Que relação é possível estabelecer entre o poema de Graça Graúna e a ideia de que o índio não é gente?

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GLISSANT, Edouard. Introduction à une poétique du divers. Paris: Gallimard, 1996.

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Que relação é possível estabelecer entre o poema de Graça Graúna e a ideia de que o índio não é gente?

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essenciais para o desenvolvimento da saúde da criança.
(CMC – PR) Leia o texto e responda às questões de 1 a 6.
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 4. Segundo o texto, entre os cuidados que se deve 
ter com as dietas alternativas para as crianças 
está 
a) permitir que elas escolham o que comer, pois 
é o caminho mais acertado para terem boa 
saúde.
b) alimentá-las exclusivamente com vegetais 
crus, já que é a escolha mais saudável e ga-
rante o pleno desenvolvimento intelectual.
c) garantir-lhes boa saúde intelectual e cogniti-
va com o hábito de limitar a alimentação do 
adolescente.
X d) proporcionar-lhes uma dieta balanceada, 
pois, nessa fase, as crianças têm mais necessi-
dade de vitaminas, minerais e proteínas para 
ter um bom desenvolvimento. 
e) liberar-lhes alimentos que engordam, pois 
favorecem o desenvolvimento intelectual e 
cognitivo.
 5. Assinale a alternativa em que se verifica o assun-
to principal do texto. 
a) Comer somente cereais é fundamental para o 
bom desenvolvimento intelectual da criança.
b) Comer o que o nutrólogo indicou é o cami-
nho certo para o adulto se desenvolver com 
saúde.
c) Restringir leguminosas no jantar da criança 
pode ser um risco para sua saúde.
d) Limitar a alimentação pode ser fundamental 
para a fase de crescimento.
X e) Ter uma dieta que restrinja fontes ricas em 
proteínas, para a criança em fase de cresci-
mento, é risco sério. 
 6. “Somente na idade adulta – e com orientação 
médica – os alimentos de origem animal pode-
rão ser substituídos sem comprometer a saúde”. 
A expressão sublinhada cumpre a função de
a) enumerar informações no texto.
b) comparar exemplos no texto.
c) observar as citações do texto.
X d) adicionar uma informação no texto. 
e) interrogar o leitor do texto.
 7. Releia o seguinte trecho: “Esses nutrientes são 
obtidos por meio de uma dieta balanceada [...].”
a) Trata-se de um caso de voz passiva sintética 
ou analítica? Justifique sua resposta.
Trata-se de um caso de voz passiva analítica, pois há 
locução verbal (são obtidos). 
 8. Complete as lacunas das orações a seguir com as 
formas nominais entre parênteses e, depois, clas-
sifique-as em infinitivo, gerúndio ou particípio. 
a) Roberta vive dizendo que 
sou muito esperta. 
 (dizer – gerúndio )
b) O trabalho foi realizado com 
dedicação. 
 (realizar – particípio )
c) Você deve fazer o possível para 
comparecer ao trabalho no horário marcado. 
 (fazer – infinitivo )
d) Estava tudo combinado : ama-
nhã iríamos viajar bem cedo. 
 (combinar – particípio )
e) Está chegando o grande dia 
em que conheceremos o novo Papa. 
 (chegar – gerúndio )
 9. Passe a frase a seguir para a voz passiva analítica. 
Em meio àquele tumulto, ele ia terminando o 
complicado trabalho.
O complicado trabalho ia sendo terminado por ele em meio 
àquele tumulto.
 
