONTEXTO HIST�RICO-CULTURAL DO TERMO �DESENVOLVIMENTO SUSTENT�VEL� E SUAS IMPLICA��ES NA RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS

Marcela L�cia Paulino de Souza1; Gil Dutra Furtado2; Dim�tri de Ara�jo Costa3

1Graduada em Administra��o/IESP. E-mail:

2Engenheiro Agr�nomo/UFPB, Especialista em Psicopedagogia/UNINTER, Mestre em Manejo de Solo e �gua/UFPB, Doutor em Psicobiologia/UFRN, P�s-Doutor em Desenvolvimento e Meio Ambiente/UFPB, Professor Colaborador do PRODEMA/UFPB. E-mail:

3Bacharel e Licenciado em Ci�ncias Biol�gicas/UFPB, Mestre em Ecologia e Monitoramento Ambiental/UFPB, Doutorando em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA/UFPB. E-mail:

RESUMO. O artigo examina a hist�ria conceitual do �Desenvolvimento Sustent�vel� desde meados do s�culo XX at� os dias atuais. O relat�rio produzido pela Comiss�o Brundtlandapresentou pela primeira vez uma defini��o mais elaborada do conceito de desenvolvimento sustent�vel. Embora seja um conceito amplamente utilizado, n�o existe uma �nica vis�o do que seja o desenvolvimento sustent�vel. As institui��es financeiras s�o organiza��es que possuem uma enorme influ�ncia no que se refere � mudan�a da sociedade, seja de forma direta e indireta.A responsabilidade social � um t�pico cada vez mais importante na conduta das empresas. Sustentabilidade � muito mais que reciclar papel, � uma filosofia que a empresa adota diante de suas tomadas de decis�es, onde as mesmas s�o baseadas no trip� da sustentabilidade que tem como base tr�s colunas: ambiental, social e econ�mica.

Palavras-chave:Institui��es financeiras; Princ�pios do Equador; Protocolo Verde; Sustentabilidade.

HISTORICAL-CULTURAL CONTEXT OF THE TERM "SUSTAINABLE DEVELOPMENT" AND ITS IMPLICATIONS IN THE SOCIAL RESPONSIBILITY OF THE COMPANIES

ABSTRACT. The paper examines the conceptual history of "Sustainable Development" from the mid-twentieth century to the present day. The report produced by the Brundtland Commission presented for the first time a more elaborate definition of the concept of sustainable development. Although it is a widely used concept, there is no single vision to this topic. Financial institutions are organizations that have a huge influence on the change of society, either directly or indirectly. Social responsibility is an increasingly important topic in corporate behavior. Sustainability is much more than recycling paper, it is a philosophy that the company adopts before its decision making, where they are based on the tripod of sustainability that is based on three pillars: environmental, social and economic.

Keywords:Financial institutions; Equator principles;Green Protocol; Sustainability.

INTRODU��O

O conceito de sustentabilidade evoluiu desde sua cria��o em meados do s�culo XX. Desde ent�o, sofreu v�rias altera��es conforme a sociedade foi evoluindo. Atualmente, tornou-se um tema abrangente e complexo, sendo dif�cil de ser colocado em pr�tica.

Neste �mbito, surge a responsabilidade social das empresas como uma vertente essencial que busca garantir o desenvolvimento sustent�vel.

Desta forma, este estudo apresenta e discute o contexto-hist�rico cultural do conceito de sustentabilidade, e suas implica��es nas empresas, em virtude de uma necessidade emergente que deve ser praticada constantemente em toda a sociedade global.

REFERENCIAL TE�RICO

Desenvolvimento Sustent�vel

A constru��o do conceito de desenvolvimento sustent�vel influenciou os diversos pensamentos sobre este tema, os quais fazem liga��es com outras quest�es que causam enorme preocupa��o na atual sociedade. Durante as d�cadas de 60 e 70 do s�culo XX este conceito emergiu, tornando-se algo muito presente e que precisa ser escrito a toda hora pela humanidade.

Perante o padr�o dominante de produ��o e de consumo, que vem causando grandes devasta��es ambientais, a humanidade vive um momento de realizar novas escolhas para garantir o nosso futuro. Dessas escolhas surge o desenvolvimento sustent�vel, ganhando cada vez mais for�a, entre as diversas correntes da sociedade e, passando a ser sin�nimo de equil�brio para a vida do planeta.

O modelo de desenvolvimento sustent�vel adotado nos �ltimos tempos, baseado no crescimento das rela��es de produ��o e consumo tem como principais implica��es, aumento da polui��o e aumento nos n�veis de desigualdade social e de concentra��o de riquezas. Como decorr�ncia dessa situa��o, surge o conceito de sustent�vel, sustentabilidade e desenvolvimento sustent�vel, os quais procuram reduzir tais implica��es, a partir do entendimento das fragilidades do modelo vigente e da emerg�ncia da necessidade de uma nova concep��o de desenvolvimento de forma equilibrada e equitativa (MARTINS; C�NDIDO, 2011).

O termo sustent�vel remete-nos � ideia daquilo que se pode sustentar. Advindo das ci�ncias naturais, diz respeito, do ponto de vista ecol�gico, � �tend�ncia dos ecossistemas � estabilidade, ao equil�brio din�mico, a funcionarem na base da interdepend�ncia e da complementaridade, reciclando mat�rias e energias�(GIANSANTI, 1998, p. 11).

O significado da palavra sustentabilidade � suficientemente simples para que se possa defini-la com rigor e precis�o, como consequ�ncia, qualquer defini��o ser� simples e excessivamente ampla, expressando uma verdade muito �bvia, ou demasiada particular deixando de cobrir alguns casos particulares importantes.

Dentre as v�rias defini��es existentes sobre sustentabilidade, podemos estabelecer que o termo implica na manuten��o quantitativa e qualitativa do estoque de recursos ambientais, utilizando tais recursos sem danificar suas fontes ou limitar a capacidade de suprimento futuro, para que tanto as necessidades atuais quanto aquelas do futuro possa ser igualmente satisfeitas (AFONSO, 2006).

A sustentabilidade significa a possibilidade de se obterem condi��es iguais ou superiores de vida em dado ecossistema continuamente, visando � manuten��o do sistema de suporte da vida. Sendo assim, a sustentabilidade relaciona-se com a melhor qualidade da vida das popula��es, a partir da capacidade de suporte dos ecossistemas (MARTINS; C�NDIDO, 2010).

Essa ideia � refor�ada por Franco (2000) ao destacar quequando a popula��o extrapola a capacidade de suporte, afeta a qualidade de vida, pois a liberdade de escolha do estilo de vida � partida. Essa rela��o entre sustentabilidade e qualidade devida pode ser definida como o grau de prazer, satisfa��o e realiza��es alcan�adas por um indiv�duo no seu processo de vida.

Entre os muitospensamentos sobre pensar a sustentabilidade,pode-se entende a Sustentabilidade como condi��o ou o resultado de equil�briodas rela��es entre uma determinada sociedade humana e o meio natural em que ela vive e se organiza, de modo que as demandas e ofertas rec�procas atendam �s necessidades dos ecossistemas naturais e sociais sem preju�zo das gera��es futuras, dos sistemas vivos e dos ecossistemas do planeta Terra. Pode-se ainda inferir que sustentabilidade � considerada a palavra chave para todo empreendimento, todo processo produtivo e toda solu��o urbana do s�culo 21.

N�o teremos rios limpos sem saneamento b�sico, n�o teremos cidade com qualidade de vida sem planejamento urbano e integra��o � natureza, n�o teremos desenvolvimento econ�mico sem meio ambiente equilibrado.

A explora��o e a extra��o de recursos com mais efici�ncia e com a garantia da possibilidade de recupera��o das �reas degradadas s�o a chave para que a sustentabilidade seja uma pr�tica exitosa e aplicada com muito mais frequ�ncia aos grandes empreendimentos. Preencher as necessidades humanas de recursosnaturais e garantir a continuidade da biodiversidade local; al�m de manter, ou melhorar, a qualidade de vida das comunidades inclusas na �rea de extra��o desses recursos � um desafio permanente que deve ser vencido dia a dia. A seriedade e o acompanhamento das autoridades e entidades ambientais, bem como assegurar instrumentos fiscalizat�rios e punitivos eficientes, dar�o ao conceito de sustentabilidade uma forma e um poder agregador de ideias e formador de opini�es ainda muito maior do que j� existe nos dias atuais.

Para Pires (2001), a alternativa para minimizar a quest�o da degrada��o ambiental, provocada pelo modelo econ�mico at� hoje adotado, � a op��o do desenvolvimento sustent�vel, que indica � reflex�o sobre padr�es atuais de consumo e utiliza��o de recursos naturais renov�veis e n�o renov�veis.

A express�o desenvolvimento sustent�vel tem sido objeto de pol�micas desde a sua formula��o, principalmente quando se precisa busc�-lo, aprofundam-se as diverg�ncias.

