Que característica permite associar o Conselho ou Ordem da segunda estrofe do Naturalismo?

me ajudem, preciso responder essas questoes segundo o livro de potugues - é sobre versos intimos de augustos dos anjos

1- Do ponto de vista formal, o texto se caracteriza como um soneto clássico. justifique essa afirmaçao, conseiderando o equema metrico e o esquema ritmico nele presente

2- Desde a primeira estrofe, percebe-se que o sujeito lírico relaciona a vida social do homem à vida dos animais selvagens, por meio de imagens que lembram o estilo naturista, em seu determinismo/cientificista e em seu materialismo. Que palavras da segunda estrofe melhor confirmam esta afirmação?
3. Os versos que iniciam a segunda e terceira estrofes apresentam um tom de conselho ou ordem, que é reiterado no desfecho do poema. Que característica permite associar o conselho ou ordem da segunda estrofe ao Naturalismo?

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4. Os versos que iniciam a segunda e terceira estrofes apresentam um tom de conselho ou ordem, que é reiterado no desfecho do poema.

a) Que característica permite associar o conselho ou ordem da segunda estrofe ao Naturalismo?

Resposta: O determinismo.

b) Repare que o conselho ou ordem da terceira estrofe introduz no poema, de forma inesperada, um tom prosaico, de conversa cotidiana. O verso surpreende o leitor de forma irônica e provocativa, fazendo lembrar o realismo psicológico de Machado de Assis. Releia as duas estrofes finais e, a partir delas, explique o sentido da utilização desses recursos no referido verso.

Resposta: Por meio da surpresa, da ironia e da provocação, o sujeito lírico procura quebrar a expectativa do leitor, como se o aconselhasse a se preparar para ler a afirmação cruel sobre o ser humano que vem a seguir.

c) Que modo verbal foi utilizado para expressar o tom de conselho ou ordem dos versos iniciais da segunda e terceira estrofes?

Resposta: O modo imperativo.

5. O vocabulário do poema escandaliza o leitor acostumado com a poesia parnasiana, incluindo expressões que, do seu ponto de vista, podem ser consideradas "não poéticas". Identifique expressões desse tipo na terceira e quarta estrofes e explique por que não poderiam ser consideradas poéticas, no contexto do Parnasianismo dominante na época.

Resposta: "[...] véspera do escarro," / "Apedreja essa mão vil [...]" / "Escarra nessa boca [...]" - tais expressões não poderiam ser consideradas poéticas no contexto do Parnasianismo, pois esse estilo literário se caracteriza pelo uso de um vocabulário erudito, com palavras elegantes e amenas.

6. De acordo com o poema, qual lhe parece ser o significado da palavra quimera?

Resposta: Utopia, sonho, fantasia.



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Poesia: VERSOS ÍNTIMOS

             AUGUSTO DOS ANJOS

Vês! Ninguém assistiu ao formidável

Enterro de tua última quimera.

Somente a ingratidão – essa pantera –

Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!

O homem, que, nesta terra miserável,

Mora, entre feras, sente inevitável

Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo! Acende teu cigarro!

O beijo amigo, é a véspera do escarro,

A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,

Apedreja essa mão vil que te afaga,

Escarra nessa boca que te beija!

                           Augusto dos Anjos. In: Toda a poesia. 2º vol. Rio de Janeiro:

                                                                                             Paz e Terra, p. 125.

Entendendo a poesia:

01 – Assinale a característica que o texto NÃO contém:

     a) O título denuncia a tendência subjetiva do poema.

     b) O eu lírico se projeta pelo sentimento de desprezo em relação à ingratidão dos homens.

     c) A comunicação do texto encerra o alto grau de pessimismo que toma conta do poeta, o que se constata pela seleção vocabular.

     d) Pelas ideias apresentadas, o homem tem seu comportamento determinado pelo meio em que vive.

     e) Conclui-se pelo texto que o espírito de fraternidade existia a despeito das atitudes falsas do ser humano.

02 – Os vocábulos “pantera” e “fera” e a sua utilização semântica aproximam o texto da literatura naturalista. Comente a afirmação.

       A literatura naturalista vê o homem como animal social e registra seu comportamento avaliado segundo a óptica patológica e fisiológica.

03 – Do ponto de vista formal, o texto se caracteriza como um soneto clássico. Justifique esta afirmação, considerando o esquema métrico e o esquema rímico nele presentes.

      Os versos são decassílabos e as rimas são regulares (ABBA; BAAB; CCD; DDC).

04 – Desde a primeira estrofe, percebe-se que o sujeito lírico relaciona a vida social do homem à vida dos animais selvagens, por meio de imagens que lembram o estilo naturalista, em que determinismo cientificista e em seu materialismo. Que palavras da segunda estrofe melhor confirmam esta afirmação?

      Lama, terra miserável e fera.

05 – Os versos que iniciam a segunda e a terceira estrofes possuem um tom de conselho ou ordem, que é reiterado no desfecho do poema.

a)   Que característica permite associar o conselho ou ordem da segunda estrofe ao Naturalismo?

O determinismo.

b)   Repare que o conselho ou ordem da terceira estrofe introduz no poema, de forma inesperada, um tom prosaico, de conversa cotidiana. O verso surpreende o leitor de forma irônica e provocativa, fazendo lembrar o Realismo psicológico de Machado de Assis. Releia as duas estrofes finais e, a partir delas, explique o sentido da utilização desses recursos no referido verso.

Por meio da surpresa, da ironia e da provocação, o sujeito lírico procura quebrar a expectativa do leitor, como se aconselhasse a se preparar para ler a afirmação cruel sobre o ser humano que vem a seguir.

06 – O vocabulário do poema escandaliza o leitor acostumado com a poesia parnasiana, incluindo expressões que, do seu ponto de vista, podem ser consideradas “não poéticas”. Identifique expressões desse tipo na terceira e quarta estrofes e explique por que não poderiam ser consideradas poéticas, no contexto do Parnasianismo dominante na época?

      “... véspera do escarro”; “Apedreja essa mão vil”; “Escarra nessa boca” – tais expressões não poderiam ser consideradas poéticas no contexto do Parnasianismo, pois esse estilo literário se caracteriza pelo uso de um vocabulário erudito, com palavras elegantes e amenas.

07 – Observe que, no poema, homem, vida social, amizade, solidariedade, afeto (beijo, mão que afaga) transformam-se em ingratidão, terra miserável, fera, desafeto (escarro, mão que apedreja). Nessa perspectiva, tente interpretar a sua estrofe final.

a)   Que ações o sujeito lírico recomenda ao leitor?

O sujeito lírico recomenda apedrejar a mão vil de quem se recebeu um afago, escarrar na boca de quem se recebeu um beijo.

b)   Numa leitura mais profunda, poderíamos pensar que o sujeito lírico estaria nos advertindo, precavendo-nos contra aquilo que parece nos ordenar, aconselhar a fazer. Que recurso estilístico presente em todo o texto permite essa interpretação? Por quê?

O recurso estilístico é a ironia, que permite essa interpretação justamente porque consiste em afirmar o contrário do que se pensa.

 "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei." Allan Kardec