me ajudem, preciso responder essas questoes segundo o livro de potugues - é sobre versos intimos de augustos dos anjos 1- Do ponto de vista formal, o texto se caracteriza como um soneto clássico. justifique essa afirmaçao, conseiderando o equema metrico e o esquema ritmico nele presente 2- Desde a primeira estrofe, percebe-se que o sujeito lírico relaciona a vida social do homem à vida dos animais selvagens, por meio de imagens que lembram o estilo naturista, em seu
determinismo/cientificista e em seu materialismo. Que palavras da segunda estrofe melhor confirmam esta afirmação? Helpful SocialCopyright © 2022 ELIBRARY.TIPS - All rights reserved. 4. Os versos que iniciam a segunda e terceira estrofes apresentam um tom de conselho ou ordem, que é reiterado no desfecho do poema. a) Que característica permite associar o conselho ou ordem da segunda estrofe ao Naturalismo? Resposta: O determinismo. b) Repare que o conselho ou ordem da terceira estrofe introduz no poema, de forma inesperada, um tom prosaico, de conversa cotidiana. O verso surpreende o leitor de forma irônica e provocativa, fazendo lembrar o realismo psicológico de Machado de Assis. Releia as duas estrofes finais e, a partir delas, explique o sentido da utilização desses recursos no referido verso. Resposta: Por meio da surpresa, da ironia e da provocação, o sujeito lírico procura quebrar a expectativa do leitor, como se o aconselhasse a se preparar para ler a afirmação cruel sobre o ser humano que vem a seguir. c) Que modo verbal foi utilizado para expressar o tom de conselho ou ordem dos versos iniciais da segunda e terceira estrofes? Resposta: O modo imperativo. 5. O vocabulário do poema escandaliza o leitor acostumado com a poesia parnasiana, incluindo expressões que, do seu ponto de vista, podem ser consideradas "não poéticas". Identifique expressões desse tipo na terceira e quarta estrofes e explique por que não poderiam ser consideradas poéticas, no contexto do Parnasianismo dominante na época. Resposta: "[...] véspera do escarro," / "Apedreja essa mão vil [...]" / "Escarra nessa boca [...]" - tais expressões não poderiam ser consideradas poéticas no contexto do Parnasianismo, pois esse estilo literário se caracteriza pelo uso de um vocabulário erudito, com palavras elegantes e amenas. 6. De acordo com o poema, qual lhe parece ser o significado da palavra quimera? Resposta: Utopia, sonho, fantasia. Compartilhe com seus amigos: Poesia: VERSOS ÍNTIMOS AUGUSTO DOS ANJOS Vês! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a ingratidão – essa pantera – Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! O homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera. Toma um fósforo! Acende teu cigarro! O beijo amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija! Augusto dos Anjos. In: Toda a poesia. 2º vol. Rio de Janeiro: Paz e Terra, p. 125. Entendendo a poesia: 01 – Assinale a característica que o texto NÃO contém: a) O título denuncia a tendência subjetiva do poema. b) O eu lírico se projeta pelo sentimento de desprezo em relação à ingratidão dos homens. c) A comunicação do texto encerra o alto grau de pessimismo que toma conta do poeta, o que se constata pela seleção vocabular. d) Pelas ideias apresentadas, o homem tem seu comportamento determinado pelo meio em que vive. e) Conclui-se pelo texto que o espírito de fraternidade existia a despeito das atitudes falsas do ser humano. 02 – Os vocábulos “pantera” e “fera” e a sua utilização semântica aproximam o texto da literatura naturalista. Comente a afirmação. A literatura naturalista vê o homem como animal social e registra seu comportamento avaliado segundo a óptica patológica e fisiológica. 03 – Do ponto de vista formal, o texto se caracteriza como um soneto clássico. Justifique esta afirmação, considerando o esquema métrico e o esquema rímico nele presentes. Os versos são decassílabos e as rimas são regulares (ABBA; BAAB; CCD; DDC). 04 – Desde a primeira estrofe, percebe-se que o sujeito lírico relaciona a vida social do homem à vida dos animais selvagens, por meio de imagens que lembram o estilo naturalista, em que determinismo cientificista e em seu materialismo. Que palavras da segunda estrofe melhor confirmam esta afirmação? Lama, terra miserável e fera. 05 – Os versos que iniciam a segunda e a terceira estrofes possuem um tom de conselho ou ordem, que é reiterado no desfecho do poema. a) Que característica permite associar o conselho ou ordem da segunda estrofe ao Naturalismo? O determinismo. b) Repare que o conselho ou ordem da terceira estrofe introduz no poema, de forma inesperada, um tom prosaico, de conversa cotidiana. O verso surpreende o leitor de forma irônica e provocativa, fazendo lembrar o Realismo psicológico de Machado de Assis. Releia as duas estrofes finais e, a partir delas, explique o sentido da utilização desses recursos no referido verso. Por meio da surpresa, da ironia e da provocação, o sujeito lírico procura quebrar a expectativa do leitor, como se aconselhasse a se preparar para ler a afirmação cruel sobre o ser humano que vem a seguir. 06 – O vocabulário do poema escandaliza o leitor acostumado com a poesia parnasiana, incluindo expressões que, do seu ponto de vista, podem ser consideradas “não poéticas”. Identifique expressões desse tipo na terceira e quarta estrofes e explique por que não poderiam ser consideradas poéticas, no contexto do Parnasianismo dominante na época? “... véspera do escarro”; “Apedreja essa mão vil”; “Escarra nessa boca” – tais expressões não poderiam ser consideradas poéticas no contexto do Parnasianismo, pois esse estilo literário se caracteriza pelo uso de um vocabulário erudito, com palavras elegantes e amenas. 07 – Observe que, no poema, homem, vida social, amizade, solidariedade, afeto (beijo, mão que afaga) transformam-se em ingratidão, terra miserável, fera, desafeto (escarro, mão que apedreja). Nessa perspectiva, tente interpretar a sua estrofe final. a) Que ações o sujeito lírico recomenda ao leitor? O sujeito lírico recomenda apedrejar a mão vil de quem se recebeu um afago, escarrar na boca de quem se recebeu um beijo. b) Numa leitura mais profunda, poderíamos pensar que o sujeito lírico estaria nos advertindo, precavendo-nos contra aquilo que parece nos ordenar, aconselhar a fazer. Que recurso estilístico presente em todo o texto permite essa interpretação? Por quê? O recurso estilístico é a ironia, que permite essa interpretação justamente porque consiste em afirmar o contrário do que se pensa. "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei." Allan Kardec |