São medidas de prevenção da progressão da insuficiência renal crônica?

Insuficiência Renal Crônica e os Principais Diagnósticos e Intervenções de Enfermagem: revisão bibliográfica
Por Talita Portella e Socorro de Lima Paé

A Insuficiência Renal Crônica – IRC consiste em patologia de grande relevo no campo da saúde pública. Dentre as várias complicações decorrentes desta moléstia, destacam-se: hipotensão ou hipertensão arterial, câimbras musculares, náuseas, dentre outros. Este artigo tem como objetivo a análise acerca dos cuidados de enfermagem à pessoa acometida de IRC, conforme descriminação literária acerca da temática abordada. Faz-se uma abordagem sobre as principais ações de orientação em saúde, bem como cuidados com as complicações decorrentes da IRC e a vigilância assistencial no tratamento e prevenção da progressão da IRC, além das estratégias de enfrentamento utilizadas pelos pacientes. Conclui-se, por sua vez, que são inúmeros os cuidados que poderão ser desenvolvidos pelo profissional na área da enfermagem.

Palavras-Chaves: Insuficiência Renal Crônica, Diagnósticos de Enfermagem, Intervenções.

1. INTRODUÇÃO
A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é uma moléstia de alta gravidade, sendo considerada uma das patologias mais comuns em hospitais do mundo todo, de crescimento alarmante (REY, 2010). O comprometimento da função hepática traz sequelas preocupantes ao funcionamento do organismo, pois os rins são essencialmente importantes para a vida do ser humano, pois regulam a Pressão Arterial Sistêmica, filtração do sangue, eliminação do excesso de medicamentos e toxinas, produção de hormônios e controle quantitativo de sal e água no organismo (SESSO, 2006).

A Sociedade Brasileira de Nefrologia (2011) considera que um dos aspectos mais preocupantes da IRC é que a doença pode ser ou não assintomática, nem sempre sendo possível aos profissionais de saúde diagnosticar a doença na sua fase inicial, o que pode ocasionar alterações irreversíveis, como a perda do órgão.

O desenvolvimento de pesquisas na área tem se mostrado relevante para tentar prevenir o surgimento desta patologia. Por esse motivo, é necessário o alerta a população em geral, principalmente os grupos de maior risco, como os portadores de Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica, Glomerulonifrites (moléstia renal que tem como causa primária a lesão dos glomérulos de Malpighi), além de parentesco com portadores de determinadas doenças renais (SESSO, 2006).

Dentre as patologias referidas, o Diabetes e a Hipertensão possuem maior prevalência nos indivíduos em geral e se concentram como as duas principais causas de IRC, trazendo como resultado a necessidade de tratamento por hemodiálise e a espera por transplante renal.

O monitoramento da função renal pode ser feito por meio de exames de urina, de sangue, com o objetivo de indicar a quantidade de proteína eliminada por meio da urina e os respectivos níveis séricos (quantitativos) de uréia e creatinina. Em que pese a existência de tais exames básicos, nem sempre os sintomas de simples identificação.

A IRC, além de ser assintomática, pode apresentar alguns sintomas mais corriqueiros, como redução da diurese (oligúria), astenia, icterícia, edema peripalpebral e nos tornozelos, disúria durante a micção, demais sintomas ocasionados pela elevação de ureia no sangue (uremia) como mal estar, paladar amargo na boca, cansaço, sonolência, dentre outros (SBN, 2014).

Cumpre destacar, ainda, a necessidade de sistematizar esta patologia de grande inserção nos quadros clínicos verificados na rotina hospitalar, o que tem gerado o aumento de pesquisas acerca do tema.

A ocorrência das causas varia conforme a faixa etária e com a população de pacientes portadores de doença renal crônica estudada em diálise ou não (ANDOROGLO, SARDENBERG e SUASSUNA, 1998).

Com relação aos tratamentos é recomendado o controle da Diabetes Mellitus, da Pressão Arterial Sistêmica, da dieta, além de hemodiálise e transplante renal. Na hemodiálise, o médico responsável prescreverá a frequência e a dosagem do tratamento, analisando o estado do organismo do paciente, da sua dieta alimentar e a ingestão de líquidos.