A concep��o de desenvolvimento sustent�vel tem suas ra�zes fixadas na Confer�ncia das Na��es Unidas sobre Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo em junho de 1972.

Baroni (1992) pesquisou 11 defini��es que exemplificam a diversidade de ideias e refletem a falta de precis�o na conceitua��o corrente do termo.

Mas o que isso quer dizer exatamente � o que May et al. (2003, p. 7), tenta explicar enfatizando o debate acad�mico apresentando duas correntes principais de interpreta��o:

A primeira corrente � representada principalmente pela chamada economia ambiental e considera que os recursos naturais n�o representam, em longo prazo, um limite absoluto � expans�o da economia. Pelo contr�rio, inicialmente esses recursos sequer apreciam em suas representa��es anal�ticas da realidade econ�mica, a economia funcionava sem recursos naturais. Com o tempo, os recursos naturais passaram a ser inclu�dos nas representa��es de fun��o de produ��o, mas mantendo a sua forma multiplicativa, o que significa a substitutibilidade perfeita entre capital, trabalho e recursos naturais. A segunda corrente de interpreta��o � representada principalmente pela chamada economia ecol�gica, que v� o sistema econ�mico como um subsistema de um todo maior que o cont�m, impondo uma restri��o absoluta � sua expans�o (MAY et al., 2003).

Na primeira corrente tem-se uma �vis�o impl�cita de infinitude dos recursos naturais e esta foi objeto de cr�tica pioneira e sistem�tica da an�lise neocl�ssica�. tem-se a suposi��o de que os limites impostos pela disponibilidade de recursos naturais �podem ser indefinidamente superados pelo progresso t�cnico que os substitui por capital (ou trabalho)�. De acordo com Romeiro (2001), na segunda corrente o progresso cient�fico e tecnol�gico � tido como fundamental para aumentar a efici�ncia na utiliza��o dos recursos naturais compartilhando com a primeira corrente, a concep��o de que � poss�vel instituir uma regula��o dessa efici�ncia a partir de incentivos econ�micos. Dias (2011) afirma que:

Foi o relat�rio produzido pela Comiss�o Brundtland que apresentou pela primeira vez uma defini��o mais elaborada do conceito de desenvolvimento sustent�vel. Embora seja um conceito amplamente utilizado, como j� mencionado, n�o existe uma �nica vis�o do que seja o desenvolvimento sustent�vel (DIAS, 2011, p. 36).

De acordo com o Congresso Virtual Brasileiro de Administra��o (CONVIBRA), no qual menciona o Relat�rio de Brundtland(conhecido como �Nosso Futuro Comum�), o desenvolvimento sustent�vel consiste em atender as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gera��es futuras satisfazerem as suas. (ARA�JO et al., 2006; COMISS�O MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1991). A comiss�o supracitada define ainda o desenvolvimento sustent�vel como:

Em ess�ncia, o desenvolvimento sustent�vel � um processo de���� transforma��o no qual a explora��o dos recursos, a dire��o dos investimentos, a orienta��o do desenvolvimento tecnol�gico e a mudan�a institucional se harmonizam e refor�am o potencial presente e futuro, a fim de atender �s necessidades e aspira��es humanas. (ESTENDER; PITTA, 2012, p. 3).

Essa defini��o, procura estabelecer uma rela��o harm�nica do homem com a natureza, como centro de um processo de desenvolvimento que deve satisfazer �s necessidades e �s aspira��es humanas. Enfatiza que a pobreza � incompat�vel com o desenvolvimento sustent�vel e indica a necessidade de que a pol�tica ambiental deve ser parte integrante do processo de desenvolvimento e n�o mais uma responsabilidade setorial fragmentada (DIAS, 2011). De acordo com Ara�jo et al. (2006, p. 6), a defini��o de desenvolvimento sustent�vel contempla ainda outros significados, �pois � tratado como sin�nimo de sociedade racional, de ind�strias limpas, de crescimento econ�mico, de utopias rom�nticas: tudo nele parece pertencer�.

De acordo com Giansanti (1998, p. 13), �considera-se, em economia o desenvolvimento sustent�vel como a capacidade de as sociedades sustentarem-se de forma aut�noma, gerando riquezas e bem estar a partir de seus pr�prios recursos e potencialidades�.

Segundo Silva (2006), o desenvolvimento sustent�vel pode ser visto como um processo de transforma��o, em plena harmonia, nas dimens�es espacial, social, ambiental, cultural e econ�mica, de forma interligada, e surge do individual e reflete no global.

Para alguns, alcan�ar o desenvolvimento sustent�vel � obter o crescimento econ�mico cont�nuo atrav�s de um manejo mais racional dos recursos naturais e da utiliza��o de tecnologias mais eficientes e menos poluentes. Para outros, o desenvolvimento sustent�vel � antes de tudo um projeto social e pol�tico destinado a erradicar a pobreza, elevar a qualidade de vida e satisfazer �s necessidades b�sicas da humanidade que oferece os princ�pios e orienta��es para o desenvolvimento harm�nico da sociedade, considerando a apropria��o e a transforma��o sustent�vel dos recursos ambientais (ALVES; OLIVEIRA, 2013, p. 4).

Barbieri (1997) conceitua o desenvolvimento sustent�vel como a nova maneira de enxergar as solu��es para os problemas mundiais, que n�o se diminuem apenas � degrada��o ambiental, mas que incorporam dimens�es como a pobreza e a exclus�o social.

Para Braun (2001), o desenvolvimento sustent�vel precisa ter in�cio a partir da forma de pensar e da forma como a sociedade valoriza as coisas econ�micas numa rela��o estreita, como se o dinheiro e a tecnologia fossem a principal base da vida no planeta. Para o autor, � a Terra que viabiliza e promove a gera��o de capital, que a humanidade utiliza de maneira competitiva e especulativa.

Conforme Oliveira e Souza-Lima (2006), o conceito de desenvolvimento sustent�vel � bastante rico no meio acad�mico, em especial, no que se refere � distin��o entre desenvolvimento e crescimento econ�mico, pois alguns autores conferem apenas os atributos do n�vel de renda como condi��o para se chegar ao desenvolvimento e n�o se preocupam como tais atributos s�o distribu�dos.

De acordo com as defini��es expostas anteriormente, podemos analisar e encontrar uma grande quantidade de concep��es sobre o desenvolvimento sustent�vel, e constatar que o mesmo � uma forte tend�ncia mundial, atual e permanente, como expressa a Comiss�o Mundial Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (1991, p. 04), �percebemos que era necess�rio um novo tipo de desenvolvimento capaz de manter o progresso humano n�o apenas em alguns lugares e por alguns anos, mas em todo o planeta e at� um futuro long�nquo�.

Mattar (2010), Presidente do Instituto Akatu, em entrevista � Revista Funda��o dos Economi�rios Federais (FUNCEF), exp�e que o desenvolvimento sustent�vel � aquele que considera os aspectos econ�mico, social e ambiental. Para o autor o objetivo do desenvolvimento n�o � apenas impulsionar a economia, mas tamb�m proporcionar seus benef�cios e seus custos de maneira equitativa. Afirma ainda que, � necess�rio utilizar outros indicadores para que o desenvolvimento possa ser denominado de sustent�vel. E conclui que �viver bem hoje � permitir tamb�m qualidade de vida no futuro para todos, e n�o somente para alguns�.

Portanto, o desenvolvimento sustent�vel significa conjugar o verbo no imperativo no que se refere a oferecer dignidade a gera��o atual e futura, a utilizar os recursos naturais com respeito ao meio ambiente, conciliando assim o crescimento da economia com a preserva��o da natureza. Observa-se atrav�s dos diversos conceitos, aqui mostrados, que o desenvolvimento sustent�vel deve ser encarado como um evento permanente, no qual o adjetivo ligamento � a qualidade em vez de quantidade.

O Relat�rio Brundtlandde 1987 inspirou a Confer�ncia das Na��es Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada na cidade do Rio de Janeiro, em 1992 (Redclift, 2005), denominada de �C�pula da Terra�ou �Eco-92�, conceituou como desenvolvimento sustent�vel, aquele concebido de maneira a fomentar as atividades e ocupa��es humanas que mantenham a qualidade de vida, assegurem um acesso continuado aos recursos naturais que evitem a persist�ncia de danos ambientais, atendendo �s necessidades atuais, sem comprometer a capacidade de atendimento das gera��es futuras (ONU, 2017).

As diretrizes apontadas pelo Relat�rio trazem que o desenvolvimento tecnol�gico e cient�fico, deve estar baseado na preocupa��o com a preserva��o ambiental e dos recursos naturais dispon�veis na sociedade, de forma a reverter �s proje��es atuais de situa��es cr�ticas no uso dos potenciais h�dricos, energ�ticos e da destina��o dos res�duos s�lidos por meio de um conjunto de estrat�gias e procedimentos.

