Se a poliomielite já foi erradicada por que é importante manter campanhas de vacinação

Mesmo considerada erradicada do Brasil há quase 30 anos, a poliomielite ainda é uma doença que gera muita preocupação para saúde pública do país.

Uma das principais causas dessa preocupação é o fato da doença ser a causadora da paralisia infantil.

Por isso, anualmente, é importante ressaltar a importância da vacina contra poliomielite e os meios de prevenção contra o Poliovírus.

Sendo assim, neste artigo, você descobrirá tudo sobre Poliomielite e os tipos de tratamento usados na prevenção do vírus.

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A poliomielite é uma doença infectocontagiosa aguda, causada por um vírus de gravidade extremamente variável: o Poliovírus.

Essa doença pode afetar tanto adultos quanto crianças, mas por ser mais contraída na infância, ficou conhecida como “paralisia infantil”.

Esse é o principal motivo do Ministério da Saúde reforçar o apelo para a vacina contra poliomielite nos primeiros anos de vida.

Não há registro de casos de Poliomielite no país desde 1989 e isso fez com que, em 1994, o Brasil obtivesse o certificado de erradicação do poliovírus selvagem autóctone pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

Embora o poliovírus seja considerado erradicado, certamente ele ainda é uma ameaça devido ao risco de ser importado de países onde ainda há assolação constante.

Por exemplo, em países como Afeganistão, Paquistão e na Nigéria o vírus ainda é ativo.

Como acontece transmissão da poliomielite?

O contágio do Poliovírus acontece via oral, por meio de água ou alimentos contaminados. O contato com fezes ou secreções expelidas pela boca de pessoas infectadas também transmite o vírus.

Logo, a multiplicação do vírus e seu desenvolvimento ocorrem na garganta e no intestino, locais que permitem acesso ao organismo.

Após entrar em contato com o organismo, o vírus ataca o sistema nervoso, onde faz a degradação dos neurônios motores.

Assim, o poliovírus causa paralisia flácida de algum membro do corpo e, em casos mais raros, levando a óbito o indivíduo contaminado.

O período de incubação pode variar entre o 5º ao 35º dia, com mais frequência a partir do 7º e 14º dia.

Quais são os principais sintomas da poliomielite?

Em alguns casos, a Poliomielite se apresenta de forma assintomática, ou seja, não demonstra nenhum sintoma.

Entretanto, mesmo assintomático, o Poliovírus pode ser transmitido, o que reforça a importância da vacina contra poliomielite, pois, a prevenção é essencial.

A poliomielite pode se apresentar em dois tipos, a não-paralítica e a paralítica, sendo que seus sintomas podem variar, por isso é importante identificá-las com precisão.

Não-paralítica

Essa é a forma mais comum da Poliomielite.

Quando infecta o indivíduo, muitas das vezes os sintomas demoram para surgir e quando surgem são similares ao de outras doenças, como a gripe.

Os sintomas da poliomielite não-paralítica podem ser por exemplo:

  • dor de cabeça;
  • febre;
  • fadiga;
  • fraqueza muscular ou sensibilidade;
  • dor nas costas ou rigidez muscular;
  • garganta inflamada;
  • meningite;
  • dor ou rigidez nos braços e nas pernas.

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Poliomielite paralítica

Em alguns casos a infecção pelo Poliovírus pode ocasionar a poliomielite paralítica ou abortiva, como também é conhecida.

Essa forma da doença pode receber outros nomes, dependendo do “local” afetado, como a Poliomielite espinhal (quando afeta a espinha) e a bulbar (quando afeta o cérebro)

Os sintomas da poliomielite paralítica podem ser similares à da não-paralítica, como dores de cabeça frequentes. Em casos específicos, há novos sintomas, como:

  • dores musculares graves ou fraqueza;
  • perda dos reflexos;
  • membros soltos e flácidos, muitas vezes pior em um lado do corpo.

Como é feito o diagnóstico da poliomielite?

O diagnóstico da poliomielite pode ser feito por meio de exames laboratoriais de fezes para a identificação do vírus.

É importante que o paciente também realize o exame de líquor (que analisa o líquido cefalorraquidiano) ou a eletroneuromiografia (que avalia a existência  de lesões no tecido nervoso). E por fim, o teste dos anticorpos IgM (que identifica infecção no sistema sanguíneo).

Em conclusão, é importante que o diagnóstico da poliomielite aconteça para que o paciente não a confunda com as demais doenças virais e, assim, faça o tratamento correto.

O que é síndrome Pós-poliomielite (SPP)?

A Síndrome Pós-Poliomielite se trata de uma desordem cerebral que surge, geralmente, em pessoas por volta dos 40 anos de idade e que contraíram a doença aproximadamente 15 anos antes.

O motivo da síndrome não é a reativação do vírus no corpo, mas sim o desgaste dos neurônios que estavam próximos daqueles que foram destruídos pelo vírus anteriormente.

Os sintomas da Síndrome Pós-Poliomielite podem ser:

  • cãibras;
  • dor de cabeça;
  • cansaço excessivo;
  • hipersensibilidade ao frio;
  • dores musculares e nas articulações;
  • dificuldade de deglutição e distúrbios do sono;
  • controlar os esfíncteres;
  • depressão;
  • problemas respiratórios.