Apesar de ser um tratamento eficiente, compromete a qualidade de vida do paciente, pois passa a necessitar de aparelhagem por um longo período ou até realizar intervenção cirúrgica com o transplante dos rins, já que a perda da função hepática é irreversível (TRAVAGIM, 2014).

Convém expor que os dados estatísticos a respeito da IRC descrevem a existência de aproximadamente um milhão de pessoas com essa patologia em tratamento dialítico mundialmente (HAFEZ; ABDELLATIF; ELKHATIB, 2006).

Ademais, a enfermidade ora em análise é considerada a mais comum em hospitais, alcançando a porcentagem de 5% em UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo), ocasionados por diversas razões que reverberam nesta evolução, como pós-trauma, pós-cirúrgico, insuficiência cardíaca, choque séptico e outros (COSTA, 2003).

Nesse contexto, tem-se que a moléstia em questão é considerada uma das mais graves dentro dos quadros da saúde em geral, o que leva a uma exigência pela busca de medidas e estratégias no sentido de reduzir a IRC a um quadro cada vez mais individualizado e holístico (BITTAR et al, 2006).

Para tanto, prima-se pelo uso da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), por meio do qual os profissionais do setor de enfermagem se valem da aplicação de conhecimentos técnicos e científicos no cuidado dos pacientes (BITTAR et al, 2006).

Assim, sem pretender esgotar a discussão acerca do tema, o presente artigo tem como objetivos principal analisar a IRC, trançando suas causas, sintomas ou ausência deles, os grupos de riscos e destacar os principais diagnósticos e intervenções de enfermagem relacionados a patologia. Reiterando a necessidade cada vez maior de pesquisa na área, dada a sua relevância clínica e social.

2. MÉTODOS

2.1 Tipo de estudo
Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, exploratório sobre a Insuficiência Renal Crônica e os Principais Diagnósticos e Intervenções de Enfermagem relacionados à patologia.

2.2 Campo de estudo
A pesquisa foi realizada em livros, sites de busca convencionais e especializados, revistas e artigos científicos, dissertações de mestrado.

A seleção teve como critérios de inclusão: artigos que tratem da Insuficiência Renal Crônica (IRC), casos clínicos, tratamentos, medidas de prevenção e orientação de pacientes, vinculados as atribuições da Enfermagem.

A busca na internet foi realizada em um site da Biblioteca Virtual em Saúde do Centro de Documentação Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (BIREME) – a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) utilizando como descritores: “Insuficiência Renal Crônica”, “Diagnósticos de Enfermagem” e “Intervenções de Enfermagem”.

No levantamento realizado foram identificadas 80 (oitenta) publicações, dentre artigos, dissertações e manuais. Deste total, 52 (cinquenta e dois) foram excluídas por não abordar à Insuficiência Renal Crônica na área da saúde e por serem repetidas. Dessa forma, apenas 28 (vinte e oito) foram consideradas para análise.

Foram observadas, de todas as publicações analisadas, 5 (cinco) pesquisas relacionadas à Insuficiência Renal Crônica realizadas no Brasil, todas envolvendo profissionais de enfermagem, das quais foram comparadas para demonstrar os tratamentos no Brasil.

2.3 Análise de dados
A análise foi realizada em três etapas: críticas das informações e dados coletados, leitura seletiva e interpretação dos dados e publicações.

2.4 Aspectos éticos na pesquisa Científica
As produções científicas no que tange à questão ética são foco de situações fraudulentas, e, portanto, não estão imunes a estas circunstâncias. As mesmas evidenciam-se desde a não citação de fontes, autoria indevida, coleta inadequada, até a forma como são tratados os dados de maneira incorreta. A pesquisa em lide está pautada nos princípios éticos da Lei dos Direitos Autorais de nº 9.610, que se refere ao respeito aos direitos autorais das publicações citadas (GOLDIM, 2007).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Insuficiência Renal é uma patologia em que os rins, órgão vital ao ser humano, perdem a capacidade de cumprir suas funções básicas. Existem dois tipos de Insuficiência Renal: a chamada Insuficiência Renal Aguda (IRA), que se caracteriza quando surge uma súbita e veloz perda da função renal e a Insuficiência Renal Crônica (IRC), caracterizada pela perda vagarosa, progressiva e irreversível da função hepática (COSTA, 2003). Este trabalho concentra-se neste segundo tipo de Insuficiência Renal, a IRC.

