Qual é o motivo da greve?

Qual é o motivo da greve?

1. Os trabalhadores da educação de Minas Gerais estão há 5 anos sem reajuste salarial. Ao longo destes anos a inflação corroeu os salários e o poder de compra da categoria. Há trabalhadores da educação, como os ASBs (auxiliares dos serviços básicos, que fazem a limpeza, merenda e manutenção nas escolas), em sua maioria mulheres negras, que chegam a ganhar menos que um salário mínimo.

2. Um professor ganha R$ 2.135,00 em Minas Gerais, enquanto o piso nacional é de R$ 3.845,00. Zema descumpre a lei federal do piso e também a lei estadual, já que em Minas Gerais o pagamento do piso se refere à jornada de 24h para um professor, como afirma a Lei 21.710 de 30/06/2015. Há verba própria para pagar o piso salarial de trabalhadores da educação, mas o governo Zema segue intransigente no seu projeto de destruição da educação.

3. A luta de professores e estudantes é uma só! Há salas superlotadas e professores têm que trabalhar em 2 ou 3 escolas para que o salário chegue ao fim do mês. Zema vem atacando escolas com a privatização, por meio do Projeto Somar, e com a militarização, implementando o modelo bolsonarista de escolas com gestão da PM ou do Exército também em Minas Gerais. E o Novo Ensino Médio piora a formação escolar dos estudantes, aumenta a desigualdade entre escolas públicas e privadas e diminui a importância de temas como desigualdade, gênero e racismo no currículo.

4. A greve dos trabalhadores da educação fortalece a luta pela educação pública, gratuita, de qualidade e laica, junto com os estudantes secundaristas e universitários, que também enfrentam cortes e ataques autoritários na educação pelo governo Bolsonaro.

5. Zema quer aprovar o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que vai tirar dinheiro dos trabalhadores e do povo para dar aos banqueiros e empresários. Se aprovado, o RRF trará privatizações dos serviços públicos, como a CEMIG e a COPASA, piorando e encarecendo os serviços. Para os servidores, significará congelamento dos salários, progressões de carreira e concursos por até 9 anos. Além disso, o RRF também inclui um teto de gastos estadual, que limitaria os investimentos nos serviços públicos, como saúde e educação.

6. Um desembargador que ganha quase R$ 40 mil por mês e não foi eleito por ninguém tenta colocar a greve na ilegalidade. É mais uma mostra do autoritarismo do judiciário, que ataca os trabalhadores e é cúmplice do governo; uma casta privilegiada que vive na fartura e chega a ganhar até 400 mil reais em um único mês. Atuam sempre em defesa dos ricos e poderosos, como fizeram garantindo a impunidade para a Vale e a Samarco pelos seus crimes em Minas Gerais, e em 2021 a empresa divulgou lucro recorde de R$ 121 bilhões. Em defesa do direito de greve e contra o autoritarismo do judiciário!

7. Se os trabalhadores da educação vencem na greve, isso fortalece outras categorias para lutarem por reajuste nos salários. A inflação vem corroendo o poder de compra de todos os trabalhadores, que pagam o custo da crise enquanto os grandes empresários e o agronegócio seguem ganhando fortunas. Os salários dos trabalhadores deveriam ser reajustados mensalmente conforme a inflação. Chega de pobreza e fila do lixo!

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Mestre em História (UERJ, 2016)
Graduada em História (UERJ, 2014)

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Entre os meses de maio e junho de 2018, os caminhoneiros fizeram greve durante onze dias devido à insatisfação com o aumento do valor do combustível, com a cobrança de pedágios e com a redução do valor do frete. Essa greve teve alto impacto no cotidiano da população brasileira, pois, segundo dados da Confederação Nacional de Transporte (CNT), 60% do transporte de cargas e 90% do transporte de passageiros são realizados por rodovias. Além disso, os fechamentos de rodovias foram feitos em áreas estratégicas como refinarias da Petrobras e o Porto de Santos, dificultando ainda mais o fluxo de mercadorias.

Qual é o motivo da greve?

Caminhoneiros em greve em São Paulo, 23 de maio de 2018. Foto: Nelson Antoine / Shutterstock.com

A greve gerou desabastecimento de produtos nos mercados, principalmente, de alimentos perecíveis como frutas e legumes. Esse desabastecimento influenciou o índice inflacionário do mês de maio de 2018 que registrou aumento de 0,40%, o dobro em relação ao mês de maio do ano anterior. O aumento da inflação incidiu, preponderantemente, sobre os alimentos perecíveis e a energia elétrica e afetou, sobretudo, as classes mais pauperizadas da população que gastam maior parcela do salário com gastos nesses produtos.