Diagnóstico da Síndrome Pós-Poliomielite (SPP)

O diagnóstico da SPP pode ser feito após o prazo de um ano que o paciente tenha sofrido poliomielite, ao observar a persistência dos sintomas citados acima.

Portanto, um dos exames que pode identificar a doença é a eletroneuromiografia, que detecta lesões no sistema nervoso e ajuda a encontrar sintomas de outras doenças degenerativas.

Qual o tratamento para SPP?

Não existe um tratamento predeterminado para a Síndrome Pós-Poliomielite.

Mas, a prática de exercícios aeróbicos, alongamento e fisioterapia podem ajudar no tratamento, assim como o suporte de bengalas, andadores e medicamentos para combater as dores e a ansiedade.

Qual o tratamento para poliomielite?

Assim como muitas outras doenças virais, não existe um tratamento específico para poliomielite.

Porém, é possível realizar alguns procedimentos que ajudam no controle das complicações e redução dos riscos de mortalidade pelo poliovírus.

Por isso, é importante que a pessoa debilitada pela doença seja hospitalizada para que seu quadro clínico seja avaliado e, assim, receba as devidas orientações e tratamento.

Recomendações:

  • repouso absoluto para reduzir o risco de paralisia;
  • tratamento sintomático de dores por meio de analgésicos receitados pelo médico;
  • internação em casos de paralisia e alterações respiratórias;
  • procurar um acompanhamento ortopédico.

Como se prevenir contra a poliomielite?  

O único meio de prevenção para essa doença é a vacina contra poliomielite, que pode ser de dois tipos:

Vacina contra Poliomielite VIP ou Salk

Vacina Inativada Poliomielite (VIP) é uma vacina aplicada de forma intramuscular que contém amostras “mortas” desse vírus.

A vacinação VIP também está incluída na caderneta de vacina e é indicada para gestantes, pessoas que possuem a imunidade baixa e quem pretende viajar para o exterior.

Vacina contra poliomielite VOP (Gotinha)

Vacina oral poliomielite é administrada nos primeiros anos de vida e que também faz parte da caderneta de vacina.

É importante que as crianças a partir dos 2 meses até os 5 anos de vida recebam doses anuais dessa vacina.

Vacinas indicadas para prevenção da poliomielite

A prevenção contra o Poliovírus é feita por meio de dois tipos de vacinas. São elas:

Vacina Pentavalente: proteção contra difteria, coqueluche, tétano, haemophilus influenzae B e Poliomielite;

Vacina Hexavalente: proteção contra difteria, coqueluche, tétano, haemophilus influenzae B, Poliomielite e hepatite B.  

Programa Nacional de Imunização

Como já foi dito, a prevenção contra poliomielite deve ser constante. Da infância até a fase adulta.

Com base em diretrizes criadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil realiza campanhas de prevenção de doenças virais anualmente e uma delas é da vacina contra Poliomielite.

Contudo, é importante que a criança receba as doses da vacina pontualmente como consta na caderneta e que continue com as aplicações das vacinas de reforço na fase adulta.

Principalmente em casos de viagens para países onde a Poliomielite ainda é endêmica, como em algumas partes da África e Ásia.

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Onde encontro a vacina contra Poliomielite ?

Essa importante vacina é fornecida gratuitamente pelo Ministério da Saúde em unidades de saúde espalhadas por todo Brasil.

Verifique quais as datas de disponibilidade da vacina e onde poderá ser tomada.

O Hermes Pardini também oferece a vacina contra Poliomielite e Paralisia Infantil nas suas unidades pelo Brasil.

Por isso, busque a unidade mais próxima de você e não esqueça de levar o seu cartão de vacinas, ele é essencial!

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Porque é importante manter campanhas de vacinação da poliomielite?

Poliomielite (paralisia infantil) é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos e em casos graves pode acarretar paralisia nos membros inferiores. A vacinação é a única forma de prevenção.

Por que a vacinação contra pólio ainda é necessária em nosso país mesmo que a doença não ocorra por aqui há quase 30 anos?

Poliomielite, saiba a importância da imunização8 minutos de leitura. Mesmo considerada erradicada do Brasil há quase 30 anos, a poliomielite ainda é uma doença que gera muita preocupação para saúde pública do país. Uma das principais causas dessa preocupação é o fato da doença ser a causadora da paralisia infantil.

Qual a importância da vacina contra a paralisia infantil?

Entretanto, mesmo em casos assintomáticos, a pessoa pode transmitir o Poliovírus para outras. Esse é mais um motivo que reforça a importância da vacina contra a Poliomielite, já que o imunizante consegue frear a cadeia de transmissão do vírus.

O que a vacina contra a poliomielite evita?

A vacina é indicada para prevenir contra a poliomielite causada por vírus dos tipos 1, 2 e 3. O Programa Nacional de Imunização - PNI, recomenda a vacinação de crianças a partir de 2 meses até menores de 5 anos de idade, como doses do esquema básico.