 
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A poética indígena 
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1. Vamos “grafismar”, ou seja, falar de grafismo indígena? Em grupos, apreciem os grafismos presentes 
nos rostos das indígenas, os quais, em geral, resultam de observação da natureza: são sínteses 
gráficas, combinadas a linhas, faixas e listras gregas. 
2. De modo geral, existe uma visão da arte indígena que a considera primitiva, ingênua e simples. 
Observando os grafismos, é possível concordar com essa visão? 
3. Que importância tem, para nós, brasileiros, o conhecimento sobre a cultura indígena, especialmente 
o conhecimento sobre os grafismos indígenas? 
“A literatura indígena é 
marcada pela tradição de 
uma narrativa com fortes tra-
ços da oralidade, ampliada 
por sistemas de representa-
ção por meio dos grafismos, 
que constituem uma narrativa 
outra, que difere do conceito 
estrito da palavra impressa. 
Os grafismos indígenas são 
narrativas de histórias e infor-
mações com uma linguagem 
e leitura própria, portanto 
devem ser valorizados na sua 
especificidade.”
SALLISA, Rosa. Literatura dos povos 
indígenas: traduções das experiências 
culturais para a escrita. Disponível em: 
<http://astrolabio.org.br/literatura-dos-
povos-indigenas/>. Acesso em: 16 jul. 2018. 
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Graça Graúna nasceu em São 
José do Campestre, Rio Grande do 
Norte. Descendente de potiguaras, 
formou-se em Letras pela Universi-
dade Federal de Pernambuco, onde 
fez o mestrado sobre mitos indíge-
nas na literatura infantil e o dou-
torado sobre literatura indígena 
contemporânea no Brasil. Publicou 
livros de poesia e a narrativa infan-
tojuvenil Criaturas de Ñanderu. 
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A grande diferença entre 
a escrita ‘ocidental’ e a escrita 
dos índios é que, para estes, o 
corpo da escrita, o corpo nos-
so, e o corpo da terra, se inte-
gram, multiplicadamente. 
ALMEIDA, Maria I. de. Desocidentada: 
experiência literária em terra indígena. Belo 
Horizonte: Editora UFMG, 2009.
GRAÚNA, Graça. Escrevivência indígena. Disponível em: <http://ggrauna.blogspot.com/2017/09/
escrevivencia-indigena.html>. Acesso em: 16 jul. 2018.
 1. No poema, a palavra “ancestralidade” significa
X a) identidade histórica, cultural e genética herdada dos ancestrais.
b) originalidade.
c) contemporaneidade.
d) posteridade.
 2. Explique o significado da expressão “dou conta” no poema.
Essa expressão pode ser entendida como “tomar consciência, perceber”.
 3. Em grupos, leiam o poema de Graça Graúna para concluir: Como a arte literária contribui (e continua 
contribuindo) para cada um de nós encontrar o seu “lugar no mundo”? 
Ajude os alunos a observar que a arte em geral, e a literária em particular, possibilita a busca e o encontro de um espaço no mundo. 
Quem lê e quem escreve literatura reflete sobre si e sobre o mundo. 
 4. Reúna-se com um colega e, juntos, discutam o título do poema: Escrevivência indígena. Qual é o signifi-
cado do neologismo “escrevivência”? De que forma esse título se relaciona com o conteúdo do poema? 
Anote suas conclusões. 
 
Poesia
O que dizem os povos indígenas ao escrever usando a escrita 
alfabética? 
Para responder a essa questão, recorremos a um poema da escrito-
ra indígena potiguara, crítica literária e professora de Literatura Graça 
Graúna, pseudônimo de Maria das Graças Ferreira. 
Poema 1
Comente que, no caso de escritores indígenas, a literatura dá voz à cultura indígena (seu modo de vida, seu modo de ver e entender 
o mundo). A palavra “escrevivência” une a ideia de escrita à de vida (vivência). Pela escrita, compartilham-se experiências, ideias... 
Ao mesmo tempo, a escrita dos povos indígenas retira esses autores do anonimato. A literatura indígena possibilita que os não 
indígenas conheçam esse povo e o respeitem.
Escrevivência indígena
Ao escrever
dou conta da ancestralidade, 
do caminho de volta 
do meu lugar no mundo
8o. ano – Volume 252
Contextualização.5
Grafismos indígenas.4
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 5. Leia agora esta fala de um indígena.
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BUENO, Domingos. Branco pensa que índio não é gente, que é 
igual passarinho... Disponível em: <https://www.xapuri.info/povos-
indigenas-2/indio-gente-passarinho/>. Acesso em: 16 jul. 2018.
a) Nessa fala do líder Kayngang, dois povos são 
mencionados de maneira genérica, quais são eles? 
Os povos dos brancos e o dos índios. 
b) Por essa fala, é possível perceber uma harmonia 
entre esses povos? Explique sua resposta. 
Espera-se que os alunos percebam, pela fala do líder 
Kayngang, que não há uma harmonia entre esses povos. 
A legenda do texto também chama a atenção para a falta
de visibilidade e para a violência contra os indígenas. 
 6. Que relação é possível estabelecer entre o poema 
de Graça Graúna e a ideia de que “índio não é gen-
te”? Em dupla, respondam a essa questão.
No poema, fica claro que ao indígena cabe reconhecer, muitas
vezes por meio da arte, seu lugar no mundo. O índio dessa forma 
deixa de ser invisível