Estas defini��es supracitadas demonstram o enorme desafio de edificar sociedades e ind�strias sustent�veis. Contudo, pode-se compreender que este processo deve acontecer de forma cont�nua e o alicerce para a efic�cia do mesmo � a sociedade.

A Hist�ria e a Evolu��o do Desenvolvimento Sustent�vel

A d�cada de 1960, caracterizou-se como preparat�ria para a realiza��o da Confer�ncia das Na��es Unidas para o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, 1972, na qual pela primeira vez, concebeu-se a problem�tica do meio ambiente e a necessidade de se buscar empreender um desenvolvimento sustent�vel.

Ainda nessa d�cada de 60 surgiram os primeiros debates voltados ao desenvolvimento do planeta que foram alavancados pelo Clube de Roma, a priori com o t�tulo de ecodesenvolvimento. Segundo May et al. (2003), era uma �poca de controv�rsias entre o crescimento econ�mico e o meio ambiente, exacerbada principalmente pela publica��o do relat�rio do Clube de Roma, que pregava o crescimento zero como forma de evitar a cat�strofe ambiental.

O Clube de Roma era uma organiza��o fundada no ano de 1968, por um empres�rio italiano, com o intuito de analisar os problemas que desafiavam a humanidade. O Clube era formado por cientistas, economistas, pedagogos, humanistas, industriais e funcion�rios p�blicos (KR�GER, 2001).

Dessa confraria resultou um relat�rio que foi publicado pela primeira vez em 1972, The limitstogrowth(Os limites para o crescimento). No relat�rio foi definido como estrat�gias fundamentais, para come�ar a estruturar uma pol�tica planet�ria, a revis�o de tr�s princ�pios respons�veis pela situa��o cr�tica vivida nesse momento: a necessidade do conhecimento, o enraizado sentimento de soberania das diferentes na��es da Terra, dificultando a ideia de uma comunidade planet�ria, com responsabilidades e interesses comuns, e finalmente a for�a imperativa dos mercados (negret, 1994).

O mesmo defendia a necessidade de se conquistar o equil�brio do planeta como base nos limites do crescimento da popula��o, no desenvolvimento da economia das na��es menos desenvolvidas e em uma aten��o para as quest�es ambientais(KR�GER, 2001).

Assim, de acordo com Maurice Strong a concep��o de desenvolvimento sustent�vel emergiu na Confer�ncia de Estocolmo de 1972, e foi designado � �poca como abordagem do ecodesenvolvimento e, posteriormente, renomeado com a denomina��o atual (DIAS, 2011).

Sachs (1993), acrescenta ainda que na Confer�ncia de Estocolmo, em 1972, e com as reuni�es preparat�rias que a antecederam, em que umas delas acorreu em Founex, na Su��a, foi poss�vel analisar e firmar o alicerce para o entendimento dos ligamentos entre o meio ambiente e o desenvolvimento.

�No ano de 1987, surge o conceito de desenvolvimento sustent�vel, atrav�s da Comiss�o Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada em 1983, presidida pela ex-primeira ministra da Noruega GroHarlemBrundtland. A comiss�o foi patrocinada pela Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), e produziu um relat�rio, publicado em 1991, chamado Our common future (Nosso futuro comum), tamb�m conhecido como Relat�rio Brundtland, cujo objetivo era apresentar os desafios e esfor�os comuns, com a seguinte vis�o:

[...]propor estrat�gias ambientais de longo prazo para obter um desenvolvimento sustent�vel por volta do ano 2002 e da� em diante; recomendar maneiras para que a preocupa��o com o meio ambiente se traduza em maior coopera��o entre os pa�ses em desenvolvimento e entre pa�ses em est�gios diferentes de desenvolvimento econ�mico e social e leve � consecu��o de objetivos comuns e interligados que consideram as inter-rela��es de pessoas, recursos, meio ambiente e desenvolvimento; considerar meios e maneiras pelos quais a comunidade internacional possa lidar mais eficientemente com as preocupa��es de cunho ambiental; ajudar a definir no��es comuns relativas a quest�es ambientais de longo prazo e os esfor�os necess�rios para tratar com �xito os problemas da prote��o e da melhoria do meio ambiente; uma agenda de longo prazo para ser posta em pr�tica nos pr�ximos dec�nios; e os objetivos a que aspira a comunidade mundial (ARA�JO et al., 2006; COMISS�O MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1991).

A hist�ria do desenvolvimento sustent�vel surge a partir da necessidade da humanidade, movida por um novo pensamento, em que a fez perceber que � necess�rio buscar a estabilidade do planeta com a vis�o de conciliar os problemas da sociedade, as quest�es ambientais e o crescimento da economia.�

Quando completou vinte anos de anivers�rio da Confer�ncia de Estocolmo, foi realizada no ano de 1992, no Rio de Janeiro � Brasil, a Confer�ncia Mundial sobre Gest�o Ambiental e Desenvolvimento Sustent�vel, tamb�m chamada de Eco 92 ou Rio 92, contou com representantes de 179 pa�ses que discutiram durante 14 dias os problemas ambientais globais e estabeleceram o desenvolvimento sustent�vel como uma das metas a serem alcan�adas pelos governos e sociedades em todo o mundo. Segundo Dias (2011, p. 23), os seus principais resultados foram cinco importantes documentos:

- A declara��o do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento;

- A declara��o de princ�pios para a gest�o sustent�vel das florestas;

- O Conv�nio sobre a Diversidade Biol�gica;

- O Conv�nio sobre as Mudan�as Clim�ticas; e

- O Programa das Na��es Unidas para o s�culo XXI, mais conhecido como Agenda 21.

De todos, a Agenda 21 � o mais abrangente, e constitui um programa internacional que estabelece par�metros para que se obtenha o desenvolvimento sustent�vel nas suas vertentes econ�mica, social e ambiental.

A Agenda 21 dedica-se aos problemas da atualidade e almeja preparar o mundo para os desafios do s�culo XXI. Ela reflete o consenso global e compromisso pol�tico em seu mais alto n�vel, objetivando o desenvolvimento e o compromisso ambiental. A Declara��o do Rio visa estabelecer acordos internacionais que respeitem os interesses de todos e proteja a integridade do sistema global de ecologia e desenvolvimento. A partir desse momento come�a a existir de maneira globalizada uma preocupa��o no que diz respeito � Gest�o Ambiental e o Desenvolvimento Sustent�vel tanto por parte das entidades governamentais, das organiza��es p�blicas e privadas como dos consumidores deste mercado global (Balboet al., 2009, p. 4).

Em 1997, durante o per�odo extraordin�rio de sess�es da Assembleia Geral da ONU, em New York, foi realizada a C�pula da Terra, conhecida como Rio+5, que tinha como principal objetivo analisar a execu��o da Agenda 21, aprovado pela C�pula de 1992. Ap�s um per�odo de intensas delibera��es ocorridas devido �s diverg�ncias entre os Estados sobre como financiar o desenvolvimento sustent�vel no plano mundial, foram obtidos alguns acordos, retratados no documento final de 58 p�ginas, que s�o:

[...] adotar objetivos juridicamente vinculantes para reduzir a emiss�o dos gases do efeito estufa, os quais s�o causadores da mudan�a clim�tica; avan�ar com mais rigor para modalidades sustent�veis de produ��o, distribui��o e utiliza��o de energia; focar a erradica��o da pobreza como requisito pr�vio do desenvolvimento sustent�vel (DIAS, 2011, p. 40).

Conforme Silva (2008), em 1997, numa importante confer�ncia, no Jap�o, conhecida posteriormente como o Tratado ou Protocolo de Kyoto, os pa�ses com �ndices mais elevados de polui��o firmaram o compromisso em reduzir a emiss�o de poluentes, por�m, o maior poluidor do mundo, os Estados Unidos, n�o ratificaram o pacto. De acordo com o tratado, as na��es se comprometiam a diminuir as emiss�es de di�xido de carbono, em rela��o ao ano de 1990, em pelo menos 5%, at� o ano 2012.

No ano de 2000, a ONU, ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos de Desenvolvimento do Mil�nio (ODM), que no Brasil s�o chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo: a) acabar com a fome e a mis�ria; b) Educa��o de qualidade para todos; c) Igualdade entre os sexos e valoriza��o da mulher; d) Reduzir a mortalidade infantil; e) Melhorar a sa�de das gestantes; f) Combater a S�ndrome da Imunodefici�ncia Adquirida (AIDS), a mal�ria e outras doen�as; g) Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente; h) Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento (OBJETIVOS DO MIL�NIO, 2017), conforme se observa na figura a seguir.

Em que ano foi criado o termo desenvolvimento sustentável e o que significa?

Figura 1. 8 Jeitos de mudar o mundo (Fonte:OBJETIVOS DO MIL�NIO, 2017).

