Como é a menstruação de quem tem endometriose

A endometriose é a implantação de tecido do útero em outros órgãos do corpo da mulher, como ovários, bexiga e intestino, causando inflamação e dor abdominal. Entretanto, muitas vezes é difícil detectar a presença desta doença, pois os sintomas acontecem mais frequentemente durante a menstruação, o que pode confundir a mulher.

Para saber se a dor é somente cólica menstrual ou está sendo causada pela endometriose, deve-se ficar atenta à intensidade e localização da dor, devendo-se suspeitar da presença de endometriose, quando há:

  • Cólica menstrual muito intensa ou mais intensa do que a habitual;
  • Cólicas abdominais fora do período menstrual;
  • Sangramento muito abundante;
  • Dor durante o contato íntimo;
  • Sangramento ou dor na urina ou intestino, durante a menstruação;
  • Cansaço crônico;
  • Dificuldade para engravidar.

Entretanto, antes de confirmar a endometriose, é necessário excluir outras doenças que também causam estes sintomas, como síndrome do intestino irritável, doença inflamatória pélvica ou infecção urinária, por exemplo.

Na presença dos sinais e sintomas que indiquem endometriose, deve-se procurar o ginecologista, para avaliar as caracteristicas da dor e do fluxo menstrual, e para que sejam feitos os exames físico e de imagem, como ultrassom transvaginal, o que pode levar ao diagnóstico.

Em alguns casos, o diagnóstico pode não ser conclusivo, sendo indicada a realização de uma videolaparoscopia para confirmação, que é um procedimento cirúrgico com uma câmera que irá procurar, nos vários órgãos abdômen, se tecido uterino se desenvolvendo.

Em seguida, é iniciado o tratamento, que pode ser com anticoncepcional ou cirurgia.

Fonte: https://www.tuasaude.com/dor-menstrual-e-endometriose/

O principal sintoma da doença é a cólica menstrual, que, em muitos casos, pode ser tão intensa a ponto de deixar a paciente incapaz de cumprir suas tarefas do dia a dia. Conheça 6 fatos sobre endometriose.  

A endometriose é caracterizada pela implantação do endométrio (tecido que reveste a cavidade uterina) fora do útero. Em um processo normal, a mulher elimina o endométrio durante a menstruação. Contudo, algumas células podem migrar no sentido oposto e se alojar na cavidade abdominal, multiplicando-se e provocando uma reação inflamatória.

Veja também: Ouça o episódio de Por Que Dói? sobre endometriose

O principal sintoma da doença é a cólica menstrual que, em muitos casos, pode ser tão intensa a ponto de deixar a paciente incapaz de cumprir suas tarefas do dia a dia. Além disso, dor durante a relação sexual, dificuldade para engravidar após um ano de tentativa e alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação também podem ser sinais da endometriose. Em casos avançados, a dor pode ocorrer também fora do período menstrual. Conheça alguns fatos importantes sobre a doença:

1) Atividades físicas são especialmente benéficas para as pacientes

Os exercícios são essenciais para que a doença seja administrada corretamente. A recomendação é que as pacientes pratiquem uma atividade aeróbica regrada, de três a quatro vezes na semana, durante 30 ou 40 minutos. Caminhada, corrida, natação e bicicleta são boas opções que ajudam a diminuir o limiar estrogênico e a melhorar a imunidade.

2)  O estresse é um fator de risco para o surgimento da endometriose

A menstruação retrógrada leva o endométrio para a cavidade abdominal e a imunidade tem algum papel ao permitir que ele se desenvolva na região. Por isso, estuda-se a influência de várias questões ligadas à imunidade da paciente, e uma delas é o estresse. Mulheres com endometriose têm maiores traços de estresse e ansiedade.

As condições ambientais e a exposição a poluentes de combustão, como as dioxinas, também são fatores que têm sido associados ao problema.

3) O acompanhamento psicológico pode ser aliado no tratamento da doença

As características emocionais das pacientes, principalmente das mulheres muito detalhistas e exigentes e que sofrem de estresse e/ou ansiedade, devem ser levadas em conta. Assim, a psicoterapia pode fornecer o apoio necessário para ajudá-las a lidar melhor com os aspectos emocionais que podem estar relacionados ao surgimento da doença, como estresse, e/ou se agravar em decorrência dela, como ansiedade causada pela dificuldade de engravidar.

Veja também: Endometriose

4) O tratamento pode ser cirúrgico ou clínico

Nos casos em que a endometriose já está avançada, é necessário tratamento cirúrgico acompanhado de complementação clínica. Já para os casos em fase inicial, existe a possibilidade de tratamento clínico com pílula anticoncepcional combinada ou só com progesterona. O procedimento cirúrgico utilizado na grande maioria dos casos é a laparoscopia, método minimamente invasivo feito sob anestesia por meio de pequenas incisões no abdômen. A cirurgia convencional, na qual se abre o abdômen, é utilizada em uma pequena parcela de casos, quando existem aderências ou sangramentos mais graves.

5) A endometriose está relacionada à infertilidade feminina

Pacientes com doença avançada e obstrução nas tubas uterinas que impeça o espermatozoide de chegar ao óvulo têm um fator anatômico que justifica a infertilidade. Além disso, algumas questões hormonais e imunológicas podem ser a razão de mulheres com endometriose leve não conseguirem engravidar. No entanto, após o tratamento, muitas podem recuperar a fertilidade, principalmente aquelas em que as tubas não tiverem sofrido obstrução.

6) A doença pode atingir mulheres desde a primeira até a última menstruação

A média de idade quando o diagnóstico é feito é de 32 anos (sendo que em 40% dos casos as pacientes já estavam com a doença havia cinco anos ou mais), mas a endometriose pode ocorrer também na adolescência e após os 40 anos. Entre 40% e 50% das adolescentes que têm cólicas intensas (que as deixam incapacitadas de realizar tarefas básicas) podem ter endometriose.

Fonte: Dr. Maurício Simões Abrão, médico ginecologista, professor na Universidade de São Paulo (USP) e diretor do setor de endometriose do Hospital das Clínicas, em entrevistaa este Portal.

Qual a cor da menstruação de uma pessoa que tem endometriose?

No período intermediário, por sua vez, o tom deve ser mais avermelhado. Em portadoras de endometriose quando associado a adenomiose, porém, o volume de sangramento tende a ser significativamente mais intenso, que ultrapassa a variação considerada normal (entre 30 e 80 ml por ciclo).

Quem tem endometriose sangra muito?

Dependendo da gravidade do quadro, a endometriose pode provocar dores muito intensas e aumentar a quantidade de sangramento menstrual.