Que cuidados a equipe deverá ter ao manipular o paciente durante o banho no leito?

Introdu��o

    O tema em estudo vem mostrar os relatos de experi�ncias vivenciados por quatro acad�micas de Enfermagem na realiza��o do procedimento de Banho no leito, durante suas aulas pr�ticas hospitalares, inserido na atividade curricular de Introdu��o � Enfermagem que enfatiza os estudos iniciais da enfermagem como ci�ncia e como profiss�o da �rea da sa�de, visando � aquisi��o de conhecimentos b�sicos te�rico-pr�ticos para a an�lise do n�vel de assist�ncia prestada ao paciente, reconhecimento de teorias da enfermagem e pr�tica de procedimentos simples nos diferentes agravos � sa�de, observando, registrando e comparando a rotina do profissional da �rea de sa�de com os ensinamentos vivenciados em sala de aula, buscando a compreens�o cr�tica da realidade.

    Dentro do proposto pela disciplina, est� inserido a assist�ncia hol�stica no atendimento de suas necessidades humanas b�sicas e torn�-lo capaz de realizar o auto cuidado. Todo cuidado de enfermagem � preventivo, curativo e de reabilita��o.

    As necessidades humanas b�sicas � a assist�ncia prestada pela enfermagem para ajudar no estado de integridade do indiv�duo, conscientes ou inconscientes, decorrentes da instabilidade dos fen�menos vitais.

    E, visando sucesso na assist�ncia ao ser humano, � necess�rio que se utilize o processo de enfermagem que s�o a��es sistematizadas e din�micas que atendam as necessidades de cada indiv�duo.

    Discutiremos a presta��o de cuidado da necessidade de higiene e conforto com abordagem ao banho no leito de maneira t�cnica e cient�fica e com depoimento de experi�ncias de acad�micas de enfermagem.

    O banho no leito � feito em indiv�duos enfermos ou fisicamente incapacitados de realizar o auto cuidado, pois a higiene pessoal � um fator muito importante para o bem-estar do paciente.

    O tema em estudo foi escolhido pela observa��o do d�ficit da qualidade aplicada no banho no leito realizado nos pacientes em ambiente hospitalar e pelos sentimentos enfrentados pelos acad�micos de enfermagem de inseguran�a e constrangimento diante de tal procedimento.

    No decorrer dos relatos de experi�ncias profissionais, foi observado que o banho no leito, como procedimento ensinado em sala de aula, tem sofrido profundas modifica��es no campo pr�tico, inclusive ferindo princ�pios b�sicos t�cnico-cient�ficos importantes. Partindo dessa problem�tica tra�amos os seguintes objetivos.

Objetivo geral

  • Relatar a experi�ncia vivenciada em um ambiente hospitalar durante a realiza��o de um banho no leito.

Objetivos espec�ficos

  • Discutir as abordagens te�rico�pr�ticas usadas para manter o conforto do paciente durante os cuidados no banho no leito.

  • Orientar profissionais da enfermagem quanto � qualidade e import�ncia dos procedimentos realizados no banho no leito.

Metodologia

    Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, visando uma an�lise cotidiana mediante pr�-requisito te�rico-pr�tico, objetivando discutir e orientar a pr�tica do banho no leito, conforme interpreta��es de relatos de experi�ncia.

    A pesquisa qualitativa responde a quest�es muito particulares. Ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspira��es, cren�as, valores e atitudes. O que corresponde a um espa�o mais profundo das rela��es, dos processos e dos fen�menos que n�o podem ser reduzidos � operacionaliza��o de vari�veis (MINAYO, 2004).

    Os relatos foram fornecidos por quatro acad�micas de Enfermagem do segundo semestre da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Par�.

    Para analisar e fundamentar o conte�do dos relatos focalizamos o estudo em teorias de enfermagem de enfoque human�stico, n�o desmerecendo as demais categorias.