Alguns fatores contribuíram para o cenário de insatisfação dos caminhoneiros que ocasionaram a greve. Devido à recessão econômica pela qual passava o país, houve redução no volume de cargas, especialmente, da indústria e do comércio. Os caminhões passaram a circular com cerca de 60% da capacidade total e ainda 39% dos percursos eram realizados por caminhões vazios, segundo pesquisa de 2014 feita pela Empresa de Planejamento e Logística. Ademais, a frota de caminhões circulando pelo país havia aumentado por conta de financiamentos e incentivos para a compra desses transportes, causando a redução do valor do frete por haver muita oferta de caminhões em relação à demanda.

Esses fatores somaram-se aos constantes aumentos do combustível dos caminhões, o óleo diesel, aumentando os gastos dos caminhoneiros e, consequentemente, reduzindo o valor arrecadado com as viagens. O controle do valor do óleo diesel estava entre as principais reivindicações dos caminhoneiros, e atendendo a essa exigência foi criada a Medida Provisória 838 (de 30 de maio de 2018), convertida na Lei nº 13.723 (de 04 de outubro de 2018), que dispuseram sobre a subvenção econômica do óleo diesel de uso rodoviário no país. Inicialmente a subvenção foi estabelecida em R$ 0,07 por litro até o dia 7 de junho de 2018, sendo ampliada para R$ 0,30 por litro entre 8 de junho e 31 de dezembro de 2018. A subvenção ao óleo diesel e a redução de impostos federais como PIS e Cofins foram as principais medidas implementadas pelo governo presidencial de Michel Temer para refrear a greve dos caminhoneiros.

Qual é o motivo da greve?

Como consequência da greve, houve falta generalizada de combustíveis nos postos. Foto: Antonio Scorza / Shutterstock.com

Após a garantia de subvenção do óleo diesel, o estabelecimento de um piso para o valor do frete e a redução de impostos, os caminhoneiros terminaram a greve ocorrida entre 21 de maio e 1º de junho de 2018. A alta do dólar, em setembro de 2018, provocou novo aumento no valor do óleo diesel, e novamente os caminhoneiros ameaçaram fazer paralisações. Além do acréscimo ao valor do combustível, os caminhoneiros denunciavam também que o valor estabelecido para o piso do frete não estava sendo cumprido. Outras ameaças de paralisações dos caminhoneiros ocorreram em 2019, no entanto, as lideranças da categoria declinaram da proposta de nova greve após conversações com o governo de Jair Bolsonaro, que prometeu cumprir com a fiscalização da cobrança dos fretes.

Referências:

“Boletim Trimestral de Preços e Volumes de Combustíveis”. Disponível em: http://www.anp.gov.br/arquivos/publicacoes/boletins-anp/btpvc/boletim-trimestral-1.pdf. Acessado em 02 de fevereiro de 2020 às 10h e 13m.

“Entenda a crise dos caminhoneiros”. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/09/entenda-a-crise-dos-caminhoneiros.shtml. Acessado em 02 de fevereiro de 2020 às 8h e 41m.

“Inflação por faixa de renda - maio de 2018”. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2018/06/11/inflacao-por-faixa-de-renda-maio-de-2018/. Acessado em 02 de fevereiro de 2020 às 9h e 17m.

“Lei nº 13.723, de 4 de outubro de 2018”. Disponível em: https://legis.senado.leg.br/norma/30228575/publicacao/30228827. Acessado em 02 de fevereiro de 2020 às 10h e 21m.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/greve-dos-caminhoneiros-2018/

Qual o motivo das greves?

A realização da greve é um mecanismo utilizado pelos trabalhadores de diferentes partes do mundo para alcançar melhorias em sua situação de trabalho, como em questões de segurança, benefícios trabalhistas ou salariais.

Qual o motivo da greve dos professores em Minas Gerais?

Profissionais pedem o pagamento do piso salarial da categoria; greve dura 29 dias em todo o estado. Servidores da rede estadual de educação voltaram a fechar as principais avenidas do Centro de Belo Horizonte nesta quarta-feira (6). Os professores pedem que o governo do estado pague o piso salarial da categoria.

Qual é a função da greve?

A greve é uma suspensão coletiva da prestação de serviços ao empregador por tempo parcial ou total, com o objetivo de exercer a defesa e/ou conquista de interesses coletivos dos trabalhadores.

Quais os objetivos do direito de greve?

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.