Qual estimativa de crescimento para a população do Brasil para o ano 2042 e 2060?

O Censo Demográfico – uma contagem da população realizada pelo IBGE a cada 10 anos – revelou que a população brasileira, em 2010, era de 190 milhões de habitantes. Em 2013, estimativas apontaram que esse número já tinha ultrapassado os 200 milhões de pessoas. Apesar dessa grande diferença, você sabia que a população do nosso país está aumentando em uma velocidade menor do que antes?

Na década de 1960, o índice médio do aumento do número de habitantes por ano era de quase 3%. Isso é o mesmo que dizer que, para cada 100 pessoas que habitavam o nosso país, nasciam três a cada ano.

Nas décadas posteriores, o valor desse crescimento foi ficando menor, de modo que, em 2007, ele era de 1,2%, menos da metade de 50 anos antes. Entre os anos de 2012 e 2013, o índice de crescimento foi de apenas 0,9%, o que significa que essa taxa não para de cair.

Mas não esqueça: a população brasileira, por enquanto, não está ficando menor, apenas está crescendo em um ritmo mais lento.

Mas por que isso acontece?

Primeiramente, devemos lembrar que a população de um determinado local cresce de duas formas distintas: com o número de nascimentos subtraído do número de mortes (crescimento vegetativo) e com o número de pessoas que entraram no país subtraído do número de pessoas que saíram do nosso território (saldo migratório).

O que acontece é que o número de nascimentos vem se tornando menor nos últimos anos. Além disso, o crescimento migratório só tem impacto no nosso país no período colonial. A diminuição nessa taxa de natalidade se deve, principalmente, ao controle através de métodos contraceptivos e ao aumento do planejamento familiar, de modo que as famílias estão preferindo ter, geralmente, um ou dois filhos, no máximo.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil vai aumentar a sua população somente até o ano de 2042, quando atingirá um total de 228 milhões de habitantes. Depois desse ano, o número de pessoas vivendo em nosso país provavelmente vai diminuir gradativamente, quando, em 2060, ficará em 218 milhões.


Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia

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 Em menos de 50 anos, um em cada quatro brasileiros será idoso. E a quantidade de habitantes do país não crescerá indefinidamente. Ao contrário, depois de atingir o pico populacional em 2042, quando deveremos atingir a marca de 228,4 milhões de pessoas, a quantidade de brasileiros começará a cair. Em 2060, seremos 218 milhões — a mesma população projetada para 2025. Essa queda será reforçada pelo aumento do número de mulheres que decidem engravidar cada vez mais tarde e ter poucos filhos. Contará ainda com o aumento da expectativa de vida do brasileiro, que chegará a 81,2 anos em 2060.

As estimativas mostram que o Brasil se aproxima da curva populacional dos países desenvolvidos. Também significa que dependemos cada vez mais dos jovens, que já não serão tantos em um futuro relativamente próximo. Especialistas alertam que o país vive hoje um momento único, em que a população economicamente ativa (PEA) é elevada, pode produzir riqueza e, por isso, deve se preocupar em fazer poupança.

O perfil de um Brasil de idosos foi traçado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no estudo Projeções populacionais (2000-2060), estimativas de população 2013, divulgado ontem. Os dados, segundo o professor de geografia da Universidade de Brasília (UnB) Aldo Paviani, indicam que, no futuro, teremos que importar mão de obra. "Não há reposição populacional. A quantidade de pessoas mais velhas aumenta cada vez mais. A medicina avançou e, enquanto as famílias têm diminuído, os idosos estão vivendo mais e melhor".

Mas, para o especialista em previdência social Renato Follador, vivemos uma janela de oportunidade. "Hoje, temos mais população em idade economicamente ativa do que vamos ter (em alguns anos). Esta é a hora de reestruturar a Previdência Social e a educação. A Previdência Social vai pagar cada vez menos e a sociedade precisa se conscientizar da importância da previdência privada. Estamos numa armadilha, não tem mais como o Estado promover a proteção integral", alerta Follador.

Um dos motivos desse processo é o aumento da longevidade. A expectativa de vida nos anos 2000 era de 69,8 anos. Hoje, é estimada em 74,8 anos. Em 2030, o brasileiro viverá, em média, 78,6 anos, número que aumentará para 81,2 anos em 2060. As estimativas indicam que, em 2060, 26,7% da população será idosa, um percentual três vezes maior que o atual (7,4%).

Famílias pequenas, como a do engenheiro civil Paulo Brito, de 53 anos, serão maioria. Os pais do engenheiro tiveram quatro filhos. Ele, porém, tem só um, Matheus, de 10 anos. "As condições (para ter filhos) não são mais as mesmas. É preciso garantir a escola, o lazer, dar mais atenção (às crianças)", justifica.

Os argumentos de Brito ajudam a explicar a redução na taxa de fecundidade das brasileiras. Em 2000, a média era de 2,39 filhos por mulher. Este ano, a estimativa é de 1,77 filho, média que cairá para 1,5 em 2030. Mas, dez anos antes, em 2020, o Distrito Federal, ao lado de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, já terá atingido esse índice.

A pesquisadora do IBGE Leila Ervatti explica que essa queda é um fenômeno verificado desde os anos 1970, com a popularização dos métodos anticoncepcionais, dos avanços da medicina e do acesso a informações. "O acesso aos meios de comunicação, como a televisão, acabaram mudando os padrões culturais. As prioridades mudaram", argumenta Leila.

A pesquisadora destaca que, além de decidir ter menos filhos, as mulheres estão — cada vez mais — postergando a maternidade. "Isso tem a ver com a maior escolarização feminina, a maior inserção no mercado de trabalho, o aumento da urbanização e a modernização da sociedade. As prioridades foram mudando. Agora, as mulheres se casam mais tarde, por causa da carreira, da formação educacional", esclarece. Essa tendência deve continuar. Hoje a média de idade para dar à luz é de 26,9 anos. Em 2020 será de 28 anos. Dez anos depois, chegará a 29,3 anos.

"Não há reposição populacional. A medicina avançou e, enquanto as famílias têm diminuído, os idosos estão vivendo mais e melhor"
Autor: Aldo Paviani, professor de geografia da UnB

Como será a população brasileira no futuro projeção para 2060?

Segundo as estimativas do instituto, a população brasileira deve crescer até 2047, quando atingirá 233,2 milhões de pessoas. Nos anos seguintes esse número deve ir caindo gradualmente, até chegar a 228,3 milhões em 2060.

Qual a estimativa da população do Brasil para 2050?

A população brasileira deve chegar a 233 milhões de pessoas em 2050, antes de cair para 208 milhões em 2200, de acordo com projeções publicadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Qual a estimativa da população do Brasil em 2040?

A projeção é que a população brasileira vai aumentar 20,8 milhões até 2030, alcançando 228,6 milhões de pessoas. Ela ficaria estável até 2040, para cair a 200 milhões em 2100.

Quais são as projeções para a população brasileira a partir de 2042?

A população brasileira continuará crescendo até 2042, quando deverá chegar a 228,4 milhões de pessoas. A partir do ano seguinte, ela diminuirá gradualmente e estará em torno de 218,2 milhões em 2060.