A IRC possui alguns traços característicos, considerando que a perda da função hepática ocorre de modo lento e continuado, acarretando, assim, progressiva sobrecarga de toxinas no sangue (PINHEIRO, 2016).

Os rins são órgãos essenciais a vida humana, são eles responsáveis pela eliminação de toxinas, controle dos níveis de eletrólitos (sais minerais) do sangue, além do controle do PH do sangue, dos níveis de água do corpo (PINHEIRO, 2016).

Em termos técnicos, os rins possuem função de excreção de catabólitos, que resultam, sobretudo, da filtração glomerular. Assim, tem-se que a IRC se caracteriza pela perda progressiva da filtração glomerular, a ser diagnosticada clinicamente pela chamada taxa do clearance de creatinina em urina colhida durante 24 horas (GONÇALVES, 2010).

Convém detalhar que o nível elevado de creatinina é um dos indicadores de presença de insuficiência renal, tal substância deriva da quebra de proteína chamada creatina fostato (DRAIBE; AJZEN, 2013).

Pode-se citar, ainda, como uma de suas funções principais a produção de hormônios que controlam a pressão arterial, produção de vitamina D, dentre outras funções (PINHEIRO, 2016).

Conforme já explicitado, a IRC é caracterizada pela perda progressiva da função renal. Conforme a função renal apresenta diminuição, os resíduos finais do metabolismo protéico, que geralmente são liberados através da urina, acumulam-se em nível de corrente sanguínea (COSTA, 2003).

A este quadro, dá-se a denominação de uremia, que afeta de maneira negativa o funcionamento de todo o metabolismo do corpo humano. Nesse caso, quanto maior o acúmulo de resíduos, mais grave será o diagnóstico (SMELTZER; BARE, 2002).

Levando em conta a gravidade do diagnóstico e a análise acerca do acúmulo de resíduos, a nomenclatura científica convencionou classificar a patologia objeto do presente estudo em três estágios (ANDOROGLO, SARDENBERG e SUASSUNA, 1998).

O primeiro estágio é denominado de reserva renal reduzida, em que há um déficit de 40% a 75% do néfron. É costumeiro neste estágio a não ocorrência de qualquer sintoma, pois o néfrons remanescentes conseguem suprir a capacidade renal (SMELTZER; BARE, 2002).

Por sua vez, o segundo estágio é chamado de insuficiência renal, em que há a perda de 75% a 90% da função renal. Neste estágio, há uma elevação das taxas de creatinina e da uréia séricas, levando o rim a perder a sua capacidade de concentrar a urina, com a consequente evolução para um quadro de anemia. Há, ainda, a possibilidade de poliúria e nictúria (REY, 2011).

Por fim, o terceiro estágio é chamado de doença renal em estágio terminal (DRET), na qual subsiste menos de 10% do néfron. Consiste no estágio final da doença renal crônica, no qual há um comprometimento grave das funções típicas dos rins, ou seja, das funções reguladoras, excretoras e secretoras (SMELTZER; BARE, 2002).

Quando o paciente chega a esse ponto, a diálise é geralmente prescrita, o que possibilita a reversão de muitos sintomas decorrentes da uremia (ANDOROGLO, SARDENBERG e SUASSUNA, 1998).

Há uma gama extensa de possíveis etiologias da patologia, considerando-se as mais corriqueiras o Diabetes e a Hipertensão Arterial, consideradas as principais que resultam na necessidade de tratamento dialítico e possível transplante renal, podendo-se citar, ainda, como outras etiologias a Glomerulonefrite Crônica, Lúpus Eritematoso dissimulado, além das doenças hereditárias como rins policísticos (PRADO; RAMOS; VALLE, 2007).

A IRC pode ser assintomática ou possuir sintomas de difícil percepção, isso se deve ao fato de que esse tipo de insuficiência renal se manifesta lentamente, fazendo com o organismo do paciente possua um lapso temporal para se adaptar ao mau funcionamento dos rins, trazendo como consequência a percepção tardia da patologia. (PINHEIRO, 2016). Portanto, a central característica da IRC é ser uma doença silenciosa.

Essa característica (silêncio) demonstra a necessidade de divulgação cada vez maior das suas causas e consequências, muitas pessoas da sociedade acreditam que podem identificar um rim enfermo associando-o com presença de dor ou pelo aumento ou diminuição da quantidade de urina expelida. O que tem se mostrado um grande erro (PINHEIRO, 2016).

