Devemos observar se a vítima está consciente ou inconsciente, caso esteja inconsciente, verifique se sua circulação sanguínea está acontecendo, faça isto apalpando a veia carótida que fica no pescoço e se a vítima está respirando, observe a inspiração e expiração que normalmente podemos perceber com o movimento do tórax e da barriga. Show
Observe se o cinto de segurança não está dificultando a respiração e a circulação da vítima, se estiver, somente neste caso retire-o sem movimentar o corpo da vítima. Não tente retirar a vítima de dentro do carro, somente em caso de risco eminente de incêndio, explosão ou outro risco associado ao acidente. Quais os primeiros passos em caso de acidente com vítima?Resumidamente, o exame primário consiste em verificar:
A análise realizada na avaliação primária deve ser de maneira rápida, no máximo em dois minutos, tempo em que pode ser determinante para as futuras ações em que você irá tomar. E assim que for constatado que a vítima não apresenta batimentos cardíacos (pulso), deve-se iniciar imediatamente a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) de acordo com o procedimento que veremos mais adiante. Atendimento Pré-Hospitalar e Avaliação Inicial da VítimaO Suporte Básico de Vida (SBV), oferecido aos pacientes no ambiente extra-hospitalar, consiste no reconhecimento e na correção imediata da falência dos sistemas respiratório e/ou cardiovascular, ou seja, a pessoa que presta o atendimento deve ser capaz de avaliar e manter a vítima respirando, com batimento cardíaco e sem hemorragias graves, até a chegada de uma equipe especializada. Em outras palavras, o profissional de saúde que presta o socorro, (que aqui o identificaremos como “socorrista”, para fins didáticos), ao iniciar o suporte básico estará garantindo, por meio de medidas simples, não invasivas e eficazes de atendimento, as funções vitais do paciente e evitando o agravamento de suas condições. A identificação da situação de urgência de forma corretaSão inúmeras as situações de urgências e emergências que necessitam do atendimento de um profissional de saúde ou de um socorrista especializado: traumatismos, queimaduras, doenças cardiovasculares, parada cardiorrespiratória, crise convulsiva, afogamento, intoxicações, etc. E para cada caso específico, o profissional deverá estar apto a prestar um socorro adequado e de qualidade. É preciso definir e diferenciar o que vem a ser então uma situação de urgência ou emergência. Segundo o Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM nº 1451/95), “define-se por urgência a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata.” Já o conceito de emergência é entendido como “a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato.” Como identificar que a situação é de emergência?De forma mais objetiva, a urgência é uma situação em que não existe risco imediato à vida (ou risco de morte). O atendimento requer rapidez, mas o paciente pode aguardar tratamento definitivo e solução em curto prazo (algumas literaturas se referem a um prazo de até 24 horas). A emergência geralmente implica estarmos diante de uma situação de aparecimento súbito e imprevisto, grave, crítica e que exige ação imediata, pois a ameaça à vida é grande. As três etapas da APHComo o próprio nome diz, o serviço de Atendimento Pré-hospitalar (APH) envolve todas as ações efetuadas com o paciente, antes da chegada dele ao ambiente hospitalar. Compreende, portanto, três etapas:
O APH divide-se, ainda, basicamente em duas modalidades de atendimento:
Quais são os objetivos do APH?O APH tem como objetivos específicos preservar as condições vitais e transportar a vítima sem causar traumas iatrogênicos durante sua abordagem, como, por exemplo, danos ocorridos durante manipulação e remoção inadequada (do interior de ferragens, escombros, etc.). O socorrista deve ter como princípio básico evitar o agravamento das lesões e procurar estabilizar as funções ventilatórias e hemodinâmicas do paciente. As condições essenciais para que esses objetivos sejam alcançados são: pessoal qualificado e devidamente treinado; veículos de transporte apropriados e equipados, sendo inclusive dotados de meio de comunicação direta com o centro que receberá a vítima e hospitais de referência estrategicamente localizados, com infraestrutura material e recursos humanos adequados. Uma atenção pré-hospitalar qualificada é de suma importância para que a vítima chegue