    As experi�ncias foram fruto da realiza��o de um banho no leito em pacientes internados em enfermarias de Cl�nica M�dica em um Hospital Metropolitano de Bel�m, que segundo a teoria human�stica � fundamental �... uma an�lise da situa��o humana, a partir da perspectiva da experi�ncia pr�pria do indiv�duo.� (SHAFFER, 1978).

    Os nomes dos relatos foram trocados por nomes de planetas para preserva��o do anonimato.

Fundamenta��o te�rica

Obanho no leito

    O banho realizado no leito � um procedimento de enfermagem que visa retirar sujidades do corpo do paciente, que por alguma patologia encontra-se acamado, com objetivo de promover a higiene completa e o conforto ao mesmo.

    � tamb�m realizado como terapia espec�fica. Neste caso, � necess�ria uma prescri��o m�dica para os banhos destinados a estes fins.

    A realiza��o do banho pode ser feito por t�cnicos de enfermagem, desde que estejam devidamente orientados pelo enfermeiro, a respeito das t�cnicas aplicadas e observa��es que devem ser feitas no corpo do paciente.

    Dar o banho no leito � um trabalho �rduo, e por isso requer a m�o-de-obra de um ou mais t�cnicos de enfermagem, que antes de iniciar devem avaliar o n�vel de consci�ncia do paciente, caso este seja satisfat�rio deve-se estimular o auto-cuidado, para que o mesmo se sinta menos dependente de ajuda.

    Mediante os n�veis de consci�ncia do paciente, � seguido procedimentos de tipos de banhos diferentes. Se o paciente estiver totalmente dependente e necessite de cuidados de higiene total, realiza-se o banho completo na cama. Caso esteja acamado e seja auto-suficiente, sendo incapazes de alcan�ar algumas partes do corpo, realiza-se o banho parcial na cama, onde s�o lavadas apenas as partes inalcan��veis pelo paciente.

    Portanto, observa-se a import�ncia de preservar a privacidade do paciente, por mais baixo que esteja seu n�vel de consci�ncia, e em primeiro lugar o conforto que se deve proporcionar a ele ap�s uma higiene completa.

    �O banho no leito n�o � apenas uma atividade para higiene corporal, mas uma a��o terap�utica de Enfermagem, baseado num conjunto de conhecimentos cient�ficos (...)�

(MACEDO, 1980).

    Alguns profissionais da Enfermagem consideram que o banho no leito seja, simplesmente, a t�cnica, sem fundamento cientifico gerando insatisfa��o de realiz�-lo. Isso mostra que, quando estudantes, n�o aprendem, realmente, a verdadeira finalidade de a��o terap�utica do banho no leito que, al�m de proporcionar a higiene corporal do individuo, estimula a circula��o sangu�nea, substituindo as atividades f�sicas �queles pacientes acamados, sendo, tamb�m, o momento ideal para realiza��o do exame f�sico completo, pela observa��o e pelo toque de todo o corpo do paciente.

    � cada vez mais freq�ente a discuss�o sobre a humaniza��o no enfoque do atendimento hospitalar, e a Teoria Humanista prima por essa discuss�o.

    A Teoria Humanista foi publicada em 1976 e foi desenvolvido por Josephine E. Paterson e Loretta T. Zderad na obra Humanistic nursing, surge de uma base fenomenol�gica existencial inspirada em fil�sofos como Martin Buber, Gabriel Marcel e Frederick Nietzche.

    �� o resultado de anos de experi�ncia em Enfermagem Cl�nica na reflex�o e explora��o dessas experi�ncias como elas foram vividas com clientes psiqui�tricos, estudantes, enfermeiras e outros profissionais que prestam aux�lio.� (PATERSON, 1976, p.9).

    Para elas trata-se de uma teoria pr�tica, pois a teoria de uma ci�ncia da enfermagem progride a partir de experi�ncias vivenciadas pelo enfermeiro e pelos enfermos na pr�tica de enfermagem.