A Figura 1 acima ilustra os desafios e metas que os pa�ses da ONU ter�o que cumprir at� o ano de 2015, para promover o desenvolvimento, de forma sustent�vel, do planeta durante esse mil�nio. Outro encontro, mais amplo, foi realizado pela ONU no segundo semestre de 2002, em Johannesburgo, �frica do Sul, denominado C�pula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustent�vel, mais conhecida como Rio+10, e novamente a inten��o foi reavaliar e implementar as conclus�es e diretrizes da C�pula realizada no Rio em 1992.

Em 2002, uma megaconfer�ncia das Na��es Unidas ocorreu em Joanesburgo, na �frica do Sul e contou com a presen�a de 191 pa�ses. A confer�ncia foi denominada The World SummitonSustainableDevelopment(C�pula Mundial sobre Desenvolvimento Sustent�vel), tamb�m chamada de Rio+10 com o objetivo de rever as metas acordadas na Rio 92, e tendo como base a Agenda 21. Segundo Camargo (2003), a C�pula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustent�vel mostrou que prevaleceu os interesses comerciais e econ�micos sobre os direitos humanos e a preserva��o do meio ambiente, bem como os interesses individuais de alguns pa�ses ou blocos de pa�ses.

Atrav�s de enorme esfor�o de compreens�o e s�ntese, a C�pula Mundial do Desenvolvimento Sustent�vel, a Rio+10, conseguiu afirmar que �Desenvolvimento Sustent�vel tem uma base formada por tr�s pilares � o econ�mico, social e o ambiental (triple-bottomline) � e um objetivo fundamental que � a erradica��o da pobreza� (OLIVEIRA FILHO, 2004).

E para melhor ilustrar a hist�ria do desenvolvimento sustent�vel foi elaborado o Quadro a seguir (Tabela 1).

Tabela 1. Hist�ria do Desenvolvimento Sustent�vel.

Ano

Acontecimento

Ano

Acontecimento

1968

Clube de Roma

1972

Confer�ncia das Na��es Unidas sobre o Meio Ambiente Humano

1983

Cria��o da comiss�o Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

1987

Elabora��o do Relat�rio Brundtland, na ONU, e divulga��o da express�o Desenvolvimento Sustent�vel

1992

Confer�ncia Mundial sobre Gest�o Ambiental e Desenvolvimento Sustent�vel, Eco-92 ou Rio-92

1997

Cria��o e assinatura do Protocolo de Kyoto

2000

A ONU � Organiza��o das Na��es Unidas, estabelece 8 Objetivos do Mil�nio � ODM

2002

Confer�ncia das Na��es Unidas, C�pula Mundial sobre Desenvolvimento Sustent�vel Rio+10

2003

Lan�amento pelos bancos do princ�pio do Equador para gerenciar riscos socioambientais do cr�dito para grandes projetos industriais e de infraestrutura

2012

Realiza��o da Confer�ncia das Na��es Unidas sobre Desenvolvimento Sustent�vel, a Rio+20

� poss�vel evidenciar a quantidade de poder que a humanidade possui, no tocante, a interfer�ncia na natureza e na altera��o de ecossistemas vitais para a vida do planeta. Perante esses desafios, surge o desenvolvimento sustent�vel como instrumento de homeostase entre a rela��o do homem com a natureza e com outros homens. A Sustentabilidade se faz presente na hist�ria da humanidade e precisa ser executada atrav�s de a��es di�rias para garantir uma nova realidade no futuro das pr�ximas gera��es.

Al�m da sociedade existe outro protagonista que comp�e o cen�rio para a promo��o do equil�brio do planeta. Este protagonista � o setor empresarial, que cada vez mais est� sendo questionado e for�ado a praticar a��es mais respons�veis.

Sustentabilidade nas Institui��es Financeiras

As institui��es financeiras s�o organiza��es que possuem uma enorme influ�ncia no que se refere � mudan�a da sociedade, seja de forma direta e indireta. Por terem um papel importante para o futuro do planeta, elas s�o cada vez mais observadas e cobradas no tocante �s suas pr�ticas e o resultado do desempenho de suas a��es sustent�veis.

O sistema financeiro � o conjunto de institui��es e instrumentos financeiros que possibilita a transfer�ncia de recursos dos ofertantes finais � agentes superavit�rios � para os tomadores finais � agentes deficit�rios � e cria condi��es para que os t�tulos e valores mobili�rios tenham liquidez no mercado (ASHLEY, 2005).

A configura��o atual do Sistema Financeiro Nacional � resultado de reformas institucionais como as de 1964 (Lei n� 4.595 � Lei da Reforma Banc�ria) e 1965 (Lei n� 4.728 � Lei do Mercado de Capitais), mas tamb�m derivada de fatos mais recente, como a acelera��o do processo de globaliza��o da economia, a abertura econ�mica e a estabiliza��o da moeda nacional, que promoveram um novo processo de sanea��o da moeda nacional, que promoveram um novo processo de saneamento, privatiza��o e fus�o, principalmente de institui��es banc�rias.

A import�ncia das Institui��es Financeiras para a Sustentabilidade

Observa-se atualmente mais envolvimento das institui��es do sistema financeiro com as quest�es ecol�gicas, tanto nos pa�ses economicamente mais avan�ados, principalmente o europeu, como no Brasil. Para o Brasil, as institui��es financeiras multilaterais mais importantes s�o o Fundo Monet�rio Internacional (FMI), o Grupo Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O FMI tem uma postura de orienta��o e assessoria, buscando discutir com os pa�ses membros os problemas e pol�ticas ambientais que possam interferir no desenvolvimento econ�mico. Nesse sentido, apresenta diretrizes de atua��o voltadas � conserva��o do meio ambiente, por�m n�o se afasta de seus objetivos b�sicos.

De acordo com Ashley (2005), o Fundo afirma que:

H� fortes v�nculos entre as pol�ticas macroecon�micas e o meio ambiente. Em primeiro lugar, porque seu objetivo central e sua atua��o ordin�ria � a preven��o de crises econ�micas e financeiras � ajudam diretamente na conserva��o do meio ambiente, pois tais crises podem ter repercuss�es negativas sobre ele e sobre o uso dos recursos naturais. Por outro lado, argumenta que o crescimento econ�mico n�o pode ser vinculado aos danos ao meio ambiente de modo simplista, pois, da mesma forma que a degrada��o ambiental pode ser debitada ao crescimento econ�mico e ao progresso, quando desvinculados de salvaguardas adequadas, essa degrada��o ambiental tamb�m pode ser consequ�ncia da estagna��o econ�mica e da pobreza. O c�rculo virtuoso a ser buscado � que o uso sustentado dos recursos naturais promova o desenvolvimento econ�mico de longo prazo e que este, por sua vez, gere recursos para a prote��o ambiental (ASHLEY, 2005, p. 217).

O Banco Mundial foi concebido ap�s a Segunda Guerra Mundial para ajudar na reconstru��o da Europa, mas, atualmente, o seu principal objetivo � a redu��o da pobreza no mundo em desenvolvimento. A fim de atender a sua pol�tica para o meio ambiente, em 1991 o Banco Mundial criou a Global Environmental Facility (GEF), ou Fundo Mundial para o Meio Ambiente. Reunindo atualmente 174 pa�ses, a GEF tem o objetivo de viabilizar projetos governamentais que promovam a coopera��o internacional para prote��o de biodiversidade, mitiga��o dos riscos de mudan�a clim�tica, redu��o dos casos da diminui��o da camada de oz�nio e melhoria da qualidade da �gua (Cedraz, 2008).

O BID foi criado em 1959 por iniciativa da Organiza��o dos Estados Americanos (OEA) e atua nos mesmos moldes do Banco Mundial, por�m se direciona aos pa�ses da Am�rica Latina, do Caribe e dos Estados Unidos. A institui��o do BID est� encarregada de fomentar o desenvolvimento econ�mico auto-sustent�vel de pequenas e m�dias empresas, por meio de investimento, empr�stimo, inova��o e alavancagem dos recursos do BID. Todos os projetos financiados s�o analisados por crit�rios ambientais, como a avalia��o de seu impacto ambiental e das medidas adotadas para a prote��o ao meio ambiente (ASHLEY, 2005).

Existem algumas institui��es internacionais que congregam organiza��es, algumas exclusivamente voltadas para o setor financeiro mundial, constitu�das tanto para protege-las e orient�-las quanto aos riscos ambientais como para promover mudan�as de postura dessas organiza��es no sentido de favorecer o meio ambiente, dentre elas destaca-se a UNEP (�United Nations Environment Programme�) ou PNUMA (Programa das Na��es Unidas para o Meio Ambiente) que constituiu-se a partir da Confer�ncia de Estocolmo, em 1972, como a base da consci�ncia e pol�tica ambiental das Na��es Unidas. Buscando o desenvolvimento sustent�vel de estrat�gias de gerenciamento ambiental, em 1992, durante a Eco-92, a UNEP e diversas institui��es financeiras apresentaram a Declara��o Internacional dos Bancos para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento Sustent�vel.

