A produção para o mercado, as trocas monetárias e o espírito de lucro ressurgiram na Baixa Idade Média (séculos 12 a 15). Isso não chega a marcar o nascimento do capitalismo, pois não havia o trabalho assalariado. Pode-se, porém, falar no advento de um pré-capitalismo. Show A situação é uma decorrência da crise do feudalismo, com o aumento da população europeia e a consequente ampliação do consumo de roupas e alimentos, além das necessidades de moradia. Desse modo, um significativo contingente populacional iria mergulhar na marginalização ou, como se diz hoje em dia, na exclusão social. Violência e banditismo Servos eram expulsos dos feudos onde sempre viveram, vilões se viam forçados a deixar as vilas que habitavam. Resultado: mendicância e banditismo. Este último era reforçado até por gente da nobreza, pois os filhos mais novos dos senhores feudais, que não desfrutavam de uma herança substanciosa, podiam aproveitar suas atividades bélicas para atividades criminosas, como o saque e o sequestro. O aumento da violência, portanto, era também uma realidade, da qual as justas e os torneios entre cavaleiros são um inegável reflexo. Esses combates "esportivos" transformavam-se muitas vezes em verdadeiras batalhas campais. Desse modo, a Igreja se viu forçada a intervir para solucionar o problema. Por um lado, proclamou a "Trégua de Deus", que limitava o número de combates a 90 por ano. Simultaneamente, resolveu canalizar essa energia bélica para um fim religioso: a conquista dos locais sagrados do cristianismo no Oriente. Servos de Deus Estava-se numa época em que o poder papal se encontrava fortalecido, e é importante lembrar que, em termos de mentalidade, o homem da Idade Média é profundamente religioso, é um servo de Deus. Portanto, combater os muçulmanos, ainda que lhe rendesse as riquezas do Oriente, era também uma garantia da salvação de sua alma. Ao longo de mais de 200 anos, entre os séculos 11 e 13, foram realizadas oito Cruzadas. A mais longa durou seis anos e a mais curta, apenas um, acompanhe no quadro abaixo:
As Cruzadas tiveram consequências de grande importância para a história mundial. Reabriram a navegação do Mediterrâneo aos europeus e dinamizaram as relações comerciais entre o Ocidente e o Oriente. As cidades da Itália passaram a distribuir mercadorias orientais para a Europa: açúcar, arroz, algodão, café, marfim, frutas cítricas e especiarias. Propiciaram a economia baseada na moeda e no mercado e favoreceram o crescimento das cidades. Como as Cruzadas influenciaram o comércio europeu?O movimento provocado pelas Cruzadas trouxe o crescimento das rotas comerciais entre o oriente e o Ocidente, pelo mar Mediterrâneo, assim como das rotas localizadas no interior da própria Europa. A intensa atividade comercial, por sua vez, favoreceu o desenvolvimento das cidades.
Por que as Cruzadas favoreceram o desenvolvimento comercial do continente europeu?As principais consequências das Cruzadas foram:
- As Cruzadas proporcionaram também o renascimento do comércio na Europa. Muitos cavaleiros, ao retornarem do Oriente, saqueavam cidades e montavam pequenas feiras nas rotas comerciais. Houve, portanto, um importante reaquecimento da economia no Ocidente.
O que as Cruzadas trouxeram para a Europa?Consequências das Cruzadas
As cruzadas conseguiram restabelecer as relações europeias com o norte da África e a Ásia. Foram responsáveis pela reabertura do Mediterrâneo ao comércio internacional e pelo desenvolvimento do comércio ocidental.
Como as Cruzadas também contribuíram para o aumento do comércio?Dessa forma, mesmo não sendo uma solução duradoura para os problemas europeus, as Cruzadas foram importantes para a criação de um fluxo comercial que permitiu a introdução de várias mercadorias orientais no cotidiano da Europa.
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