    Para POTTER (2005, p.1063), �Os cuidados de higiene s�o importantes para que o paciente se sinta confort�vel, e evitando que esses cuidados sejam simples rotina.� A vis�o da autora sobre higiene nos reporta nos preceitos da teoria humanista onde PATERSON afirma que a enfermagem � a resposta de cuidado a um chamado, no entanto, na intera��o EU-TU, a enfermeira deve compreender a experi�ncia do outro, salientando sua individualidade e preservando o paciente.

    Na teoria humanista o cuidado deve conter a presen�a genu�na, que nada mais � do que o envolvimento do enfermeiro no atendimento, n�o somente na t�cnica, mas tamb�m entre os seres.

    A discuss�o sobre a falta de humaniza��o no atendimento, muitas vezes, converge com procedimentos cotidianos, como por exemplo, o banho no leito,n�o conseguimos muitas vezes perceber a presen�a genu�na dos profissionais, neste atendimento, exteriorizadas em procedimentos simples, como por exemplo, a preserva��o da intimidade do paciente.

    �A teoria humanista e a pr�tica da enfermagem exigem que o profissional seja capaz de, subjetivamente, vivenciar o outro.� (GEORGE, 1993).

    Desta forma, preservar a integridade moral, tanto no sentido da exposi��o f�sica, como da intimidade do paciente, � dever do enfermeiro e de qualquer outro profissional de �reas afins, e a infra��o desta ter� puni��o de acordo com o C�digo de �tica da Enfermagem.

    Segundo o c�digo de �tica �Orientar, na condi��o de enfermeiro, a equipe sobre sua responsabilidade, sobre o dever do sigilo profissional.� (Art.83, p.40)

    Portanto, o profissional de sa�de deve ter em mente, que para realiza��o do banho no leito, a higiene e, principalmente, o conforto do assistido, visando � manuten��o de sua integridade f�sica e, tamb�m, moral, resguardando sua intimidade em todos os �mbitos.

Relatos de experi�ncias

Primeiro relato

    �Nosso orientador nos encaminhou para realizarmos um banho no leito, a paciente estava acamada h� tr�s anos seq�elada de AVC, n�o t�nhamos luva de banho, toalha suficiente e o pior n�o tinha biombo, ela n�o falava, mas o seu olhar de dor e vergonha dispensava as palavras.Era umaenfermaria com mais ou menos seis leitos, tiramos a fralda havia duas ulceras de press�o na regi�o sacra, havia apenas uma pessoa para fazer o curativo, e esta demorou cerca de 30 minutos ap�s o banho, e ao chegar virou aquela senhora como se virasse um len�ol e fez o curativo com �m�o de ferro� a paciente olhava-nos, comprimia os olhos e franzia a testa expressando dor,quando tudo acabou, senti um grande alivio.�

    O C�digo de �tica da enfermagem afirma que devemos: �assegurar ao paciente uma assist�ncia de enfermagem livre de danos decorrentes de imper�cia, neglig�ncia ou imprud�ncia�. (Art.16, p.31)

    Devemos enfatizar aqui a responsabilidade do profissional em manter a integridade moral do paciente e o respeito a dor do mesmo, princ�pios que fazem parte da forma��o de todo profissional de sa�de e apesar de, incutido nesta, � brutalmente infringido neste depoimento, revelando descaso pelo paciente.