Assim, os Bancos passaram a ser tamb�m considerados agentes promotores de desenvolvimento econ�mico, mas tamb�m do desenvolvimento sustent�vel.

Os bancos comerciais s�o institui��es financeiras privadas ou p�blicas que t�m como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necess�rios para financiar, a curto e a m�dio prazos, o com�rcio, a ind�stria, as empresas prestadoras de servi�os, as pessoas f�sicas e terceiros em geral. A capta��o de dep�sitos � vista, livremente moviment�veis, � atividade t�pica do banco comercial, o qual pode tamb�m captar dep�sitos a prazo. Conforme a Resolu��oCMN2.099, deve ser constitu�do sob a forma de sociedade an�nima e na sua denomina��o social deve constar a express�o "Banco" (BRASIL, 1994, p. 1224).

De acordo com Fortuna (2005), �os bancos, dentro do sistema financeiro, ficaram com o segmento de capital de giro e outras opera��es de curto prazo�. Contudo, os bancos, em busca de economia de escala e melhor racionaliza��o do sistema, constitu�ram aglomerados de institui��es financeiras atuantes em diversas modalidades, passando a funcionar como bancos m�ltiplos. Desde ent�o � facultado �s institui��es financeiras organizar-se como uma �nica institui��o com personalidade jur�dica pr�pria denominada banco m�ltiplo, podendo operar v�rias carteiras � comercial, de investimento, de desenvolvimento, cr�dito imobili�rio, aceite e arrendamento mercantil (ASHLEY, 2005).

No in�cio foi enfatizado que os bancos s�o considerados agentes promotores, isso ocorre atrav�s de beneficiamento de atividades produtivas de outras empresas, na tentativa de desenvolver uma localidade ou uma regi�o, atrav�s dos seus servi�os e produtos financeiros, ou seja, influenciando direta ou indiretamente o cotidiano de outras organiza��es, de comunidades, do governo e das pessoas. Eles influenciam os resultados das atividades econ�micas quando patrocinam ou se recusam a patrocinar os empreendimentos financeiros a sua volta.

Infante et al. (2010), menciona que um dos grandes desafios dos bancos � conseguir relacionar as atividades de fornecedores de recursos do sistema financeiro com a capacidade de promover o desenvolvimento sustent�vel, haja vista que o setor � considerado indutor de pr�ticas de sustentabilidade nas empresas com as quais est� envolvido.

Na concep��o de Silveira (2006), essas organiza��es t�m um papel importante no melhoramento da qualidade de vida da popula��o:

Assim, os bancos, em raz�o das suas fun��es, est�o em posi��o de grande influ�ncia no dia-a-dia das empresas, comunidades, governos e na vida das pessoas. Da� a import�ncia do segmento financeiro da economia para o desenvolvimento sustent�vel por meio de iniciativas e a��es que privilegiem a qualidade de vida das pessoas (SILVEIRA, 2006, p.19).

Silva e Silva (2008), afirmam que os bancos exercem uma fun��o decisiva no que se refere a disponibilizar recursos financeiros, pois o governo e muitas organiza��es s�o dependentes dos servi�os financeiros realizados pelos bancos.

Em sua pol�tica ambiental, o banco destaca um dos significados que as quest�es ambientais devem assumir pelo prisma das institui��es financeiras:

Do ponto de vista banc�rio, uma empresa poluidora, ou uma empresa que cause danos ao meio ambiente, � uma empresa menos eficiente que suas cong�neres, menos competitivas e se constitui em um maior risco de cr�dito (ASHLEY, 2005, p. 215).

Os autores afirmam ainda que, o papel das intui��es financeiras no desenvolvimento sustent�vel n�o � o de executor de mudan�as, mas sim de indutor das mesmas nas entidades com as quais mant�m um relacionamento.

Lins e Wajnberg (2007), ressaltam que � imperativo mostrar �queles que s�o respons�veis, diariamente, pelas negocia��es da organiza��o que a sustentabilidade precisa ser introduzida nas atividades. Essa conscientiza��o � essencial para o bom desempenho das a��es sustent�veis.

De acordo comFEBRABAN (2008, p. 05), h� alguns anos o tema sustentabilidade era percebido como trabalho � margem dos neg�cios. As iniciativas eram feitas de forma compensat�ria, no dia-a-dia se concretiza o neg�cio e em seguida, de forma autom�tica, ocorre o que o autor cita de �passar a caneta no cheque e a borracha na consci�ncia�, atrav�s de apoio de um ou outro projeto.

Diante do exposto, pode-se dizer que essas empresas j� est�o conscientes de seu potencial de impactar o meio ambiente, seja direta ou indiretamente, de forma adversa ou favor�vel, mas sempre com aspecto significativo. Mesmo quando incorporados pelo vi�s da responsabilidade social empresarial, ou mesclado como quest�es socioambientais, os requisitos ambientais passam a fazer parte do planejamento das empresas financeiras em seu n�vel mais elevado � o estrat�gico.

A partir dessa nova vis�o, os bancos estabelecem pol�ticas ambientais que, por sua vez, d�o contorno a diversos programas organizacionais. Estes alcan�am diferentes �reas funcionais, provocam importantes modifica��es imediatas aos processos decis�rios e nos modelos gerenciais, bem como disseminam novos valores. E, certamente, ao agregarem novos elementos � cultura organizacional, potencializam mudan�as mais profundas na maneira de gerenciar.

Percebe-se que nos dias atuais h� uma evolu��o no que se refere � consci�ncia da atua��o dos bancos sobre a sustentabilidade, visto que ignorar as a��es sociais e ambientais pode acarretar em sua exposi��o, i.e., reputa��o, ou seja, ser�o vistos com olhares negativos perante a sociedade civil. As Institui��es Financeiras devem entender o tema como um novo jeito de olhar e atuar, enxerg�-lo como um novo desafio no mundo empresarial.

Prosseguindo o debate sobre a sustentabilidade nas institui��es financeiras apresenta-se a seguir O Protocolo Verde.

Protocolo Verde

Segundo Adami (2008), o Protocolo Verde, foi criado em 1995 e reuniu os principais bancos p�blicos federais do pa�s, comandado pelo Presidente da Rep�blica. Com o objetivo de incluir a aprecia��o da vari�vel ambiental no deferimento de cr�dito. Os participantes s�o: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), Banco do Brasil, o Banco do Estado da Amaz�nia (BASA), a Caixa Econ�mica Federal e o Banco do Nordeste do Brasil.

Em harmonia com as diretrizes constitucionais no que cabe ao poder p�blico e � coletividade defender, proteger e preservar o meio ambiente, a Lei 6938, de 31 de agosto de 1981, que cria a Pol�tica Nacional de Meio Ambiente, disp�e, em seu artigo 12, que:

As entidades e �rg�os de financiamento e incentivos governamentais condicionar�o a aprova��o de projetos habilitados a esses benef�cios ao licenciamento, na forma da Lei, e ao cumprimento das normas, dos crit�rios e dos padr�es expedidos pelo CONAMA. A Lei prev�, tamb�m, para aqueles que n�o cumprirem as determina��es exigidas, a perda ou restri��o de benef�cios fiscais concedidos pelo Poder P�blico, em car�ter geral ou condicional, e a perda ou suspens�o de participa��o em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de cr�dito (PORTAL DO MEIO AMBIENTE, 2009).

Em artigo, Rabelo e Lima (2009), esclarecem que o Protocolo Verde deve ser enxergado como uma iniciativa e n�o como um exemplo definitivo que pretender aliar economia e meio ambiente a fim de inserir o desenvolvimento sustent�vel do pa�s.

Martins, Pereira e Amaral (2009)informam que as institui��es financeiras que aderem ao Protocolo Verde, passam a ser seus signat�rios e devem envidar seus melhores esfor�os para:

(i) oferecer linhas de financiamento e programas que fomentem a qualidade de vida e o uso sustent�vel do meio ambiente; (ii) considerar os impactos e custos socioambientais na gest�o de ativos e an�lise de projetos; (iii) promover o consumo consciente; e (iv) informar, sensibilizar e engajar as partes interessadas em pol�ticas sustent�veis (MARTINS; PEREIRA; AMARAL, 2009).

Com o Protocolo Verde, no que se referem aos avan�os das quest�es ambientais, os bancos come�aram a enxergar a sustentabilidade de outro �ngulo e passaram a dar prioridade de concess�o de financiamento a empresas que est�o em dia com as a��es socioambientais.

Em presen�a desse cen�rio, por estarem envolvidas para o bom desenvolvimento das atividades produtivas de seus clientes, algumas institui��es financeiras passaram a adotar um conjunto de medidas no que se refere � concess�o de financiamento para empreendimentos de grande porte, esse conjunto de exig�ncias socioambientais � conhecido como os Princ�pios do Equador, que ser� o pr�ximo assunto a ser revisado.

