Dormência na ponta dos dedos da mão

Dormência nas mãos é um sintoma relatado por vários pacientes que chegam até o consultório do cirurgião da mão.

A parestesia, como chamamos, é o sintoma de dormência que também pode ser caracterizada como formigamento em alguma parte do corpo. Nas mãos, estão associadas com frequência a algumas doenças que acabam acometendo um dos três nervos responsáveis pelas sensações nas mãos.

Quais são as causas mais comuns para dormência nas mãos?

Síndrome do Túnel do Carpo

Essa é a principal afecção que os pacientes trazem dúvidas aqui nas redes e por isso já conversamos sobre ela algumas vezes.

O problema aparece quando surge o pinçamento (ou seja, compressão) do nervo mediano no túnel do carpo, onde passa do antebraço para a mão. As causas dessa compressão são variadas: podem estar relacionadas com diabetes, problemas tireoidianos, gestação, alterações anatômicas ou como consequência da artrite reumatóide.

Os sintomas da Síndrome do Túnel do Carpo incluem formigamento e dormência nos dedos e na mão e/ou dor nos três primeiros dedos da mão afetada. Em alguns casos esses sintomas podem irradiar também para o antebraço.

O tratamento pode ser feito inicialmente tratando a doença primária (como diabetes, por exemplo) e em muitos casos, com cirurgia para descomprimir o nervo.

Síndrome do Túnel Cubital

O nervo cubital (ou ulnar) é um importante nervo dos membros superiores que vai da base do pescoço até a palma da mão. Quando há sua compressão ou estiramento, os sintomas aparecem e podemos em um exame clínico identificar a Síndrome do Túnel Cubital.

O estiramento ou compressão (pinçamento) do nervo pode acontecer em pacientes que passam períodos longos ou repetidos apoiando-se sobre o cotovelo ou com o cotovelo flexionado por muito tempo, como atualmente com uso intenso de smartphones. Em casos mais raros, o nervo é danificado pelo crescimento anormal de ossos na região.

Existem alguns tratamentos possíveis. O primeiro deles é o uso de uma tala, que evitará que o cotovelo seja flexionado. Infiltrações com corticoides também podem amenizar os sintomas.

Em casos com maior comprometimento, existe a indicação cirúrgica, onde iremos liberar a compressão do nervo, transferindo-o para frente do cotovelo. A fisioterapia será necessária nos dois casos, principalmente no pós-cirúrgico.

Lesões nos nervos periféricos

As lesões nos nervos periféricos, especificamente nas mãos, são comuns e podem ter causas diversas, como traumas causados por acidentes automobilísticos, esmagamentos, consequência de fraturas e acidentes com instrumentos perfurantes, como facas. Até mesmo choques elétricos podem ser responsáveis por essas lesões.

Além da dormência nas mãos, que é um dos principais sinais de que houve uma lesão no nervo, é comum que haja dor e fraqueza nos dedos e antebraço.

A avaliação será feita para determinar qual foi a lesão e o grau de comprometimento. Classificamos em três tipos diferentes: Neuropraxia (mais leve), Axonotmese (mais comprometimento) e Neurotmese (lesões mais graves).

É com o diagnóstico exato que iremos definir o tratamento, na maioria das vezes usando técnicas de microcirurgia.

Você sente dormência nas mãos? Já procurou ajuda médica?

Dr. Guilherme Ogawa⠀⠀⠀⠀⠀
Cirurgião da Mão⠀
(43) 3361-3807⠀
(43) 99161-3807

A dormência ou “formigueiro” da mão ou dedos, é provavelmente o sintoma
mais frequente na patologia da mão. No seu aparecimento, poderão estar várias causas ou patologias, como são: compressões ou “apertos“ em nervos periféricos, doenças da coluna cervical ou doenças de origem orgânica (p.ex. neurológica, endócrina ou reumatismal).

Contudo, a causa mais frequente de dormência das mãos e dedos, e que se associa habitualmente a perda progressiva de força, é o chamado Síndrome do túnel cárpico.

O Túnel Cárpico é o canal ou túnel localizado na região palmar do punho, por onde deslizam os tendões que fazem a mobilização dos dedos. Este túnel está envolvido por “paredes” que incluem os ossos e ligamentos do punho.

Para além dos tendões, passa também um nervo: nervo mediano, o qual é responsável não só pela sensibilidade de quase todos os dedos da mão, como também pela força do polegar. É precisamente a compressão do nervo mediano, que origina a dormência da mão.

A queixa típica é a dormência que obriga a acordar à noite e se associa a dor tipo “queimadura”. Os dedos mais atingidos são o polegar,
o indicador e o médio. A causa mais frequente na redução do túnel cárpico e consequente “aperto” do nervo mediano, é o alargamento/espessamento do seu principal ligamento: ligamento transverso anterior do carpo.

Este espessamento é habitualmente causado por fatores degenerativos (envelhecimento) ou por sobrecarga (trabalhos “pesados” ou trabalhos de “repetição”). Na mulher, o síndrome do túnel cárpico, pode também estar associado a alterações hormonais que surgem com a menopausa ou com as doenças da tiroide. Outras causas menos frequentes são: “tendinites” dos flexores dos dedos, sequelas de fracturas do punho, a neuropatia diabética ou artrite reumatoide/ doenças reumatismais.

O diagnóstico de Síndroma do túnel cárpico, é estabelecido com testes específicos de ordem clínica e se justificável, complementado por
um electromiograma.

Tratamento

Tratando-se de uma compressão do nervo, geralmente os tratamentos não-cirúrgicos (talas de imobilização, reabilitação/“fisioterapia”, infiltrações com corticoides), apenas dão algum alívio temporário, podendo ser considerados apenas nas fases inicias ou de sintomatologia intermitente.

Nas fases mais avançadas, com dormência e dor persistente ou perda da força, apenas uma descompressão com uma “pequena cirurgia” pode libertar o nervo mediano. Através de uma pequena incisão da pele (dois centímetros) e com anestesia local, faz-se um alargamento significativo do “túnel” e liberta-se o nervo do ligamento. Esta pequena-cirurgia deve incluir o rigor
necessário para evitar complicações; realiza- se em ambulatório e permite o regresso imediato a casa. O tratamento cirúrgico deve ser realizado precocemente, de modo a evitar sequelas neurológicas, por vezes irreversíveis.

Após duas semanas de cirurgia e seguindo um plano específico de reabilitação, o paciente tem a capacidade para retomar todas as suas atividades, incluindo as de carácter laboral geral.

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