O órgão possui baixa inervação, e, por isso, um quadro de dor somente ocorre em caso de inflamação ou dilatação. Observa-se que, nos casos de IRC, nem um nem outro possui relação com a doença, o portador da patologia pode evoluir para o diagnóstico sem ter sentido qualquer dor anteriormente (PINHEIRO, 2016). Daí o importante papel dos profissionais de saúde, como o Enfermeiro, na divulgação de informações da patologia.

Dentre os tratamentos de Enfermagem voltados a IRC, observa-se a necessidade de acompanhamento por um profissional experiente, com o objetivo de evitar complicações da função renal reduzida (SMELTZER; BARE, 2002), além de um trabalho psicossocial, já que o profissional de Enfermagem tem que lidar com as ansiedades e estresses de um paciente com uma patologia em que há risco de morte.

Pode-se traçar alguns exemplos das análises que podem ser realizadas pela Enfermagem para identificar pacientes nessas condições como nutrição modificada com redução das necessidades corporais, relacionada à anorexia, náuseas e vômitos e mucosa oral alterada; fadiga, excessos na dieta e retenção de água e sódio (SMELTZER; BARE, 2002). Para cada diagnóstico há prescrições específicas de Enfermagem e critérios de avaliação do paciente.

O cuidado de Enfermagem foca-se na avaliação do estado hídrico e identificação das potencias fontes de desequilíbrio, além de orientações para implementação de um programa de dieta, objetivando garantir a ingestão nutricional adequada, além de incentivar o bem-estar psicológico do paciente (SMELTZER; BARE, 2002).

Passa-se, neste ponto do artigo, a análise detalhada da atuação do profissional de saúde, especificadamente, da enfermagem no tratamento da patologia.

3.1 Diagnósticos e Intervenções de Enfermagem do paciente em tratamento de IRC
O enfermeiro ocupa uma posição de suma relevância no cuidado e tratamento do paciente com IRC, uma vez que esse profissional da saúde pode incentivar o autocuidado, ajudando na adesão do paciente ao tratamento, além de estimulá-lo a enfrentar e superar as mudanças no cotidiano e a manter o seu bem-estar (CUNHA, 2013).

Dessa forma um dos principais métodos de trabalho da equipe de Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), consiste em fazer do enfermeiro um instrumento de incentivo, apoio, ajuda e atenção, que implicam em colocar em prática os seus conhecimentos técnicos no trabalho de assistência ao paciente, definindo o seu papel no auxílio do processo de recuperação e tratamento do paciente (CUNHA, 2013).

Além de colaborar para a organização de todo o processo, o direcionamento do trabalho do profissional da enfermagem e a busca de um melhor relacionamento deste com o paciente em tratamento, vez que a aplicação da SAE aproxima o profissional do paciente, ocasionando, portanto, um cuidado humanizado, individual, coerente, sistematizado e de qualidade (CUNHA, 2013).

Em um contexto mundial, os principais estudos mostram que a assistência de enfermagem ao paciente com IRC tem como principal escopo a orientação/educação, pois esta ocorre de forma constante nos centros de hemodiálise, a cada encontro, no momento das sessões de diálise (CUNHA, 2013).

É imperioso destacar que os desafios desse procedimento educacional devem estar voltados para a aderência ao método de tratamento, pela imprescindível transformação nos hábitos de vida do paciente portador da aludida moléstia (CUNHA, 2013).

Analisando os prováveis diagnósticos e intervenções que a equipe de profissionais de enfermagem pode constar em pacientes portadores de IRC, segundo a literatura de Cunha (2013), Smeltzer; Bare (2002), Muniz (2015), Rey (2011) e Travagim (2014), destacam-se os seguintes diagnósticos:

  1. Excesso de volume de líquido, devido ao processo patológico.
  2. Nutrição alterada (inferior às exigências corporais), devida a anorexia, náuseas, vômitos e dieta restritiva.
  3. Não-aceitação do esquema terapêutico, devida às restrições impostas pela IRC e seu tratamento.
  4. Eliminação urinária prejudicada
  5. Padrão de sono prejudicado
  6. Baixa auto estima situacional
  7. Intolerância à atividade relacionada à fadiga, anemia e procedimentos de diálise
  8. Integridade da pele prejudicada, devido ao congelamento urémico e alterações nas glândulas oleosas e sudoríparas.