Os Princ�pios do Equador

No ano de 2002, na cidade inglesa de Londres, atrav�s do International Finance Corporation (IFC) e de um Banco Holand�s, que come�ou a surgir os �Princ�pios do Equador�. Por�m sua defini��o ocorreu no ano de 2003, em Dusseldorf, na Alemanha. No encontro discutia-se experi�ncias com projetos de novos empreendimentos, que contivessem quest�es socioambientais nos mercados em desenvolvimento e primeiramente, nas transa��es com valores elevados (EQUATOR PRINCIPLES, 2017).

Na concep��o de Dias e Machado (2007), todos os parceiros comerciais das institui��es financeiras, de qualquer atividade econ�mica, acabam provocando impacto sobre o meio ambiente, causando algum tipo de dano ambiental, pois de uma forma ou de outra, utilizam recursos naturais e geram res�duos ou emiss�o de gases.

Os Princ�pios do Equador surgem como mais um instrumento de grande import�ncia para as Institui��es Financeiras fomentarem a sustentabilidade em seus neg�cios.

De acordo com Rabelo e Lima (2009), os Princ�pios do Equador podem ser vistos como uma iniciativa volunt�ria, dependem da consci�ncia, das exig�ncias do mercado consumidor quanto a uma postura mais ambiental dos bancos para que assim possam se adotados. Os autores prosseguem enfatizando que embora as cr�ticas sejam constantes, mesmo com uma atua��o restrita, os Princ�pios do Equador s�o importante aliados do meio ambiente no mundo dos neg�cios.

Lins e Wajnberg (2007), enfatizam que o Brasil, ocupa uma posi��o promissora nos Princ�pios do Equador, pois os maiores bancos do pa�s s�o signat�rios, colocando-o em posicionamento de lideran�a entre os pa�ses emergentes.

Segundo Ribeiro e Oliveira (2008), no que diz respeito �s diretrizes dos Princ�pios do Equador, as institui��es financeiras possuem o papel de monitorar os processos e determinar como ser�o realizadas as adequa��es para posterior libera��o de recurso, isso � uma forma de garantir um poss�vel impacto e promover a preserva��o ambiental.

Desse modo, os Bancos que fazem ades�o aos Princ�pios do Equador, devem exigir de seus parceiros projetos com garantias que possam promover a preserva��o do meio ambiente. Ao agregar os riscos ambientais em sua avalia��o de concess�o de cr�dito, estar�o fazendo uma gest�o eficiente e contribuindo para um bom desempenho de suas atividades de financiamentos.

Conforme Rabelo e Lima (2009), existem semelhan�as e diferen�as entre o Protocolo Verde e os Princ�pios do Equador. Ambas exig�ncias est�o voltadas para p�blicos diferentes. O Protocolo Verde foi elaborado pelo Governo Federal brasileiro, enquanto os Princ�pios do Equador foram criados pelo IFC e um Banco holand�s. Os autores esclarecem que ambos possuem um objetivo em comum que � inserir a vari�vel ambiental nas suas atividades internas e externas.

Responsabilidade Social Empresarial

A Responsabilidade Social � um t�pico cada vez mais importante na conduta das empresas. Pois, vivemos novos paradigmas e as organiza��es n�o podem s� olhar para si mesma, precisam enxergar mais, precisam enxergar toda a sua cadeia produtiva. Sua hist�ria tem base na �tica e � essencial conhec�-la para entendermos os prim�rdios do seu conceito.

De acordo com Montana (2001), desde a d�cada de 70 muitas empresas viraram suas aten��es, para significativas �reas de preocupa��o social e continuam a faz�-lo, ainda que sejam apenas abordagens a t�tulos de obriga��o social com rela��o � responsabilidade social, s�o �reas importantes para todas as empresas.

A crescente exposi��o na m�dia dos danos que as organiza��es v�m causando ao meio ambiente fez surgir a preocupa��o de que este n�o ofere�a mais condi��es adequadas para que as empresas operem em um futuro pr�ximo. Essa exposi��o, aliada � melhoria do n�vel educacional da sociedade e a velocidade de dissemina��o das informa��es, provocou o surgimento de um novo mercado consumidor, que agora al�m de informado e esclarecido, tornou-se mais exigente, pressionando as empresas a adotar um modelo de atua��o ainda mais respons�vel.

De acordo com Ashley (2005), nos Estados Unidos e na Europa, a �tica e a responsabilidade social corporativa eram vistas como doutrinas at� o s�culo XIX, conduzir os neg�cios de forma corporativa era privil�gio do Estado ou da Monarquia e n�o um direito econ�mico das organiza��es. O autor continua fazendo outras afirma��es, no in�cio do s�culo XX, surge uma nova legisla��o, e a premissa � que os lucros seriam para seus acionistas.

Em 1919, a quest�o da �tica, da responsabilidade e da discricionariedade dos dirigentes de empresas abertas veio a p�blico com o julgamento do caso Dodge versus Ford, nos EUA, que tratava da compet�ncia de Henry Ford, presidente e acionista majorit�rio da empresa, para tomar decis�es que contrariavam interesses dos acionistas John e Horace Dodge.

[...] a Suprema Corte de Michigan foi favor�vel aos Dodge, justificando que a corpora��o existe para o benef�cio de seus acionistas e que diretores corporativos t�m livre-arb�trio apenas quanto aos meios para alcan�ar tal fim, n�o podendo usar os lucros para outros objetivos (ASHLEY, 2005, p. 45 e 46).

Do ponto de vista de Karkotli e Arag�o (2005), foi somente nos anos 50 e 60 que come�ou a se discutir sobre a ideia da responsabilidade social vigente e expandir seus horizontes nos Estados Unidos, a partir da guerra do Vietn�. Pois nesta �poca, a sociedade repudiou a utiliza��o de armas militares produzidas por empresas norte-americanas, que prejudicavam o meio ambiente e o homem.

As discuss�es no setor empresarial e acad�mico, sobre a import�ncia da responsabilidade social corporativa teve in�cio nos Estados Unidos e em seguida, no final da d�cada de 60, na Europa (ASHLEY, 2005).

Segundo Instituto Ethos (2016), na Europa dos anos 1970, a sociedade passou a cobrar maior responsabilidade social das organiza��es. A Fran�a tornou-se pioneira, em 1977, na cria��o de uma lei que obriga empresas com mais de 300 funcion�rios a publicar osbalan�os sociais. No Brasil, na d�cada de 80, foi lan�ado um modelo de balan�o social, pela Funda��o Instituto de Desenvolvimento Empresarial Social (FIDES), por�m n�o obteve um resultado satisfat�rio. No in�cio dos anos 1990, a tem�tica come�ou a sensibilizar algumas empresas e recebeu forte aceita��o por parte de entidades n�o-governamentais e institutos de pesquisa e pelo engajamento da iniciativa privada nas novas pol�ticas sociais do governo.

Para Lage e Milone (2000),

[...] � inimagin�vel uma institui��o buscar sustentabilidade comercial sem conciliar-se com as institui��es, culturais e estruturas sociais. Quer seja um servi�o de hotelaria, quer seja um pacote a�reo, h� um direto envolvimento com a privacidade e expectativa pessoal de quem o adquira ou consuma (LAGE; MILONE, 2000, p. 64).

A maioria dos administradores e de outras pessoas acredita que tanto o governo quanto a comunidade empresarial, t�m alguma responsabilidade de resolverem problemas de interesse p�blico e agir no interesse da sociedade. Tanto as empresas tur�sticas como governo dependem da aceita��o por parte da sociedade � qual pertencem.

Para Melo Neto e Fro�s (1999), a responsabilidade assume caracter�sticas, englobando o p�blico externo e interno, al�m do investimento na preserva��o ambiental, mas n�o privilegiando uma categoria. Esses autores acreditam que a empresa deve:

- Dar apoio ao desenvolvimento da comunidade na qual atua;

- Preservar o meio ambiente;

- Investir no bem-estar dos funcion�rios e dependentes, investindo tamb�m num ambiente de trabalho agrad�vel;

- Ter comunica��o transparente;

- Ter sinergia com os parceiros;

- Satisfazer os clientes e consumidores.

Uma posi��o em comportamento com a responsabilidade social, melhora a imagem da empresa, pelo fato do consumidor estar cada vez mais atento e consciente, em obter produtos e servi�os, destas que t�m uma preocupa��o com o social e o meio ambiente, pois uma imagem negativa da empresa na mente de um consumidor pode trazer consider�veis preju�zos e comprometer os seus objetivos.

As empresas vision�rias est�o come�ando a se preocupar mais em se manter �na luta� por uma posi��o melhor, e esse comportamento social, introduzido em algumas grandes empresas, serve como diferencial, que se bem planejado se tornar� a marca registrada da institui��o.

Conforme observamos a hist�ria da responsabilidade social incorporada no mundo dos neg�cios � um pouco recente e as organiza��es tem um papel importante no que se refere a dar continuidade na constru��o dessa narra��o. � a sua pr�pria hist�ria o alicerce para o conceito que iremos conhecer a seguir.