Segundo relato

    �O primeiro banho no leito da minha jornada acad�mica ocorreu diante de um quadro dificultoso na ambiente hospitalar. Acreditava que todos os conceitos adquiridos em laborat�rio fossem ser empregados no campo de pr�tica, mas diversos problemas existiam na ambiente. N�o havia material suficiente para a realiza��o do procedimento, al�m da falta de comunica��o entre a equipe de enfermagem e certa insensibilidade quanto ao estado do paciente. A cliente apresentava altera��o na necessidade humana b�sica de locomo��o e mobilidade, devido � presen�a de �lceras de press�o na regi�o sacra e seq�elas de AVC. O que mais me chamou aten��o foi a falta de luvas de toalha para banho, pois nos obrigou a utilizar gorro para limpar a pele da paciente. Analisei esse fato como uma agress�o superficial bastante dolorosa, principalmente pelo estado em que se encontrava a paciente. A realiza��o do banho foi ainda mais dificultada, pois houve demora por parte da equipe de enfermagem quanto � realiza��o de curativos nas les�es presentes no corpo da paciente. Aumentando, assim, o sofrimento da cliente e o tempo de exposi��o da mesma ao ambiente, que se encontrava aproximadamente com 10 pessoas, dentre as quais, profissionais da �rea hospitalar, pacientes e acompanhantes de enfermaria. A inexperi�ncia talvez tenha me feito pensar de uma forma mais sens�vel e delicada quanto � situa��o, mas o ato de cuidar preconizado pela enfermagem, me faz pensar o quanto � importante conhecermos cientificamente as t�cnicas para aprimorar a pr�tica com efici�ncia, proporcionando conforto e higiene ao paciente, al�m de tornar consciente a equipe, quanto � fun��o e o servi�o prestado, n�o prejudicando o cuidado ao cliente durante o banho no leito.�

(MERC�RIO)

    O relato acima enfatiza a improvisa��o da assist�ncia, devido a falta de materiais de consumo para a realiza��o do procedimento, como luvas apropriadas para o banho no leito que foram substitu�das por gorros afim de realizar o procedimento de limpeza cut�nea do cliente com efici�ncia. No entanto a paciente foi submetida a uma agress�o durante a realiza��o do banho, por conta desta necessidade de improvisar quanto � substitui��o de determinados materiais.

    Os enfermeiros, algumas vezes, trabalham e mant�m a autoprote��o continuamente, para as pessoas totalmente incapacitadas (OREM, 1971).

    Segundo POTTER (2005, p.1064)algumas condi��es colocam em risco a integridade da pele do paciente. Infelizmentealgumas institui��es, n�o conseguem manter um certo padr�o, para oferecer ao paciente a assist�ncia qualificada que necessitam, promovendo assim um d�ficit no cuidado e muitas vezes piorando o quadro clinico deste, aumentando sua perman�ncia e taxa de infec��o hospitalar. Assim a autoprote��o cont�nua que o enfermeiro deve proporcionar a determinados pacientes n�o � realizada com efici�ncia, pois a integridade f�sica do cliente � prejudicada pela utiliza��o de materiais inadequados, que podem gerar danos como a agress�o cut�nea destacada no relato acima, por conta das condi��es oferecidas pela institui��o.

    �A higiene pessoal afeta o conforto, a seguran�a e o bem-estar de um indiv�duo.� (POTTER, 2005, p. 1058).

    A autoprote��o produzida pelo enfermeiro para com o cliente � fundamental no momento em que h� necessidade de se observar o paciente como um todo, como pessoa que necessita de cuidados espec�ficos e eficientes para manter o equil�brio f�sico mediante os diversos n�veis de assist�ncia.

Terceiro relato

    �Minha primeira experi�ncia de dar banho no leito foi traum�tica, pois me deparei com a impossibilidade t�cnica de aplicar na pr�tica o conhecimento te�rico, visto que n�o se tinha os materiais necess�rios como len��is, toalha, biombo e esponja de banho, ocasionando assim a realiza��o de um procedimento tendo que ser feito a base do improviso. Devido a essa evidente escassez de materiais, teve-se que usar len��is j� usados anteriormente, para enxugar a cama e a pr�pria paciente. E decorrente a falta de biombo a intimidade da paciente n�o p�de ser preservada, contradizendo desta forma toda a �tica de tal procedimento.�

(V�NUS)

    Conforme a an�lise do relato, pode-se destacar a escassez de materiais no ambiente hospitalar, fazendo com que ocorra uma defici�ncia na realiza��o do procedimento.