viva ao hospital. Nos locais onde esse sistema é inadequado, a mortalidade hospitalar por trauma, por exemplo, é baixa, porque os pacientes graves morrem no local do acidente, ou durante o transporte. Entendendo mais sobre Política Nacional de Atenção às urgênciasPara conhecer mais sobre a caracterização dos serviços de urgência e emergência, SAMU, normatização e legislação do Atendimento Pré-hospitalar (APH) no Brasil, leia sobre a Política Nacional de Atenção às Urgências, documento disponível no site do Ministério da Saúde: O socorrista, ao decidir intervir em determinada ocorrência no ambiente pré-hospitalar, deverá seguir algumas regras básicas de atendimento: Avaliar cuidadosamente o cenário
Acionar a equipe de resgateA Equipe especializado e autoridades competentes, caso seja necessário, conforme avaliação anterior. Não devemos esquecer que solicitar o serviço de socorro pré-hospitalar profissional é tão importante quanto cuidar da própria vítima. Na maioria das cidades brasileiras, os principais números para acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), serviço de salvamento e resgate (Corpo de Bombeiros) e Polícia Militar, são respectivamente: 192, 193 e 190. Sinalizar o localIsso é especialmente importante em casos de acidentes automobilísticos, portanto não se esqueça de sinalizar a cena e torná-la o mais segura possível. Utilize o triângulo de sinalização, pisca – alerta, faróis, cones, galhos de árvores, etc. Utilizar barreiras de proteçãoContra doenças contagiosas. Ao examinar e manipular a vítima, o socorrista deverá tomar todas as precauções para evitar a sua contaminação por agentes infecciosos, sangue, secreções ou produtos químicos. O uso de equipamento de proteção individual (EPI), tais como luvas descartáveis, óculos de proteção, máscaras e aventais, é essencial para a segurança do profissional de saúde em atendimento. Portanto, proteger-se de qualquer contaminação e minimizar os riscos de exposição fazendo uso das precauções universais é uma obrigação da pessoa que presta o socorro. Lembre-se do bom-senso: a sua segurança em primeiro lugar, correto? Lembramos ainda que a lavagem de mãos com água e sabão deverá ser feita rigorosamente antes e após cada atendimento. Esse é um hábito imprescindível a ser adotado tanto no ambiente pré-hospitalar quanto hospitalar, por todos os profissionais de saúde. Relacionar testemunhasPara sua própria proteção pessoal, profissional e legal enquanto prestador de socorro. Abordagem e avaliação da vítimaApós avaliar o ambiente e tomar todas as precauções de segurança e proteção individuais, o socorrista deverá se identificar e se apresentar à vítima dizendo: “Sou um profissional de saúde. Posso ajudar?” Em seguida, devidamente autorizado a prestar auxílio e observando todos os aspectos pessoais e legais da cena do acidente (ou doença aguda), o profissional poderá intervir diretamente no atendimento. É fundamental que o socorrista profissional classifique a vítima em adulto, criança ou bebê, pois os procedimentos de SBV, caso sejam necessários, serão adotados respeitando-se essa classificação, de acordo com as últimas recomendações (2005) da American Heart Association.
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Se a vítima estiver consciente, converse com ela, pergunte se sente dores no pescoço ou na coluna, e se está sentindo as pernas e braços, para ver se há suspeita de fraturas na coluna.
O que é o protocolo Xabcde?Utilizado na abordagem ao politraumatizado, o Protocolo XABCDE do Trauma padroniza o atendimento inicial ao paciente e foi pensado para identificar lesões potencialmente fatais ao indivíduo. O protocolo é aplicável a todas as vítimas com quadro crítico, independentemente da idade.
Qual é o protocolo de avaliação para uma vítima traumatizada?Os médicos devem avaliar o estado neurológico do paciente politraumatizado utilizando a escala de coma de Glasgow e a resposta pupilar. Deve-se verificar a presença de lesões externas (fraturas expostas ou não, lesão de pele, hematomas/equimoses, etc) e manutenção da temperatura do paciente, evitando a hipotermia.
Como é avaliado o nível de consciência de uma vítima politraumatizada?É preciso verificar o nível de consciência e sinais neurológicos. A avaliação pode ser feita pela escala de coma de Glasgow (GCS), tamanho e reação da pupila e sinais de lateralização.
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