Ainda conforme análise da doutrina de Cunha (2013), Smeltzer; Bare (2002), Muniz (2015), Rey (2011) e Travagim (2014), destacam-se as principais Intervenções de Enfermagem:

  1. Manter o equilíbrio hidroeletrolítico.
  2. Manter o estado nutricional adequado.
  3. Manter a integridade cutânea.
  4. Manter a pele limpa e hidratada
  5. Aplicar pomadas ou cremes para o conforto e para aliviar o prurido.
  6. Administrar medicamentos para o alívio do prurido, quando indicado.
  7. Evitar a constipação.
  8. Estimular dieta rica em fibras lembrando-se do teor de potássio de algumas frutas e vegetais.
  9. Proporcionar massagem para as câimbras musculares intensas.
  10. Administrar medicamentos conforme prescrito.
  11. Preparar o paciente para diálise ou transplante renal, caso necessário.
  12. Oferecer pequenas refeições a cada 3 horas com a finalidade de reduzir as náuseas e facilitar a administração de medicamentos.
  13. Encorajar e possibilitar que o paciente tome certas decisões.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O artigo buscou traçar um panorama acerca da Insuficiência Renal Crônica, fornecendo dados e bibliografia que demonstram a propagação preocupante da patologia, considerada grave e silenciosa, trazendo consequências danosas, por tratar-se de comprometimento de órgão essencial ao funcionamento do corpo humano.

A abordagem científica esmiuçada no presente artigo explicitou a necessidade premente de divulgação das consequências e etiologias da enfermidade, delimitando os grupos de riscos, sobretudo os pacientes com diagnóstico de Diabetes e Hipertensão Arterial.

Frisa-se que também é papel do profissional de enfermagem colaborar com a divulgação e promoção da educação dos cuidados de saúde, com vistas a orientar pacientes acerca das medidas paliativas.

Dentro do quadro clínico de paciente com IRC foram traçados uma série de diagnósticos que podem ser fornecidos pelo profissional de enfermagem, além relacionar as possíveis intervenções de enfermagem.

Nesse contexto, a assistência de enfermagem ao paciente com IRC é um instrumento científico útil e de grande valia, pois mostra que o trabalho desse profissional é de suma importância no tratamento do paciente renal crônico.

Portanto, o papel do enfermeiro no tratamento do paciente renal crônico é de extrema relevância para a eficácia da terapêutica. É necessário a busca constante pela implementação de novas estratégias técnicas, educativas e organizacionais a fim de promover-se um cuidado integral, seguro e eficiente.

Talita Raquel Almeida Portella
Maria do Socorro Rodrigues de Lima Paé

REFERÊNCIAS
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Qual a prevenção da doença renal crônica?

Por isso, pratique exercícios físicos, controle o colesterol, a glicose, o peso e a pressão arterial, não utilize medicamentos sem indicação médica, evite o excesso de sal e carnes vermelhas, faça exames periódicos e consulte seu médico com regularidade.

Quais os tratamentos e prevenção da insuficiência renal crônica?

No caso da insuficiência renal crônica, ou seja, a perda total ou parcial da função dos rins, é indicado o tratamento de diálise (hemodiálise ou diálise peritoneal) e o transplante renal. No caso da hemodiálise, o paciente deve comparecer a clínica três vezes por semana, para realização do tratamento.

Quais os cuidados para insuficiência renal?

Quais são os cuidados essenciais para doença renal crônica?.
reduzir a ingestão de proteínas;.
diminuir o sódio, encontrado em multiprocessados;.
evitar alimentos com fósforo, como leite, feijões, nozes e cerveja;.
tomar suplementos de cálcio e..
controlar a quantidade de potássio, evitando excessos ou deficiências..

Quais são os cuidados de enfermagem para insuficiência renal crônica?

Segundo a literatura pesquisada os cuidados de enfermagem prioritários durante a hemodiálise dizem respeito à monitoração dos sinais vitais, aferição do peso do paciente antes e após o tratamento, avaliação e monitoração de sinais flogísticos nas vias de acesso para hemodiálise e de outras medidas para prevenção e ...