    O C�digo de �tica da Enfermagem prev� que � direito do enfermeiro, �Recursar-se a desenvolver atividades profissionais na falta de material ou equipamentos de prote��o individual e coletiva definidos na legisla��o espec�fica.� (Art. 64)

    A cita��o acimaquebra um fundamento essencial da enfermagem que � assistir o paciente e n�o permitir que ele sofra qualquer dano causado por defici�ncia dos servi�os. Sabemos que o enfermeiro � aquele profissional que tem como uma de suas fun��es atender as necessidades humanas b�sicas do indiv�duo, mas isso s� � poss�vel com uma boa ou razo�vel estrutura��o hospitalar. Mas, se isso n�o existir, como fica o paciente? J� que o c�digo de �tica protege o enfermeiro na omiss�o do procedimento. Como fica o paciente?

    Percebemos uma contradi��o entre o C�digo de �tica e a verdadeira fun��o do enfermeiro, que � suprir as necessidades do cliente.

    O que, na verdade, n�o ser� �tico? Recussar-se de realizar as atividade ou faz�-lo pelo m�todo do improviso?

Quarto relato

    �Foi bastante dif�cil, pois era uma paciente idosa, acamada, num estado terminal, recebendo alimenta��o atrav�s de sonda, hidrata��o venosa central. �ramos cinco acad�micas sem experi�ncia que fomos colocadas a frente daquela situa��o com a paciente no estado citado. Tivemos diversas dificuldades e defici�ncias, pois al�m de ter sido nosso primeiro banho, o hospital n�o fornecia material necess�rio para que o banho ocorresse de forma adequada e com privacidade. Num primeiro momento, houve um pouco de constrangimento, pois de certa forma invadimos a privacidade da paciente. Juntamente com esse constrangimento, tivemos a inseguran�a, pois foi um procedimento novo, e que a gente faz com medo de fazer alguma coisa errada. Foi muito cansativo, demoramos mais de uma hora at� terminarmos tudo. Mas o pior, foi ao termino do banho, quando parei para pensar em tudo que t�nhamos feito naquela paciente, que n�o foi nada agrad�vel. Essa experi�ncia significou muito, pois me fez ver que o ser humano, mesmo que, em estado terminal, nos afeta pelas atitudes que tomamos com eles.�

(SATURNO)

    �Diante de uma situa��o desconhecida, ao realizar um procedimento novo, o estudante torna-se inseguro, assustado e ansioso, ansiedade que pode ser ben�fica, estimulante e motivadora, al�m de ser elemento essencial para o bom desempenho t�cnico do aluno, desde que seja de baixa ou m�dia intensidade.�

(CARVALHO, et al, 2004).

    Durante o aprendizado, os acad�micos presenciam freq�entemente novas problem�ticas que manifestam o medo e o receio. E, quando se deparam com o paciente hospitalizado e dependente de cuidado, a inseguran�a em fazer o procedimento aumenta, pois o aluno acredita que n�o seja capaz o suficiente para utilizar as t�cnicas adequadas e suprir a necessidade do indiv�duo, principalmente, no banho no leito, onde existe uma grande manipula��o do paciente.

Considera��es finais

    Esta pesquisa desenvolveu-se numa metodologia de relatos de experi�ncias vivenciadas por acad�micas de enfermagem, onde podemos observar algumas problem�ticas existentes na assist�ncia de enfermagem na atua��o do procedimento do banho no leito, uma necessidade humana b�sica que, muitos n�o sabem, mas tem uma import�ncia substancial para o bem-estar e o progresso do paciente em sua melhora.

    Observamos que um dos maiores questionamentos feitos pelos relatores foi quanto ao descaso com rela��o � falta de materiais adequados para realiza��o dos procedimentos, para que os mesmos sejam realizados com seguran�a.