Conceito da Responsabilidade Social Empresarial

A sociedade, os consumidores e clientes j� reconhecem a responsabilidade social das empresas como um valor permanente. E � atrav�s da grande press�o desses agentes sociais por mais transpar�ncia no mundo dos neg�cios que as empresas passaram a praticar a��es mais respons�veis.

A responsabilidade social refere-seao compromisso que uma organiza��o deve ter para com a sociedade, representado atrav�s de atos e atitudes que a afetem positivamente, de modo amplo, ou a alguma comunidade, de modo espec�fico, agindo proativa e coerentemente no que tange a seu papel espec�fico na sociedade e � sua presta��o de contas para com ela (ASHLEY et al., 2003).

Segundo Machado Filho (2006), muitas vezes, a responsabilidade social � confundida com as a��es sociais que uma empresa pratica, reduzindo assim o seu escopo com atividades voltadas � filantropia. O autor continua afirmando que tal pensamento � inadequado e distorce a ess�ncia do que se espera de uma conduta socialmente respons�vel das empresas.

Na concep��o de Villela (1999), a responsabilidade social � vista como:

O termo responsabilidade social nada mais � que o comprometimento do empres�rio com a doa��o de um padr�o �tico de comportamento, contribuindo para o desenvolvimento econ�mico, uma estrat�gia que n�o s� melhora a qualidade de vida dos seus funcion�rios, mas a multiplica por meio de suas fam�lias, da comunidade, da sociedade. � a empresa atuando como agente social no processo de desenvolvimento (VILLELA, 1999, p. 2).

Assim sendo, fica claro que as organiza��es devem atuar em parceria com a sociedade na busca de pol�ticas de a��es respons�veis. A��es com qualidade ao inv�s de quantidade e de forma n�o filantr�pica. A responsabilidade social precisa ser incorporada na ess�ncia da empresa e ser constru�da diariamente.

A responsabilidade social tamb�m � conhecida pelo termo Balan�o Social, conforme afirmam Caetano, Ashley e Giansanti (2006), e trata-se de um instrumento de gest�o com o intuito de fornecer informa��es de cunho econ�mico e social, de forma transparente, do que ocorreu e ocorre numa empresa, a todos que participam da sua cadeia produtiva.

Boff (2011), defende que responsabilidade social n�o pode ser vista como o que conhecemos por obriga��o social, ou seja, uma obriga��o prevista em lei. Tamb�m n�o deve ser confundida como uma resposta para a sociedade. O autor enfatiza que a responsabilidade social deve ser vista como uma obriga��o que as organiza��es assumem, atrav�s da busca por metas que, a m�dio e longo prazo, sejam boas para a empresa e para a comunidade na qual est� envolvida.

O Instituto Ethos define a responsabilidade social empresarial da seguinte forma em seu site eletr�nico: Responsabilidade social empresarial � a forma de gest�o que se define pela rela��o �tica e transparente da empresa com todos os p�blicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustent�vel da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gera��es futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redu��o das desigualdades sociais (INSTITUTO ETHOS, 2016).

Est� se tornando hegem�nica a vis�o de que os neg�cios devem ser feitos de forma �tica, obedecendo a rigorosos valores morais, de acordo com comportamentos cada vez mais universalmente aceitos como apropriados. As atitudes de uma organiza��o precisam desse ponto de vista, caracterizar-se por:

- Preocupa��o com atitudes �ticas e moralmente corretas que afetam todos os p�blicos envolvidos;

- Promo��o de valores e comportamentos morais que respeitem os padr�es universais de direitos humanos e de cidadania e participa��o na sociedade;/respeito ao meio ambiente e contribui��o para sua sustentabilidade em todo o mundo;

- Maior envolvimento nas comunidades em que se insere a organiza��o, contribuindo para o desenvolvimento econ�mico e humano dos indiv�duos ou at� atuando diretamente na �rea social, em parceria com governo ou isoladamente (ASHLEY, 2005, p. 7).

A responsabilidade social empresarial teve o m�rito de resgatar valores morais que a sociedade, em geral, n�o associava �s empresas. Al�m de considerar um compromisso permanente dos empres�rios com a integridade do meio ambiente e com o respeito aos direitos humano, pressup�e uma postura �tica nos neg�cios e a transfer�ncia na comunica��o com a sociedade.

Do ponto de vista de Martos e Martos(2012, p. 4), a empresa socialmente respons�vel �� aquela que est� atenta no que se refere a conciliar as expectativas dos seus stakeholders(p�blico)atuais e futuros, com base numa vis�o radical de uma sociedade sustent�vel�.

At� o conservador Banco Mundial incorporou os princ�pios do desenvolvimento sustent�vel focados no envolvimento dos stakeholders. Desde 1997, no t�pico reservado �s recomenda��es dirigido aos gestores dos recursos, uma nova abordagem � inclu�da nos documentos oficiais da institui��o, recomendando �s empresas a pr�tica do di�logo com todos os grupos de interesse � e n�o apenas com as autoridades governamentais -, previamente � implementa��o do empreendimento (MAY et al., 2003, p. 188).

Evidentemente a responsabilidade social n�o se limita a atua��o de um determinado segmento da sociedade. Ela deve ser encarada como um processo cont�nuo, que traz benef�cio a todos, e n�o como algo que est� na moda das passarelas empresariais. O papel das organiza��es nesse novo cen�rio est� sendo reescrito, e n�o se resume somente ao capital alcan�ado, vai al�m das responsabilidades legais e econ�micas.

Para uma boa utiliza��o de ferramentas socialmente respons�veis que contemplem os envolvidos, diretos e indiretos, na vida de uma empresa � necess�rio um planejamento. O resultado desse planejamento implica em sustentabilidade empresarial, que ser� a pr�xima abordagem deste trabalho.

Sustentabilidade Empresarial

Ultimamente � escutado com frequ�ncia a palavra sustentabilidade, principalmente no mundo empresarial. N�o � � toa, pois as empresas s�o os principais atores no cen�rio do desenvolvimento econ�mico e tamb�m s�o cobradas para desenvolver uma gest�o com objetivos ambientais e sociais.

A penetra��o do conceito de desenvolvimento sustent�vel no meio empresarial tem se pautado mais como um modo de empresas assumirem formas de gest�o mais eficientes, como pr�ticas identificadas com a ecoefici�ncia e a produ��o mais limpa, do que uma eleva��o do n�vel de consci�ncia do empresariado em torno de uma perspectiva de um desenvolvimento econ�mico mais sustent�vel (MAY et al., 2003, p. 43).

Conforme Ara�jo et al.(2006), no passado, n�o muito distante, as organiza��es empresarias possu�am, exclusivamente, a vis�o e objetivo principal a obten��o do maior retorno poss�vel sobre o capital investido, ou seja, o lucro. Para tanto, fazia uso das ferramentas dispon�veis para estar � frente dos seus concorrentes, conseguindo maiores margens e fatias de mercado. Os autores prosseguem com a reflex�o ao afirmar que as mudan�as globais, os fatores econ�micos, estruturais, as quest�es do meio ambiente e as quest�es sociais come�am a fazer parte da responsabilidade das empresas. Diante desses questionamentos surge a palavra sustentabilidade. Para que as organiza��es possam colaborar para a sustentabilidade devem alterar seus processos produtivos, quando for necess�rio. Isto implica em erguer sistemas produtivos que n�o causem danos negativos e que os mesmos contribuam para a recupera��o de �reas degradadas, oferecendo produtos e servi�os que colaborem para a melhoria da atua��o ambiental de seus consumidores e clientes.

Segundo Fernandes e Andrade (2010), cada vez mais s�o evidenciadas as enormes e densas intera��es entre os sistemas econ�micos, sociais e ambientais. � atrav�s do desenvolvimento de uma teoria acerca destas rela��es interdependentes � que ser� poss�vel programar processos e desenvolver produtos que sejam agrad�veis ao consumo economicamente vi�veis e, ainda, que possam colaborar para melhorar a qualidade de vida no planeta. Os autores registraram ainda uma importante reflex�o:

Essas velhas dicotomias s�o falsas e representam uma perspectiva cada vez mais obsoleta. Os objetivos sociais e econ�micos n�o s�o intrinsecamente conflitantes no longo prazo. Uma economia produtiva e pujante exige trabalhadores educados, seguros, saud�veis e com moradias descentes, que se sintam motivados pelo senso de oportunidades. A competitividade econ�mica n�o precisa ser sacrificada para a preserva��o do meio ambiente, pois a polui��o decorrente das atividades empresariais resulta da utiliza��o improdutiva dos recursos (Poter, 1999 apudFernandes; Andrade, 2010, p. 19).

Para Feldmann(2009), as organiza��es necessitam entender que sustentabilidade no mundo empresarial passou a ser condi��o de sobreviv�ncia para as mesmas e para o pr�prio planeta. O autor afirmar ainda que, �as empresas precisam internalizar a import�ncia da sustentabilidade, com a vis�o de m�dio e longo prazo, e compreender que se deve exerc�-la numa atua��o estrat�gica�.

