Teoria de ConjuntosO estudo da teoria de conjuntos visa oportunizar o aprendizado de relações básicas desenvolvidas em operações matemáticas e na resolução de problemas. Além disso, o estudo da teoria de conjutnos fornece elementos que podem servir de base para o aprendizado de programação e também de bancos de dados. Show
Ao obter coleções de elementos classificados a partir de certas características, estamos formando conjuntos. Os animais vertebrados, por exemplo, podem ser divididos em cinco classes: peixes, anfíbios, répteis, mamíferos e aves. Cada uma dessas classes de animais forma um conjunto. Na matemática, a ideia de conjunto é fundamental e está presente em diversos conceitos. Podemos formar conjuntos a partir de elementos de diferentes naturezas, tais como objetos, pessoas e números. Exemplos Neste trabalho será apresentado um material elaborado pelos autores que visa oportunizar o aprendizado de teoria de conjuntos com a complementação de atividades usuais presentes em livros didátivos com procedimentos computacionais dessenvolvidos no software R e através do seu GUI RStudio. O software R é uma linguagem e, ao mesmo tempo, um ambiente computacional estatístico que permite a realização de cálculos, simulações e desenvolvimento de modelos. Permitindo a realização de uma grande variedade de cálculos matemáticos, estatísticos, construção de gráficos e simulações (BECHER; MACHADO, 2018. Uma característica muito importane e útil do R é que ele permite o acréscimo de packages, que são extensões desenvolvidas e distribuidas por usuários que facilitam a realização de certos procedimentos ou adicionam novas funcionalidades. No estudo da teoria de conjuntos além do R e do RStudio também precisaremos do package VennDiagram. Representando ConjuntosCada componente de um conjunto é denominado elemento e, de maneira geral, os conjuntos são indicados por letras maiúsculas e seus elementos ou são dispostos entre chaves separados por vírgula ou ainda podem ser indicados a partir da Regra ou Lei de Formação que indica quais são os seus elementos. Exemplos Um conjunto também pode ser indicado por meio de uma figura chamada Diagrama de Venn. Quando um elemento compõe um conjunto, dizemos que ele elemento pertence ao conjunto. De maneira semelhante, quando ele não compõe o conjunto, dizemos que ele não pertence ao conjunto. Exemplo: Podemos escrever que: \(7\in E\) ou, quando o elemento não pertence ao conjunto \(8 \notin E\). Exercícios
Como criar conjuntos no R?Para criar-se conjuntos no R o modo mais intuitivo e simples é procedermos a digitação dos elementos diretamente na linha de comando. Cabe notar que neste processo também devemos
indicar o nome do conjunto no qual os elementos ficaram armazenados. O que é feito através do comando Quando dois conjuntos são iguais?Dois conjuntos A e B são iguais quando eles possuem os mesmos
elementos, ainda que algum deles possa ser repetido. Ou seja, dois conjuntos são iguais quando possuem os mesmo elementos, independente da quantidade. Se a igualdade for verificada escrevemos \(A = B\). Trés formas de criar conjuntos sequenciais no RA forma mais simples para gerar um sequência no R é usando Conjuntos unitário, vazio, universo e subconjunto
Exercícios
Criando diagramas Venn no RPara criamos diagramas Venn no R vamos utilizar um package chamado VennDiagram. Iniciamos abrindo o RStuido e depois carregando o VennDiagram digitando:
Uma vez carregado o package podemos começar as representações. Vamos iniciar representando apenas um conjunto. Para isso primeiro vamos delimitar o número de elementos do conjunto para depois fazermos a sua representação com a ajuda do VennDiagram. Neste caso vamos armazenar o número de elementos na variável a porém poderíamos informar diretamente na linha de comando.
Algumas características do diagrama criado podem ser alteradas pelos seguintes comandos:
Depois de aprender a fazer a representação do diagrama de um conjunto vamos passar para o passo seguinte que é representar dois
conjuntos. A primeira coisa a fazer é criar o vetor indicando a quantidade de elementos do segundo conjunto Feita a criação do segundo vetor vamos criar o diagrama com dois conjuntos.
Da mesma forma como foi feito com a represntação de um único conjunto também podemos alterar a cor de preenchimento, as linhas e a transparência repectivamente com fill, lty e alpha. Contudo, aqui também incluímos o parâmetro A seguir vamos refazer o diagrama anterior alterando algumas características.
Se quisermos fazer a representação de dois conjuntos disjuntos, ou seja, que não possuem nenhuma interseção devemos definir o parâmetro
Então… agora vamos começar a deixar as coisas um pouco mais complexas com a representação de 3 conjuntos. Na sequência usamos a função
Para adicionar alguns efeitos que ajudam na hora de analisar o diagrama podemos proceder da mesma forma como foi feito com os diagramas mais simples.
Automatizando a contagem dos elementos de um conjuntoJá vimos como criar diagramas utilizando o package VennDiagram vamos tormar o processo um pouco mais automatizado e interessante, com o R não só podemos criar os diagramas mas também faze-lo contar os elementos de cada conjunto e suas respecitivas interseções utilizando os comandos que aprendemos há pouco.
Para calcularmos as quantidades de elementos
de cada vetor utilizaremos a função
Os resultados apresentados acima exemplicam o uso das funções Podemos agora então adaptar o comando
Como podemos verificar os resultados?Para saber quem, qual caso, corresponde as características pesquisadas podemos usar o comando
Neste segundo exemplo dois casos irão cumprir os dois critérios de busca.
Mas e se eu quiser visualizar estes casos? Observe que o
comando
O caso exibido acima mostra a segunda linha do dataframe que apenas havia sido indicada anteriormente. Por outro lado o exemplo a seguir apresentará os dois casos identificados no segundo exemplo da função
Eventualmente pode ser necessário que se faça uma ordenação do dataframe. Isso pode ajudar a verificar quais casos cumpriam certos critérios. Para fazer isso
podemos usar o comando
Já se precisarmos fazer a ordenção em ordem descrescente.
Outra função que pode ajudar, caso se deseje verificar quais casos estão cumprindo certos critérios, é a função
Uma outra função que pode, eventualmente, ajudar a veririficar quantos casos(individuos) estão em cada subconjunto é a função
Especifiamente,
caso seja necessário calcular estatisticas por variável mas divididas por subgrupos podemos empregar o comando
Ou então:
ReferênciasBECHER, E. L.; MACHADO, L. B. Conhecendo o software R e suas possibilidades para o ensino de Estatística. In.: Anais do XIII Encontro Gaúcho de Educação Matemática. Santa Maria, 2018. Quando um conjunto A é subconjunto de um conjunto B?Subconjuntos. Quando todos os elementos de um conjunto A qualquer pertencem a um outro conjunto B, diz-se, então, que A é um subconjunto de B, ou seja A B.
Quantos subconjuntos tem o conjunto a?Se um conjunto A possui n elementos, então o número de subconjuntos de A é igual 2n. São 3 elementos. Portanto teremos 2³ subconjuntos de B, ou seja, a partir do conjunto B podem ser formados 8 subconjuntos.
Quando um conjunto é subconjunto?Definição de subconjuntos
Dados os conjuntos A e B, dizemos que B é subconjunto de A se todos os elementos de B também forem elementos de A. Nesse caso, temos: Podemos ler essa definição da seguinte maneira: B é subconjunto de A se, e somente se, para todo x, se x pertence ao conjunto A, então x pertence ao conjunto B.
O que entendemos por conjunto diferença entre A é B?A diferença entre A e B é o conjunto formado pelos elementos que pertencem a A e não pertencem a B. Notação A – B.
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