    Para o banho no leito, esse questionamento � de alta relev�ncia, pois uma das utilidades deste � uma melhora na integridade f�sica do paciente e, sem material adequado, essa finalidade � quebrada. Se, no banho for identificada altera��o na integridade da pele do paciente, o profissional deve providenciar cuidados que aumentem a cicatriza��o das superf�cies lesadas e evitem infec��es.

    Outro ponto abordado aos relatos foi quanto a inseguran�a da realiza��o do procedimento por estudantes, pela primeira vez. Desta forma, os orientadores devem estimular um melhor aprimoramento das t�cnicas destes alunos, com pr�ticas reais em sala de aula, antes das pr�ticas hospitalares. E, tamb�m dar um maior apoio psicol�gico na quest�o da humaniza��o para que essa inseguran�a seja diminu�da. E, desta forma, o acad�mico possa passar seguran�a e dar apoio emocional ao paciente.

    Para realiza��o adequada do banho no leito, orienta-se que os profissionais de sa�de levem mais a s�rio todas as t�cnicas aprendidas quando estudantes para que possam exerc�-las com a real finalidade, que � a promo��o da higiene, aumentar a amplitude de movimenta��o das articula��es, estimular o relaxamento, o conforto e o bem-estar do paciente.

    E, para que tudo isso ocorra, � necess�rio, considerar as prefer�ncias de higiene do paciente, bem como, o hor�rio de sua realiza��o, para que haja uma maior aceitabilidade do mesmo.

    � importante que, durante o banho, se estimule a participa��o do paciente; proporcione a privacidade com o fechamento de portas e janelas ou colocando o biombo e descobrir somente as partes a serem banhadas; manter a seguran�a com grades laterais levantadas, principalmente, para pacientes dependentes ou inconscientes.

    Compreendemos que, tomadas de decis�es corretas e instrumenta��o adequada, leva-se o sucesso do procedimento, o que visa, portanto, uma assist�ncia de enfermagem qualificada.

    Sendo assim, o banho no leito dever� ser realizado atrav�s de conhecimento cient�fico e esfor�o conjunto em busca da assist�ncia ao cliente de forma sistematizada.

Refer�ncias

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EFDeportes.com, Revista Digital � A�o 16 � N� 155 | Buenos Aires,Abril de 2011
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Quais são os cuidados de enfermagem com paciente no momento do banho de leito?

Portas e janelas devem ser fechadas para evitar correntes de ar ou frio. A água deve ser morna, evitando queimaduras e ressecamento da pele. O responsável pelo banho deve retirar todos os acessórios que possam machucar o paciente, e usar luvas. Deve ser usado sabonete neutro ou um produto indicado pelo médico.

Quais os cuidados durante a técnica do banho no leito?

Fazer a higiene de modo a que todo o corpo fique lavado, começando das zonas mais limpas para as mais sujas. Mudar a água sempre que necessário. Secar bem, dando especial atenção às orelhas, axilas, umbigo, pregas cutâneas e espaços interdigitais. Colocar sempre a roupa suja diretamente no saco adequado para o efeito.

Quais os cuidados que a equipe de enfermagem deve ter?

Quais são os principais cuidados de enfermagem?.
Monitorar sinais vitais é o básico em cuidados de enfermagem. ... .
Aplicar medicamentos é feito nos cuidados de enfermagem. ... .
Promover a segurança do paciente. ... .
Prevenir complicações de doenças. ... .
Realizar procedimentos básicos são cuidados de enfermagem. ... .
Prevenção de lesões por pressão..

Quais cuidados devem ser tomados nos diversos tipos de movimentação do paciente?

Cuidados gerais.
O transporte deve ser realizado com muito cuidado;.
A movimentação mal feita pode provocar lesões;.
Deve-se agir com rapidez e segurança;.
Observar constantemente o estado geral do paciente;.
Movimentos suaves diminui vibrações, dor e desconforto;.
Não mova local fraturado ou com suspeita de fratura..