� vis�vel que um dos grandes desafios da humanidade � edificar uma sociedade justa, moderna e sustent�vel. E nessa constru��o as empresas possuem uma parcela consider�vel de contribui��o. �O setor empresarial precisa est� atento a tal preocupa��o e, buscar a cria��o de projetos empresariais voltados � sustentabilidade� (DUARTE; TORRES, 2005).

Segundo com Karkotli e Arag�o(2005), a car�ncia de recursos pode contribuir para paralisar o ciclo de produ��o que movimenta a economia e o mercado global, e consequentemente atingir as empresas, que atualmente, em alguns casos, j� s�o vistas como vil�s. A consci�ncia da exist�ncia de problemas causados �pelo processo econ�mico implica na necessidade de reavaliar os seus esfor�os no que se referente aos debates sobre as quest�es ambientais� (SILVA, 2012, p. 11).

A quantidade e seriedade dos problemas ambientais que as sociedades v�m enfrentando nas �ltimas d�cadas, em n�vel global, imputam � pr�pria economia a necessidade de analisar e reavaliar a quest�o ambiental e suas rela��es com o permanente desenvolvimento econ�mico e tecnol�gico (Karkotli; Arag�o, 2005, p. 96).

Na concep��o de Cruz (2009), numa sociedade em r�pida transforma��o, onde o sucesso das empresas, geralmente �, medido atrav�s do resultado financeiro, e onde os bens tramitam de m�os assim como as ideias, a sustentabilidade empresarial brota como um princ�pio essencial para realizar neg�cios num mundo interdependente, sendo o alicerce para que as organiza��es mapeiem seu roteiro futuro. O autor prossegue afirmando que os executivos �tamb�m devem levar em conta os impactos sociais, econ�micos e ambientais sobre qualquer participante com algum interesse no desempenho da organiza��o� (Savitz, 2007, p. 22).

Chiaravalloti (2016), argumenta que � cada vez mais comum surgir entre as empresas a ambi��o de se transformar em uma organiza��o sustent�vel. Entretanto, s�o poucas as que conseguem efetivamente ultrapassar a barreira entre a pretens�o e a efetiva��o. O autor alega ainda, que poucas organiza��es, realmente se empenham e se esfor�am para se adequar a essa nova pol�tica e o mais importante, elas t�m tido um enorme sucesso econ�mico, pois a incorporar a sustentabilidade de forma cotidiana, enxergando assim, que as quest�es ambientais e sociais fazem parte do crescimento econ�mico.

De acordo com Nogueira (2004, p. 5), �o que est� em jogo n�o � somente a ades�o a um movimento que tem ganhado for�a ao longo dos �ltimos anos e sim a filosofia da empresa, as raz�es que orientam suas escolhas�.

Conforme o exposto, observar-se que a princ�pio a sustentabilidade surgiu nas empresas como tend�ncia exigida n�o s� pela sociedade, mas tamb�m pelo seu mercado de atua��o e atualmente passou a ser percebida como uma estrat�gia para a sua sobreviv�ncia. Para algumas organiza��es pode parecer uma estrat�gia dif�cil de ser implementada, por�m, � economicamente vi�vel. E a nova l�gica de gest�o, exige das empresas uma postura diferenciada. Uma empresa � sustent�vel quando utiliza um conjunto de medidas socialmente respons�veis que contemplam toda a sua cadeia de produ��o. Medidas essas, que abrangem as dimens�es ambientais, sociais e econ�micas, formando assim o trip� da sustentabilidade. �Embora haja um crescimento percept�vel da mobiliza��o em torno da sustentabilidade, ela ainda est� mais focada no ambiente interno das organiza��es, voltada prioritariamente para processos e produtos�. � um grande avan�o, sem d�vida nenhuma, tomando-se como marco o ano de 1992; �mas ainda falta muito para que as empresas se tornem agentes de um desenvolvimento sustent�vel, socialmente justo, economicamente vi�vel e ambientalmente correto� (MAY et al., 2003, p. 43).

O Trip� da Sustentabilidade Empresarial

A sustentabilidade empresarial tem como base tr�s colunas: social, ambiental e econ�mica. S�o elas que amparam o conceito do desenvolvimento sustent�vel. � com esses tr�s pilares de apoio que as organiza��es dever�o trilhar os seus caminhos rumo a um presente e futuro planeta sustent�vel.

O conceito Triple BottomLineou Trip� da Sustentabilidade, segundo Figueiredo e Paiva (2008 apud Dias, 2011, p. 46), foi apresentado por John Elkington, em 1994, �ele pretendia disseminar a teoria de que as empresas deveriam medir o valor que geram, ou destroem, nas dimens�es econ�mica, social e ambiental�, conforme figura abaixo ilustrada:

Em que ano foi criado o termo desenvolvimento sustentável e o que significa?

Figura 2. Vis�o da perspectiva do Trip� da Sustentabilidade (Fonte:DIAS, 2011, p. 46).

A Figura 2 representa a forma como as organiza��es deveriam visualizar a sustentabilidade, ou seja, atrav�s de tr�s esferas: social, ambiental e econ�mica.

Pieratti (2009) tamb�m trata o Triple BottomLine, como os 3Ps (People, Planet andProift), ou, em portugu�s, Pessoas, Planeta e Lucro (PPL); no qual inseridos os aspectos econ�micos, ambientais e sociais. Cirelli e Kassai (2010), enfatizam que os tr�s pilares da sustentabilidade devem interagir de forma que possua uma sinergia na estrutura organizacional que resulte na otimiza��o das decis�es estrat�gicas para uma efic�cia nas suas a��es e opera��es.

O conceito apresentado por John Elkington e, seguido por outros autores, tem o intuito de demonstrar para as organiza��es que as mesmas precisam se preocupar com vari�veis que possam causar impacto em seu ramo de atua��o, bem como colaborar para a preserva��o da vida para as futuras gera��es. Estas recebem valor por parte da sociedade quando adotam a postura na dimens�o social, ambiental e econ�mica.

Contudo, nem sempre as empresas elaboram os projetos que contemplam os tr�s pilares de forma equilibrada. Segundo Ruthes(2007), o que se analisa � que muitas organiza��es dividem os pilares em projetos modulares, reservados a poucos indiv�duos e trabalham a sustentabilidade de maneira separada, no contexto imediato

Durante a abertura do HSM ExpoManagement 2010, o palestrante John Elkignton, cofundador da Organiza��o N�o Governamental (ONG) SustainAbility e criador do conceito Triple BottomLine, o qual completar� 16 anos, alerta que �As empresas acham dif�cil olhar por meio destas tr�s lentes ao mesmo tempo�. A lente social, ambiental e econ�mica. Para ele o motivo desta dificuldade pode estar ligado ao fato de que n�o existem prioridades claras nas organiza��es quando o assunto � a sustentabilidade (HSM, 2017).

As muta��es no ambiente dos neg�cios est�o cada vez mais frequentes, e consequentemente fazem cobran�as das empresas no tocante �s atitudes flex�veis e transparentes, integradas ao conceito de sustentabilidade.

A organiza��o sustent�vel ser� aquela que, al�m de gerar lucro para os acionistas, conseguir�, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com as quais mant�m intera��o, aliando, assim, os interesses dos neg�cios aos interesses do meio ambiente e da sociedade (CRUZ, 2009).

O resultado dessa tr�plice alian�a ser� a homeostase entre n�s, sociedade e empresas, e entre a natureza.

CONCLUS�ES

A sustentabilidade possui uma longa caminhada de discuss�es. Iniciou-se como uma preocupa��o menor em rela��o ao futuro do planeta e hoje, esta palavra ganhou uma propor��o maior na atual conjuntura, na busca de equilibrar as a��es na �rea ambiental, social e econ�mica. E todos n�s, enquanto pessoas, sociedade, empresa, governo, somos convocados a unir esfor�os para promover o equil�brio ambiental no mundo.

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Em que ano foi criado o termo desenvolvimento sustentável e o que significa?

O termo desenvolvimento sustentável foi cunhado pela primeira vez em 1987 no Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento pertencente a ONU (Organizações das Nações Unidas).

O que significa o conceito de desenvolvimento sustentável?

Desenvolvimento Sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações”. Em outras palavras, o desenvolvimento sustentável é aquele que assegura o crescimento econômico, sem esgotar os recursos para o futuro.

Por que foi criado o desenvolvimento sustentável?

O conceito de desenvolvimento sustentável foi proposto para assegurar um crescimento econômico sem esgotar os recursos do planeta para o futuro.

Onde e quando surgiu o termo sustentabilidade?

O conceito de sustentabilidade começou a ser delineado na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (United Nations Conference on the Human Environment – UNCHE), realizada em Estocolmo em 1972, e cunhado pela norueguesa Gro Brundtland no Relatório “Nosso Futuro Comum” (1987).